A
pessoa infetada é do sudoeste de Inglaterra e esteve em contacto “muito
próximo e regular com um grande número de aves infetadas”.
De acordo com o Diário de Notícias, o Reino Unido está a passar pelo maior surto de gripe aviária, de que há registo.
As
autoridades de saúde do país revelaram, na quinta feira, ter
identificado um caso raro de gripe aviária numa pessoa, na altura em que
o país enfrenta o seu maior surto do vírus.
A transmissão da
gripe aviária de aves para humanos é muito rara e já ocorreu antes,
apenas um pequeno número de vezes, segundo a Agência de Segurança de
Saúde do Reino Unido (UKHSA).
O indivíduo infetado, no sudoeste da Inglaterra, está “bem” e auto-isolou-se, acrescentaram as autoridades.
“A
pessoa em causa adquiriu a infeção através de contacto muito próximo e
regular com um grande número de aves infetadas, dentro e ao redor de sua
casa, por um período prolongado de tempo”, disse a UKHSA em comunicado.
“Todos os contactos do indivíduo, incluindo aqueles que
visitaram as instalações, foram rastreados e não há evidências de
propagação da infeção para mais ninguém.”
A agência observou que
o risco da gripe aviária para o público em geral permanece “muito
baixo”, mas alertou as pessoas para não tocarem em aves doentes ou
mortas.
A Grã-Bretanha abateu cerca de meio milhão de aves em
2021, enquanto lutava contra o que George Eustice, secretário do Meio
Ambiente, chamou de o “maior” surto de gripe aviária de todos os tempos.
Juntamente com o abate, o governo lançou novas regras, em
dezembro do ano passado, exigindo que os tratadores garantam que todas
as aves em cativeiro fiquem dentro de casa e sigam medidas estritas de
biossegurança, para tentar conter a propagação do vírus.
No
entanto, as autoridades expressaram preocupações de que as aves
selvagens que migram da Europa continental, durante os meses de inverno,
possam estar a transmitir a doença.
Gansos, patos e cisnes
estão entre as espécies de aves selvagens conhecidas por terem sido
afetadas, enquanto várias aves de rapina também morreram. Quinto foco de gripe aviária em Portugal
Portugal
tem agora confirmados cinco focos de infeção pela gripe das aves, após o
vírus ter sido detetado num ganso selvagem encontrado morto em
Alpiarça, distrito de Santarém. A Direção-Geral de Alimentação e
Veterinária (DGAV) apela ao cumprimento das regras de biossegurança.
“No
dia 4 de janeiro, foi confirmado um quinto foco de infeção por vírus da
gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) num ganso selvagem (Anser
sp.), encontrado morto na Barragem dos Patudos, concelho de Alpiarça”,
lê-se num comunicado divulgado pela direção.
Porém, este foco não obrigou à determinação de zonas de restrição, mas foram reforçadas as medidas de vigilância na zona.
No
documento, a DGAV destacou a importância do cumprimento das regras de
biossegurança e das boas práticas de produção avícola, bem como dos
procedimentos de higiene e controlo dos acessos aos estabelecimentos
onde se encontram as aves.
“É ainda de extrema importância a
notificação imediata de qualquer suspeita, de forma a permitir uma
rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença”,
acrescentou. A notificação de mortalidade de aves selvagens pode ser
feita através da aplicação ANIMAS.
Esta
terça-feira já tinha sido detetado um novo foco de gripe aviária numa
exploração de galinhas e patos em Santiago do Cacém, distrito de
Setúbal.
No dia 31 de dezembro de 2021, também foi confirmado um foco numa exploração de Perus, em Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, distrito de Santarém.
A gripe aviária foi detetada em Portugal a 2 de dezembro, numa exploração caseira de galinhas, patos, gansos e perus, em Palmela, no distrito de Setúbal.
No
mesmo mês, foi ainda confirmado um foco numa exploração comercial de
perus para engorda em Óbidos, Leiria. Os focos de infeção abrangem agora
24.240 aves.
A DGAV, serviço central da administração direta do
Estado, com autonomia administrativa, sublinha que não existem
evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos
através do consumo de alimentos, como carne de aves de capoeira ou ovos.
A
30 de dezembro, antes da partida da prova, uma explosão na Arábia
Saudita atingiu um veículo e feriu gravemente o piloto francês Phillipe
Boutron.
O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves
Le Drian, anunciou, esta sexta-feira, que a França pediu à organização
do rali Dakar o cancelamento da prova, após suspeitas de terrorismo.
De acordo com a TSF,
está em causa uma explosão na Arábia Saudita, que atingiu um veículo e
feriu gravemente o piloto francês Phillipe Boutron antes da partida da
prova, a 30 de dezembro. O governo francês suspeita de “um potencial
ataque terrorista contra o Dakar”.
“Pensamos que talvez seja
melhor abandonar este evento desportivo. Os organizadores decidiram
continuar“, afirmou Le Drian à televisão BFM, em declarações citadas
pela AFP, acrescentando que “houve potencialmente um ataque terrorista
contra o Dakar”.
“Nestes casos, é preciso ter muito cuidado,
pelo menos colocar em prática dispositivos de proteção suficientes e
reforçados. Acho que os organizadores fizeram isso, mas em qualquer caso
a questão permanece sem resposta”, disse Le Drian.
Na
terça-feira, as autoridades judiciais francesas abriram uma investigação
com foco numa possível motivação terrorista que terá estado na origem
da explosão do veículo que feriu Phillipe Boutron. Caso se venha a
provar que se tratou de um atentado, o governo francês tem poder para
cancelar a prova.
O piloto francês seguia num veículo com mais
cinco pessoas da equipa Sodicars quando a viatura se deteve subitamente,
devido a uma explosão, nas imediações do hotel Donatello, em Jeddah.
Boutron sofreu ferimentos nas pernas que obrigaram mesmo a uma intervenção cirúrgica, da qual está já a recuperar em Paris.
As
autoridades sauditas descartaram, no sábado, um ato criminoso para
explicar o que chamaram de “acidente” e, por isso, a prova deverá
continuar.
No entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros
francês assinalou ainda que desde o início que “a hipótese de ato
criminoso não foi descartada” e que “a ameaça terrorista persiste na
Arábia Saudita”.
“Dissemos aos organizadores e às autoridades
sauditas que tínhamos de ser muito transparentes sobre o que acabava de
acontecer, porque havia hipótese de que poderia ser um ato terrorista”,
observou Jean-Yves Le Drian.
“Já houve atos terroristas na
Arábia Saudita contra os interesses franceses“, lembrou o ministro. Em
outubro de 2020, um ataque com faca feriu um guarda do consulado francês
em Jeddah.
Duas semanas depois, um atentado na mesma cidade
teve como alvo uma cerimónia para assinalar o aniversário do armistício
de 11 de novembro de 1918, na presença de diplomatas ocidentais,
especialmente franceses, causando dois feridos. Sexta etapa das motas cancelada
A
organização do rali Dakar cancelou a sexta etapa da competição das
motas, que estava agendada para esta sexta-feira, devido às condições do
terreno.
O local encontra-se degradado por causa da passagem,
na quinta-feira, dos automóveis e camiões, bem como das fortes chuvas
que têm caído, nos últimos dias, na Arábia Saudita.
A
organização optou por neutralizar a etapa no primeiro ponto de
abastecimento, ao quilómetro 101, depois de muitas queixas dos pilotos
relativas à segurança.
Ross Branch, piloto do Botsuana da Yamaha
foi um dos apanhados nas ‘armadilhas’ do percurso, desistindo após uma
queda que lhe provocou lesões na mão direita. Foi transportado para os
serviços médicos do acampamento pela organização.
O
Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, autorizou hoje o uso
de força letal sem aviso prévio contra manifestantes, após vários dias
de tumultos no país de que resultaram dezenas de mortos.
“Dei
ordem aos órgãos da polícia e ao Exército para disparar a matar sem
aviso prévio” disse Tokayev num discurso televisivo, acrescentando que
os “terroristas continuam a danificar bens e a usar armas contra os
cidadãos”.
Considerou, por outro lado, “absurdos” os apelos,
especialmente do estrangeiro, para negociar com os manifestantes com
vista a uma resolução pacífica da crise.
“Que tipo de
negociações se pode ter com os criminosos, com os assassinos? Temos
estado a lidar com bandidos armados e treinados (…) Eles têm de ser
destruídos e isso será feito em breve”, disse.
Segundo o chefe
de Estado, “20.000 bandidos” atacaram Almaty, a capital económica onde
os tumultos foram os mais caóticos e violentos.
Tinham “um
plano claro de ataque, ações bem coordenadas e um elevado grau de
prontidão de combate”, prosseguiu, referindo-se a “sabotadores
especializados”.
Kassym-Jomart Tokayev acusou “os meios de
comunicação social livres e algumas pessoas no estrangeiro” de estarem a
“desempenhar o papel de instigadores” desta crise.
“A operação
antiterrorista continua, os militantes não depuseram as suas armas.
Aqueles que não se renderem serão eliminados”, disse o presidente do
Cazaquistão, reconhecendo que “haverá muito trabalho a fazer para
aprender com a tragédia”.
“As forças da lei e da ordem estão a
trabalhar arduamente. A ordem constitucional foi em grande parte
restaurada em todas as regiões do país”, acrescentou Tokayev, citado
pelo jornal Público.
O
Cazaquistão, o maior país da Ásia Central, está, desde domingo, envolto
em tumultos após manifestações de protesto contra o aumento dos preços
do gás liquefeito, um dos combustíveis mais utilizados nos transportes
do país, de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120 tengues
(0,24 euros).
Um contingente de tropas da Rússia e de outros
países aliados chegou ao Cazaquistão na quinta-feira para apoiar o
governo, protegendo edifícios estratégicos e apoiando a aplicação da
lei.
No discurso, Tokayev manifestou-se “especialmente grato” ao
Presidente russo Vladimir Putin por ter enviado o contingente militar.
“Ele respondeu muito rapidamente, e sobretudo de uma forma amigável, ao meu apelo”, disse
As
autoridades do Cazaquistão anunciaram hoje que mataram 26 pessoas no
que apelidam de operação “antiterrorista” que estão a realizar
principalmente na cidade de Almaty.
Segundo o Ministério do Interior, mais de 3.000 alegados “criminosos” foram detidos e 18 pessoas “armadas” foram feridas.
As
autoridades reconheceram anteriormente a morte de pelo menos 18
agentes, dois dos quais foram encontrados decapitados, de acordo com a
versão oficial.
“Shal Ket!” — Velho, vai-te embora!”
“Shal Ket!” ou, em português, “vai-te embora, velho!” tornou-se o principal slogan dos protestos no Cazaquistão.
A
maior cidade do Cazaquistão, Alma-Ata, foi ontem palco da terceira
noite consecutiva de violentos protestos, que terminou com dezenas de
mortos. Kassym-Jomart Tokayev, Presidente do Cazaquistão, afastou
Nursultan Nazarbayev, o primeiro chefe de Estado do país, do cargo.
“Estas
são as maiores manifestações de sempre dos últimos 35 anos no país”,
disse Luca Anceschi, professor de Estudos Euroasiáticos na Universidade
de Glasgow, em declarações ao Observador.
E
o que explica a revolta do povo cazaque? “A pobreza e a enorme
desigualdade são as principais razões. Há pessoas que não conseguem
pagar as contas mais básicas e depois veem a corrupção nas elites.
Portanto o descontentamento sócio-económico já lá estava”, explica ao
jornal online Diana Kudaibergenova, socióloga da Universidade de
Cambridge especializada no nacionalismo cazaque.
O afastamento
de Nazarbayev, segundo Kudaibergenova, é “significativo”, uma vez que
este é um “cargo que lhe pertencia até à morte”.
“É muito cedo
para perceber o que significa isso para o futuro do país. Mas o facto de
os manifestantes terem derrubado uma estátua de Nazarbayev, num país
onde ele se assumia como uma espécie de figura paternal, é simbólico”,
explicou, por sua vez, Anceschi, ao Observador.
Humorista sentiu-se na necessidade de esclarecer a questão, sublinhando que adora os filmes baseados nas obras de J.K Rowling.
Na
última semana, vídeo do podcast de Jon Stewart ter começado a circular
pela internet, no qual o próprio comparava os duendes dos filmes da saga
Harry Potter às ilustrações anti-semitas do livro “The Protocols of the
Elders of Zion”, publicado em 1903, gerando polémica e a fúria de
muitos internautas fãs de história. No entanto, o humorista veio agora a
publico desmentir a ideia de que em algum momento quis acusar a autora
J.K Rowling de ser antissemita, argumentando que o excerto em causa, na
qual falava dos duendes, era uma brincadeira.
“Eu não acho que a
J.K. Rowling é anti-semita. Eu não a acusei de ser anti-semita”,
sublinhou Stewart. “Eu não acho que os filmes de Harry Potter sejam
anti-semitas. Eu adoro os filmes, provavelmente demasiado para um
cavalheiro da minha idade considerável”, continuou. “Eu não posso
ressalvar isto o suficiente. Eu não estou a acusar a J.K Rowling de ser
anti-semita. Ela não precisa de responder a nada daquilo. Eu não quero
que os filmes de Harry Potter sejam censurados de qualquer forma”
destacou.
Durante o vídeo de esclarecimento, o humorista
clarificou que o tópico surgiu originalmente num contexto descontraído,
entre colegas e amigos, no qual foi discutida a questão “como era ver
pela primeira vez os filmes do Harry Potter enquanto homem judeu”. Foi
neste âmbito que Stewart abordou o aspeto dos duendes para se referir a
“como é que alguns duendes estão tão enraizados na sociedade que se
tornaram invisíveis, mesmo num processo discutido como a produção de um
filme”.
No episódio que saiu em dezembro, e que começou toda a
polémica, Jon Stewart disse algo como: “É assim que se sabe que os
judeus ainda estão no mesmo sítio. Quando falo com as pessoas, digo: ‘Já
viram um filme do Harry Potter? Já viram as cenas no Gringotts Bank?
Sabe o que são aquelas pessoas que gerem o banco? Judeus!’ E eles
respondem: ‘ Oh isso é uma ilustração do Harry Potter’. Depois tu
corriges, ‘Não, isso é uma caricatura dos judeus retirada de uma obra de
literatura antissemita. A J.K. Rowling pensou ‘Podemos fazer com que
estes tipos dirijam o nosso banco. É um mundo de feiticeiros… podemos
montar dragões, podemos ter uma coruja de estimação, mas quem deve gerir
o banco? Os judeus! E se os dentes fossem mais afiados?”.
Um milhão de toneladas de água contaminada será liberada em dois anos
Por Mong Palatino e Nevin Thompson
Pessoas
em comunidades costeiras do Japão, acompanhadas por vozes de todo o
mundo, denunciaram um novo plano governamental para despejar água
contaminada do local do desastre nuclear de Fukushima no Oceano
Pacífico. Comunidades locais e outras nações no Oceano Pacífico temem
que o despejo envenene o meio ambiente e prejudique as indústrias locais
de pesca e turismo que lutaram para se recuperar do acidente nuclear de
março de 2011 na costa nordeste do Japão por mais de uma década.
De
acordo com um plano do governo divulgado em 28 de dezembro de 2021, a
Tokyo Electric Power Company (TEPCO) começará a liberar 1 milhão de
toneladas métricas de água radioativa da usina de Fukushima no Oceano
Pacífico em 2023. O plano, que ainda está sendo desenvolvido ao longo do
próximos meses, afirma que um túnel submarino será construído para
bombear a água para o mar. Os fundos também foram reservados para
compensar as indústrias locais de pesca e turismo por possíveis “danos à
reputação”.
Em março de
2011, um terremoto e tsunami causaram o derretimento de três reatores
nucleares operados pela TEPCO em Fukushima. Com o passar dos anos, a
água subterrânea que fluía pelas usinas foi contaminada com conteúdo
radioativo. Para evitar que essa água chegue ao oceano, ela foi bombeada
dos prédios do reator para grandes tanques que agora dominam a
instalação do reator.
Uma
captura de tela do vídeo do YouTube do Projeto Manhattan por um Mundo
Livre de Nucleares apresentando mães japonesas dos distritos de Okuma e
Futaba protestando contra o plano de despejar água radioativa no Oceano
Pacífico. Em dezembro de 2021, pelo menos 1 milhão de toneladas de água
contaminada estavam armazenadas nos tanques dentro da Central Nuclear de
Fukushima Daiichi. Enquanto os contaminantes altamente radioativos são
removidos, a água armazenada que o governo japonês planeja bombear para o
mar ainda contém quantidades significativas de trítio, um elemento
radioativo que alguns especialistas dizem ser inofensivo quando diluído
na água do mar. O plano do governo japonês para bombear a água
contaminada está em andamento desde 2020. O Greenpeace disse em abril de
2021 que coletou 183.000 assinaturas se opondo ao plano de despejar
água da usina de Fukushima. Também em abril de 2021, grupos da sociedade
civil sul-coreana emitiram uma declaração condenando o plano da TEPCO,
observando, “mesmo se diluído, a quantidade total de material radioativo
jogado no mar permanece inalterado. Se as águas residuais radioativas
forem descarregadas, será um desastre irrevogável não apenas para o
ecossistema marinho, mas também para o ser humano. ” A questão foi
abordada durante a Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Fórum
das Ilhas do Pacífico em julho de 2021, e o órgão fez a seguinte
declaração: Os Ministros das Relações Exteriores do Fórum observaram as
preocupações em torno da seriedade desta questão em relação à ameaça
potencial de contaminação nuclear adicional de nosso Pacífico Azul e os
impactos adversos e transfronteiriços potenciais para a saúde e
segurança do Continente do Pacífico Azul, e seus povos tanto no curto e
longo prazo. Em novembro de 2021, a TEPCO disse que sua avaliação de
impacto radiológico mostrou impacto mínimo sobre o meio ambiente: A
avaliação concluiu que os efeitos da descarga de água tratada ALPS
(Advanced Liquid Process System) no mar no público e no meio ambiente
são mínimos, já que as doses calculadas foram significativamente menores
do que os limites de dose, metas de dose e os valores especificados por
organizações internacionais para cada espécie. A TEPCO garantiu ao
público que está continuamente atualizando seus estudos científicos
sobre o plano de lançamento de água processada no Pacífico. Mas as
dúvidas permanecem sobre seus relatórios, principalmente porque ainda
existem poucos planos concretos sobre como e onde a água contaminada
será despejada, tornando difícil para observadores externos avaliar o
risco. O Pacific Collective on Nuclear Issues, que representa as
organizações da sociedade civil com sede na Oceania, refuta a veracidade
desses estudos. Também traz uma mensagem para a TEPCO e o governo
japonês: O Pacífico não é e não deve se tornar um depósito de lixo
nuclear. O Coletivo considera que a TEPCO, e as agências governamentais
japonesas relevantes, priorizaram erroneamente a conveniência e os
custos em relação ao custo ambiental e humano de curto e longo prazo de
suas ações planejadas. Os residentes japoneses também expressaram
preocupação com o plano da TEPCO. O Greenpeace entrevistou o pescador
Ono Haruo do município de Shinchi em Fukushima, que ecoou os sentimentos
da população local: Os peixes estão finalmente começando a voltar
depois de dez anos, mas se agora derramarem trítio na água, não importa o
quanto o diluam, quem vai comprar esses peixes? Quem quer comer peixe
envenenado? O oceano é o nosso local de trabalho. Você pode imaginar
como é ser poluído intencionalmente? Levará 30 ou 40 anos antes de
vermos os efeitos. A relação causal terá se tornado obscura e será
impossível provar qualquer coisa. O que vai acontecer com o futuro de
nossos filhos, nossos netos? Não está nem claro quem vai assumir a
responsabilidade. Um grupo de mães na cidade de Iwaki, Fukushima,
participou de um protesto em novembro de 2021 se opondo ao plano de
despejar água contaminada no oceano. Os municípios de Okuma e Futaba,
que hospedam o complexo Fukushima Daiichi, experimentaram um
despovoamento quase completo na última década.
Presidente dos Estados Unidos reconheceu, no seu discurso, que “a dor e as cicatrizes” do dia do ataque ainda são “profundas”.
Num
discurso que assinalou um ano desde que os apoiantes de Donald Trump
invadiram o edifício do Capitólio com o objetivo de impedir a
certificação dos votos relativos às eleições de novembro de 2020, Joe
Biden não teve problemas em atribuir à postura e às mensagens do seu
antecessor as culpas pelo sucedido, chegando mesmo a referir-se a uma
“teia de mentiras” que acabou por resultar num “punhal encostado à
garganta da democracia”.
“Pela primeira vez na nossa história,
um Presidente não apenas perdeu uma eleição, mas tentou impedir a
transferência pacífica do poder quando uma multidão violenta invadiu o
Capitólio”, disse Biden.
Apesar de nunca referir diretamente o
nome de Trump, o presidente dos Estados Unidos da América acusou-o de
ter motivado a divisão entre a população, apelar à violência e causar um
nível de instabilidade sem precedentes no país por se recusar a aceitar
o resultado das eleições.
Num tom de mobilização das tropas,
tendo em vista as eleições intercalares no final do ano, Biden relembrou
um slogan que muitos já utilizaram aquando da sua eleição. “Estamos
numa batalha pela alma da América. Uma batalha que iremos vencer, com a
graça de Deus e a bondade e grandeza desta nação”. O discurso foi
proferido numa das salas do Capitólio, onde figuram várias figuras
histórias dos Estados Unidos e onde, há um ano, marcharam os apoiantes
do antigo presidente para tentar impedir a concretização do vontade da
maioria dos eleitores do país.
Números surpreendentes não páram nos Estados Unidos da América. Em Novembro registou-se mais um recorde.
Quase 100 anos depois da Grande Depressão, surge a Grande Demissão.
Nos Estados Unidos da América os números da economia têm registado um
aumento visível mas os números de trabalhadores a demitirem-se também
têm registado um aumento (ainda mais) visível, atingindo recordes.
Quando
o coronavírus “fechou” o mundo, incluindo os EUA, o número de
desempregados multiplicou-se por quatro. O cenário económico foi
melhorando, em Junho de 2021 a taxa de desemprego já tinha descido para
5.9% mas, entretanto, apareceram as demissões por iniciativa dos
trabalhadores: Abril de 2021 registou o recorde de 4 milhões de
trabalhadores que abandonaram os seus empregos por opção própria. O
maior número desde 2000, como aponta a BBC.
Mas o final do ano
não trouxe uma diminuição de rescisões de contrato: em Novembro, 4.5
milhões de residentes nos EUA deixaram os seus empregos porque quiseram.
Recorde em toda a estatística dos EUA.
Neste global destacam-se
as secções de restauração e hotelaria: um milhão de trabalhadores
desses sectores demitiu-se. Ou seja, em cada 16 trabalhadores, um deixou
o cargo que ocupava.
Nas contas sublinhadas pelo portal Business Insider, verifica-se que, no total, três por cento dos trabalhadores nos EUA demitiram-se em Novembro do ano passado. Praticamente o dobro dessa percentagem só em restauração e hotelaria. Razões para demissões
Os
motivos que originam tantos pedidos de demissão em pouco tempo são
vários. O principal será o cansaço ou mesmo o esgotamento relacionado
com a tarefa que tinham: as pessoas já queriam demitir-se antes da
COVID-19 mas ganharam a coragem que faltava – ou apareceu a insegurança
como motivo – para se demitirem agora.
O tele-trabalho também
veio alterar as contas. Muitas pessoas estarão a deixar os trabalhos
presenciais que tinham para assinarem por uma empresa que permite
trabalhar em casa.
E depois podemos centrar-nos noutro factor,
que é essencial na restauração e na hotelaria: a valorização e o
empoderamento dos trabalhadores. Quem gere as empresas passou a dar mais
valor a quem trabalha, em muitos locais. Flexibilidade, incentivos
extra, inquéritos de satisfação e salários mais justos.
Em restauração e hotelaria abundam os postos com salários baixos. Não há perspectivas de progressão na carreira.
Assim,
havendo oportunidade de emprego noutro lado (ou havendo margem para uma
pausa na carreira laboral), o trabalhador, cansado de não ser
valorizado – ou da própria tarefa que executava – e de não receber o
salário que acharia correcto, sai por iniciativa própria.
Esta é uma fase marcada por empresas que já contratam “qualquer um que apareça”. Mas estes dados e estas conclusões demonstram que, sobretudo nestes sectores
mencionados (que representam 6.4% dos empregos a nível global), o maior
problema na economia dos EUA não é a falta de mão-de-obra: é a falta de
salários elevados.
No mundo de “lazer e hospitalidade” um
trabalhador recebe em média 19.20 dólares por hora – o valor mais baixo
nos EUA. E até era de 16.90 dólares, antes da pandemia.
Há
trabalhadores a receber 2.13 dólares por hora. “Não admira que os
trabalhadores estejam a deixar essa indústria”, disse ao portal o
presidente do grupo One Fair Wage, Saru Jayaraman, que luta por salários
justos nos EUA.
Os especialistas estimam que objeto reentre na atmosfera nas próximas 24 horas, mas não conseguem prever onde vai cair.
Uma
parte de um foguetão russo está a cair em direção à Terra, de forma
descontrolada. Os especialistas que estão a monitorizar o objeto preveem
que este reentre na atmosfera terrestre nas próximas 24 horas.
O
Angara-A5 é um foguetão de carga pesada e foi lançado da estação
espacial de Plesetsk, a noroeste da Rússia, a 27 de dezembro. De acordo
com a TAS, agência de notícias russa, o lançamento previa testar um novo segmento da estrutura, conhecido como o propulsor Persei.
“O
bloco orbital constituído pelo propulsor Persei e a base de carga
completa separou-se da terceira fase do foguetão porta-aviões Angara-A5
12 minutos após o lançamento”, afirmou o ministro da Defesa russo.
O
bloco orbital será colocado em órbita pelo propulsor Persei, sob o
esquema de rotina de nove horas, quando o motor do propulsor for ligado
quatro vezes.
O foguetão Angara-A5 foi lançado pelas forças espaciais russas, do porto espacial de Plesetsk, às 22:00 horas, hora de Moscovo.
O
propulsor Persei, uma versão moderna de uma unidade originalmente
destinada ao foguetão Proton-M, foi desenvolvido pela RSC Energia.
Roscosmos
Dmitry Rogozin, chefe da empresa espacial estatal russa, realçou
anteriormente que o propulsor Persei seria lançado pela primeira vez no
foguetão de carga pesada, Angara-A5, em 2021.
Holger Krag, chefe do gabinete de detritos da Agência Espacial Europeia, referiu, em entrevista à CNN,
que “é seguro dizer que nas próximas 24 horas estará em Terra, mas
ninguém sabe onde porque, durante várias horas, fará várias voltas ao
globo”.
A maior parte dos detritos espaciais acaba por
incendiar-se ao reentrar na atmosfera terrestre, mas é possível que
partes maiores possam causar danos se caírem em regiões habitadas.
Embora
seja pouco provável o Angara-A5 causar danos ou ferir alguém, “o risco é
real e não pode ser ignorado”, alertou o chefe de gabinete.
O
que resta do foguetão russo está a viajar a uma velocidade de 7,5
quilómetros por segundo, e a sua latitude de reentrada estima-se entre
os 63 graus a norte e a sul do equador, indicou ainda Holger Krag.
Em
maio de 2021, a NASA teceu duras críticas à China por falhar os
“standards de responsabilidade”, após os destroços de um foguetão fora
de controlo caírem no Oceano Índico.
Neste caso, acredita-se que
o fragmento do foguetão russo é mais pequeno, pesando cerca de quatro
toneladas, sem combustível. O foguetão chinês Long March pesava cerca de
20 toneladas.
O propulsor Persei tinha, no total, dez metros. Embora pesasse menos, carregava cerca de 16 toneladas de combustível.
Jonathan McDowell, astrónomo no centro de Astrofísica Harvard & Smithsonian,
explica que “a massa total é semelhante ao fragmento chinês, mas a
maior parte é provavelmente líquida e arderá na atmosfera, o que
significa que o risco e significativamente inferior”.
O
astrónomo acrescenta ainda que não estava planeado o foguetão russo
entrar na atmosfera desta forma, mas sim ficar em órbita durante
milhares de anos.
A
subida do preços dos combustíveis despoletou uma enorme onda de
protestos no Cazaquistão. Depois de demitir o Governo, o Presidente do
país prometeu “firmeza máxima”.
A maior cidade do Cazaquistão,
Alma-Ata, foi palco da terceira noite consecutiva de violentos
protestos, que terminou com dezenas de mortos.
Um porta-voz da
polícia cazaque revelou a uma televisão local que os seus agentes
“eliminaram” membros das “forças extremistas” que se juntaram na maior
praça da cidade.
“Dezenas de atacantes foram eliminados, as suas identidades estão a ser estabelecidas”, adiantou Saltanet Azirbek, citado pela Al-Jazeera.
Segundo o Público,
milhares de pessoas têm-se manifestado em várias cidades contra as
autoridades. Uma televisão estatal avança mesmo que os manifestantes
mataram 13 agentes da polícia, incluindo dois decapitados.
Apesar
da repressão policial, muitos dos protestos têm terminado em ataques e
saques a edifícios públicos, lojas, veículos e caixas multibanco. O
aeroporto da maior cidade do país foi invadido por manifestantes.
Kassim-Jomart Tokaiev, Presidente do Cazaquistão, afastou Nursultan Nazarbaiev, o primeiro chefe de Estado do país, do cargo.
O
Presidente assumiu a chefia do conselho de segurança estatal para
responder a uma ameaça que diz estar a ser liderada por “gangues
terroristas”, treinados “no estrangeiro”, que querem tomar conta das
infraestruturas “estratégicas” e militares do país.
Na
quarta-feira, foi decretado o estado de emergência generalizado, com
imposição do recolher obrigatório e proibição de ajuntamentos, mas as
medidas são insuficientes.
Face a este problema, Tokaiev fez um
pedido formal de ajuda à Organização do Tratado de Segurança Colectiva
(OTSC), que confirmou, esta quarta-feira à noite, o envio de uma força
de manutenção de paz, que deverá chegar ao território a qualquer
momento.
A aliança militar liderada pela Federação Russa e
composta pelas antigas repúblicas soviéticas da Arménia, Bielorrússia,
Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão, revelou que vai intervir
“durante um período de tempo limitado, de forma a estabilizar e
normalizar a situação”.
“Em resposta ao apelo e considerando a
ameaça à segurança nacional e à soberania do Cazaquistão causada, entre
outras coisas, por interferência externa, o conselho de segurança
coletivo da OTSC decidiu enviar as Forças Coletivas de Manutenção de Paz
para a República do Cazaquistão, como previsto no artigo 4.º do Tratado
de Segurança Coletiva”, anunciou Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da
Arménia.
O Cazaquistão é, desde 2 de janeiro, palco de protestos
em várias cidades, devido ao aumento do preço do gás liquefeito, o
principal combustível automóvel utilizado nesta nação da Ásia Central. O
preço aumentou de 60 tengues por litro (0,12 euros) para o dobro, 120
tengues (0,24 euros).
Foi há um ano que um grupo de apoiantes de Donald Trump invadiu o
Capitólio numa tentativa de reverter o vitória eleitoral de Joe Biden. O
legado da insurreição e das conspirações de fraude eleitoral é agora
abraçado pelos membros mainstream do Partido Republicano.
Durante
a confirmação da vitória de Joe Biden nas presidenciais de 2020 pelo
Congresso, um grupo de apoiantes de Donald Trump que tinha estado horas
antes num comício do ex-presidente em Washington, dirigiu-se para o
Capitólio e começou a forçar a entrada no edifício, numa tentativa de
reverter o resultado da eleição.
Foi já há um ano que tudo
aconteceu. De acordo com um relatório bipartidário do Senado, houve sete
mortes que estiveram de alguma forma ligadas ao evento. Ashli Babbitt,
uma veterana da Força Aérea, que foi atingida por um tiro disparado por
agente da polícia quando tentava entrar na Câmara dos Representantes,
foi uma das primeiras mortes conhecidas.
Kevin D. Greeson, outro
apoiante de Trump, morreu após ter um ataque cardíaco no edifício
enquanto que Rosanne Boyland perdeu a vida depois de ser aparentemente
esmagada no meio da multidão que estava a enfrentar a polícia, mas o
médico que examinou afirma que a causa da morte foi uma overdose. Já
Benjamin Philips, fundador de um site de apoio da Trump, faleceu depois
de sofrer um AVC.
Nas dias e semanas seguintes ao ataque, vários
agentes da polícia também morreram, como Brian D. Sicknick, que morreu a
7 de Janeiro depois de ser atacado pela multidão. Segundo o exame
médico, Sicknick sofreu vários AVCs, mas “tudo o que se passou afectou a
sua condição”.
Jeffrey Smith, agente da Polícia Metropolitana,
suicidou-se depois da invasão, assim como Howard S. Lienbengood, agente
do Capitólio, que também tirou a própria vida quatro dias depois. O
Senado reconheceu em Junho que todas estas mortes estavam ligadas ao
evento, mas mais dois polícias que estavam no local – Gunther Hashida e
Kyle DeFreytag – também se suicidaram já em Julho.
Os
suicídios não são consideradas mortes durante o trabalho, pelo que as
famílias não têm direito a nenhum apoio financeiro. Os Representantes e
Senadores Democratas da Virgínia estão entretanto a tentar pressionar o
autarca de Washington a mudar esta situação.
Cerca de 150
polícias ficaram feridos e muitos ficaram traumatizados e com problemas
de saúde mental após o ataque, como relataram no testemunho perante o
Congresso.Mas o legado de 6 de Janeiro de 2021 vai muito além do que se passou no
próprio dia e as feridas da democracia norte-americana ainda estão longe
de sarar de vez. Os processos na justiça
Mais de 700 pessoas foram acusadas pelos procuradores federais nos meses que se seguiram ao ataque, revela o NPR, que analisou os dados de todos os casos para traçar um panorama geral da resposta da justiça.
Há
suspeitos vindos de 46 estados diferentes, o que mostra que a multidão
era oriunda de todos os cantos dos Estados Unidos, e a grande maioria
era branca. Os homens dominam, apesar de ainda haver um número
significativo de mulheres.
Os atacantes eram também eram
relativamente jovens, com pelo menos três quartos dos acusados a terem
menos de 55 anos e há ainda 134 pessoas com menos de 30. O perfil
socio-económico já é demasiado variado para se generalizar, com muitas
profissões à mistura, como pequenos empresários, professores,
enfermeiros ou até um director executivo de uma empresa de marketing.
Mais
de 187 pessoas, cerca de um quarto dos réus, foram acusadas de crimes
violentos, com vários relatos dos polícias presentes que dizem que
lutaram fisicamente com muitos dos protestantes, que foram eletrocutados
com tasers, agredidos com cassetetes ou atacados com gás-pimenta.
Uma
notícia do NPR poucas semanas depois do ataque deu conta de que quase
um em cada cinco dos atacantes que tinham sido identificados tinham já
integrado o exército ou a polícia — uma proporção três vezes maior à da
população em geral.
Com a revelação de mais dados, o valor caiu, mas continua elevado, sendo cerca de 13%. Um relatório
de Abril de 2021 do programa sobre extremismo da Universidade George
Washington concluiu que a probabilidade dos invasores integrarem grupos
violentos de extrema-direita, como os Proud Boys, os Oathkeepers ou os
Three Percenters, era quatro vezes maior entre os que tinham um passado
militar.
A maioria dos acusados está a aguardar a conclusão do
julgamento em casa, mas 76 estão presos, principalmente aqueles que
estão acusados de crimes mais graves. Pelo menos 26 foram presos pouco
depois do evento, estando há quase um ano na prisão.
Já 74 foram
condenados, mas 55% não receberam uma sentença de prisão. A maioria
destes casos foi para crimes menores e que não sejam violentos. A pena
mais pesada foi de cinco anos de prisão para Robert Scott Palmer, que
admitiu ter agredido um polícia com uma placa de madeira e um extintor
de incêndio. O impacto no Partido Republicano
Apesar de ter
sido um evento sem precedentes na história dos Estados Unidos, os
representantes políticos não se uniram numa mensagem em uníssono contra a
violência da extrema-direita e vários Republicanos têm desvalorizado
publicamente o que aconteceu a 6 de Janeiro.
Andrew Clyde, um
congressista do partido, chegou a comparar a invasão com uma visita
turística normal, apesar das imagens o mostrarem a barricar-se na
galeria da Câmara dos Representantes no mesmo dia. Para o cientista
político Cas Mudde, Clyde é um exemplar da história do Partido
Republicano em 2021.
“Clyde simboliza um partido que teve a
oportunidade de se afastar do caminho anti-democrático que seguiu com
Donald Trump, mas que foi demasiado fraco na ideologia e na liderança
para o fazer, sendo assim uma ameaça fundamental à democracia nos EUA em
2022 e no futuro”, escreve no The Guardian.
Mas
Clyde está longe de ser um caso único. Vários políticos do partido,
como os Senadores Josh Hawley, Ted Cruz e Ron Johnson e o líder da
minoria Republicana na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy,
ajudaram a propagar as acusações de Trump de que a eleição foi
fraudulenta.
Outros, como o empresário Bernie Moreno, que
inicialmente felicitou Biden pela vitória e encorajou os seus “amigos
conservadores” a aceitar o resultado apesar de acreditar que houve algum
tipo de fraude, mudaram depois de tom. “O Presidente Trump diz que a
eleição foi roubada e ele tem razão“, diz agora Moreno num anúncio da
sua campanha para as primárias no Senado estadual do Ohio.
Se já
desde a campanha de Donald Trump em 2016 que um grupo de Republicanos
se opôs firmemente às suas políticas, conhecidos como Never Trumpers, a
verdade é que, com o passar do tempo, o partido rendeu-se à popularidade
do ex-Presidente na base, especialmente quando antigos aliados próximos
de Trump, como o seu vice-presidente Mike Pence ou o Senador Mitch
McConnell, foram alvos de ameaças por não o apoiarem incondicionalmente.
O chumbo da segunda proposta de destituição, já depois de Joe
Biden ter assumido a presidência foi talvez o momento que consolidou
definitivamente a realidade — o Partido Republicano é agora o partido de
Donald Trump.
Pelo menos 163 Republicanos que abraçaram as
conspirações sobre a fraude nas presidenciais estão a concorrer para
cargos estaduais que lhes dão autoridade sobre a administração de
eleições, revela o Washington Post, sendo que pelo menos cinco estavam até presentes no motim de 6 de Janeiro.
O
impacto da propagação a nível mainstream das conspirações sobre a
fraude eleitoral estão também a levar a que os estados aprovem leis que
dificultam mais o processo de voto. De acordo com o Brennan Center for
Justice foram introduzidas 440 leis com provisões que restringem o
acesso ao voto em 49 dos 50 estados norte-americanos, o número mais alto
desde que o centro começou a contagem.
“A conclusão
generalizada no estrangeiro é de que um ano depois do ataque no
Capitólio, algo permanece partido na democracia da América. O legado de 6
de Janeiro pode ser menor como um evento isolado do que como um ponto
de inflexão na narrativa geral de que os Estados Unidos são uma casa
dividida, incapaz de chegar a um consenso e com os seus pilares da
democracia e do alcance global enfraquecidos irrevogalmente”, remata o Washington Post. As conspirações que ainda persistem
Várias das conspirações que foram propagadas continuam a persistir, apesar de não haver provas de que sejam verdade.
Uma
das mais conhecidas é que o ataque não foi propagado por apoiantes de
Trump, mas sim por protestantes do movimento Black Lives Matter ou
ANTIFA (um termo que se aplica a vários pequenos grupos anti-fascistas).
Na verdade, nenhum dos mais de 729 acusados tem qualquer ligação a um
grupo ANTIFA.
Outra teoria era de que teria sido o FBI a
organizar o ataque ou de que a presidente da Câmara dos Representantes,
Nancy Pelosi, teria ignorado os pedidos de reforços da polícia do
Capitólio, tendo esta última sido propagada por alguns legisladores
Republicanos. Nada aponta para que nenhuma destas conspirações sejam
verdade.
Universidade
inglesa editou um poema grego com 2000 anos, para evitar “ofender”
alguns dos seus estudantes devido a ligeiras referências à violência
doméstica na obra.
Os responsáveis da University of Reading
censuraram um poema de 118 linhas grego com 2.000 anos porque “podia”
ofender os estudantes mais sensíveis, revela o Ancient Origins.
Devido
ao recentemente descoberto ato de censura “ridículo”, Jeremy Black,
professor emérito de história na Universidade de Exeter, considerou a
instituição inglesa “mais do que ingénua”.
O texto menciona
“violência doméstica” contra as mulheres, o que “pode potencialmente
desencadear angústia” em alguns estudantes, defendeu a instituição de
ensino universitário.
Escrito por Semonides de Amorgos, o poema
intitula-se “The 2,000-year-old Types Of Women” e foi, até ao momento,
utilizado no ensino da universidade em causa. No entanto, e apesar de
não ter existido qualquer queixa, foi tomada a decisão de censurar
certos versos.
A obra fala do deus grego Zeus, que cria dez
tipos de mulheres representadas por um animal ou um elemento: o porco, a
raposa, o cão, a terra, o mar, o burro, o furão, a égua e o macaco
representam nove tipos de mulheres com conotações negativas, apenas a
abelha é considerada um modelo para uma boa esposa.
De acordo com o Daily Mail,
os estudantes foram alertados para o facto de o poema ser “um exemplo
de misoginia extrema na Grécia arcaica” e, entretanto, todas as
referências à “violência explícita contra as mulheres” foram censuradas
pelos responsáveis da University of Reading.
A edição do texto grego para evitar ofender os estudantes “é ridícula e não tem lugar na academia”, disse Black.
Se
este nível de censura fosse aplicado às notícias, continuou,
“acabaríamos por ter uma visão mais limitada e ignorante do mundo“.
Também
Ewen Bowie, bolseiro emérito do Corpus Christi College e Professor
Emérito de Línguas e Literaturas Clássicas da Universidade de Oxford,
disse que “as obras antigas precisam de ser compreendidas no contexto” e
não totalmente apagadas.
Quando se começam a censurar listas de
leitura está-se “a colocar o pé na encosta escorregadia em direção a
censurar o que está a ser vendido nas livrarias”, acrescentou.
“Não
censuramos o material académico”, disse um porta-voz da University of
Reading, acrescentando que uma parte particular do poema grego tinha
sido retirada porque “parecia desnecessariamente desagradável e
(potencialmente) desencadeante”.
O
Conselho de Segurança (SC) hoje nota que o presidente chinês Xi Jinping
enviou um telegrama de saudações de Ano Novo ao presidente Putin
contendo a mensagem: “Estou profundamente satisfeito com os resultados
do desenvolvimento das relações entre a China e Rússia ... Em 2022,
nossos países celebrarão o Ano Sino-Russo do Esporte e vamos escrever
uma nova página na história da amizade entre os dois países, passada de
geração em geração ”, diz em forte contraste com esta mensagem de
amizade, acaba de ser relatado que o líder socialista supremo Joe Biden
foi “instruído a assustar a Rússia com novas sanções” por seus aliados
belicistas, que ordenaram à Casa Branca que “lançasse uma
contra-ofensiva diplomática” contra Moscou. Ao mesmo tempo, o líder
socialista Biden tenta assustar a Rússia, observa este relatório, ele
ordenou ao Pentágono que agilize o processo de envio de tropas da Guarda
Nacional a Washington DC para lutar contra cidadãos americanos - vê o
plano de Biden de usar força militar contra americanos sendo
desencadeado por eventos como dezenas de milhares de cidadãos austríacos
se reunindo abertamente em desafio à ordem de bloqueio de Ano Novo de
seu governo - na Itália, seus cidadãos realizaram uma exibição épica de
fogos de artifício de Ano Novo em desafio à proibição de bloqueio do
governo - e em uma horrível primeira vez na Covid pandemia, ontem ele
viu um manifestante australiano anti-máscara e antivax queimando-se
vivo. Os membros do Conselho de Segurança nesta transcrição observam que
a "onda draconiana" que a Austrália usa para lidar com a Covid, que
inclui campos de concentração, multas enormes para cidadãos
desmascarados e ostracismo daqueles que recusam vacinas experimentais, é
o exato oposto das medidas ordenadas pelo presidente Putin, que
aliou-se aos recusados da vacina da Covid e advertiu que "a força de
ação é sempre igual à força de reação" - uma "força de reação" colocada
em plena exibição para todo o mundo ontem, quando este homem
australiano, agora perto da morte, gritou contra os mandatos do governo
de "força de ação" da Covid, então se encharcou de gasolina e
incendiou-se - e foi uma “força de reação” se posicionando contra a
tirania da “força de ação” exibida por Mohamed Bouazizi, de 48 anos,
que, em 17 de dezembro de 2010, sofreu sua última humilhação nas mãos de
déspotas do governo tunisiano socialista, então se encharcou de
gasolina e se incendiou - um incêndio que não só tirou a vida de
Bouazizi, mas queimou todo o governo da Tunísia - t Então, alastrou-se
por todo o Oriente Médio, derrubando governo após governo no que hoje é
conhecido como a Primavera Árabe. Com uma "força de reação" de
proporções poderosas contra a tirania da "força de ação" socialista
atingindo rapidamente um nível insustentável na América, esta
transcrição mostra os membros do Conselho de Segurança observando que
até mesmo o esquerdista New York Times está agora relatando: "O povo
americano está ficando cansado de o papel do governo em suas vidas ...
Eles estão fartos de bloqueios e máscaras para Covid ... Eles estão
fartos de o governo em todos os níveis interferir em nossas escolas e
nos dizer o que nossos filhos aprendem ... E eles estão fartos de
programas governamentais que prejudicaram nosso país e aumentou nossa
dívida maciça ”. Os membros do Conselho de Segurança nesta transcrição
observam ainda o New York Times revelando verdades alarmantes como: "Em
nossa era cheia de raiva, quando as pessoas precisam fazer compras ou
viajar ou lidar com uma leve decepção, elas estão" se transformando em
crianças "... apenas 39 por cento dos entrevistados disseram acreditar
que o tom da América era civilizado ... Faltam saídas para a raiva das
pessoas ... Aquele garçom, aquele comissário de bordo - eles se tornam
um substituto para tudo o que está entre o que experimentamos e o que
nós acho que temos direito a ”-“ É um momento estranho e incerto,
especialmente com a Omicron rasgando o país… As coisas parecem
quebradas… A pandemia parece uma faixa de más notícias de Möbius… As
empresas continuam adiando datas de volta ao escritório … Os Centros de
Controle e Prevenção de Doenças estão sempre mudando suas regras… A
discórdia política se transformou em ódio político ”-“ As pressões da
pandemia e a deterioração do comportamento dos governantes eleitos - a
gritaria, as ameaças, o ódio - deram a norma todas as pessoas têm
licença para atuar ”- e os vê citando Scott M. Broetzmann, da empresa de
consultoria Customer Care Measurement and Consulting, que depois de ver
seu último estudo sobre a raiva do consumidor declarou:“ Quando
fundamos o estudo, nunca pensei que o meio ambiente seria como é hoje…
Eu nunca, em meus sonhos mais loucos, teria imaginado que veríamos
pessoas lutando em aviões e se espancando ”.
Juntando-se à
avaliação sombria do New York Times sobre o humor atual do povo
americano, este relatório continua, está uma nova pesquisa revelando que
a esmagadora maioria dos republicanos acredita que Biden não foi
legitimamente eleito e que cerca de um terço aprova o uso da violência
para atingir objetivos políticos - vê a CNN de esquerda alertando que,
ao juntar esses dois números, você tem uma receita para o perigo
extremo. Ao ver esses resultados alarmantes para melhor entendê-los,
detalha este relatório, o esquerdista Washington Post citou Anthea Ward,
mãe de dois filhos em Michigan, que declarou: “O mundo em que vivemos
agora é assustador ... Eu não quero soar como um teórico da conspiração,
mas às vezes parece um filme ... Não é mais uma guerra contra
democratas e republicanos ... É uma guerra entre o bem e o mal ”- vê-os
citando Don Whittington, um cidadão sênior do Alabama, que declarou:“ O
que Eu posso ver em todo o país, vai chegar um ponto em que as pessoas,
tanto democratas quanto republicanas, vão parar de tolerar as coisas que
estão acontecendo ”- e os vê citando Rob Redding, um jornalista
independente de Nova York , que afirmou: “Estamos numa situação em que
teremos que nos armar, com certeza ... Sou um homem negro na América ...
acredito em me proteger”. Esta transcrição mostra todos os membros do
Conselho de Segurança concordando que, em vez da propaganda esquerdista
americana cutucando as bordas do que está ocorrendo, eles prestariam um
serviço melhor se explicassem honestamente que o que está ocorrendo, não
apenas nos Estados Unidos, mas em todo os países do Mundo ocidental, é
“Psicose de Formação de Massa”, que é definida como: A psicose é quando
as pessoas perdem algum contato com a realidade. Psicose de formação de
massa é quando uma grande parte de uma sociedade concentra sua atenção
em um (s) líder (es) ou em uma série de eventos e sua atenção se
concentra em um pequeno ponto ou questão. Os seguidores podem ser
hipnotizados e conduzidos a qualquer lugar, independentemente de dados
que provem o contrário. Um aspecto chave do fenômeno é que as pessoas
que eles identificam como líderes - aquelas que podem resolver o
problema ou questão sozinhas - eles seguirão esse (s) líder (es)
independentemente de quaisquer novas informações ou dados. Além disso,
quem questiona a narrativa do líder é atacado e desconsiderado. Existem
quatro componentes principais necessários para um ambiente experimentar
uma psicose de formação em massa: falta de laços sociais ou
desacoplamento de conexões sociais, falta de criação de sentido (as
coisas não fazem sentido), ansiedade flutuante e psicológica flutuante
de descontentamento. A ansiedade flutuante é uma sensação geral de
mal-estar que não está ligada a nenhum objeto ou situação específica.
Quando os seguidores começam a participar de uma estratégia para lidar
com o objeto de ansiedade, novos laços sociais tipicamente surgem e as
pessoas mudam de um estado mental negativo altamente aversivo e de
isolamento, para o oposto exato do nível extremamente alto de
conectividade que existe. Um dos principais pesquisadores mundiais de
"Psicose de Formação em Massa", observa este relatório, é o professor de
psicologia clínica Mattias Desmet da Universidade de Ghent, na Bélgica,
que em um vídeo recém-lançado explica como foi usado pelas forças
socialistas para criar a Alemanha nazista e CCCP sem que os cidadãos
dessas nações despóticas soubessem o que estava acontecendo e como
estavam sendo completamente manipulados. Com o povo americano agora
consumido pela "Psicose de Formação em Massa", a seção de conclusão
desta transcrição mostra os Membros do Conselho de Segurança concordando
que, quando este fato é adicionado às pesquisas, mostrando o quão perto
estão de entrar em conflito, a principal barreira coesiva de unidade
que impede que sociedades inteiras entrem em colapso no caos se
desintegrem - e é por isso que artigos de advertência como "2022: O ano
do colapso" começaram a aparecer, documentando metodicamente o que está
ocorrendo e concluindo:
Nossa economia e sociedade foram
otimizadas para o fracasso. Se olharmos para a fragilidade e
instabilidade dos sistemas essenciais, fica claro que 2022 será o ano do
colapso. Coletivamente, perdemos a capacidade e a disposição de lidar
com crises para as quais não há um final feliz. Queremos apenas ouvir a
história otimista, os lampejos de esperança, as curas milagrosas, a
solução tecnológica indolor, etc., e se recebermos uma dose de realidade
em vez disso, seremos rápidos em descartar o portador de notícias
inconvenientes como um alarmista , uma desgraça e escuridão, etc. À
deriva em um atordoamento de complacência desconectado da realidade,
estamos completamente despreparados para lidar com realidades que não
respondem ao pensamento mágico, otimismo, esperança e fantasias
tecnológicas.
Na
sexta-feira, 3 de dezembro de 2021, a sétima rodada das negociações
mencionadas sobre as negociações em andamento entre o Irã e o grupo 4 + 1
(Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia e China) em Viena terminou após
cinco dias de negociações contínuas, incluindo dois dias para “Grupo de
trabalho de remoção de sanções” e “grupo de trabalho nuclear”. Com
base em relatórios, o Irã entregou dois documentos ao grupo 4 + 1
contendo as condições de Teerã para preparar o terreno para uma maior
cooperação para resolver as preocupações de ambos os lados. Em resposta,
representantes do grupo 4 + 1 nações preferiram voltar às suas capitais
para mais consultas. História
Em 14 de julho de 2015, após anos
de negociações persistentes, a E3 (Alemanha, França, Reino Unido) +3
(EUA, Rússia, China) e o Irã foram capazes de resolver o perigoso
conflito sobre o programa nuclear do Irã por meio de negociações com o
Acordo Nuclear de Viena (Joint Comprehensive Plan of Action, JCPoA) -
aparentemente um momento estelar para a diplomacia (Ministério das
Relações Exteriores alemão). Mas apenas alguns meses depois, em outubro de 2014, os EUA publicaram seu documento de estratégia de longo prazo intitulado: “TRADOC 525-3-1 Win in a Complex World 2020-2040”
Este
importante documento destacou as chamadas ameaças emergentes da RPDC,
China, Rússia e Irã: “Embora os Estados Unidos devam avaliar as ameaças
novas e emergentes, muitos desafios operacionais atuais existirão no
futuro. Os arautos de conflitos futuros incluem potências concorrentes
(por exemplo, China e Rússia), potências regionais (por exemplo, Irã e a
República Popular Democrática da Coreia (RPDC)), redes terroristas
transnacionais (por exemplo, Al Qaeda, seus afiliados e criminosos
transnacionais), e ameaças cibernéticas. Os itens a seguir são apenas
exemplos e ilustram um número limitado de ameaças para as quais as
futuras forças do Exército devem se preparar. China O objetivo da China
ao longo do tempo é expandir sua influência para estabelecer
estabilidade ao longo de sua periferia. Embora a China prefira evitar o
confronto direto com os EUA, ela usa meios civis para desafiar ações
como voos de vigilância dos EUA. Além disso, o comportamento da China
criou atrito com os vizinhos regionais, incluindo aliados e parceiros
dos EUA Rússia A anexação russa da Península da Crimeia e o uso de
forças terrestres convencionais e não convencionais na Ucrânia sugerem
que a Rússia está determinada a expandir seu território e afirmar seu
poder na massa de terra da Eurásia. A Rússia implantou e integrou uma
variedade de meios diplomáticos, de informação, militares e econômicos
para conduzir o que alguns analistas descreveram como operações “não
lineares”. A Rússia conduziu operações para perseguir seus objetivos de
guerra abaixo do limiar que provocaria uma resposta combinada da
Organização do Tratado do Atlântico Norte. Além disso, a Rússia usou
recursos do ciberespaço e mídia social para influenciar as percepções no
país e no exterior e fornecer cobertura para operações militares em
grande escala. Embora os resultados de longo prazo da incursão na
Ucrânia ainda não sejam certos, a Rússia demonstrou a centralidade das
forças terrestres em seu esforço para afirmar o poder e promover seus
interesses nos ex-Estados soviéticos. Sem uma força terrestre viável,
capaz de se opor ao exército russo e seus representantes irregulares,
esse aventureirismo provavelmente continuará implacável. Irã A gestão do
Irã de suas aspirações nucleares moldará seu papel como uma potência em
ascensão no Oriente Médio. O Irã, fortalecido pela expansão dos
conflitos sectários no Grande Oriente Médio, representa uma ameaça
híbrida aos interesses e aliados dos EUA na região. Enquanto continua
pressionando a região para erodir e suplantar o poder dos EUA, o Irã usa
combinações de aberturas econômicas e diplomáticas com forças
irregulares para promover seus interesses. O Irã desenvolve parcerias
com populações desprivilegiadas, facções religiosas e elementos
criminosos para criar desordem focada em subverter a influência dos EUA e
das nações parceiras. O Irã evita confrontos militares diretos enquanto
desenvolve capacidades avançadas e busca uma modernização militar
abrangente. Os esforços de modernização do Irã incluem o uso de sistemas
automatizados em terra, mar e ar; misseis balísticos; e o
desenvolvimento da capacidade nuclear. “ Entretanto, os perigos
decorrentes do rearmamento e confronto entre o “Ocidente” (EUA, NATO,
UE) e Rússia-China tornam-se cada vez mais evidentes. Desenvolvimentos
recentes: Nova Guerra Fria esquenta Em 8 de novembro de 2021, pela
primeira vez desde o fim da Guerra Fria, o 56º Comando de Artilharia dos
EUA foi reativado - uma importante unidade do Exército dos Estados
Unidos com base no distrito de Mainz-Kastel, na cidade de Wiesbaden,
reportando-se a um estrela geral. O comandante, major-general Stephen
Maranian, declarou em 3 de novembro de 2021: “A reativação do 56º
Comando de Artilharia proporcionará às forças dos EUA na Europa e na
África capacidades significativas para operações de múltiplos domínios
... Também permitirá a sincronização de incêndios e efeitos combinados e
multinacionais, bem como o emprego de futuros terra-a-terra de longa
duração fogos de alcance. ” Em 10 de novembro de 2021, sob o título
"Dark Eagle pousou", o jornal britânico The Sun relatou sobre uma força
nuclear dos EUA reativada com mísseis hipersônicos Dark Eagle de longo
alcance na Alemanha pela primeira vez desde a Guerra Fria.
Os
EUA ativam uma unidade nuclear na Alemanha. (Captura de tela do The
Sun) De acordo com o Exército dos EUA, as Operações Multi-Domínio (MDO)
têm como objetivo garantir que as forças combinadas [Exército, Marinha,
Força Aérea, Fuzileiros Navais e Força Espacial] possam “Enfrentar e
derrotar um adversário quase igual, capaz de atacar os Estados Unidos em
todos os domínios [ar, terra, mar, espaço e ciberespaço], tanto
competitivamente quanto em conflito armado.” O conceito também descreve
como as forças terrestres dos EUA serão capazes de enfrentar e derrotar
adversários no futuro. O conceito segue descrevendo como as forças
terrestres dos EUA, como parte da equipe combinada e multinacional,
podem deter e derrotar adversários de pares altamente capazes no período
de 2025-2050. Para esse fim, as operações de vários domínios têm como
objetivo fornecer aos comandantes inúmeras opções “Para conduzir
operações simultâneas e sequenciais usando efeitos de surpresa e a
integração rápida e contínua de recursos entre domínios para mergulhar o
adversário em vários dilemas para obter vantagem física e psicológica,
bem como influência e controle sobre o ambiente operacional.” Relatório
do The Sun em 4 de agosto de 2021:
Hoje,
estamos testemunhando um retrocesso a um dos períodos mais perigosos da
Guerra Fria, quando no início dos anos 1980 a resolução do rearmamento
foi apressada e os obsoletos mísseis Pershing I foram substituídos pelos
Pershing II. O aumento no alcance de 800 para 1.200 quilômetros não foi
dramático para o leigo, mas sim para os especialistas do Kremlin.
Porque agora os postos de comando protegidos ao redor de Moscou poderiam
ser retirados em apenas alguns minutos. O sonho de Reagan de um ataque
de decapitação tornou-se realidade. Em Washington, a visão “A vitória é
possível” assombrava os corredores do Capitólio. A reativação do 56º
Comando de Artilharia dos EUA é lógica e a ameaça à Rússia representada
pela Alemanha é convincente. As consequências de uma Terceira Guerra
Mundial para a Alemanha e a Rússia excederão em muito todo o sofrimento e
miséria do século XX. É hora de finalmente formar uma comunidade de
nações nascidas da vontade de paz. Isso só será possível, Quando as
pessoas deixarem de se assustar, quando começarem a questionar a máscara
inofensiva da política de “defesa” e se despedirem de uma cultura
unilateral da memória, que na realidade é o manto do esquecimento e um
viveiro de apaziguamento. (10) Neste ponto, gostaria de lembrar a vocês
Joseph Fischer, que justificou a guerra de agressão contra a Sérvia, que
era contrária ao direito internacional, com “Nunca mais Auschwitz“. Sem
veracidade para com a história, não pode haver paz sustentável. Para
uma coexistência pacífica dos estados europeus no Conselho da Europa, os
planos imperiais de uma pequena elite plutocrática dos EUA / Reino
Unido devem ser interrompidos.
A
França identificou uma nova variante de covid-19, que tem mais de 40
mutações genéticas, com uma delas associada a um potencial aumento da
transmissão do vírus.
A agência EFE noticiou, esta terça-feira,
que, segundo os investigadores do Instituto Hospitalar Universitário
(IHU) de Marselha que fizeram a descoberta, a nova estirpe do SARS-CoV-2
tem 46 mutações, com uma associada a um possível aumento de contágios.
A
variante, da qual pouco ainda se sabe, foi batizada pelos cientistas
com as iniciais do instituto, IHU, e deriva de uma outra, a B.1.640,
detetada em finais de setembro de 2021 na República do Congo e
atualmente sob vigilância da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em
França, os primeiros casos da nova variante, que tem a designação
técnica B.1.640.2, foram detetados na localidade de Forcalquier, na
região de Provença-Alpes-Costa Azul.
Na mesma região, mas em
Marselha, uma dezena de casos surgiram associados a viagens aos
Camarões, país que faz fronteira com a República do Congo.
O IHU
de Marselha, especialista em doenças infecciosas, é dirigido pelo
polémico médico Didier Raoult, que recebeu uma advertência da Ordem dos
Médicos francesa por ter violado o código de ética, ao promover o uso do
antimalárico hidroxicloroquina como tratamento para a covid-19 sem
provas da sua eficácia.
A covid-19 é uma doença respiratória
causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há dois anos em Wuhan,
cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
A
variante Ómicron, identificada em novembro, é a mais contagiosa de
todas as variantes do coronavírus consideradas de preocupação,
apresentando mais de 30 mutações genéticas na proteína da spike, a
“chave” que permite ao vírus entrar nas células humanas.
Vários países, incluindo Portugal e França, têm atingindo recordes diários de infeções devido à circulação desta variante.
A
antiga estrela de Silicon Valley Elizabeth Holmes, que chegou a ser
conhecida como a “nova Steve Jobs”, foi condenada por fraude num
tribunal norte-americano e enfrenta décadas de prisão.
Após mais
de três meses de julgamento e 50 horas de deliberação, o júri do
tribunal de San José, na Califórnia, considerou Elizabeth Holmes culpada
de três acusações de fraude de escuta telefónica e de uma acusação de
conspiração para cometer fraude de escuta telefónica.
O júri não foi capaz de chegar a um consenso sobre três acusações adicionais contra Holmes.
A
jovem de 37 anos de idade enfrenta, agora, décadas de prisão como
resultado da condenação, mas a sentença terá lugar mais tarde no
tribunal federal.
Holmes prometeu revolucionar os testes de
sangue com a sua start-up Theranos que fundou em 2003 com apenas 19
anos, prometendo ferramentas de diagnóstico mais rápidas e mais baratas
do que os laboratórios tradicionais.
Com a ajuda de uma
história cuidadosamente elaborada, ela conseguiu, em poucos anos, ganhar
a confiança de figuras de destaque e angariar fundos de investidores
prestigiados, atraídos pelo perfil desta jovem.
Chegou a
convencer figuras como Henry Kissinger e George P. Shultz, ambos antigos
governantes dos EUA, a apoiarem a sua empresa.
Em 2015, o
actual presidente dos EUA, Joe Biden, foi visita ilustre de uma falsa
“fábrica” da start-up e falou de Holmes como uma pessoa “inspiradora”.
No seu auge, a empresa chegou a estar avaliada em quase 10 mil milhões de dólares.
Joseph
Ratzinger ajudou alegadamente a encobrir um capelão condenado por
abusos sexuais na década de 1980, quando era cardeal e arcebispo de
Munique.
Segundo um documento a que vários meios de comunicação
social alemães tiveram acesso, o capelão Peter H. foi transferido em
1980 da diocese de Essen para a de Munique-Freising, depois de ter
abusado de vários menores.
De acordo com o Expresso, ao terem conhecimento das acusações, os seus superiores não as esclareceram, mas obrigaram-no a fazer terapia psicológica.
O
então cardeal Joseph Ratzinger, na qualidade de arcebispo de
Munique-Freising, sabia que o capelão tinha cometido abusos, mas ainda
assim aprovou a sua transferência e não denunciou o caso ao Vaticano.
Essa
era a sua obrigação, de acordo com um decreto extrajudicial do Tribunal
Eclesiástico da Arquidiocese de Munique e Freising de 2016.
Após
a transferência aprovada por Ratzinger, o sacerdote continuou com os
abusos, pelos quais foi condenado em 1986, a 18 de prisão, facto que
levou as autoridades eclesiásticas a transferi-lo novamente, desta vez
para Garching, no sul da Alemanha.
Joseph Ratzinger “esteve
disposto a admitir ao sacerdote H. que tinha conhecimento da situação”,
afirma o documento, citado pela emissora de televisão pública ZDF e pelo
semanário “Die Ziet”.
Por isso, o documento acusa o Papa
emérito Bento XVI e outras autoridades eclesiásticas de não terem
cumprido a sua “responsabilidade” para com as “crianças e adolescentes
confiados ao seu cuidado pastoral”, segundo a investigação dos dois
órgãos de comunicação social.
Segundo o documento, Ratzinger e
outras autoridades vinculadas ao caso nunca denunciaram ao Vaticano, o
que “não permite tirar nenhuma outra consequência” do que “renunciaram
deliberadamente à punição do crime”.
Através do seu secretário
pessoal, o Papa emérito Bento XVI negou ter conhecimento dos registos do
sacerdote H., “portanto, não violou a sua obrigação de informar Roma”,
segundo declarações citadas pela ZDF.
Peter H. não foi
destituído do sacerdócio até 2010, facto pelo qual o documento também
crítica o atual arcebispo de Munique, o cardeal Reinhard Marx, que em
2008 pediu um relatório psiquiátrico sobre o estado mental do capelão,
tendo o transferido novamente, abdicando abrir uma investigação interna.
Em junho de 2021, o Papa Francisco rejeitou a resignação do
cardeal Mark, após ter renunciado ao cargo como um gesto contra os
abusos sexuais de menores por membros da Igreja Católica na Alemanha.
O
site disponibilizava fotos de cerca de 100 mulheres muçulmanas, várias
delas ativistas e jornalistas, e colocava-as à venda num leilão falso.
Segundo o Observador, o governo indiano está a investigar um site que alegava estar a vender mulheres muçulmanas através de um leilão online falso.
O website foi criado, de acordo com a CNN,
através da plataforma GitHub, propriedade da Microsoft, e tinha como
nome “Bulli Bai” – expressão que combina a palavra “pénis” e o termo
utilizado no norte do país para designar “empregada”.
A plataforma, segundo Mohammed Zubair, cofundador da plataforma de verificação de factos Alt News, disponibilizava fotos de cerca de 100 mulheres muçulmanas, sendo várias delas ativistas e jornalistas.
O
site, de acordo com um porta-voz do GitHub, já foi encerrado, e não há
evidências de que tenha sido usado para a prática de tráfico humano,
tendo como objetivo o assédio das mulheres muçulmanas.
“A GitHub
defende políticas contra qualquer conteúdo ou conduta que envolvam o
assédio, a discriminação e a incitação à violência”, afirmou o mesmo
porta-voz.
Os partidos da oposição na Índia apelaram este fim de
semana ao partido em liderança, o Bharatiya Janata, que tomasse medidas
mais sólidas em relação ao assédio da população feminina muçulmana da
Índia.
De entre as mulheres que estavam a ser supostamente
leiloadas no Bulli Bai, encontram-se a ativista e prémio Nobel da Paz
Malala Yousafzai e a atriz indiana Shabana Azmi.
“Vender alguém
online é um cibercrime, e eu peço à polícia que tome ações imediatas”,
expressou Shashi Tharoor, líder do congresso indiano. “Os perpetradores
do crime merecem um castigo condigno e exemplar.”
No domingo, o
ministro da Tecnologia da Índia afirmou nas redes sociais que o governo
“estava a trabalhar com as forças policias de Dehli e Mumbai neste
caso”.
Ismat Ara, jornalista de investigação do The Wire,
realçou que “o website parece ter sido criado com o propósito de
humilhar e insultar as mulheres muçulmanas”, segundo o AlJazeera.
A jornalista apresentou uma queixa-crime na polícia de Dehli, depois de ter encontrado uma foto sua no leilão falso.
“As
mulheres que foram alvo desta humilhação são figuras de destaque no
alerta para os problemas das mulheres muçulmanas nas redes sociais. É
uma clara conspiração para silenciar estas mulheres muçulmanas porque
nós desafiamos a ala de direita Hindu online, contra os seus crimes de
ódio”, desabafou a jornalista.
De acordo com a BBC, esta é a segunda tentativa em poucos meses de silenciar e humilhar as mulheres muçulmanas.
Em julho, um outro site chamado “Sulli Deals” criou perfis falsos de mais de 80 mulheres, que foram igualmente dispostas num leilão falso.
Para já, ainda não foi realizada nenhuma detenção em nenhum dos casos de assédio e humilhação online.
Vários grupos de feministas apelam a uma ação exigente para combater a violência contra as mulheres em França.
No
sábado, primeiro dia do ano, foi encontrado o corpo de uma mulher perto
de Saumur, no oeste de França. Era uma recruta militar, de 28 anos, que
tinha sido esfaqueada até à morte.
O autor do crime, um soldado
de 21 anos, foi detido. Segundo a procuradora local, Alexandra Verron,
está em causa um possível feminicídio – o assassinato de uma mulher pelo
seu parceiro ou ex-parceiro.
No leste de França, a polícia
descobriu o corpo de uma mulher de 56 anos com uma faca no peito, depois
de os vizinhos terem relatado uma discussão violenta com o marido. O
suspeito foi interrogado pela polícia.
Já no domingo, foi
encontrada uma mulher, de 45 anos, no porta-bagagens de um automóvel,
estrangulada pelo ex-companheiro. O homem de 60 anos apresentou-se na
esquadra de polícia de Nice para confessar o crime.
Estes três
casos de mulheres assassinadas pelos seus atuais ou ex-parceiros, nos
primeiros dias de 2022, são a prova de que França enfrenta uma
preocupante vaga de violência doméstica.
Segundo o The Guardian,
são vários os grupos de feministas que apelam a uma ação mais exigente
para combater a violência. Exemplo disso é o grupo #NousToutes (“Todos
Nós”), que acusou recentemente o Governo do país de permanecer
“escandalosamente” em silêncio.
Lena Ben Ahmed, membro do grupo,
disse à rádio France Info que estes feminicídios “não são casos
isolados”.”São violência sistemática. Todo o sistema conspira nestes
homicídios porque banaliza e minimiza a violência sexista e sexual. É
por isso que estamos escandalizados com o silêncio do Governo.”
No
ano passado, houve em França pelo menos 113 feminicídios, um aumento em
relação aos 102 oficialmente registados em 2020. Já em 2019, foram
mortas 146 mulheres.
O grupo Féminicides Par Compagnons ou Ex,
que divulgou os dados referentes a 2021, alertou que se tratava de um
número aproximado.
“Não, não são ‘dramas familiares’, ‘dramas de
separação‘ ou ‘crimes de paixão’. São assassinatos conjugais executados
por homens frustrados que pensam ter o direito de matar. Que, devido à
educação patriarcal, pensam possuir as suas mulheres e filhos e poderem
fazer o que quiserem com as suas vidas”, referiu a associação.
Professor e membro da Organização Mundial da Saúde lamenta os “egoísmos nacionais” à volta da vacinação contra a COVID-19.
A
comunidade científica tem respondido muito bem ao novo desafio chamado
COVID-19 mas a situação global poderia estar melhor, caso as decisões de
Governos de vários países fossem outras. A análise é de Rogério Gaspar.
O líder do Departamento de Regulação e Pré-Qualificação da Organização Mundial de Saúde (OMS) concedeu uma entrevista ao jornal i,
na qual fez o balanço de 2021, o seu ano de estreia na OMS. A nível
científico as coisas correram bem, a nível político nem por isso.
“Como
positivo, claramente a capacidade da resposta da comunidade científica,
dos produtores de vacinas e dos sistemas de saúde. É preciso lembrar
que estamos a falar de um agente patogénico que, há dois anos, não
conhecíamos. Em menos de um ano tivemos vacinas e, dois anos depois,
temos mais de oito mil milhões de doses de vacinas administradas. Isso
mudou completamente o contexto da pandemia e a capacidade de resposta
dos países”, analisou, destacando também a importância das parcerias
entre os sectores público e privado.
“O aspecto negativo foram
os egoísmos nacionais, que levaram à situação que temos hoje: países com
uma taxa de cobertura vacinal elevadíssima e outros com uma taxa de
cobertura muito baixa. Esse balanço já foi feito neste fecho de ano pela
OMS: atingimos o final do ano com 94 dos 192 países com uma taxa de
cobertura vacinal inferior a 40%, que era a meta para todos e cada um”,
lembrou o antigo professor na Faculdade de Farmácia da Universidade de
Lisboa .
Gaspar reforça a ideia de que a meta da OMS era
atingir, no mínimo, a vacinação em 40% das pessoas em cada país. Assim, e
longe desses números, a consequência é “não conseguir parar a evolução
do vírus”. E vêm aí mais variantes, avisou: “Estamos sujeitos ao
aparecimento de variantes – a mais recente foi a Ómicron mas
provavelmente não será a última“.
“Este processo não irá parar
enquanto não percebermos que precisamos de vacinar toda a gente. Como o
director-geral da OMS tem dito repetidamente: não estamos protegidos
enquanto não estivermos todos protegidos”, continuou – a OMS acredita
que haverá uma adesão diferente durante o primeiro semestre deste ano,
para chegar ao mínimo de 70% de pessoas vacinadas em cada país.
Novas
variantes deverão aparecer e novas pandemias vão certamente aparecer,
comentou o especialista: “Uma coisa é certa: vamos ter mais pandemias. É
importante começar a rever as lições desta crise e dotar a OMS de
instrumentos que lhe permitam exercer uma maior capacidade de
coordenação operacional da resposta à escala global, que é um mandato
que hoje tem fortes limitações”.
O coronavírus já provocou quase cinco milhões e meio de mortes, entre mais de 290 milhões de casos confirmados.
É importante testar mas já surgiu um aviso oficial: a variante Ómicron consegue “escapar” mais facilmente aos testes rápidos.
A
conceituada FDA, a entidade que regula os medicamentos nos Estados
Unidos da América, deixou o aviso há poucos dias: a variante Ómicron não
é detectada em muitos testes rápidos antigénio à COVID-19. A variante
mais recente do coronavírus consegue “escapar” mais frequentemente
nesses testes, comparando com as variantes anteriores.
Então os
tão famosos – e tão procurados – testes rápidos deixaram de ser úteis?
Já não vale a pena realizar os testes antigénio? São questões que
mereceram a atenção de Alexander Freund, na versão brasileira da Deutsche Welle.
Continua
a ser importante testar e utilizar esses testes. As próprias entidades
oficiais, sobretudo na Europa, asseguram que se deve confiar no
resultado de cada teste rápido. Embora o caminho passe por “obrigar” toda a gente a realizar testes certificados por laboratório.
No
entanto, um teste rápido continua a ser uma ferramenta útil para
controlar o número de casos confirmados de COVID-19 e para evitar uma
maior propagação inconsciente do vírus.
O outro lado da questão
é: um resultado negativo num teste rápido é garantia a 100 por cento
que a pessoa em causa não está infectada? Não. Como vem descrito nas
instruções dos próprios testes, não. Assim, a pessoa pode realmente
estar infectada mas, ao ver o resultado negativo no teste rápido, volta à
sua vida “normal” e pode infectar outras pessoas. Recorde-se: dois dias
antes dos primeiros sintomas, já pode haver contágio.
Por isso,
não se deve fugir dos testes de antigénio mas essa testagem, não sendo
completamente fiável, pode criar uma “sensação enganosa de segurança”,
avisa Freund.
As dúvidas à volta dos testes rápidos foram
noticiadas na Alemanha, onde foi feito um estudo que revelou que, em 122
testes antigénio analisados, 26 “enganaram” o paciente – não
apresentaram resultado positivo, mesmo quando a pessoa apresentava uma
carga viral evidente. Traduzindo em percentagem: mais de 21 por cento
dos testes rápidos não eram confiáveis.
O
Parlamento da África do Sul foi parcialmente destruído pelas chamas num
incêndio que deflagrou na manhã de domingo. O incêndio, controlado esta
segunda-feira, não causou vítimas.
Os bombeiros conseguiram
controlar o incêndio no edifício do Parlamento da África do Sul, na
Cidade do Cabo, esta segunda-feira, As chamas deflagraram no início da
manhã de domingo e reduziran o edifício da Assembleia Nacional a
escombros.
“O incêndio foi controlado durante a noite e o número
de pessoas no local foi gradualmente reduzido”, disse, esta manhã, o
porta-voz dos bombeiros da cidade, Jermaine Carelse.
O fogo
ainda ardia nas partes mais antigas do edifício, que contém cerca de
4.000 obras de arte e património, algumas datadas do século XVII. A
biblioteca do Parlamento, com a sua coleção única de livros, parece ter
sido poupada.
A extensão dos danos ainda não foi determinada,
mas o edifício da Assembleia Nacional foi completamente destruído. “A
maior parte dos danos está provavelmente neste edifício, que não será
utilizado durante meses”, disse Carelse.
O vasto edifício é constituído por três partes: um edifício que alberga a
atual Assembleia Nacional, outro que alberga a Câmara Alta do
Parlamento, chamado Conselho Nacional das Províncias, e a parte
histórica mais antiga onde os parlamentares costumavam reunir-se.
Os presidentes das duas câmaras e os membros do Governo deverão reunir-se ainda hoje para uma avaliação inicial da situação.
O
incêndio começou por volta das 05:00 (03:00 em Lisboa) de domingo na
ala mais antiga, concluída em 1884, com salas cobertas de madeira
preciosa.
De acordo com os primeiros elementos da investigação, o
incêndio começou em duas áreas distintas. O sistema automático de
extinção de incêndios foi impedido de funcionar corretamente por um
abastecimento de água fechado.
De acordo com a Lusa, deverá ser
apresentado um relatório dentro de 24 horas ao Presidente do país, Cyril
Ramaphosa, que visitou o local no domingo.
Um homem de 49 anos
de idade foi detido e acusado de “roubo, fogo posto” e será processado
por ameaça de propriedade estatal, disse a unidade de polícia de elite
da África do Sul. Deverá comparecer em tribunal na terça-feira.
O
Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, descreveu o incêndio como “um
acontecimento terrível e devastador”. Já a ministra das Obras Públicas e
das Infraestruturas, Patricia de Lille, disse que este “é um dia triste
para a democracia na África do Sul”.
“O Parlamento é a casa da nossa democracia, e é um sítio estratégico”, salientou, citada pelo Público.
Esta
é a segunda vez em menos de um ano que o Parlamento é danificado,
quando um incêndio rapidamente contido deflagrou em março.
O incêndio deste domingo aconteceu apenas um dia depois das cerimónias fúnebres do arcebispo emérito Desmond Tutu, que decorreram na catedral anglicana de São Jorge, perto do Parlamento.