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A maioria dos cidadãos da União Europeia (UE), 62%, considera que os Estados Unidos (EUA), com apoio das instituições comunitárias, estão numa nova “guerra fria” com a China, mas recusam envolvimento nacional, revelou um inquérito divulgado esta quarta-feira.
De acordo com um estudo do grupo de reflexão alemão Conselho Europeu para os Negócios Estrangeiros (ECFR) – realizado antes do anúncio do pacto AUKUS – 62% dos cidadãos da UE acreditam que está a decorrer uma nova “guerra fria” entre os EUA e a China e 59% veem emergir uma cisão comparável entre os EUA e a Rússia, noticiou a agência Lusa.
O estudo, realizado antes do anúncio do pacto AUKUS entre a Austrália, o Reino Unido e os EUA para a região do Indo-Pacífico, na passada semana, concluiu que, enquanto a maioria dos europeus vê uma nova “guerra fria” a decorrer entre os EUA e a China e Rússia, poucos acreditam que o seu país seja um participante direto nestes conflitos.
Por outro lado, nos 12 países inquiridos, incluindo Portugal, o ECFR observou que 31% pensam que a UE está numa “guerra fria” com Pequim, enquanto, em relação a Moscovo, há uma percentagem de 44% a expressar essa opinião.
Em Portugal, apenas 7% dos inquiridos consideraram que Lisboa pode estar envolvida numa “guerra fria” com Pequim ou Moscovo e 79% e 77% sublinham não haver qualquer conflito latente com, respetivamente, a China e a Rússia.
O inquérito foi realizado pelo ECFR em 12 Estados-membros da UE que no seu conjunto representam mais de 300 milhões de cidadãos e 80% do Produto Interno Bruto do bloco.
https://zap.aeiou.pt/europeus-acreditam-numa-guerra-fria-entre-os-eua-e-a-china-e-russia-433342
A seca, os incêndios florestais e a desflorestação na Austrália levaram o país a perder um terço dos seus coalas nos últimos três anos.
A Austrália perdeu cerca de 30% dos seus coalas nos últimos três anos. Segundo a Fundação Australiana dos Coalas, citada pela CNN, as principais causas foram a seca, os incêndios florestais e a desflorestação.
A organização pediu com urgência ao Governo que proteja mais o habitat destes animais, depois de a população de coalas ter diminuído para menos de 58.000 este ano. “Os declínios são bastante dramáticos”, disse a presidente da fundação, Deborah Tabart.
A representante defende que o país precisa de uma nova lei que proteja os coalas. “Penso que é imperativo agir agora. Sei que pode parecer que esta é uma história interminável de morte e destruição, mas os números estão certos. E, provavelmente, até serão piores.”
De acordo com a cadeia britânica, não houve qualquer tendência de subida dos números em nenhum local na Austrália. Só uma das áreas incluídas no estudo tem ainda mais de 5000 coalas estimados – algumas regiões têm cinco ou dez animais estimados.
O declínio da população de coalas em Nova Gales do Sul acelerou, provavelmente, depois de grandes extensões de floresta terem sido devastadas em incêndios no final de 2019 e no início de 2020. Alguns desses locais, no entanto, já não tinham coalas.
“As nossas maiores preocupações são locais como o Oeste de Nova Gales do Sul, onde a seca dos últimos dez anos está a ter este efeito cumulativo – sistemas fluviais completamente secos durante anos e [árvores da espécie] Eucalyptus camaldulensis, que são a força vital dos coalas, mortas”, disse Tabart.
Em junho, o Governo australiano pediu uma consulta pública a um plano nacional de recuperação de Nova Gales do Sul, Queensland e ao Território da Capital Australiana à volta de Canberra. Além disso, questionou se o estatuto de proteção de espécie ameaçada dos coalas deveria ser mudado de “vulnerável” para “em perigo”.
https://zap.aeiou.pt/australia-perdeu-um-terco-dos-coalas-433462
Um homem de 49 anos matou um funcionário de um posto de combustível na Alemanha, após tentar comprar cerveja sem utilizar a máscara. No país, o uso deste equipamento de proteção é obrigatório para entrar em locais fechados.
Segundo avançou esta quarta-feira o Independent, o crime ocorreu no sábado, na cidade de Idar-Oberstein, no oeste do país. O homem, detido sob suspeita de homicídio, disse à polícia que agiu “por raiva”, depois de lhe ser recusado o serviço num posto de gasolina quando tentava comprar cerveja sem usar máscara.
Após o confronto no posto de combustível, voltou pouco depois ao local, já com máscara, e atirou no funcionário, um jovem de 20 anos, fugindo em seguida do local. Foi encontrado pelas autoridades na manhã de domingo.
Durante o interrogatório, confessou que não cumpriu as medidas de restrição impostas pelo governo para conter a covid-19. Os promotores informaram que o suspeito não tinha antecedentes criminais, embora também não tivesse licença para arma.
O Independent apontou para a crescente radicalização do movimento Querdenken na Alemanha, que inclui pessoas que se opõem a máscaras e vacinas, teóricos da conspiração e alguns radicais de extrema direita.
https://zap.aeiou.pt/alemanha-funcionario-abatido-cliente-mascara-433456
Apenas um terço das crianças com menos de dois anos em 91 países em desenvolvimento têm acesso aos alimentos que necessitam para um crescimento saudável, revelou um relatório da UNICEF, apontando que nenhum progresso foi feito para melhoria da sua nutrição na última década.
A UNICEF, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as crianças, revelou num relatório publicado na quarta-feira, citado pelo Guardian, que uma combinação de crises – incluindo a covid-19, conflitos e o colapso do clima – prejudicou o progresso na nutrição infantil em 91 países.
De acordo com o relatório, metade das crianças de seis a 23 meses em vários países em desenvolvimento não recebe o número mínimo de refeições diárias, nem tem acesso a uma dieta diversificada que atenda aos requisitos mínimos.
Em consequência das dietas pobres, as crianças podem enfrentar mais dificuldades de aprendizagem, ficar mais vulneráveis a doenças e sofrer efeitos de desnutrição, incluindo nanismo, podendo ainda ficar acima do peso ou obesas. Mais de 11 milhões de crianças com menos de dois anos são vulneráveis ao definhamento.
“Milhões de crianças em todo o mundo são afetadas pelos resultados limitantes da má nutrição”, disse Jenny Vaughan, consultora de políticas da UNICEF do Reino Unido sobre saúde infantil. O país investirá 600 milhões de libras [cerca de 699 milhões de euros] para alcançar 50 milhões de crianças nos próximos cinco anos.
A nutrição é pior para crianças de famílias rurais ou mais pobres, referiu o relatório, e varia por região. Na América Latina e no Caribe, a alimentação de 62% das crianças com idade entre seis e 23 meses atende aos requisitos mínimos de diversidade, em comparação com menos de um quarto na África e apenas 19% no sul da Ásia.
Segundo o relatório, muitas famílias compram os seus alimentos ao invés de produzi-los, mesmo nas áreas rurais, o que as tornava mais dependentes dos sistemas alimentares.
“Apesar desta análise muito preocupante, o progresso ainda pode ser feito com uma ação global conjunta para construir, fortalecer e transformar os sistemas alimentares”, permitindo “que as crianças possam obter a nutrição de que precisam para sobreviver e prosperar”, afirmou Jenny Vaughan.
Os governos, continuou a responsável, precisam garantir sistemas alimentares seguros e robustos, que forneçam dietas nutritivas de forma confiável, incluindo frutas, vegetais, carne, ovos e peixes.
https://zap.aeiou.pt/terco-criancas-paises-alimentacao-adequadada-433402
Serhiy Shefir, principal assessor do Presidente da Ucrânia, foi alvo de uma tentativa de assassinato esta quarta-feira.
O carro onde seguia Serhiy Shefir foi “atingido por mais de dez balas”, disse a polícia ucraniana, citada pelo jornal Público. O ataque aconteceu esta manhã, perto de Lesniki, na região de Kiev.
Anton Guerachtchenko, funcionário do Ministério do Interior, revelou que o motorista ficou “gravemente ferido” pelos tiros disparados a partir “da floresta com armas automáticas” e “em pleno trânsito”. Já Shefir “está vivo e de boa saúde”, apesar de estar em “estado de choque”, afirmou à AFP David Aramakhia, deputado da maioria presidencial.
O Presidente Volodimir Zelenskii admite que este ataque pode ter sido organizado por forças “internas ou externas” e sugere que estará relacionado com o seu combate “contra o crime e contra grupos financeiros influentes”.
“A resposta será forte”, assegurou Zelenskii. “Disparar a partir de uma floresta contra o carro de um amigo para me dizer ‘bom-dia’ é um sinal de fraqueza.”
As autoridades ucranianas já iniciaram uma investigação por “tentativa de assassinato”, escreveu no Facebook a procuradora-geral, Irina Venediktova.
https://zap.aeiou.pt/principal-assessor-do-presidente-ucraniano-vitima-de-tentativa-de-assassinato-433424
Dezenas de pinguins-africanos ameaçados de extinção foram mortos por um enxame de abelhas na África do Sul, na passada sexta-feira.
Segundo a CNN, 63 pinguins-africanos, uma espécie ameaçada de extinção, foram encontrados mortos na sexta-feira numa colónia em Simonstown, perto da Cidade do Cabo.
“As mortes ocorreram subitamente entre quinta-feira à tarde e sexta-feira de manhã”, lê-se numa declaração conjunta dos Parques Nacionais da África do Sul (SANParks).
Os exames revelaram que todos os pinguins tinham várias picadas de abelhas junto às barbatanas e aos olhos – zonas do corpo que não estão cobertas de penas e particularmente sensíveis.
A cadeia britânica detalha ainda que foram encontradas muitas abelhas mortas no local onde as aves morreram.
A investigação preliminar sugeriu que os pinguins morreram após terem sido picados pelas abelhas do Cabo. Uma colmeia no local poderá ter sido perturbada, levando a que um enxame se tenha tornado agressivo.
Ainda assim, estão ainda a ser testadas amostras para excluir outras causas possíveis.
Os pinguins-africanos são nativos das costas da África do Sul e da Namíbia. A espécie está em declínio acentuado, de uma população de mais de um milhão no início do século XX para apenas 55.000 em 2010 – altura em que foram declarados em perigo de extinção.
https://zap.aeiou.pt/mais-60-pinguins-morrem-ataque-abelhas-433078
Os endereços eletrónicos de mais de 250 afegãos que colaboraram com as forças britânicas e procuram realocação no Reino Unido foram divulgados por engano pelo Ministério da defesa britânico.
O Ministério da Defesa britânico expôs as identidades de mais de 250 intérpretes afegãos que ajudaram o Reino Unido. Segundo a BBC, muitos deles anda se encontram retidos no Afeganistão.
O ministério da Defesa britânico pediu desculpas pela revelação “acidental” dos endereços eletrónicos e reconheceu que deixou para trás centenas de afegãos elegíveis que deveriam ter sido embarcados na retirada coletiva feita apressadamente após o regresso dos talibãs ao poder.
A cadeia britânica informou que um e-mail enviado por uma equipa do ministério da Defesa incluiu, por engano, os endereços de mais de 250 pessoas, deixando-as expostas. Muitos destes e-mails incluíam a fotografia do profissional afegão.
Um intérprete disse à BBC que “este erro pode custar a vida dos intérpretes, sobretudo daqueles que permanecem no Afeganistão”.
Na segunda-feira à noite, um porta-voz do ministério da Defesa disse que “foi aberta uma investigação sobre a violação de informações da equipa de Política de Assistência para a Relocação de Afegãos”.
“Pedimos desculpas a todos os afetados por esta violação e estamos a trabalhar para garantir que isso não volte a acontecer”, declarou o porta-voz.
O erro diz respeito aos afegãos que ainda estão no seu país de origem e permanecem escondidos dos talibãs, informou a BBC, acrescentando que alguns destes profissionais estão noutros países.
A mensagem dizia aos intérpretes que a equipa está a fazer todos os possíveis para ajudar a realocá-los. Ao mesmo tempo, advertia os destinatários do e-mail para não deixarem o seu local atual se considerarem que não é seguro fazê-lo. 30 minutos depois, o ministério enviou outra mensagem, pedindo-lhes para alterar os seus endereços eletrónicos.
A violação de dados irritou o deputado conservador Johnny Mercer, que a classificou como uma “ação de negligência criminosa”.
Há semanas, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que permaneceram no Afeganistão 311 pessoas elegíveis para o programa britânico de transferência e assistência, como é o caso dos intérpretes. “Faremos todo possível para garantir que tenham a passagem segura que merecem”, disse o governante ao Parlamento.
Entre britânicos e afegãos, a Grã-Bretanha retirou mais de 15.000 pessoas do Afeganistão deste que os talibãs recuperaram o poder em Cabul.
https://zap.aeiou.pt/governo-britanico-expos-afegaos-433051
A covid-19 já matou quase tantos norte-americanos, no último ano e meio, como a gripe espanhola, entre 1918 e 1919, de acordo com dados esta terça-feira divulgados pela Universidade Johns Hopkins.
Embora o aumento das novas infeções, causado pela circulação da variante Delta, não tenha ainda atingido o pico, continuam a morrer, em média, cerca de 1900 pessoas por dia nos Estados Unidos da América (EUA), o valor mais alto desde o início de Março. No total, a covid-19 já causou mais 674 mil mortes no país.
A população dos EUA há um século era apenas um terço da de agora, o que significa que a pandemia de covid-19 atingiu uma faixa muito maior e mais letal de norte-americanos.
A pandemia da gripe espanhola (1918-19) matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo numa época em que o planeta tinha um quarto da população que tem hoje. As mortes globais por covid-19 estão atualmente na casa dos 4,6 milhões.
Segundo a agência de notícias AP, o número óbitos da gripe espanhola nos EUA é uma estimativa aproximada, face aos registos incompletos da época e o pouco conhecimento científico sobre o que provocou a doença. Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doença (CDC) dos EUA, morreram 674 mil pessoas por causa da gripe.
Entretanto, o inverno poderá trazer uma nova vaga da doença, com a Universidade de Washington a projetar cerca de 100 mil mortes adicionais até 1 de Janeiro, o que elevará o número total de óbitos para 776 mil. Esse cenário pode não pode acontecer se o vírus enfraquecer progressivamente à medida que sofre mutações e que o sistema imunológico humano aprende a criar defesas.
Algo semelhante aconteceu com vírus da gripe H1N1, o culpado da pandemia de 1918-19. O vírus encontrou muitas pessoas imunes e acabou por enfraquecer através de mutações. Ainda hoje o H1N1 circula entre a comunidade, mas a imunidade adquirida através da infeção e da vacinação triunfou.
Tomar uma vacina anual contra a gripe normal atualmente protege contra o H1N1 e várias outras doenças. A gripe normal mata entre 12 mil e 61 mil norte-americanos todos anos, mas é um problema sazonal e controlável.
Já a gripe de 1918-19 – que foi erroneamente chamada de gripe espanhola porque recebeu ampla cobertura da imprensa em Espanha – foi pior. Disseminada pela mobilidade da Primeira Guerra Mundial, matou muitos jovens adultos e saudáveis. Não havia vacina para retardar o vírus e não havia antibióticos para tratar as infeções secundárias.
No caso da covid-19, as viagens e as migrações em massa ameaçam aumentar o número de vítimas e grande parte da população mundial ainda não foi vacinada.
https://zap.aeiou.pt/pandemia-matou-gripe-espanhola-432961
Fotos e vídeos mostram polícias na fronteira a carregar contra migrantes e a usar objectos semelhantes a chicotes. A Casa Branca já condenou a situação e promete que vai investigar o sucedido.
Pareciam imagens do tempo da escravatura, mas são de 2021. Várias testemunhas e vídeos partilhados nas redes sociais mostraram polícias montados a cavalo e com chapéus de cowboy a carregar contra migrantes na fronteira com o México, no Texas, e um até estava a usar um objecto semelhante a um chicote, escreve o El Paso Times.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, respondeu à situação. “Já vi algumas das imagens. Não tenho o contexto todo. Não posso imaginar em que contexto é que aquilo é apropriado. Acho que ninguém que tenha visto as imagens ache que é aceitável ou apropriado”, afirmou.
Sobre um possível despedimento do agente em causa, Psaki responde que “é óbvio que não devem poder voltar a fazer isto“.
O chefe da patrulha da fronteira também já condenou o incidente e disse que foi aberta uma investigação para se garantir que não houve uma resposta “inaceitável” das forças policiais. Raul Ortiz acrescenta que os agentes estão a trabalhar em condições difíceis, onde tentam garantir a segurança dos migrantes e procurar potenciais traficantes.
O Secretário de Segurança Interna explicou que as rédeas longas usadas pelos polícias garantem o “controlo do cavalo” aos agentes. “Mas vamos investigar os factos“, referiu Alejandro Mayorkas numa conferência de imprensa.
As representantes Democratas Alexandria Ocasio-Cortez e Ilhan Omar também já condenaram a situação, tendo a primeira dito que “não faz diferença se um Democrata ou um Republicano é Presidente, o nosso sistema de imigração é criado para ser cruel e desumanizar os imigrantes”. Já Omar, que é ela própria uma refugiada, fala em “abusos dos direitos humanos, pura e simplesmente”.
Um dos vídeos em causa mostra os polícias a mandar os migrantes, maioritariamente oriundos do Haiti, de volta para o México. “Vocês usam as vossas mulheres? É por causa disto que o vosso país é uma merda, vocês usam as vossas mulheres para isto”, gritou um dos agentes.
Milhares de migrantes têm atravessado a fronteira do México com os Estados Unidos nos últimos dias e acamparam debaixo de uma ponte no Rio Grande. O campo acolheu temporariamente cerca de 16 mil pessoas – segundo Greg Abbott, Governador do Texas.
Desta vez, a chegada aos EUA foi ainda mais rápida do que a de outras caravanas porque muitos atravessaram o México de autocarro em vez de a pé. Muitos migrantes têm de cruzar constantemente a fronteira entre Ciudad Acuña, no México, e o campo em Del Rio para comprar comida e bens essenciais, que são escassos no lado norte-americano.
“Estamos com dificuldades aqui. A nossa família envia-nos dinheiro mas não podemos comer. Temos crianças, mas não temos fraldas. Agora tenho de ir ao México com dinheiro molhado para poder comprar alguma coisa para as crianças. Precisamos de ajuda“, apelou um migrante.
As condições ficaram ainda mais complicadas devido ao calor. Na segunda-feira, as temperaturas chegaram aos 40 graus e muitos migrantes foram vistos com grandes sacos de gelo na cabeça enquanto atravessavam as águas do rio de regresso ao lado dos EUA.
“Este tratamento que nos estão a dar é racista, é por causa da cor da nossa pele“, afirmou Maxon Prudhomme, migrante haitiano, citado pela Reuters.
Os migrantes vêm de vários países da América do Sul e Central, tendo alguns vindo de tão longe como o Chile, mas a maioria é oriunda do Haiti, que está a viver uma grave crise criada pelo recente terramoto, e tem também problemas com a violência de gangues, a pobreza extrema e a instabilidade política depois do assassinato do Presidente.
Apesar disto, os Estados Unidos deram início àquela que pode ser a maior e mais rápida operação de repatriamento dos últimos anos. Mais de 6000 migrantes já foram retirados do campo e vários aviões já os levaram para o seu país de origem, tendo 320 haitianos aterrado em Port-au-Prince no domingo. São esperados mais seis esta terça-feira e o México vai também avançar com deportações.
Os EUA querem agora fazer sete voos diários a partir de quarta-feira. Estas expulsões rápidas foram possibilitadas por uma política de Donald Trump que permite a retirada imediata de migrantes por causa da pandemia, que a administração de Joe Biden está a manter, excepto no caso de crianças que estejam sozinhas.
O único paralelo de uma expulsão em massa desta escala foi em 1992, quando a guarda costeira americana interceptou refugiados haitianos no mar, disse Yael Schacher, um representante da Refugees International, à AP.
“Como é que nos puderam trazer de volta aqui? Isto é uma injustiça. Nem sei onde vamos dormir hoje à noite. Se o Biden continuar com estas deportações, ele não é melhor que o Trump. Tenho medo pelo minha segurança aqui. Já nem reconheço este país”, contou Johnson Bordes, um migrante de 23 anos, ao Washington Post.
Estes repatriamentos começaram depois do aviso emitido por Alejandro Mayorkas, que descreveu a crise migratória como “uma situação desafiante e comovente”. “Se vierem para os Estados Unidos ilegalmente, vão ser devolvidos. A vossa viagem não vai ter sucesso e vão estar a arriscar as vossas vidas e das vossas famílias”, avisou.
https://zap.aeiou.pt/tratam-nos-assim-cor-pele-policias-432933
Um asteróide atingiu Tall el-Hammam há cerca de 3.600 anos, destruindo toda a cidade e matando toda a sua população. A explosão pode ter inspirado a história bíblica de Sodoma.
Enquanto os habitantes de uma antiga cidade do Médio Oriente, agora chamada Tall el-Hammam, realizavam as suas tarefas diárias há cerca de 3.600 anos, não tinham ideia de que uma rocha espacial estava a mover-se rapidamente em direção a eles a cerca de 61.000 km/h.
Passando pela atmosfera, a rocha explodiu numa enorme bola de fogo a cerca de 4 quilómetros acima do solo. A explosão foi cerca de 1.000 vezes mais poderosa do que a bomba atómica de Hiroshima. Os moradores da cidade ficaram cegos instantaneamente.
As temperaturas do ar subiram rapidamente acima de 2.000 graus Celsius. Roupas e madeira incendiaram-se imediatamente. Espadas, lanças, tijolos de barro e cerâmica começaram a derreter. Quase imediatamente, a cidade inteira estava em chamas.
Alguns segundos depois, uma enorme onda de choque atingiu a cidade. Movendo-se a cerca de 1.200 km/h — mais poderosa do que o pior tornado já registado. Os ventos mortais varreram a cidade, demolindo todos os edifícios e arrancaram os 12 metros superiores do palácio de quatro andares.
Nenhuma das 8.000 pessoas ou quaisquer animais dentro da cidade sobreviveu — os seus corpos foram despedaçados e os seus ossos explodidos em pequenos fragmentos.
Cerca de um minuto depois, 22 km a oeste de Tall el-Hammam, os ventos da explosão atingiram a cidade bíblica de Jericó. As muralhas de Jericó desabaram e a cidade foi destruída pelo fogo.
Tudo soa ao clímax de um filme de Hollywood. Como é que sabemos que tudo isto aconteceu perto do Mar Morto, na Jordânia, há milénios?
Obter respostas exigiu quase 15 anos de escavações meticulosas por centenas de pessoas e envolveu análises detalhadas de material escavado por mais de duas dúzias de cientistas em dez estados dos EUA, bem como no Canadá e na República Checa.
Quando a equipa de investigadores finalmente publicou as evidências na revista Scientific Reports, os 21 coautores incluíam arqueólogos, geólogos, geoquímicos, geomorfologistas, mineralogistas, paleobotânicos, sedimentologistas, especialistas em impactos cósmicos e médicos.
Anos antes, quando os arqueólogos examinaram as escavações da cidade em ruínas, puderam ver uma camada escura de carvão, cinzas, tijolos derretidos e cerâmica derretida, com cerca de 1,5 metros de espessura. Era óbvio que uma tempestade de fogo intensa tinha destruído esta cidade há muito tempo. Essa faixa escura passou a ser chamada de camada de destruição.
Ninguém tinha a certeza do que tinha acontecido, mas essa camada não foi causada por um vulcão, terremoto ou guerra. Nenhum deles é capaz de derreter metal, tijolos e cerâmica.
Para descobrir o que poderia ter acontecido, os investigadores usaram a Calculadora Online de Impacto para modelar cenários que se encaixassem nas evidências. Criada por especialistas em impacto, esta calculadora permite aos investigadores estimar os muitos detalhes de um evento de impacto cósmico, com base em eventos de impacto e detonações nucleares conhecidas.
Parece que o culpado em Tall el-Hammam foi um pequeno asteróide semelhante ao que derrubou 80 milhões de árvores em Tunguska, na Sibéria, Rússia, em 1908. Teria sido uma versão muito menor da rocha gigante com quilómetros de largura que levou os dinossauros à extinção há 65 milhões de anos.
É possível que uma descrição oral da destruição da cidade tenha sido transmitida por gerações até ser registada como a história bíblica de Sodoma. A Bíblia descreve a devastação de um centro urbano perto do Mar Morto — pedras e fogo caíram do céu, mais de uma cidade foi destruída, fumaça densa subiu dos incêndios e os habitantes da cidade foram mortos.
Poderia ser este o relato de uma testemunha ocular antiga? Nesse caso, a destruição de Tall el-Hammam pode ser a segunda destruição mais antiga de um assentamento humano por um evento de impacto cósmico, depois da aldeia de Abu Hureyra, na Síria, há cerca de 12.800 anos. É importante realçar que pode ser o primeiro registo escrito de um evento catastrófico.
O mais assustador é que quase certamente não será a última vez que uma cidade terá este destino.
Impactos do tamanho de Tunguska, como o que ocorreu em Tall el-Hammam, podem devastar cidades e regiões inteiras e representam um grave perigo nos dias modernos. Em setembro de 2021, havia mais de 26.000 asteroides próximos à Terra conhecidos e uma centena de cometas próximos à Terra.
Um deles, inevitavelmente, colidirá com a Terra. Outros milhões permanecem sem serem detetados, e alguns podem estar a vir em direção à Terra neste preciso momento.
A menos que telescópios detetem estes objetos perigosos, o mundo pode não ter nenhum aviso, assim como o povo de Tall el-Hammam.
https://zap.aeiou.pt/bola-fogo-destruiu-cidade-historia-biblica-432868
No final dos anos 1970, o clã Corleonesi, uma família proveniente da famosa cidade siciliana de Corleone, liderado pelo tenente Salvatore Riina, foi responsável por um extermínio em massa de seus grupos rivais com alguns registros históricos incluindo a contagem de mais de mil corpos espalhados pelos territórios da Sicília, Lazio e Lombardia. E um dos maiores responsáveis por essa onda de assassinatos foi o agente Giuseppe Greco, considerado uma espécie de "serial killer" italiano que vitimou cerca de 300 pessoas em pouco menos de cinco anos.
Nascido em 1952 na pequena cidade de Ciaculli, Greco era filho de um mafioso apelidado "Scarpa" ("sapato", em tradução do italiano), e, por isso, logo passou a ser conhecido carinhosamente como "Scarpuzzedda", um termo que significa "sapatinho". Pouco se sabe sobre a infância de Giuseppe Greco, mas fontes históricas indicam que era um jovem habilidoso no latim e grego, sendo considerado por muitos uma criança prodígio.
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
O primeiro contato de Giuseppe Greco com a máfia ocorreu em 1979, quando foi convidado a juntar-se a seu tio Michele na "Comissão da Máfia Siciliana". O que era para ser um negócio de família, então, tornou-se uma oportunidade para que Pino Greco — como Giuseppe era conhecido por colegas — adquirisse influência e fizesse amizade com políticos e gângsteres, mantendo um perfil discreto que destacou os Grecos e possibilitou a escalada dos membros na organização criminosa.
Entre 1981 e 1983, Salvatore "Toto" Riina, que passou a controlar o clã Corleonesi após ser declarado como fugitivo — por estar ligado ao assassinato de um procurador-geral da Sicília e ao sequestro de Antonino Caruso, filho do industrial Giacomo Caruso —, declarou guerra contra seus principais rivais da máfia de Palermo: Stefano Bontade, Salvatore Inzerillo e Tano Badalamenti.
Para isso, a Comissão da Máfia criou uma espécie de Esquadrão da Morte liderado por ninguém menos que Giuseppe Greco. Ao lado de sua AK-47 e dos aliados Giuseppe Lucchese, Mario Prestifilippo e Giuseppe Marchese, o serial killer italiano assassinou cerca de 300 pessoas, com uma média de cinco assassinatos por dia e o uso de métodos de mutilação e tortura.
(Fonte: Catawiki / Reprodução)
Entre as eliminações mais notórias realizadas por Giuseppe Greco, chama atenção o assassinato de Salvatore Inzerillo e de seu filho, que na época tinha apenas 15 anos. Rumores apontam que o líder do Esquadrão da Morte cortou o braço do garoto logo antes de atirar em sua cabeça, posteriormente dissolvendo os restos em ácido e desovando-os em um barril. Além disso, seus assassinatos faziam referência aos "paredões de guerra", quando capturados eram colocados na frente de muros para receberem uma saraivada interminável de balas.
A paixão pela morte acabou tornando-se elemento-chave no clã Corleonesi e tanto inimigos quanto aliados eram assassinados diariamente sob as ordens de Riina, como uma espécie de teste de fidelidade entre membros de baixo escalão e os altos níveis hierárquicos. Assim, nomes como Filippo Marchese, Rosario Riccobono e os irmãos de Vincent Puccio, todos ligados ao Esquadrão da Morte, também tornaram-se vítimas da obsessão pela causa da máfia.
Salvatori Riina, líder do clã Corleonesi. (Fonte: Reuters / Reprodução)
Outros integrantes foram entrando na lista de eliminações de Riina, e logo chegou a vez de Giuseppe Greco, que virou descartável após a morte de um investigador de polícia chamado Antonino Cassara. Em setembro de 1985, o Scarpuzzedda foi assassinado a tiros por seus dois companheiros e supostos amigos Vincenzo Puccio e Giuseppe Lucchese, que o emboscaram em sua casa.
Mesmo morto, Greco recebeu uma sentença de prisão perpétua à revelia — quando o réu não está presente — e foi declarado culpado por 58 acusações de assassinato.
https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119962-giuseppe-greco-o-serial-killer-mais-brutal-da-mafia-italiana.htm
Milhões de pessoas forçadas a deixar as suas casas por causa da seca severa e ciclones correm o risco da escravidão moderna e de tráfico humano nas próximas décadas, alertou um novo relatório publicado esta segunda-feira.
A crise climática e o aumento da frequência de desastres climáticos extremos estão a ter um efeito devastador na subsistência de pessoas que já vivem na pobreza, tornando-as mais vulneráveis à escravidão, lê-se no relatório do International Institute for Environment and Development (IIED) e da Anti-Slavery International, citado pelo Guardian.
Os investigadores constataram que a seca no norte de Gana levou os jovens a migrar para grandes cidades. Muitas dessas mulheres correm o risco de tráfico, exploração sexual e servidão por dívida – uma forma de escravidão moderna em que os trabalhadores ficam presos ao trabalho e são explorados para pagar uma dívida enorme.
Em Sundarbans, na fronteira entre a Índia e Bangladesh, os ciclones causaram cheias, reduzindo a área disponível para a agricultura. Com os países da região a aumentar as restrições à imigração, a equipa descobriu que os traficantes da região buscam viúvas e homens desempregados para cruzar a fronteira com a Índia em busca de emprego e renda.
As vítimas do tráfico são frequentemente levadas a trabalhos forçados e prostituição, com algumas a trabalhar em fábricas ao longo da fronteira.
“A nossa pesquisa mostra o efeito dominó das mudanças climáticas na vida de milhões de pessoas. Eventos climáticos extremos contribuem para a destruição ambiental, forçando as pessoas a deixar as suas casas e deixando-as vulneráveis ao tráfico, exploração e escravidão”, disse a conselheira sobre mudança climática e escravidão moderna da Anti-Slavery International, Fran Witt.
O Banco Mundial estimou que, em 2050, o impacto da crise climática – incluindo a baixa produtividade das safras, a falta de água e o aumento do nível do mar -, forçará mais de 216 milhões de pessoas de regiões como a África Subsaariana e a América Latina a deixarem as suas casas.
O relatório sublinhou as violações dos direitos dos trabalhadores e dos migrantes são desconsideradas no interesse do rápido crescimento e desenvolvimento económico.
“O mundo não pode continuar a fechar os olhos ao trabalho forçado, à escravidão moderna e ao tráfico humano que está a ser alimentado pelas mudanças climáticas. Abordar essas questões precisa ser parte integrante dos planos globais para lidar com a mudança climática”, afirmou Ritu Bharadwaj, investigadora do IIED.
https://zap.aeiou.pt/pessoas-trafico-escravidao-crise-climatica-432773