segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Tribunal Europeu dos Direitos Humanos rejeita queixosos que queriam processar Vaticano por pedofilia !

O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) rejeitou esta terça-feira 24 queixosos que já tinham tentado perante tribunais belgas processar o Vaticano por atos de pedofilia cometidos por padres.


O TEDH invocou em particular “a imunidade” do Vaticano reconhecida pelos “princípios do direito internacional”, dando assim razão à justiça belga, que tinha rejeitado os queixosos de nacionalidade belga, francesa e holandesa e invocado a imunidade da jurisdição do Vaticano.

“O tribunal julga que a rejeição (…) não se desviou dos princípios do direito internacional geralmente reconhecidos em matéria de imunidade dos Estados” e que se aplicam ao Vaticano, indica o TEDH num comunicado.

Conclui assim que não houve violação das disposições da Convenção Europeia dos Direitos Humanos sobre o “direito de acesso a um tribunal” invocada pelos requerentes, que alegavam terem sido impedidos de apresentar as suas queixas contra o Vaticano.

Segundo o comunicado, os requerentes tentaram, em 2011 na Bélgica, apresentar uma ação civil coletiva contra o Vaticano, dirigentes da Igreja Católica no país e associações católicas, exigindo indemnizações por “danos causados pela forma estruturalmente deficiente como a Igreja teria enfrentado o problema dos abusos sexuais no seu seio”.

Observando que o Vaticano “tem características comparáveis às de um Estado”, os juízes europeus consideram que a justiça belga tinha o direito de “deduzir” nesse sentido.

“O fracasso total da ação dos requerentes resulta na realidade” de más “escolhas processuais” que “não alteraram” durante o processo “para precisar e individualizar os factos que fundamentavam as suas ações”, conclui o tribunal.

https://zap.aeiou.pt/tribunal-vaticano-pedofilia-437588

Resposta britânica à pandemia foi “dos maiores fracassos de sempre” !

Um relatório do Parlamento britânico sobre a gestão pandémica no Reino Unido arrasa os esforços do executivo britânico no sentido de impedir a propagação do vírus no início da pandemia.


Segundo a visão dos parlamentares, a abordagem do governo de Boris Johnson, apoiada por cientistas, foi a de disseminar a infeção pela população em vez de tentar impedi-la, num plano para alcançar a imunidade de grupo através do contágio, o que levou a um atraso na implementação do primeiro confinamento no Reino Unido.

Esta decisão provocou mortes que poderiam ter sido evitadas. O resultado, lê-se no relatório, foi um dos “maiores fracassos de saúde pública que o Reino Unido alguma vez experienciou”

As conclusões constam de um relatório de 150 páginas da Comissão de Saúde e Assistência Social e da Comissão de Ciência e Tecnologia, que agregam deputados de todo o espetro político, refere a CNN.

“Coronavírus: Lições aprendidas até agora” cobre uma variedade de sucessos e fracassos ao longo da pandemia, que já custou mais de 150 mil vidas e que é descrita como o “maior desafio em tempos de paz” do último século.

Tendo que conta que numa pandemia, é “impossível fazer tudo certo”, os conservadores Jeremy Hunt e Greg Clark, que presidem às comissões, consideraram que “o Reino Unido combinou algumas grandes conquistas com alguns grandes erros” e que “é vital aprender com ambos”.

O governo britânico já reagiu ao relatório produzido pela Câmara dos Comuns. O ministro da presidência do Conselho de Ministros, Stephen Barclay, assegurou que o executivo irá ter em conta o relatório, referindo que “se há lições a tirar, estamos inclinados a fazê-lo.”

No entanto, Barclay defendeu as decisões tomadas pelo governo de Boris Johnson no início da pandemia.

“Seguimos o aconselhamento científico, conseguimos avançar com a vacinação extremamente rápido, protegemos o nosso NHS de um aumento de casos”, afirmou, no programa matinal da Sky News, citado pelo Observador.

Questionado pela jornalista se não deveria haver lugar a um pedido de desculpas, Barclay respondeu que não. “Tomámos decisões com base na evidência que tínhamos”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/resposta-britanica-pandemia-fracasso-437526

 

Rússia acusada de usar espiões para roubar fórmula da AstraZeneca e criar a sua Sputnik V !

A Rússia está a ser acusada de ter usado espiões no Reino Unido para copiar o projeto da vacina Oxford/AstraZeneca e criar a sua própria vacina, a Sputnik V.


O The Sun escreve que a Rússia está a ser acusada de ter usado espiões no Reino Unido para copiar o projeto da vacina britânica Oxford/AstraZeneca e criar a sua própria vacina, a Sputnik V. Os serviços de segurança dizem ter provas de que um dos espiões de Vladimir Putin roubou dados cruciais sobre o fármaco.

A vacina russa utiliza uma tecnologia semelhante à da vacina concebida em Oxford e os serviços de segurança britânicos dizer ter agora a certeza de que a vacina foi copiada.

Um espião terá sido enviado para o Reino Unido e terá conseguido roubar um projeto “ultra-secreto” da farmacêutica britânica. Não se sabe, no entanto, se foram furtados documentos do laboratório ou uma amostra do medicamento para análise.

No ano passado, o falecido ministro da segurança James Brokenshire disse que o Reino Unido tinha “mais de 95% de certeza” de que os hackers patrocinados pelo Estado russo tinham visado o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá em ataques a empresas farmacêuticas.

Na segunda-feira, o ministro do Interior, Damian Hinds, recusou-se a confirmar os últimos relatórios, mas admitiu que os ataques cibernéticos se estavam a tornar mais sofisticados. “Vivemos num mundo onde há atividade estatal que procura envolver-se em espionagem industrial e espionagem económica”, disse, em declarações à LBC.

Não vou comentar o caso específico que mencionou porque isso não seria correto, mas é justo dizer que enfrentamos ameaças deste tipo que são diferentes, que são mais sofisticadas, que são mais extensas do que alguma vez foram”, acrescentou.

Ambas as vacinas – Oxford/AstraZeneca e Sputnik V – são de vetor viral, o que significa que é usado um outro tipo de vírus modificado para introduzir parte do material genético do novo coronavírus no organismo e induzir a resposta do sistema imunitário. As duas vacinas foram elaboradas para a toma de duas doses.

https://zap.aeiou.pt/russia-espioes-roubar-oxford-astrazeneca-437403

 

OMS aponta alterações climáticas como a maior ameaça à saúde da Humanidade !

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que as alterações climáticas são “a maior ameaça à saúde da Humanidade”, apelando aos governos para saírem da pandemia de uma forma “saudável e verde”.


Para isso, a OMS elenca num relatório hoje divulgado dez prioridades, desde logo pedindo aos países signatários do Acordo de Paris que coloquem “a saúde e a justiça social no centro das conversações” da 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), que se realiza no princípio de novembro em Glasgow, na Escócia.

A diretora do departamento da OMS para o Ambiente, Alterações Climáticas e Saúde, Maria Neira, salientou em conferência de imprensa que reduzir a poluição atmosférica para os níveis recomendados pela organização evitaria “80 por cento” das cerca de sete milhões de mortes provocadas todos os anos pelos efeitos da poluição atmosférica.

“A saúde será a motivação para acelerar e para fazer mais para combater as alterações climáticas, que afetam os pilares da saúde: alimentação, água e qualidade do ar”, afirmou.

“Talvez esta seja a altura de uma COP da Saúde. É isso que queremos. Qualquer que seja o investimento financeiro necessário, compensará pelos benefícios que trará. Não há desculpas”, referiu Maria Neira.

A OMS citou números do Fundo Monetário Internacional segundo os quais a indústria dos combustíveis recebe 5,9 biliões de dólares de financiamento anualmente, o equivalente a 11 dólares por minuto e metade dessa quantia é o que custam ao mundo os problemas de saúde por eles provocados todos os anos.

Proteger a saúde humana das consequências das alterações climáticas, sustenta a OMS, exige transformações em setores como o energético, alimentar e financeiro.

O diretor-geral da organização, Tedros Ghebreyesus, argumentou que “as mesmas escolhas insustentáveis que estão a matar o planeta também estão a matar pessoas”.

Os apelos da OMS são subscritos por 300 organizações que representam pelo menos 45 milhões de médicos e outros profissionais de saúde, que constituem mais de dois terços de todos os trabalhadores do setor a nível mundial.

“Onde quer que estejamos, nos nossos hospitais, clínicas e comunidades no mundo inteiro, já estamos a ter que responder aos malefícios para a saúde causados pelas alterações climáticas”, refere a carta aberta dos profissionais de saúde também divulgada hoje.

“A combustão de combustíveis fósseis está a matar-nos”, lê-se no relatório lançado hoje pela OMS em antecipação da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em que se refere que o impacto da poluição atmosférica, que se estima provocar “13 mortes por minuto” em todo o mundo, é sentido “de forma desproporcional pelos mais vulneráveis”.

Globalmente, a OMS estima que “mais de 90% dos seres humanos respiram níveis nocivos para a saúde de poluição atmosférica”.

Outra mudança, no setor alimentar, no sentido de regimes alimentares mais “nutritivos e à base de vegetais” poderia reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera e “evitar até 5,1 milhões de mortes relacionadas com a alimentação até 2050”.

A organização defende que os próprios sistemas de saúde e as instalações em que funcionam precisam de ser também sustentáveis.

Nas cidades, recomenda que se criem mais condições para “andar, andar de bicicleta e usar transportes públicos”.

Outros eixos dos apelos da OMS são a conservação e a reparação dos ambientes naturais e dos ecossistemas e a orientação dos investimentos na recuperação pós-pandemia para atividades que não sejam prejudiciais ao ambiente.

“Esta COP tem que ser especial na sua ambição, nas soluções, nas ações e intervenções propostas, e na rapidez com que são aplicadas”, reforçou Maria Neira.

https://zap.aeiou.pt/oms-alteracoes-climaticas-ameaca-saude-437331

 

Nova tendência do Tik Tok está a causar preocupação por representar riscos para a saúde !

Recentemente, um grupo de investigadores fez um alerta durante um congresso médico nos Estados Unidos, devido ao facto de muitos jovens estarem a adquirir o hábito de tomar suplementos em pó sem antes os diluir. Uma prática que também contraria a recomendação dos fabricantes.


Segundo os autores do estudo apresentado no evento, a preocupação tem crescido sobretudo no caso dos adolescentes, depois da prática ter-se tornado viral na plataforma Tik Tok – que atualmente conta com milhões utilizadores em todo o mundo.

Este tipo de suplementos energéticos são pensados para serem consumidos antes da prática de exercício físico e contém vários aminoácidos, vitaminas e ingredientes como cafeína.

O objetivo é dar uma “dose de estímulo” antes do início da atividade física, de modo a aumentar a resistência. Porém, já existe conhecimento de vários riscos pelo consumo em excesso de estimulantes energéticos.

Uma grande dose de cafeína, por exemplo, pode causar efeitos colaterais no coração, incluindo palpitações ou batidas cardíacas a mais ou a menos.

Segundo os especialistas do Cohen Children’s Medical Center, em Nova Iorque, ingerir suplementos energéticos em pó pode ainda fornecer uma quantidade de cafeína equivalente a cinco copos de café.

A “dose de estímulo” pode causar “uma elevação da pressão sanguínea e do batimento cardíaco, levando a distúrbios no ritmo cardíaco“, referem os autores do estudo.

Além disso, inalar acidentalmente o pó e levá-lo aos pulmões pode causar sufocamento, infeção ou pneumonia, referem os investigadores. Neste sentido, algumas notícias recentes mostraram que a prática acarreta vários perigos.

O tema chamou à atenção depois de uma influencer de 20 anos, Briatney Portillo, ter contado que teve um ataque cardíaco após ter ingerido a suplementação em pó sem que esta fosse diluída em água – correlação que ainda não foi confirmada por médicos.

Após o assunto ter ganho relevância pública, os investigadores analisaram 100 vídeos no Tik Tok com a hashtag “preworkout” (pré-treino), sendo que apenas oito desses vídeos apresentaram o uso correto do suplemento em pó. Mais de 30 vídeos exibiam pessoas a ingerir o pó seco sem diluição, sendo que estes eram sempre os posts com mais “likes”.

Na apresentação para o congresso da Academia Americana de Pediatras, foi alertado que “os médicos devem estar cientes da prática disseminada do pré-treino, dos perigosos métodos de consumo e do potencial de acidentes com dosagens excessivas e inalação”.

A cientista nutricional Bridget Benelam, da Fundação Britânica de Nutrição, afirma: “Os suplementos em pó para pré-treino normalmente contêm cafeína, além de ingredientes como creatina, aminoácidos e vitaminas”.

“Aparentemente não há muitas pesquisas sobre os benefícios desses produtos, apesar da evidência de que a cafeína pode melhorar performances desportivas em alguns casos. Os estudos são normalmente feitos em atletas, portanto não está clara a relevância para a população em geral”, refere.

A especialista frisa ainda que “os níveis de cafeína nesses produtos são equivalentes a uma chávena de café, podendo chegar a algo como três a cinco chávenas, de acordo com instruções dos fabricantes”.

“Dessa forma, há risco de consumir cafeína em excesso, especialmente se a ingestão for superior a mais de uma vez por dia. O simples consumo do pó [sem diluição] pode representar riscos, já que pode haver consumo acima da quantidade recomendada”, remata Benelam.

https://zap.aeiou.pt/nova-tendencia-tik-tok-preocupacao-437335

 

Casal detido por vender informações sobre submarinos nucleares !

Um engenheiro nuclear da Marinha dos EUA e a mulher estão a ser acusados de vender informação secreta sobre submarinos nucleares a um agente infiltrado do FBI que se fez passar por um agente de um país estrangeiro.


De acordo com o Departamento de Justiça norte-americano, um casal terá vendido informação secreta sobre submarinos nucleares “a uma pessoa que acreditavam ser um representante de uma potência estrangeira” – mas, afinal, a informação estava a ser passada a um agente do FBI infiltrado.

Jonathan e Diana Toebbe foram detidos este sábado, no estado da Virgínia Ocidental, e acusados de violar a Lei da Energia Atómica, anunciou o Departamento de Justiça, em comunicado.

Segundo a acusação, Jonathan Toebbe, de 42 anos, que é um engenheiro nuclear da Marinha com autorização de segurança ultra-secreta, enviou dados restritos a um país não identificado em 2020 e, mais tarde, começou a vender segredos por dezenas de milhares de dólares em moeda criptográfica a um agente infiltrado do FBI, que se fazia passar por um funcionário estrangeiro.

Uma das acusações está relacionada com uma situação em que Toebbe terá escondido um cartão de memória digital com documentos sobre reatores nucleares submarinos em meia sandes de manteiga de amendoim, que terá entregue num dead drop, enquanto a sua esposa ficava de vigia, escreve a Reuters.

No cartão de memória, o casal “vendeu informações conhecidas como dados restritos sobre o design” de submarinos nucleares – elementos “militarmente sensíveis, parâmetros de funcionamento e características de desempenho de reatores submarinos”.

Toebbe recebeu pagamentos separados em moeda criptográfica num total de 100 mil dólares, alega o Departamento de Justiça.

As autoridades anunciaram que Jonathan e Diana Toebbe foram detidos por agentes do FBI e dos Serviços Navais de Investigação Criminal (NCIS, na sigla em inglês), após terem colocado mais um cartão de memória num local de entrega na Virgínia Ocidental.

Agora, são acusados de conspiração e de “comunicação de dados restritos” e deverão ser presente a um juiz num tribunal federal da Virgínia Ocidental na terça-feira, 12 de outubro.

https://zap.aeiou.pt/casal-detido-por-vender-informacoes-sobre-submarinos-nucleares-437092

 

 

domingo, 17 de outubro de 2021

O vulcão Yellowstone pode estar despertando - O Vulcão apocalíptico quer acordar !

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Xi Jinping promete “reunificação” pacífica com Taiwan !

O presidente chinês, Xi Jinping, prometeu este sábado uma “reunificação” inevitável com Taiwan por meios “pacíficos”, enquanto a ilha relatou nos últimos dias um número recorde de incursões de aviões militares provenientes de Pequim.


O chefe de Estado chinês discursou no âmbito das comemorações do 110º aniversário da Revolução de 1911, que derrubou a última dinastia chinesa.

O evento, que é celebrado hoje na China Comunista, também será recordado no domingo em Taiwan, onde Sun Yat-sen, o primeiro presidente chinês, é considerado o pai da nação.

A ilha de Taiwan, que detém um sistema democrático, é governada por um poder independente de Pequim desde a vitória dos comunistas sobre o continente em 1949. A China considera este território como uma das suas províncias, ameaçando usar a força no caso de uma proclamação formal de independência da ilha.

“Alcançar a reunificação da pátria por meios pacíficos é do interesse geral da nação chinesa, incluindo dos compatriotas de Taiwan”, referiu Xi Jinping no Palácio do Povo em Pequim.

Apesar da sua rivalidade política e histórica, Pequim e Taipé têm em comum a sua legitimidade da Revolução de 1911. “A reunificação do nosso país pode e será alcançada”, garantiu Xi Jinping, alertando contra qualquer interferência estrangeira.

“A questão de Taiwan é um assunto puramente interno da China”, insistiu, depois de na sexta-feira, Washington admitir que estava a treinar o Exército taiwanês há meses.

Um contingente de cerca de 20 membros das operações especiais e forças convencionais americanas tem vindo a conduzir os treinos há menos de um ano, segundo informou à AFP um funcionário do Pentágono, sob anonimato. Os EUA fornecem ainda armas a Taiwan.

Os americanos têm um compromisso ambíguo de defender Taiwan, que Pequim considera uma província rebelde. Porém, Xi Jinping adverte que: “ninguém deve subestimar a forte determinação (…) do povo chinês em defender a soberania nacional e a integridade territorial”.

A comemoração da Revolução é um dos poucos eventos que unem a China e Taiwan.

A líder da ilha, Tsai Ing-wen, inimiga dos comunistas devido às suas tendências separatistas, também deverá fazer um discurso no domingo devido ao aniversário.

“Aqueles que traem a pátria e dividem o país nunca terminam bem”, ameaçou Xi Jinping relativamente aos separatistas taiwaneses.

Ainda assim, escreve o Público, as agências internacionais notam um tom menos agressivo por parte de Xi em contraste com a postura adotada num discurso em julho em que prometeu “esmagar” qualquer tentativa de declaração unilateral de independência por parte de Taiwan.

As comemorações dos acontecimentos de 1911 ocorrem numa altura que está a haver grande tensão no Estreito de Taiwan, após a maior incursão nos últimos dias por aviões militares chineses na zona de identificação de defesa aérea da ilha.

https://zap.aeiou.pt/xi-jinping-reunificacao-taiwan-436969

 

Polícias encapuzados e pagos pela UE agridem e expulsam migrantes ilegalmente. Comissão “é cúmplice” !

Um relatório detalha centenas de expulsões ilegais de requentes de asilo pelas forças de autoridade oficiais de estados-membros da UE. Várias ONGs acusam a Comissão Europeia de ser cúmplice por continuar a financiar as operações de patrulha nas fronteiras e por não punir os países em causa.


Uma nova investigação do consórcio de jornalistas Lighthouse Reports veio lançar novas dúvidas sobre a política migratória de estados-membros da União Europeia e de países vizinhos, relatando alegadas devoluções de migrantes para que estes não possam pedir asilo no espaço europeu.

Este tipo de práctica sem se avaliar primeiro as circunstâncias dos migrantes é ilegal segundo a lei internacional e a Carta Europeia dos Direitos Humanos e é também ilegal um país negar pedidos de asilo, que estão a cargo dos tribunais.

Vários países europeus e estados-membros da UE têm efectuado centenas de reenvios ilegais nas fronteiras externas do bloco desde o início de 2020, numa “violenta campanha” para negar o acesso ao asilo, alega o relatório.

A organização jornalística publicou vários vídeos captados pelos próprios migrantes, por câmaras de vigilância e por drones mostra que os reenvios são levados a cabo por forças de segurança encapuzadas e unidades de polícia à paisana que recebem fundos da UE para operações de vigilância nas fronteiras do bloco europeu.

Através dos testemunhos, entrevistas com mais de 12 actuais e antigos agentes da polícia e as imagens, os jornalistas concluíram que pelo menos 189 pessoas tinham sido negadas acesso ao sistema de pedido de asilo da UE ilegalmente, o que acreditam ser apenas uma “pequena amostra das devoluções”.

Vários vídeos publicados pelo grupo filmados na Croácia mostram homens armados e de cara tapada a agredir migrantes com cacetetes e gritando para que voltassem para a Bósnia. Os migrantes dizem que pediram asilo aos polícias croatas, mas que lhes foi negado e mostraram as marcas das agressões no corpo.

Foram também filmadas várias devoluções de migrantes na fronteira da Roménia com a Sérvia e os membros da força de autoridade que vigia a fronteira romena confirmaram que esta é uma práctica recorrente e que são instruídos a seguir.

Na Grécia, a equipa aponta que terão havido pelo menos 635 reenvios desde Março de 2020 e que 15 terão sido levados a cabo por homens de cara tapada, que antigos e actuais membros da Guarda Costeira grega identificaram como parte das equipas que se dedicam a patrulhar as travessias do mar Egeu.

“A nossa investigação mostra que estas forças clandestinas não são populares mascarados, mas sim unidades da polícia que têm de reportar aos governos da União Europeia. As operações são negadas em público mas financiadas e equipadas com orçamentos da UE“, explicam os jornalistas.

As revelações da investigação do Lighthouse Reports, que foi feita em parceria com a revista alemã Der Spiegel e o jornal francês Libération durante oito meses, veio confirmar as críticas que muitas ONGs já tinham feito à política migratória da UE e sobre a falta de acção das autoridades europeias.

Croácia, Grécia, Itália e Chipre são alguns dos países que mais dinheiro recebem da UE para gestão dos fluxos migratórios e todos eles têm acusações de devoluções ilegais de migrantes. As políticas migratórias da Hungria nos últimos anos têm também causado polémica.

Recentemente, a Polónia, outro estado-membro da UE, também tem sido criticada por estar alegadamente a devolver migrantes à Bielorrússia, que está a aceitar vistos de refugiados iraquianos e afegãos e obriga-os depois a atravessar ilegalmente a fronteira com a Polónia como retaliação contra as sanções europeias ao governo de Lukashenko.

Segundo Bruno Oliveira Martins, investigador no Peace Research Institute de Oslo, a culpa não é apenas dos países individuais mas também da União Europeia. “É preciso sublinhar que que estas pessoas encapuçadas, por muito que aparentem atuar à margem da lei, estão na verdade a cumprir políticas oficiais da UE”, revela ao Expresso.

Comissão Europeia é cúmplice, acusa Amnistia

Em resposta à situação a Croácia lançou na quinta-feira uma investigação às alegações e vai criar um organismo específico para investigar estes casos. “A nossa equipa de peritos já está no terreno para determinar o que terá acontecido, onde e quem esteve envolvido, onde aconteceu. Há muitas questões que precisam de uma análise minuciosa”, anunciou o Ministro do Interior da Croácia, Davor Bozinovic.

A Comissão Europeia também já respondeu, com a Comissária para os Assuntos Internos da UE, Ylva Johansson, a descrever o relatório como “chocante” e mostrando-se “extremamente preocupada”. “Isto tem de ser investigado, mas parecem indicar que há alguma orquestração de violência nas nossas fronteiras externas”, diz Johansson, citada pela Euronews.

A Comissária do Conselho Europeu dos Direitos Humanos, Dunja Mijatović, reagiu no Twitter, dizendo que estava “na hora” dos membros “investigarem eficazmente, tomar medidas, responsabilizarem-se e acabarem” com estas violações aos direitos humanos.

O porta-voz da Comissão, Adalbert Jahnz, respondeu à situação. “Os vídeos e relatos de devoluções nas fronteiras externas da UE que foram publicados pelo Lighthouse Reports são muito preocupantes. Actos de violência contra migrantes, requerentes de asilo e refugiados são inaceitáveis e devem ser investigados”, disse em conferência de imprensa.

No entanto, esta não é a primeira vez que a Comissão Europeia sabe da existência destas políticas de devoluções de migrantes. Em Janeiro, a ONU ordenou uma investigação e “inquéritos urgentes às alegadas violações e maus-tratos” a migrantes, mas a Comissão nunca penalizou qualquer estado-membro envolvido nestas políticas.

A Amnistia Internacional também não está convencida com a resposta da Comissão. A investigadora da ONG nos Balcãs Jelena Sesar refere que esta investigação é “a mais recente prova de que as devoluções ilegais e a violência contra os requerentes de asilo e migrantes são comuns nas fronteiras externas da UE”.

Sesar acusa também as autoridades europeias de “fingir que não veem a violação chocante da lei da UE” e de “continuar a financiar a polícia e as operações nas fronteiras de alguns países”.

“O financiamento da Comissão Europeia tem sido usado pelas autoridades croatas para comprar equipamentos para a polícia e até para pagar os salários dos patrulhas na fronteira, o que torna a UE cúmplice nestas violações“, remata.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-devolucoes-ilegais-fronteiras-ue-436706

 

“Sem precedentes”. Vídeos mostram tortura desenfreada nas prisões russas !

Uma Organização Não-Governamental (ONG) que acompanha os abusos no sistema prisional russo terá recebido “milhares” de vídeos com fugas de informação, que mostram reclusos a serem espancados e torturados por guardas em várias prisões russas.


“Esta é uma fuga sem precedentes que provocará ondas choque por todo o país. No total, temos mais de 40 gigabytes de ficheiros que mostram tortura generalizada“, disse Vladimir Osechkin, o fundador do grupo de direitos Gulagu.net, ao The Moscow Times.

Três dos vídeos — que mostram reclusos a serem torturados num hospital prisional na cidade de Saratov, no Volga — foram publicados esta terça-feira e Vladimir Putin já disse ter conhecimento das filmagens.

“Se isto for confirmado, levará a uma investigação muito séria”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, na terça-feira, explicando que o Serviço Prisional Federal (FSIN) já está a investigar.

Esta quarta-feira, o Gulagu.net publicou novas filmagens que mostram prisioneiros a serem espancados e torturados, não só no hospital prisional em Saratov, mas também em prisões nas regiões de Belgorod e Kamchatka.

Outro vídeo, ao qual o Moscow Times teve acesso, mostra várias pessoas a usarem um grande objeto para violar um homem nu que está amarrado a uma cama.

Entretanto, o chefe do serviço prisional de Saratov foi despedido, juntamente com três funcionários regionais e o médico chefe da prisão, anunciou o FSIN.

Segundo Osechnkin, a organização começou a receber as filmagens em março, através de um ex-presidiário de Saratov.

O ex-recluso será um especialista bielorrusso em informática e terá conseguido aceder a imagens armazenadas nos computadores da prisão, filmadas em estabelecimentos prisionais nas regiões de Irkutsk, Vladimir e Saratov entre 2018 e 2020.

O denunciante deixou a Rússia no início desta semana, recusando-se a revelar a sua localização para garantir a sua segurança.

“Estamos a planear publicar partes dos vídeos passo a passo nas próximas semanas, agora que a fonte está fora do alcance das autoridades russas“, disse Osechkin.

Os vídeos foram enviados ao Comité Europeu para a Prevenção da Tortura e Tratamento ou Punição Desumana ou Degradante (CPT).

Osechkin fundou a organização de direitos humanos Gulagu.net em 2011 para monitorizar as violações dos direitos dos reclusos na Rússia — em 2015, deixou o país e reside atualmente em França.

https://zap.aeiou.pt/sem-precedentes-tortura-prisoes-russas-436474

 

Identidade do Assassino do Zodíaco pode finalmente ter sido revelada !

Uma equipa de especialistas que investiga casos arquivados alega ter identificado o Zodiac Killer (Assassino do Zodíaco), um dos mais prolíficos assassinos em série dos EUA ligado a uma série de assassinatos brutais e enigmas insolúveis.


No final dos anos 1960, um serial killer conhecido pelo pseudónimo “Zodíaco” assassinou pelo menos cinco pessoas na Califórnia. Enquanto isso, o assassino enviou várias mensagens à imprensa, escritas em código onde as letras são substituídas por uma série de símbolos.

A sua identidade permanece uma incógnita até hoje, já que as autoridades norte-americanas nunca conseguiram apanhar o responsável pelos homicídios.

Agora, o grupo de especialistas — conhecido por The Case Breakers — garante ter descoberto a verdadeira identidade do Assassino do Zodíaco: Gary Francis Poste. O suspeito em causa morreu em 2018 e, de acordo com a equipa de voluntários, há várias pistas que apontam para si.


Gary Francis Poste

A equipa reúne mais de 40 ex-policias, investigadores particulares, agentes federais e especialistas forenses, escreve o jornal britânico The Independent.

As pistas em causa incluem várias fotografias encontradas na sua câmara escura, um padrão de rugas na sua testa que correspondem a um esboço do Zodíaco feito pela polícia e evidências forenses, incluindo ADN.

Um antigo agente de contra-espionagem do Exército e membro da equipa revelou que o nome completo de Gary era a chave para decifrar os enigmas.

“Você precisa de saber o nome completo de Gary para decifrar estes anagramas”, disse Jen Bucholtz. “Acho que não há outra maneira de alguém descobrir de outra forma”.

Os especialistas também acreditam que o Assassino do Zodíaco é o responsável pela morte de Cheri Jo Bates, na Califórnia, a 31 de outubro de 1966 — dois anos antes do alegado primeiro homicídio atribuído ao Zodíaco.

Poste era um veterano da Força Aérea quando recebeu exames médicos devido a um incidente com uma arma num hospital localizado a 15 minutos da cena do crime de Bates.

Além disso, um relógio com restos de tinta foi encontrado na cena do crime e acredita-se que tenha sido usado pelo assassino. Coincidência ou não, Poste pintou casas durante mais de quatro décadas.

Os detetives encontraram ainda uma pegada de uma bota de estilo militar, que combinava com o mesmo estilo e tamanho das encontradas em outras cenas de crime do Zodíaco e de Poste.

O grupo está agora a pressionar a polícia local para comparar uma amostra de ADN de Poste com as recolhidas na cena do crime de 1966.

Os Case Breakers citam também um memorando do FBI, de 1975, que dizia que Cheri Jo Bates era a sexta vítima do Zodíaco.

Um mês depois do homicídio, a polícia recebeu uma carta com uma confissão, com frases semelhantes às usadas pelo Zodíaco. No entanto, as autoridades desconsideraram esta carta, sugerindo que foi uma “piada de mau gosto”.

Em declarações à FOX News, o departamento de homicídios da Polícia de Riverside, na Califórnia, “determinou que o assassinato de Cheri Jo Bates em 1966 não está relacionado ao Assassino do Zodíaco”.

“O autor admitiu que não era o Assassino do Zodíaco ou de Cheri Jo Bates e que estava apenas a procurar atenção”, disse o departamento de polícia.

O caso inspirou dois filmes: “Zodiac” (2007), com Jake Gyllenhaal, Robert Downey Jr. e Mark Ruffalo, e “Dirty Harry” (1971), com Clint Eastwood.

As primeiras cartas do Zodíaco foram enviadas para três jornais da cidade da Califórnia, sendo que cada uma continha uma parte diferente da mensagem codificada. Os jornais publicaram os códigos enquanto o assassino continuava a ameaçar matar se as suas instruções não fossem seguidas.

A mensagem foi descodificada uma semana depois, manualmente, a 8 de agosto de 1969, por Donald Gene e Bettye June Harden. No entanto, outras mensagens demoraram vários anos até serem decifradas.

Entretanto, vários entusiastas têm vindo a tentar descodificar as mensagens deste homicida. Em junho deste ano, Fayçal Ziraoui disse ter descodificado as duas últimas mensagens em apenas duas semanas, com o uso da chave de criptografia descoberta em dezembro.

De acordo com a equipa que descodificou a mensagem em dezembro de 2020, o assassino gaba-se do que fez, desafia as autoridades e apresenta sinais de delírio sem esclarecer quaisquer motivos para as atrocidades ou evidências de quem é.

Um estudo recente revelou o número exato de assassinos em série que nunca foram apanhados durante o século XX nos Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/identidade-assassino-zodiaco-revelada-436424

 

Casernas de Auschwitz vandalizadas com graffiti antissemitas !

Nove casernas do campo de concentração de Auschwitz II-Birkenau, na Polónia, foram esta terça-feira vandalizadas com graffiti antissemitas.


As estruturas de madeira localizadas no museu do campo de concentração foram marcadas com referências ao Velho Testamento e com slogans que negam o Holocausto. Assim que forem recolhidas as provas do crime, os graffiti serão removidos.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Auschwitz Memorial escreveu que este “é um golpe extremamente duro à memória de todas as vítimas do campo de concentração nazi de Auschwitz-Birkenau”.

Citado pelo Observador, o museu espera que a “pessoa ou pessoas que tenham cometido este crime hediondo sejam encontradas e castigadas”. É ainda pedido a quem tenha assistido ao crime que comunique as informações ao museu.

“O sistema de segurança do memorial do Auschwitz está constantemente a ser expandido. É financiado pelo orçamento do museu, que infelizmente sofreu durante a pandemia de covid-19”, revelou ainda o museu.

O museu está agora a analisar as imagens de videovigilância, lembrando que o campo tem cerca de 170 hectares, pelo que ainda não foi possível observar todas as gravações.

Morreram 1,1 milhões de pessoas — a maioria delas judeus — ao longo de cinco anos em Auschwitz-Birkenau, depois de o campo ter sido inaugurado em 1940.

Em 2010 um sueco foi condenado a oito anos e dois meses de prisão por ter tentado roubar o famoso sinal do campo de concentração em que se lê “O Trabalho Liberta”.

https://zap.aeiou.pt/casernas-de-auschwitz-vandalizadas-com-graffiti-antissemitas-436419

 

sábado, 16 de outubro de 2021

Tiroteio em escola nos EUA deixou vários feridos - Polícia procura suspeito de 18 anos

Um tiroteio numa escola secundária em Arlington, no Texas, Estados Unidos, fez pelo menos quatro feridos esta quarta-feira, informaram as autoridades locais.


“Estamos no local de um tiroteio na Timberview High School”, escreveu a polícia local em Arlington no Twitter. A estação local NBC disse que houve “múltiplas” baixas no tiroteio.

A polícia está “ativamente à procura do suspeito”, disse à NBC o presidente da câmara, Jim Ross. Três vítimas foram hospitalizadas devido à gravidade dos ferimentos, enquanto uma quarta vítima, com ferimentos leves, não precisou de ser internada.

As autoridades escolares distritais disseram, em comunicado, que a polícia estava a responder a uma “situação de atiradores ativos” na escola que foi encerrada.

Uma porta-voz do Departamento de Polícia de Arlington disse que os agentes responderam a um tiroteio na escola, mas que não podia confirmar se havia feridos.

Entretanto, a polícia divulgou uma fotografia do suspeito dos disparos. As autoridades acreditam tratar-se de Timothy George Simpkins, de 18 anos.

O Departamento de Polícia disse no Twitter que os agentes estavam a fazer uma “busca metódica” e que estavam a trabalhar em estreita colaboração com outras forças de segurança.

A autoridade escolar local disse que os estudantes e o pessoal da escola estavam trancados nas salas de aula ou nos gabinetes, segundo a agência de notícias Associated Press.

https://zap.aeiou.pt/tiroteio-escola-deixa-varios-feridos-436404

 

GRAVE CRISE ENERGÉTICA É TAMBÉM POLÍTICA !


 https://youtu.be/KbTMKP_OoIQ

Entre 2.900 e 3.200 pedófilos na Igreja Católica francesa desde 1950 !

Jean-Marc Sauvé disse que as investigações tinham revelado entre 2.900 e 3.200 padres pedófilos ou outros membros da igreja, acrescentando que se tratava de “uma estimativa mínima”.


O presidente da comissão nacional de investigação da criminalidade pedófila na Igreja em França,  disse, este domingo, ter havido “entre 2.900 e 3.200 criminosos pedófilos”, homens – padres ou religiosos – na Igreja Católica no país desde 1950.

É uma estimativa mínima”, baseada no censo e na análise dos arquivos (Igreja, justiça, polícia judiciária e imprensa) e nos testemunhos recebidos por este organismo, afirmou Jean-Marc Sauvé à France-Presse (AFP).

Ao longo deste período de 70 anos a população geral de padres ou de religiosos no país cifra-se nos 115.000.

Após dois anos e meio de trabalho, a Comissão Independente sobre o Abuso Sexual na Igreja (ICAS) publicará as suas conclusões na terça-feira num relatório que acabará por chegar às “2.500 páginas”, disse.

O relatório dará uma visão quantitativa do fenómeno, incluindo o número de vítimas. Irá comparar a prevalência da violência sexual na Igreja com a identificada noutras instituições (associações desportivas, escolas) e no círculo familiar e avaliar os “mecanismos, particularmente institucionais e culturais”.

Vão ser apresentadas 45 propostas.

A comissão, composta por 22 profissionais do direito, médicos, historiadores, sociólogos e teólogos, foi criada em 2018 após o Papa Francisco ter aprovado uma medida histórica que obrigava as pessoas que tinham conhecimento de abusos na igreja a denunciá-los aos seus superiores hierárquicos.

Citados pelo The Guardian, o sociólogo Philippe Portier prometeu que o relatório “não seria fácil para ninguém” e Olivier Savignac, da associação de vítimas Parler et Revivre, disse que “teria o efeito de uma bomba“.

https://zap.aeiou.pt/2-900-e-3-200-pedofilos-igreja-francesa-435990

 

O papel dos mercenários no desastre afegão

A verdadeira história é muito mais do que uma aventura estrelada por um herói canadense.

Uma história da CBC sobre um ex-soldado canadense que ajudou dezenas de fugir do Afeganistão deveria ter considerado o papel da indústria de segurança privada na desastrosa guerra de 20 anos naquele país da Ásia Central. O grande número de empresas de segurança privada (PSC) no Afeganistão quase não recebeu atenção da mídia, deixando os canadenses ignorantes de um elemento polêmico da ocupação estrangeira. 

Em “Como um cara conhecido como‘ Canadian Dave ’ajudou a tirar 100 pessoas do Afeganistão nos últimos dias da aquisição do Taleban”, Judy Trinh escreve sobre David Lavery ajudando a levar alguns dos que se reuniam perto do aeroporto de Cabul para voos. Membro fundador da unidade de elite das forças especiais JTF2, Lavery coordenou com veteranos deste país a retirada de mais de 100 indivíduos com documentos canadenses.
Alguns sugeriram que o rápido colapso dos militares afegãos foi em parte devido à retirada do apoio do PSC. “Foi a partida deles [PSCs] que levou à erosão da capacidade dos elementos da Força Aérea Afegã, que eram críticos”, disse um ex-comandante dos EUA no Afeganistão à Foreign Policy. “Mas como eles poderiam ter sido deixados para trás quando nossas forças que forneciam a segurança definitiva para eles foram retiradas?”
A história amplamente divulgada mencionou que Lavery operava uma PSC, a Raven Rae Consultancy, com cerca de 50 funcionários afegãos. Mas um olhar mais amplo sobre Raven Rae e PSCs foi omitido do artigo e da maioria dos relatos da mídia sobre o Afeganistão. De acordo com seu site, Raven Rae entrou no Afeganistão em 2010. Foi um dos milhares de PSCs que entraram no Afeganistão durante a ocupação dos EUA e da OTAN. De acordo com a pesquisadora da indústria de segurança privada Anna Powles, o Afeganistão “tem sido um trem da alegria para a indústria de segurança privada global nas últimas duas décadas”. Os EUA, Canadá e outros países da OTAN distribuíram bilhões de dólares para PSCs.
Como no caso de Lavery, muitos ex-soldados canadenses eram proprietários ou trabalhavam para PSCs no Afeganistão. “Fundado em meados dos anos 2000 por veteranos militares canadenses”, o Tundra Group protegia as bases operacionais avançadas no Afeganistão. A empresa Globe Risk Holdings de Toronto tinha escritórios em Cabul e Kandahar. Contratou ex-soldados canadenses, assim como a Canpro Global de Vancouver, que também tinha um escritório no Afeganistão.
No auge da missão militar canadense de 13 anos no Afeganistão, Saladin, a DynCorp e outras PSCs tinham um número maior de homens armados do que a maioria dos países da OTAN que ocupam o Afeganistão. Em 2008, o Brigadeiro General canadense Denis Thompson explicou: “Sem empresas de segurança privada, seria impossível alcançar o que estamos alcançando aqui. Existem muitos aspectos da missão aqui no Afeganistão, muitos aspectos de segurança que são realizados por empresas de segurança privada que, se fossem entregues aos militares, tornariam nossa tarefa impossível. Simplesmente não temos os números para fazer tudo. ”
O governo federal gastou dezenas, talvez centenas, de milhões de dólares em PSCs. Eles pagaram US $ 10 milhões por segurança privada para proteger o projeto de ajuda de US $ 50 milhões da "assinatura" do Canadá para consertar a barragem de Dahla na província de Kandahar. O governo federal contratou Saladino para proteger sua embaixada em Cabul. Saladino também ajudou a proteger o primeiro-ministro Stephen Harper durante uma visita lá em 2007 e protegeu as bases operacionais avançadas na província de Kandahar. Saladin tem uma história preocupante. Seu predecessor, KMS, treinou e possivelmente equipou insurgentes islâmicos que lutavam contra as forças russas no Afeganistão na década de 1980 e enviou mercenários à Nicarágua como parte do Caso Irã Contra.
As empresas de segurança privada no Afeganistão eram mal regulamentadas. Muitos afegãos acreditavam que as PSCs participavam do crime e o grande número de homens armados de diferentes grupos os deixava inseguros. Afegãos disseram aos pesquisadores da Fundação Suíça para a Paz que os PSCs se comportavam de maneira "caubói". Depois que um oficial canadense foi morto por um funcionário do PSC em agosto de 2008, o major canadense Corey Frederickson efetivamente concordou, explicando que o "exercício de contato normal [para PSCs] é que assim que eles forem atingidos por algo, então será 360 [graus], aberto em qualquer coisa que se mova. ”
As invasões do Afeganistão e do Iraque ajudaram a impulsionar o GardaWorld, com sede em Montreal, a ser o maior PSC privado do mundo. Nas últimas semanas, centenas de funcionários da empresa de Montreal foram evacuados do Afeganistão.

Com mais de 100.000 funcionários em todo o mundo, Garda anuncia regularmente na Esprit du Corps, convocando os leitores das Forças Canadenses da revista para "traduzir suas habilidades militares em uma carreira no Gardaworld". Vários ex-oficiais canadenses estavam nos escalões superiores de Garda. O chefe das operações de Garda no Afeganistão, Daniel Ménard, comandou anteriormente as operações das Forças Canadenses no Afeganistão. Ménard foi levado à corte marcial por ter relações sexuais com um subordinado no Afeganistão e por ter disparado de forma imprudente sua arma. Enquanto trabalhava para Garda, Ménard também foi envolvido em polêmica no Afeganistão. Em 2014, ele foi preso por suposto contrabando de armas. Dois anos antes, dois outros funcionários da Garda no Afeganistão foram pegos com dezenas de fuzis AK-47 não licenciados e encarcerados por três meses.

Garda também esteve envolvido em vários incidentes violentos no Afeganistão. Em 2019, três crianças estavam entre uma dúzia de mortos quando um microônibus cheio de explosivos colidiu com um SUV Garda que transportava cidadãos estrangeiros em Cabul. No mesmo ano, o Taleban atacou o complexo onde os escritórios de Garda estavam localizados em um incidente que deixou 30 mortos. O Kathmandu Post relatou que Garda enganou ilegalmente a família de um funcionário nepalês morto no ataque.
Existem poucos regulamentos que restringem as operações internacionais das unidades de atendimento canadenses. Ao contrário dos EUA e da África do Sul, observa “Beyond the Law? O regulamento das empresas privadas militares e de segurança canadenses que operam no exterior ”,“ Os canadenses não têm legislação destinada a regulamentar os serviços prestados por PMSCs canadenses [empresas privadas de segurança militar] operando fora do Canadá ou a conduta de cidadãos canadenses que trabalham para PMSCs estrangeiros ”. Além disso, Ottawa não assinou a Convenção Internacional contra o Recrutamento, Uso, Financiamento e Treinamento de Mercenários e tem estado pouco envolvida com o Grupo de Trabalho do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre o uso de mercenários.
A retirada militar estrangeira e a captura do Taleban de Cabul dizimou a grande indústria de PSC no país. No entanto, a maioria dos afegãos provavelmente está feliz em ver o fim das forças mercenárias privadas e dos pistoleiros contratados dominando seu país. Este desenvolvimento não foi amplamente divulgado pela mídia canadense.
O CBC deve aos canadenses uma discussão sobre o papel que as forças de segurança privadas desempenharam no Afeganistão.

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“A voz por detrás da violência” - Narrador dos vídeos de propaganda do ISIS sob custódia do FBI !

Um cidadão canadiano, suspeito de narrar os vídeos de propaganda do Estado Islâmico em inglês, encontra-se agora sob custódia do FBI e pode enfrentar prisão perpétua.


Mohammed Khalifa, atualmente com 38 anos, foi capturado pelas forças curdas na Síria em 2019 e, recentemente, transferido para custódia do Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) e será julgado na Virgínia.

“Mohammed Khalifa, um cidadão canadiano nascido na Arábia Saudita que era uma figura de liderança no Estado Islâmico do Iraque e na Secção de Imprensa Inglesa da al-Sham’s (ISIS) e que serviu como combatente da ISIS, foi acusado de conspirar para fornecer apoio material à ISIS, uma organização terrorista estrangeira, resultando em morte“, explica o Departamento de Justiça norte-americano, em comunicado.

De acordo com o Washington Post, Khalifa começou como combatente da organização terrorista, mas acabou por liderar a comunicação em língua inglesa do grupo terrorista, evolvendo-se na tradução e divulgação de propaganda, incluindo vídeos, áudio e uma revista online — antes de se juntar ao Estado Islâmico, o canadiano era especialista em tecnologia da informação, em Toronto.

Khalifa, nascido na Arábia Saudita, terá narrado mais de uma dúzia de vídeos de recrutamento do ISIS, incluindo dois dos mais influentes: “Flames of War: Fighting Has Just Begun”, em 2014, e “Flames of War II: Até à Última Hora”, em 2017.

Nos vídeos, segundo os registos do tribunal, o canadiano encoraja os apoiantes a juntarem-se ao Estado islâmico no estrangeiro e a “conduzirem ataques terroristas contra não-muçulmanos”, escreve a CNN.

Alguns vídeos mostram até execuções brutais, incluindo de prisioneiros sírios forçados a cavar as suas próprias sepulturas e de um piloto jordano a ser queimado vivo.

“Como alegado, Mohammed Khalifa não só lutou pelo ISIS no campo de batalha na Síria, como também foi a voz por detrás da violência“, disse Raj Parekh, Procurador Interino dos Estados Unidos, citado no comunicado do Departamento de Justiça.

“Através do seu alegado papel de liderança na tradução, narração e avanço da propaganda online do ISIS, Khalifa promoveu o grupo terrorista, promoveu os seus esforços de recrutamento a nível mundial, e expandiu o alcance dos vídeos que glorificavam os assassínios horríveis e a crueldade indiscriminada“, continuou.

Na altura em que os vídeos “Flames of War” foram divulgados, as autoridades americanas não sabiam a quem pertencia a voz que os narrava, mas o público ajudou a identificá-la e, depois de ser capturado, Khalifa identificou-se a vários meios de comunicação social como o misterioso propagandista.

“Eu tinha uma vida normal no Canadá, estava a sair-me muito bem, e decidi desistir sabendo o que estava a sacrificar. Foi uma decisão que tomei e mantive-me fiel a ela”, disse, em declarações à CBC.

Amarnath Amarasingam, um investigador de extremismo na Queen’s University, no Canadá, foi o primeiro a identificar Khalifa como a voz dos vídeos violentos do ISIS.

As pessoas disseram que era louco, recordou Amarasingam, quando disse que o homem que se intitulava Abu Ridwan al-Kanadi soava “distintamente como as pessoas com quem cresci em Toronto”.

“Ele é uma pessoa significativa, na medida em que ele era a voz que ouvíamos” nos meios de comunicação do Estado Islâmico.

Se for considerado culpado, Mohammed Khalifa poderá passar o resto dos seus dias na prisão.

https://zap.aeiou.pt/voz-da-violencia-narrador-isis-435986

 

Reino Unido - Depois de Sarah Everard, mais um caso de violência contra mulheres abala a confiança na polícia !

Uma nova acusação de violação contra um agente da Polícia Metropolitana voltou a reacender as críticas à força policial e questões sobre a cultura sexista e de encobrimento, depois dos protestos motivados pela morte de Sarah Everard.


Depois do caso de Sarah Everard, que suscitou uma onda de protestos e críticas à Polícia Metropolitana no Reino Unido, a força de autoridade está agora novamente a ser alvo de escrutínio depois de mais um caso de um agente que está a ser acusado de violação ter sido divulgado no domingo.

A acusação a David Carrick, de 46 anos, foi feita apenas no domingo, mas o agente vai ser presente a juiz numa videoconferência já esta segunda-feira. A violação terá alegadamente acontecido na noite de 4 de Setembro de 2020 em St Albans, quando o polícia estava de folga.

O polícia pertencia ao Comando de Protecção Parlamentar e Diplomático da Política Metropolitana britânica, que oferce protecção a edifícios governamentais, como embaixadas e o Palácio de Westminster (onde se encontra o parlamento), e foi suspenso a 2 de Outubro.

A Comissária da Polícia Metropolitana Cressida Dick mostrou-se “profundamente preocupada” ao ouvir as notícias de uma detenção por “uma ofensa séria“. “Eu reconheço completamente que o público também vai estar muito preocupado. Os procedimentos criminais vão agora seguir o seu curso”, afirmou, citada pela Sky News.

O procurador-chefe dos serviços da Coroa, Malcom McHaffie, acrescenta que o Serviço de Procuração da Coroa lembra a todos os envolvidos que “os procedimentos criminais contra o réu estão activos e que ele tem direito a um julgamento justo”. “É muito importante que não haja notícias, comentários ou partilhas de informação online que possam de alguma forma influenciar estes procedimentos“, alertou, citado pelo The Guardian.

Polícia sob escrutínio público

Apesar do alerta de Malcom McHaffie, este é um momento crítico para o policiamento no Reino Unido, com grande parte do público a perder confiança nas forças de autoridade.

O caso de Sarah Everard, uma mulher de 33 anos que tinha ido visitar alguns amigos e foi raptada, violada e assassinada pelo agente Wayne Couzens quando regressava a casa, levantou protestos a exigir mudanças nas estruturas da polícia no Reino Unido.

A autópsia revelou que Sarah morreu de compressão no pescoço e Couzens, que pertencia à mesma força de David Carrick, confessou o crime. O agente terá usado a sua autoridade para fingir que ia deter a mulher e atraí-la para fora da rua, tendo-a depois sufocado com um cinto e queimado o seu corpo. Couzens ficou em prisão preventiva e já foi condenado a prisão perpétua.

A morte de Sarah Everard chocou o Reino Unido, não só pela violência, como também por ter sido levado a cabo por um polícia que tem a função de proteger a população e que abusou dessa confiança e autoridade.

Seguiu-se uma onda de protestos e vigílias de homenagem a Sarah Everard, com a polícia a ser novamente criticada pelo uso excessivo de violência contra os manifestantes.

O caso levantou uma onda de desconfiança na sociedade britânica em relação à polícia, que se questiona agora se há mais casos que nunca chegam à justiça e se há uma cultura de encobrimento dentro das forças, especialmente depois de se saber que Wayne Couzens já tinha sido acusado de atentado ao pudor em 2015 e em Fevereiro de 2021, apenas dias antes de ter matado Sarah Everard, sem ter sofrido quaisquer consequências disciplinares.

O agente terá alegadamente chegado a conduzir nu da cintura para baixo num McDonald’s. Uma mulher também já tinha acusado Couzens de conduta inapropriada quando este ainda era agente na força civil nuclear no Kent, que nunca reportou nenhum problema.

Na altura, foi feita uma queixa à polícia do Kent, que está agora ser investigada por poder ter ignorado o caso. “Vamos lançar uma investigação às alegadas falhas da polícia do Kent de investigar um incidente de importunação sexual ligada ao PC Couzens em 2015”, afirma o Independent Office for Police Conduct (IOPC).

“Há outras investigações separadas sobre as falhas da Polícia Metropolitana de investigar duas alegações de importunação sexual ligadas a Couzens em Londres em Fevereiro de 2021”, concluiu o IOPC.

A Scotland Yard afirmou que o seu sistema de triagem não falhou, mas admite que não apanhou o incidente no McDonald’s e continua a investigar a conduta de outro agente que poderá ter protegido Couzens.

A escolha dos agentes está também a ser posta em causa, especialmente devido a casos anteriores, e questiona-se se o sistema elimina devidamente candidatos que sejam propensos a violência ou se há uma cultura sexista prevalente na polícia que os permite continuar sem sofrer consequências.

Cressida Dick reconheceu que “uma ligação preciosa de confiança foi prejudicada” e que ia garantir que “todas as lições” seriam retiradas deste caso, num comunicado depois de ser anunciada a sentença perpétua de Couzens e em resposta a vários apelos à sua demissão.

A líder da Polícia Metropolitana disse também que estava “absolutamente doente” com o caso que “envergonhou” a força, “abalou” a organização e é uma “nojenta traição a tudo aquilo que a polícia representa”.

A Comissária garante que vai continuar a trabalhar para “melhorar a segurança das mulheres e reduzir o medo de violência”. “Não há palavras que podem expressar completamente a fúria e tristeza esmagadora que todos sentimos sobre o que aconteceu à Sarah. Peço imensa desculpa“, concluiu.

As repercussões políticas

Apesar da desconfiança agora criada em volta da Polícia Metropolitana e apelos à demissão de Cressida Dick, a Secretária de Estado para Assuntos Internos tem segurado a Comissária e renovou o seu contrato recentemente, mesmo com as “questões sérias” a que a força tem agora de responder.

Um desses apelos partiu da deputada trabalhista Harriet Harman, que disse que a Comissária tinha de ser afastada do cargo depois da confiança das mulheres na força “ter sido estilhaçada”. O anterior superintendente chefe da Polícia Metropolitana Parm Sandhu também exigiu a demissão.

O líder dos Trabalhistas também já repetiu os seus apelos para uma lei das vítimas que garanta direitos como o desafio a decisões de investigações criminais. Keir Starmer também pediu uma revisão ao que aconteceu para que Couzens continuasse a ser agente mesmo depois das acusações anteriores.

“Temos de chegar ao fundo da questão. Parece que houve alguns sinais, havia provas, havia problemas que deviam ter sido investigados devidamente, e não foram. É agora vital que essa revisão seja feita”, afirma Starmer.

Após o choque inicial com o caso de Everard, Boris Johnson prometeu que ia alocar fundos adicionais para melhorar a iluminação das ruas de Londres e prometeu um reforço de patrulhas de polícia.

Já depois da condenação de Couzens, o primeiro-ministro apelou a que os britânicos confiassem na polícia e disse que contratar mais agentes mulheres “poderia trazer mudanças fundamentais”.

“Acho que haverá centenas de milhares de agentes de polícia, e eu também, em todo o país que ficaram completamente horrorizados com o homicídio de Sarah Everard por parte de um agente da polícia”, referiu Boris Johnson à ITV, admitindo que há um problema na forma como o Reino Unido lida com casos de violação e na ineficácia da justiça.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-violencia-mulheres-policia-435964

 

 

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