segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Minerais, drogas e China - Como os talibãs planeiam financiar o novo governo afegão !

Agora que o talibãs supostamente assumiram o controlo total do Afeganistão e começaram a formar um governo, um desafio iminente aguarda-os: como é que manterão o seu país e economia à tona?


Nos últimos 20 anos, o governo dos EUA e outros países financiaram a grande maioria do orçamento não militar do governo afegão — e cada centavo da força de combate que se transformou nos talibãs em agosto de 2021.

Agora, com a provável ajuda americana fora de questão e mil milhões de euros em reservas estrangeiras do banco central congeladas, os talibãs terão que encontrar outros meios.

Compreender como é que os talibãs vão pagar pelo seu governo começa com a última vez em que estiveram no poder, há mais de 20 anos.

Afeganistão mudou muito

Na década de 1990, o Afeganistão era um país muito diferente. A população era inferior a 20 milhões e dependia de grupos de ajuda internacional para os poucos serviços que podiam fornecer. Em 1997, por exemplo, o governo talibã tinha um orçamento de apenas 100 mil dólares, que mal dava para os salários dos funcionários do governo, muito menos para as necessidades administrativas e de desenvolvimento de todo o país.

Hoje, o Afeganistão mudou significativamente. A população cresceu e os seus cidadãos passaram a esperar cada vez mais serviços como saúde e educação. Em 2020, por exemplo, o Afeganistão tinha um orçamento não-militar de 5,6 mil milhões de dólares.

Como resultado, Cabul transformou-se, de uma cidade devastada pela guerra, numa capital moderna, com um número crescente de prédios altos, cyber cafés, restaurantes e universidades.

A maior parte dos gastos com desenvolvimento e infraestrutura que ocorreram desde 2001 veio de outros países. Os EUA e outros doadores internacionais cobriram cerca de 75% dos gastos não-militares do governo durante esses anos. Além disso, os EUA gastaram 5,8 mil milhões desde 2001 em desenvolvimento económico e de infraestrutura.

Ainda assim, a receita do governo estava a começar a cobrir uma parcela crescente dos gastos domésticos nos últimos anos. As fontes incluíram direitos alfandegários, impostos, receitas de taxas sobre serviços como passaportes, telecomunicações e estradas, bem como receitas da sua vasta, mas principalmente inexplorada, riqueza mineral.

A receita teria sido muito maior se não fosse a corrupção endémica do governo, que alguns especialistas citam como uma das principais razões para a sua queda. Um relatório de maio de 2021 sugeria que 8 milhões de dólares estavam a ser desviados do país todos os dias, o equivalente a cerca de 3 mil milhões por ano.

Onde os talibãs vão buscar o dinheiro

Enquanto isso, os talibãs tinham os seus próprios fluxos de receita significativos para financiar a sua insurgência à medida que ganhavam o controlo do país.

Apenas no ano fiscal de 2019-2020, os talibãs arrecadaram 1,6 mil milhões de dólares de uma ampla variedade de fontes. Mais notavelmente, ganharam 416 milhões naquele ano com a venda de ópio, mais de 400 milhões com a mineração de minerais como ferro, mármore e ouro, e 240 milhões com doações.

Agências de inteligência dos EUA e outras acreditam que vários países, incluindo Rússia, Irão, Paquistão e China, ajudaram a financiar os talibãs.

Com esses recursos, os talibãs foram capazes de comprar muitas armas e aumentar as suas fileiras militares enquanto aproveitavam a retirada dos EUA e conquistavam o Afeganistão numa questão de semanas.

Os desafios do Afeganistão

Mas vencer a guerra pode ser mais fácil do que gerir o condado, que enfrenta muitos problemas.

O Afeganistão enfrenta atualmente uma seca severa que ameaça mais de 12 milhões de pessoas — um terço da população — com níveis de “crise” ou “emergência” de insegurança alimentar. Os preços dos alimentos e outros bens essenciais dispararam, enquanto a maioria dos bancos começou a reabrir com disponibilidade limitada de dinheiro.

E, como muitos países, a sua economia foi prejudicada pela covid-19 — e alguns temem um ressurgimento de casos conforme as taxas de vacinação estagnam. Muitas instalações de saúde pública enfrentam uma grave escassez de financiamento.

Os talibãs também enfrentam desafios financeiros assustadores. Aproximadamente 9,4 mil milhões de dólares em reservas internacionais do Afeganistão foram congelados imediatamente depois de os talibãs conquistarem Cabul. O Fundo Monetário Internacional suspendeu mais de 400 milhões em reservas de emergência e a União Europeia suspendeu os planos de dispersar 1,4 mil milhões em ajuda ao Afeganistão até 2025.

Fontes potenciais de financiamento para o novo governo

  1. Alfândega e tributação. Agora que os talibãs têm controlo total sobre as passagens de fronteira e escritórios do governo do Afeganistão, podem começar a recolher todos os impostos de importação e outros.
  2. Drogas. Os talibãs disseram que não vão permitir que agricultores afegãos cultivem papoilas do ópio enquanto procuram reconhecimento internacional para o seu governo. Mas podem mudar de ideias se esse reconhecimento não ocorrer e, nesse caso, podem continuar a gerar uma fonte significativa de receita com o contrabando de drogas. Diz-se que o Afeganistão é responsável por cerca de 80% do fornecimento mundial de ópio e heroína.
  3. Mineração. Estima-se que o Afeganistão tenha 1 bilião de dólares em minerais na suas montanhas e em outras partes do país. A China, em particular, está ansiosa por extrair esses metais, que incluem aqueles que são essenciais para a cadeia de fornecimento moderna, como lítio, ferro, cobre e cobalto. No entanto, isto pode não ser possível a curto prazo.
  4. Países não ocidentais. Vários governos têm ajudado financeiramente os talibãs, incluindo Rússia, Qatar, Irão e Paquistão, e esses países podem continuar a fazê-lo. Depois de o anterior governo afegão cair em agosto, o Qatar terá injetado milhões de dólares para apoiar a economia afegã. A China, em particular, destaca-se pelos seus laços potenciais com o novo governo, já que os talibãs declararam recentemente o país como o seu “principal parceiro”. A 8 de setembro de 2021, a China deu ao governo 31 milhões de dólares em ajuda de emergência. Além da mineração, a China também está interessada em alargar a sua Nova Rota da Seda — um projeto de desenvolvimento de infraestrutura global — ao Afeganistão.
  5. Ajuda ocidental. Mesmo com estas outras fontes de rendimento, os talibãs ainda estarão ansiosos para restaurar a ajuda dos EUA e de outros países ocidentais e livrar-se das sanções das Nações Unidas que estão em vigor desde 1999. Os talibãs disseram que pretendem comportar-se de forma diferente do que na década de 1990, inclusive respeitando os direitos das mulheres e não permitindo que terroristas operassem a partir do Afeganistão. E a UE, os EUA e outros governos podem querer usar a ajuda e as reservas congeladas como alavanca para que os talibãs mantenham estas promessas.
https://zap.aeiou.pt/como-talibas-planeiam-financiar-governo-430650

 

Hackers invadiram o sistema confidencial da ONU no início deste ano !

Piratas informáticos não identificados violaram os sistemas de computação da Organização das Nações Unidas (ONU) em abril deste ano, revelou um porta-voz da instituição. Medidas de seguranças adicionais tiveram de ser impostas nos meses seguintes.


A revelação surge depois de vários especialistas em cibersegurança privada alertarem que alguns fóruns criminosos tinham vendido, ao longo dos últimos meses, senhas de acesso a um software que a ONU usa para monitorizar projetos internos.

De acordo com a CNN, este software pode ser uma mais valia para invasores que têm o objetivo de roubar dados da ONU.

“Podemos confirmar que hackers desconhecidos violaram partes da infraestrutura das Nações Unidas em abril de 2021”, referiu o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric em comunicado.

O responsável referiu ainda que “que outros ataques foram detetados e estão a ser alvo de uma resposta rápida por estarem ligados à invasão anterior”.

A Resecurity, uma empresa de segurança cibernética com sede na Califórnia, referiu à CNN que entrou em contacto com funcionários da instituição no início deste ano, após perceber que as senhas de acesso ao software estavam a ser vendidas no mercado negro online.

Já em janeiro de 2020, a ONU confirmou que hackers não identificados tinham invadido o seu sistema de computação nos escritórios de Genebra e Viena.

Este tipo de ataques representam um grande perigo para as instituições internacionais, que tentam a todo o custo manter as suas comunicações confidenciais.

https://zap.aeiou.pt/hackers-invadem-sistema-onu-430678

 

 

Estudo alerta que extração de carvão deve ser interrompida o mais rápido possível !

Para que seja possível atingir os objetivos climáticos propostos pelo Acordo de Paris, a grande maioria dos combustíveis fósseis devem permanecer no solo e parar de ser extraídos o mais rápido possível, refere um novo estudo.


Numa altura em que vários países do mundo ainda vêm as suas economias muito dependentes da extração e exportação de combustíveis fósseis, esta pode ser uma má notícia. A diminuição drástica da utilização deste tipo de combustível é necessária para salvar o planeta, mas pode levar muitos países à ruína.

Para países como a Indonésia e Austrália – os maiores exportadores mundiais de carvão – esta medida irá exigir o abandono de 95% dos seus depósitos naturais até 2050, calcularam os investigadores da University College London.

Nesse mesmo período, as nações do Médio Oriente terão que abandonar todas as suas reservas de carvão no solo e os Estados Unidos, por sua vez, terão que deixar 97% do seu stock intocável.

Estes são alguns exemplos de alguns países ou regiões que podem ter uma tarefa mais árdua no que diz respeito à exclusão de combustíveis fósseis, mas – tal como escreve o Science Alert – este é um trabalho de equipa e que deve ser realizado por todos os estados do mundo.

O novo estudo, publicado na revista Nature, alerta que quase 90% de todas as reservas de carvão devem permanecer no solo nas próximas três décadas. Qualquer remoção superior a estes valores pode empurrar o aquecimento global para além da meta de 1,5 graus, alertam os cientistas.

Contudo, não é apenas com o carvão que o mundo se precisa de se preocupar: os países também devem interromper 60% das suas extrações de petróleo e gás metano, incluindo os projetos que já começaram.

Mesmo que o mundo cumpra com estes objetivos, os investigadores estimam que o planeta tem apenas 50% de possibilidades de manter as temperaturas globais abaixo do limite de 1,5 graus.

“O quadro desanimador para a indústria global de combustíveis fósseis é muito provavelmente uma subestimação do que é necessário e, como resultado, a produção precisaria ser reduzida ainda mais rapidamente”, escrevem os autores no estudo.

Por outro lado, os autores consideram que depois de 2050 as únicas áreas onde ainda se podem usar combustíveis fósseis é na aviação e na indústria petroquímica.

Alertam ainda que se uma transição energética mundial não for alcançada até 2050, não só iremos enfrentar uma crise climática pior, como várias nações podem sofrer enormes perdas de receitas.

Atualmente, os países do Oriente Médio, assim como a Rússia e outros ex-estados soviéticos, são os maiores detentores de reservas de combustíveis fósseis, o que significa que são os que mais têm a perder.

No Iraque, Bahrein, Arábia Saudita e Kuwait, por exemplo, os combustíveis fósseis representam atualmente entre 65 e 85% da receita total do Governo. Se a bolha dos combustíveis fósseis rebentar antes destas nações alcançarem a transição para formas de energia mais limpas, muitas delas irão enfrentar uma grave crise económica.

https://zap.aeiou.pt/extracao-carvao-interrompida-430379

 

sábado, 11 de setembro de 2021

Os atentados do 11 de Setembro foram há 20 anos - O dia que mudou o mundo !

Há exactamente 20 anos, um dos acontecimentos mais marcantes da história contemporânea abalou os EUA e o mundo. O ZAP recorda o 11 de Setembro e como o legado dos atentados ainda se faz sentir nos dias de hoje.

Foi um dia que mudou o mundo e as imagens ainda estão gravadas na nossa memória colectiva. Há precisamente 20 anos, o mundo ocidental foi abalado com um ataque terrorista em nos Estados Unidos da América que matou quase 3000 pessoas e cujo legado ainda se sente em 2021.

A 11 de Setembro de 2001, terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais e pilotaram dois contra as torres gémeas. Cerca de uma hora depois do impacto do primeiro avião contra torre Norte, esta ruiu. 18 minutos após a primeira colisão, um segundo avião foi contra a torre Sul, que colapsou 56 minutos depois.
Um terceiro avião colidiu com o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa do governo americano e um quarto caiu num campo perto do estado da Pensilvânia, depois de os tripulantes terem conseguido desviar o avião do destino planeado pelos terroristas, que era o Capitólio, em Washington. Todos os passageiros e tripulantes dos aviões morreram.
Quando o segundo avião embateu contra a torre Sul, as dúvidas sobre se o que passara tinha sido um acidente dissiparam-se. George Bush tinha um evento marcado para o dia, que imediatamente cancelou, e o FBI abriu na hora uma investigação a um possível sequestro de um avião. 

Ainda esta semana, foram identificadas mais duas vítimas mortais, algo que já não acontecia há dois anos. Uma delas chama-se Dorothy Morgan, que era residente em Hempstead. Já identidade da segunda pessoa, um homem, não foi revelada a pedido da família. Assim, foram já identificadas 1647 vítimas mortais do total de 2753 mortos.

A identificação foi feita através de análises de ADN. “Há 20 anos, fizemos uma promessa às famílias das vítimas do World Trade Center de fazer o que fosse necessário para identificar os entes queridos. Não importa quanto tempo passe, vamos usar as ferramentas à nossa disposição para garantir que todos aqueles que foram perdidos se possam reunir com as suas famílias”, explicou Barbara A. Sampson, médica de Nova Iorque.

Visto que cerca de 40% das vítimas ainda não foram identificadas, as autoridades norte-americanas estão agora a usar um método forense mais avançado, que já está a ser usado para identificar vestígios da Segunda Guerra Mundial.

Para além do vídeo do embate avião a embater contra as torres, muitas outras imagens marcaram o evento, como os bombeiros desesperados a evacuar as vítimas e apagar os incêndios ou a conhecida fotografia de The Falling Man, que retrata um homem a atirar-se do edifício para fugir às chamas. Foram também inaugurados memoriais para lembrar as vítimas, tanto onde era o World Trade Center como no Pentágono.

O 11 de Setembro foi também o momento catapultou a Al-Qaeda, na altura uma organização relativamente obscura, para a notoriedade mundial, e o fundador e cérebro da operação dos ataques – Osama Bin Laden – tornou-se o inimigo número um dos EUA.

Fundada em 1988, a Al-Qaeda atraiu recrutas revoltados com o imperialismo e interferência americanos no Médio Oriente e contra o apoio incondicional do país a Israel, tendo crescido e criado campos de treino sob a alçada do governo talibã no Afeganistão, entre 1996 e 2001.

Bin Laden acabou por ser capturado e morto pelas forças norte-americanas em 2011, na cidade de Abbottabad, no Paquistão, e o exército recolheu também documentos e comunicações internas da organização terrorista que têm sido revelados nos últimos anos.

Segundo escreve a Foreign Affairs, os Abbottabad Papers incluem notas escritas à mão por Bin Laden em 2002 a detalhar como surgiu a ideia para o 11 de Setembro. A intenção de atacar o solo americano nasceu em Outubro de 2000, semanas depois do ataque USS Cole no Iémen – em que um bombista suicida da Al Qaeda explodiu um destruidor de mísseis da marinha dos EUA.

“O mundo muçulmano está todo submetido ao reinado de regimes blasfemos e à hegemonia americana”, escreveu Bin Laden, que acreditava que o 11 de Setembro ia “quebrar o medo deste falso deus e destruir o mito da invencibilidade americana“.

Apesar de esperar que os atentados mostrassem o impacto da política externa dos EUA no Médio Oriente e virassem a população contra o governo, o 11 de Setembro acabou por ter o efeito oposto e unir a sociedade americana de uma nunca forma antes vista.

Na história das sondagens Gallup, nunca nenhum chefe de Estado americano teve uma maior taxa de aprovação do que George W. Bush teve nas semanas a seguir aos ataques, que chegou aos 90%. Quase 9 em 10 Democratas apoiavam o Presidente Republicano.

O discurso de Bush no dia dos ataques continua a ser um dos momentos mais marcantes da sua presidência. “Hoje os nossos cidadãos, a nossa forma de vida, a nossa própria liberdade foi atacada por actos terroristas deliberados. Estes actos queriam assustar a nossa nação até à desistência, mas falharam. Os ataques terroristas podem abanar as bases dos edifícios, mas não podem abanar a fundação da América“, afirmou Bush.

20 anos depois, a Al-Qaeda persiste, mesmo depois da morte do seu líder e de vários Presidentes americanos já terem declarado a derrota do grupo terrorista.

Depois de ter começado mais concentrado no Afeganistão e no Paquistão, o grupo descentralizou-se e já tem ligações a organizações na Somália, no Iémen e nos países do norte de África que ficaram mais instáveis durante a Primavera Árabe, escreve o Washington Post. Apesar de ter ganhado fama mundial com o 11 de Setembro, a Al-Qaeda dedica-se agora mais a batalhas internas do que à guerra contra os Estados Unidos.

Nas últimas semanas, com o regresso dos talibãs ao poder no Afeganistão, regressaram também os receios de que a Al-Qaeda volte a ganhar relevância no plano internacional – apesar de todas as potências exigirem ao novo governo afegão o fim do apoio a grupos terroristas em troca do reconhecimento internacional. Recorde-se que a recusa dos talibãs de entregar Bin Laden foi o que motivou a invasão norte-americana em 2001.

O Ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, acredita que a saída das tropas ocidentais do Afeganistão “deixa um grande, grande problema”. “Foi por isso que disse que este não é o tempo nem a altura certa, porque provavelmente a Al-Qaeda vai voltar. Os estados falhados são um terreno fértil para este tipo de pessoas”, afirmou.

Joe Biden ordenou a 3 de Setembro o cumprimento de uma exigência antiga das famílias das vítimas – que o Departamento de Justiça e outros órgãos federais acabassem com a confidencialidade de documentos da investigação do FBI aos ataques, o que pode finalmente confirmar ou negar as suspeitas do envolvimento do governo da Arábia Saudita, um longo aliado dos EUA.

Dos 19 terroristas envolvidos no 11 de Setembro, 15 eram sauditas – incluindo Bin Laden – dois eram dos Emirados Árabes Unidos, um era libanês e outro tinha nacionalidade egípcia. O relatório final sobre os atentados não encontrou provas do envolvimento do governo saudita ou que este tivesse financiado a Al-Qaeda, mas as acusações persistem.

“Estamos felizes por ver o Presidente a forçar a divulgação de mais provas sobre as ligações sauditas aos ataques de 11 de Setembro. Estamos a lutar contra o FBI e a comunidade de inteligência há demasiado tempo, mas isto parece um verdadeiro ponto de viragem”, afirma Terry Starda, cujo marido morreu no ataque ao World Trade Center.

Já há anos que as famílias das vítimas tentam processar o governo da Arábia Saudita pela responsabilidade dos ataques. A embaixada do país nos EUA já reagiu ao anúncio de Biden. “A Arábia Saudita sabe muito bem do mal que a ideologia e as acções da Al-Qaeda representam. Ao lado dos EUA, o reino tem lutado contra os homens e todas as formas da mentalidade terrorista”, respondeu, em comunicado.

A embaixada acrescenta que espera que a divulgação dos documentos acabe “com as alegações sem base contra o reino, de uma vez por todas”.

“Eu devia ter morrido naquele dia”

As décadas passam, mas as marcas físicas e psicológicas de quem viveu os ataques ou perdeu familiares e amigos persistem. Joe Dittmar estava numa reunião no 105º andar da Torre Sul quando teve de evacuar o edifício.

O trabalhador de uma seguradora estava a descer as escadas no 72º andar quando o segundo avião colidiu com o prédio, poucos andares acima. Dittmar estava numa sala de conferências quando um homem alertou para a explosão na Torre Norte.

“Todos os 54 de nós dissemos a mesma coisa, que estamos em Nova Iorque, há sempre coisas a acontecer aqui, deixem-nos ter a nossa reunião. Ele era bombeiro e avisou-nos que não podia sair do edifício até toda a gente sair e eu sei que ele tirou toda a gente daquela sala porque eu fui o último a sair”, explica ao City News.

A decisão de ir pelas escadas pode ter salvo a vida de Joe. Depois de ter saído do edifício, os sobreviventes conseguiram ouvir pela primeira vez a rádio a dizer que se tratava de um ataque terrorista.

“Os nossos queixos caíram. Isto não acontece aqui, mas depois ouvimos o cimento a cair, o ferro a dobrar-se e gritos de milhares de pessoas em Nova Iorque” quando a torre caiu.

Lauren Manning tinha acabado de entrar na Torre Norte do World Trade Center quando o avião atingiu o edifício, tendo sido atingida por uma enorme chama que desceu do poço do elevador até ao hall de entrada.

“De acordo com qualquer critério médico, eu devia ter morrido. Houve este assobio incrivelmente alto e penetrante e instantes depois, estava envolvida em chamas. Estava a arder viva, não há outras palavras”, revela à Sky News. Lauren ficou com 80% do corpo queimado, sendo cerca de 20% de quarto ou quinto grau, o que obrigou a amputações.

Lauren foi levada para o hospital e colocada num coma durante três meses. O marido Greg lia-lhe poemas de Robert Burns e tocava-lhe músicas do tempo em dois começaram a namorar. Alguns dias depois de acordar do coma, o filho Tyler, na altura com um ano, visitou-a pela primeira vez desde o ataque.

Tinha tanto medo que ele não me reconhecesse. Ele não me reconheceu ao início, mas depois reconheceu os meus olhos e voz. Era tudo o que eu precisava”, confessa. Enquanto estava deitada a ver pessoas a saltar das torres, Lauren sabia que os seus colegas de trabalho estavam presos nos andares nas altos. Todos os 658 trabalhadores no escritório nesse dia acabaram por morrer.

O legado que ainda se sente hoje

Uma das principais consequências dos atentados foi o início da guerra contra o “eixo do mal” do terror, com os Estados Unidos a invadir o Afeganistão em 2001, uma guerra que acabou recentemente, e o Iraque em 2003, onde o exército norte-americano ainda está.

O projecto Custos da Guerra, da Universidade de Brown, calculou os custos humanos e monetários dos conflitos. “As mortes que calculamos estão provavelmente muito abaixo do verdadeiro impacto que estas guerras tiveram. É crítico que tenhamos propriamente em conta as vastas e variadas consequências das guerras e operações contra-terrorismo dos EUA desde o 11 de Setembro”, apela Neta Crawford, co-fundadora do projecto.

Mais de 929 mil pessoas morreram vítimas de violência directa das guerras e 387 mil civis perderam a vida, segundo os cálculos. Os conflitos causaram 38 milhões de refugiados e deslocados e custaram mais de 8 biliões de dólares ao estado americano, que está actualmente a levar a cabo actividades contra-terrorismo em 85 países.

O impacto do 11 de Setembro também ainda se nota na segurança nos voos – depois dos terroristas que sequestraram os aviões terem embarcado facilmente nos aeroportos em Portland, Maine, Boston, Newark e Washington.

Antes dos atentados, era comum chegar-se aos aeroportos meros minutos antes de se embarcar e practicamente não eram exigidos documentos de identificação ou bilhetes até à porta do avião, escreve o NPR. Não era necessário remover casacos e calçado e apenas se passava num detector de metais.

Nos dias de hoje, é preciso ir para o aeroporto com horas de antecedência e esperar em longas filas. Os passageiros têm de retirar calçado e casacos e esvaziar os bolsos, as malas são sujeitas a um raio-X e temos de passar por um exame a todo o corpo.

A segurança era feita por empresas privadas contratadas pelas companhias aéreas e tinha de obedecer a critérios federais. Os contratos eram geralmente atribuídos à empresa que ficasse mais barata.

“Era tão fácil, muitos de nós ficamos surpreendidos que não tinha acontecido antes”, afirma Jeff Price, que era assistente da direcção de segurança no aeroporto de Denver no 11 de Setembro, sobre o aperto à segurança. “Antes do 11 de Setembro, a segurança era quase invisível e foi criada para ser assim. Era algo no fundo que não era muito perceptível e que não interferia com as operações do aeroporto“, acrescenta.

Mas não foram só os americanos que sentiram a vida mudar de um dia para o outro depois dos atentados – os muçulmanos também, especialmente os que viviam nos EUA na altura. Imediatamente após o 11 de Setembro, os crimes de ódio contra muçulmanos subiram de 28 incidentes em 2000 para 481 em 2001, segundo dados do FBI.

“Depois do 11 de Setembro, o ódio e a discriminação foram amplificados. De repente, o dia-a-dia dos muçulmanos americanos tornou-se objecto de consumo público, a sua fé foi tornada uma questão racial e as comunidades foram muito escrutinadas pela sociedade”, explica Sumayyah Waheed, consultor político, à Al-Jazeera.

A aprovação no imediato do Patriot Act, uma lei que deu mais poderes de espionagem às forças de segurança sobre cidadãos suspeitos de terrorismo também ainda tem impacto hoje em dia na população americana, especialmente nos muçulmanos, que foram desproporcionalmente atingidos. Vários grupos de direitos civis afirmam que a lei, cujos alguns elementos importantes expiraram em 2020, é inconstitucional.

https://zap.aeiou.pt/11-de-setembro-430347

 

Autoproclamado "Viajante do Tempo" cita as datas fatídicas de Setembro de 2021 para a humanidade !

Um usuário com o apelido @aesthetictimewarper anunciou que três datas dos eventos mais importantes estão chegando para a humanidade. E ele sabe disso, já que supostamente chegou do ano de 2714.

Assim no dia "11 de setembro alienígenas visitarão a Terra" para levar cerca de 4 mil pessoas ao planeta Proxima B. No entanto esse número incluirá apenas funcionários qualificados e também parcialmente crianças.
E já no dia 14 de setembro o Maior furacão da história da humanidade atingirá o "Litoral da Carolina do Sul"
Quase duas semanas mais tarde, a 26 de Setembro, os chimpanzés comunicarão "informações secretas" à humanidade falando na língua dos humanos.  
Cena do filme 'Planeta dos Macacos – O Confronto' - Divulgação/VEJA

No entanto, nenhuma das previsões por ele citadas foi confirmada. No entanto, isso não afeta de forma alguma o seu público que só se exagera a cada dia.

Até o momento, 860,4 mil usuários já se inscreveram. De acordo com sua promessa quando o número de assinantes chegar a um milhão ou mais ele vai mostrar a cara.

O vídeo com previsões para setembro recebeu quase dois milhões de visualizações e três mil comentários. 

“Não vou tirar conclusões ainda vou esperar um furacão nos Estados Unidos sou apenas da Carolina do Sul”, escreveu um dos usuários. 

“Eu também sou um viajante do tempo e sei que suas previsões estão erradas.”

Cientistas da NASA notaram que viajar no tempo é impossível.

“Embora o tempo viaje a uma velocidade diferente em aviões e satélites do que na Terra, não podemos usar uma máquina do tempo para viajar centenas ou milhares de anos”, disse a agência.
 
http://ufosonline.blogspot.com/search?updated-max=2021-09-09T19:43:00-03:00&max-results=20

 

Asteroide potencialmente perigoso passou muito próximo da Terra ! Esteve ainda mais perto do que a Lua ! E, mais 2 - Um deles Potencialmente Perigoso - Passarão durante este mês !


Esta quinta-feira, o asteroide RJ53 passou pela Terra — e esteve ainda mais próximo do que a Lua. Ainda este mês, dois asteroides irão passar pelo nosso planeta.

Esta quinta-feira, o asteroide 2010 RJ53, passou pela Terra a uma distância de apenas 366.000 quilómetros — o que significa que, por breves momentos, esteve mais próximo do que a Lua, que fica a cerca de 384.400 quilómetros.

O 2010 RJ53 tem 774 metros de diâmetro, o que equivale a mais do dobro da altura da Torre Eiffel, em Paris.

O asteroide 2010 RJ53 não é, no entanto, o único corpo celeste a passar perto da Terra neste mês de setembro.

O maior — a seguir ao 2010 RJ53 — é o asteroide 2021 PT, com 137 metros de diâmetro, que voará perto da Terra, no dia 11 se setembro, a uma distância de cerca de 4,9 milhões de quilómetros, escreve o News18.

Uns dias mais tarde, a 22 de setembro, o terceiro corpo celeste irá cruzar-se com a trajetória da Terra. Chama-se 2021 NY, também foi classificado pela NASA como potencialmente perigoso e deverá passar a uma distância de 1,5 milhões de quilómetros.

Os asteroides são corpos celestes relativamente pequenos do Sistema Solar que orbitam em torno da estrela hospedeira. Ao contrário dos planetas, têm forma irregular e são desprovidos de atmosfera. Mas podem ter satélites.

Segundo a Sputnik, uma grande quantidade de asteroides passa, frequentemente, perto da Terra. Mas a agência espacial norte-americana apenas classifica como potencialmente perigosos aqueles com mais de 150 metros de diâmetro e que voam a uma distância inferior a 7,5 milhões de quilómetros do nosso planeta.

https://zap.aeiou.pt/asteroide-potencialmente-perigoso-terra-430370

 

Fontes internas dizem que a NASA tem salvado o mundo do Apocalipse há dois anos !

Conforme relatado pelo site brobible.com, em 22 de setembro de 2021, o asteroide 2021 NY1, cujo diâmetro é estimado em 130 a 300 metros, se aproximará da Terra a uma distância mínima. Ele viajará a 1.498.113 km da Terra a uma velocidade de 34.000 quilômetros por hora.

Fontes internas dizem que a NASA tem salvado o mundo do Apocalipse há dois anos

Embora o diâmetro do asteroide seja impressionante, a distância de sua passagem será de três a quatro distâncias até a Lua, então a probabilidade de sua queda é mínima, assim como a probabilidade de dois de seus satélites caírem.

No entanto, esta mensagem da NASA, que de repente começou a falar sobre o efeito Yarkovsky e seus dois asteroides companheiros que estão voando nas proximidades, e as propriedades cometárias de 2021 NY1, nos lembram das mensagens do Israeli News Live que Steve (no vídeo abaixo) recebe periodicamente de pessoas internas e de vez em quando em seu canal.

Segundo ele, um grande cometa já voa para a Terra há muito tempo, que, segundo as primeiras estimativas, deveria ter caído em algum lugar do Atlântico no final de 2020. Mas, pelos esforços conjuntos da NASA e dos ‘irmãos’, o cometa foi desviado do curso, enquanto se separava dele três pedaços pesados. E um deles deve cair no final de 2021 ou no início do próximo ano.

O local do acidente é o Oceano Pacífico. O fragmento é relativamente pequeno, não é um ‘assassino de planetas’, no entanto, o local de sua queda é calculado com mais ou menos precisão – ele atingirá exatamente ao longo da linha da zona de subducção, cujas consequências afetam muito a Pesquisa Geológica dos EUA (de sigla em inglês, USGS):

Não podemos dizer que as revelações de Steve são a verdade definitiva para nós, no entanto, sua mensagem é indiretamente apoiada por alguns fatos.

Então, em agosto, parecia haver um estranho interesse da US Geological Survey no Oceano Pacífico Norte – por alguma razão, eles espalharam por todo o Alasca sensores sísmicos temporários. Como pensamos, a USGS está esperando um terremoto épico, mas à luz do que Steve disse, pode-se pensar que um meteoro épico é esperado lá.

O segundo ponto é o momento do início da pandemia e a luta contra ela. Estranhamente, coincide com a primeira mensagem de Steve, que, no verão de 2019, falou sobre um cometa e que o governo mundial iria agora iniciar os preparativos para o impacto.

O terceiro são estranhas explosões de raios gama, que começaram a chegar a uma taxa de cinco por dia. As explosões de fluxo de raios gama podem ser causadas por operações de perfuração espacial.

Finalmente, o quarto fato indireto é o fluxo de mensagens dos videntes sobre os três dias iminentes de escuridão, quedas de meteoros e a invasão de alienígenas.

Cada uma individualmente, todas essas coisas não dizem nada de especial e nada avisam, mas quando colocadas juntas, já pintam um quadro diretamente dramático, olhando para o qual é bem possível dizer que testemunharemos acontecimentos indescritíveis.

https://www.ovnihoje.com/2021/09/08/fontes-internas-dizem-que-a-nasa-tem-salvado-o-mundo-do-apocalipse-ha-dois-anos/

 

Cientista alerta sobre vírus alienígenas de outros planetas !

Se algum dia encontrássemos um mundo alienígena cheio de vida extraterrestre, provavelmente veríamos muito mais do que apenas alienígenas de tamanho humano. Qualquer ambiente capaz de sustentar vida o faria dependendo de inúmeros micróbios extraterrestres e, como alerta o astrobiólogo e cosmologista da Universidade do Estado do Arizona, Paul Davies, também de vírus extraterrestres.

Cientista alerta sobre vírus alienígenas de outros planetas
Crédito da ilustração: Arek Socha/Pixabay

Davies disse ao The Guardian:

“Na verdade, os vírus fazem parte da teia da vida. Eu esperaria que, se você tem vida microbiana em outro planeta, é provável que você tenha – se for sustentável e sustentado – toda a complexidade e robustez inerentes à capacidade de trocar informações genéticas.”

Davies argumenta que os vírus – que muitos biólogos argumentam que não atendem aos requisitos mínimos para serem considerados vivos – ainda são uma parte valiosa de um ecossistema devido à sua capacidade de transferir material genético de um organismo para outro, potencialmente impulsionando a evolução.

Os vírus do espaço parecem um ótimo conceito para um filme de terror, mas Davies lembrou ao The Guardian que um vírus alienígena prejudicial provavelmente seria mais perigoso para os habitantes de seu planeta natal do que para qualquer visitante humano – principalmente porque não teria evoluído para Infectar e se espalhar entre humanos.

Davies disse ao The Guardian:

“Os vírus perigosos são aqueles que estão intimamente adaptados a seus hospedeiros. Se houver um vírus verdadeiramente alienígena, é provável que não seja nem remotamente perigoso.”

Isso é puramente hipotético, é claro. Os melhores cientistas (humanos) lá fora ainda não conseguiram encontrar qualquer indicação de que existe outro mundo lá fora com um ecossistema complexo como o da Terra, nem pensar em vida alguma.

Mas, mesmo além dos possíveis riscos de patógenos alienígenas, o aviso de Davies é um lembrete fascinante de que quaisquer extraterrestres que possam estar lá não existiriam no vácuo – provavelmente haveria todos os tipos de vida ao seu redor, assim como os ricos ecossistemas que temos aqui.

https://www.ovnihoje.com/2021/09/09/cientista-alerta-sobre-virus-alienigenas-de-outros-planetas/

 

Falsa agressão homofóbica para esconder infidelidade incendeia a política espanhola !

A denúncia falsa de um jovem que alegou ter sido agredido, num ataque homofóbico, em Madrid, incendiou os ânimos na política espanhola, com acusações entre o Governo do PSOE e a oposição, em especial o partido de extrema-direita Vox.


Tudo começou quando um jovem de 20 anos disse à polícia ter sido agredido por oito encapuzados, em plena tarde de domingo, em Madrid. Nesta suposta agressão, tatuaram-lhe a palavra “maricón” nas nádegas.

Mas, afinal, descobriu-se que foi um acto consentido pelo jovem que seria adepto de práticas sadomasoquistas.

Ele terá mentido ao namorado que o levou ao hospital, onde o caso foi sinalizado à polícia. A mentira terá sido motivada pelo desejo de esconder do parceiro a sua infidelidade.

Contudo, antes de se saber a verdade, a falsa denúncia acabou por chegar aos media como mais um caso de agressões homofóbicas, sucedendo-se a outras situações semelhantes que têm aparecido nos últimos tempos no país.

As notícias sobre a alegada agressão provocaram um reboliço na política espanhola, com trocas de acusações mútuas entre os vários partidos.

O alvo do Governo de Pedro Sánchez foi logo o Vox, com o argumento de que a suposta agressão homofóbica seria resultado do seu discurso de ódio.

Quando se descobriu que, afinal, a denúncia era falsa, o Vox e o Partido Popular (PP) vieram acusar o Governo de estar a aproveitar-se do caso para fazer propaganda em causa própria.

“Governo de Espanha toma os cidadãos por imbecis”

O Governo chegou a anunciar que ia direccionar mais recursos e mais medidas para combater os crimes de ódio.

E o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, convocou uma reunião de emergência para discutir essas medidas, mantendo este encontro mesmo depois de se ter descoberto que a denúncia era falsa.

Contudo, o principal visado das críticas é o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, com a oposição a pedir a sua demissão.

No seguimento da suposta agressão, o ministério de Marlaska anunciou medidas como a criação de grupos especializados em crimes de ódio dentro das unidades de informação da Polícia Nacional e da Guardia Civil.

Ora, a oposição diz que é uma falsa medida nova, pois argumenta que já havia especialistas dedicados a este assunto nos corpos policiais.

A presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, eleita pelo PP com o apoio do Vox e do Ciudadanos, é uma das vozes que pede a demissão de Marlaska.

“O Governo de Espanha toma os cidadãos por imbecis“, critica Ayuso, notando que “Madrid é uma região aberta, plural, que respeita os direitos de todos os cidadãos”. “Não se pode consentir a imagem que quiseram passar de Madrid”, defende ainda.

No Vox, Santiago Abascal acusa Marlaska de “manipular” a opinião pública e de ser “um mentiroso compulsivo”, enquanto garante que o seu partido não é homofóbico, nem racista ou machista, e que defende “todos os espanhóis”.

“Não entendemos que haja um colectivo LGTBI, entendemos que há espanhóis de umas ideias ou de outras, de uma tendência sexual ou de outra. Não perguntamos aos espanhóis sobre assuntos privados, menos ainda com quem se deitam“, frisa ainda Abascal.

Já o alcaide de Madrid, José Luis Martínez-Almeida, do PP, acusa o Governo de querer “estigmatizar o Vox”, sublinhando, contudo, que não concorda com este partido em várias questões, como na violência de género e na imigração.

Sánchez envia “carinho” às pessoas LGBTI

Entretanto, Marlaska já garantiu que não se demite e pediu para “não banalizar as agressões” e “não circunscrever o problema a um caso concreto”.

Nunca instrumentalizo algo tão importante como são os direitos e liberdades”, disse ainda antes de apontar as garras à oposição.

“Temos um problema estrutural de discursos políticos, com declarações contrárias à tolerância e à diversidade, onde as leis que garantem direitos e liberdades são questionadas”, aponta Marlaska.

E o ministro tem o apoio de Sánchez que já veio notar que esta denúncia falsa não pode tapar “a realidade que sofrem pessoas de muitas orientações sexuais pelo facto de serem como são”.

“Os crimes de ódio contra as pessoas LGBTI aumentaram“, frisa ainda Sánchez, enviando o seu “carinho” a esta comunidade e garantindo “o compromisso do Governo na defesa dos seus direitos”.

A Comissão de Acompanhamento do Plano de Acção de Luta contra os Delitos de Ódio já anunciou que é preciso reforçar os meios para combater este tipo de casos perante o “crescimento constante em torno de 9% por ano” desde 2014, como revela o jornal espanhol El Mundo.

https://zap.aeiou.pt/falsa-agressao-homofobica-espanha-430727

Jornalistas que cobriram protestos em Cabul espancados pelos talibãs !

Esta quinta-feira, começaram a circular imagens de dois repórteres afegãos que foram detidos e severamente espancados pelos talibãs, por estarem a cobrir os protestos de mulheres de quarta-feira em Cabul.


As fotografias de Taqi Daryabi, de 22 anos, e de Nematullah Naqdi, de 28, não deixam margem para dúvidas quanto ao tratamento recebido quando estiveram às mãos dos extremistas, mostrando contusões nos rostos, pernas e costas.

Os dois disseram à agência France-Presse que os talibãs os soquearam e espancaram com bastões, cabos elétricos e chicotes, tendo sido acusados de organizar o protesto. Naqdi disse ainda à AFP que os combatentes o insultaram e lhe deram pontapés na cabeça.

“Um dos talibãs pôs o pé na minha cabeça e esmagou a minha cara contra o cimento. Deram-me pontapés na cabeça, pensei que me iam matar“, contou. Quando lhes perguntou por que razão estava a ser agredido, um deles respondeu: “Tens sorte de não seres decapitado.”

De acordo com a informação recolhida pelo Comité de Proteção de Jornalistas (CPJ), em apenas dois dias desta semana, o grupo já deteve pelo menos 14 jornalistas que cobriam as manifestações na capital, e que entretanto foram libertados. Pelo menos nove destes profissionais foram sujeitos a violência, acrescenta a CPJ num comunicado.

“Os talibãs estão a provar depressa que as suas promessas de permitir que os media independentes do Afeganistão continuem a trabalhar livremente e com segurança são inúteis”, disse Steven Butler, coordenador do programa na Ásia do CPJ, citado pelo jornal The Guardian.

“Exortamos os talibãs a cumprirem essas promessas, a pararem de espancar e deter repórteres que estão a fazer o seu trabalho e permitir que os media trabalhem livremente, sem medo de represálias”, apelou.

ONU denuncia violência contra manifestantes

Esta sexta-feira, em Genebra, a ONU também denunciou a “violenta repressão” dos talibãs sobre manifestações pacíficas, que já causou pelo menos quatro mortes.

“Apelamos aos talibãs para porem imediatamente fim ao uso da força e à detenção arbitrária contra os que exercem o direito a protestar pacificamente e também contra os jornalistas que cobrem as manifestações”, declarou Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU.

Segundo uma “contagem não exaustiva” do Alto Comissariado, quatro manifestantes foram mortos quando os talibãs dispararam balas reais, salientou Shamdasani, que também denunciou a proibição, pelo novo regime, de qualquer reunião não autorizada.

“De acordo com o Direito Internacional Humanitário, qualquer uso da força deve ser o último recurso em resposta às manifestações, devendo ser estritamente necessário e proporcional, pelo que as armas de fogo nunca devem ser usadas, exceto em resposta a uma ameaça de morte iminente”, lembrou a porta-voz.

“Em vez de proibir protestos pacíficos, os talibãs devem parar de usar a força e garantir o direito de reunião pacífica e liberdade de expressão, inclusive quando as pessoas quiserem expressar as suas preocupações e usar o direito de participar na gestão do país”, acrescentou.

“Enquanto os afegãos – mulheres e homens – saem às ruas para exigir pacificamente que os seus direitos humanos sejam respeitados nestes tempos de grande incerteza – incluindo o direito das mulheres de trabalhar, circular livremente, o direito à educação e à participação na política – é crucial que aqueles que estão no poder ouçam as suas vozes”, frisou ainda Shamdasani.

Para a porta-voz, a proibição de qualquer reunião pacífica constitui uma “violação do direito internacional”, o mesmo sucedendo com o “corte de todo o acesso à Internet”.

Nesse sentido, Shamdasani enfatizou que os jornalistas que cobrem esses eventos não devem ser sujeitos a “represálias ou assédio”.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-cobriram-protestos-cabul-espancados-430691

 

Presidente da Ucrânia admite uma guerra de “grande escala” com a Rússia !

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira que o conflito com Rússia pode levar a uma guerra de “grande escala” entre os países.


Questionado sobre as tensões com Moscovo, durante o Forúm Yes Brainstorming 2021, que decorre em Kiev, Zelensky indicou que essa “seria a pior coisa que pode vir a acontecer”, sublinhou, porém, que “por desgraça é uma possibilidade”. “Creio que seria o maior erro da Rússia”, acrescentou, citado pelo Jornal de Notícias.

Zelensky referiu que gostaria de se encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin, durante o novo encontro do Quarteto da Normandia, para encontrar soluções sobre a situação no leste da Ucrânia. O Quarteto da Normandia é formando pela Rússia, Ucrânia, França e Alemanha.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, lamentou as palavras de Zelensky, recusando-se a comentar sobre “cenários apocalípticos”.

As declarações de Zelensky ocorrem no mesmo dia em que foi anunciada a conclusão do gasoduto franco-alemão Nord Stream 2. Pouco tempo antes das declarações de Zelensky, o porta-voz do chefe de Estado da Ucrânia frisou à agência France-Presse que o país se vai “bater” contra a exploração do gasoduto.

O novo gasoduto, com uma capacidade de transporte de 55 mil milhões de metros cúbicos de gás anualmente, tem uma extensão 1.230 quilómetros sob o Mar Báltico, estabelecendo a mesma rota que o Nord Stream 1, a operar desde 2012.

Para a Ucrânia, o gasoduto poderá privar Kiev de, pelo menos, 1,5 mil milhões de dólares anuais que recebe pelo trânsito de gás russo através de território ucraniano e que se destina ao bloco europeu.

O conflito no leste da Ucrânia entre o Exército da Ucrânia e as milícias pró russas eclodiu na primavera de 2014 e provocou até hoje a morte de 14 mil pessoas.

https://zap.aeiou.pt/presidente-ucrania-guerra-russia-430660

 

Presidente da China avisa que mundo sofrerá em caso de confronto com EUA !

O Presidente chinês, Xi Jinping, disse esta sexta-feira ao homólogo norte-americano, Joe Biden, numa conversa telefónica, que os dois países e o mundo “sofrerão” em caso de confronto entre a China e os Estados Unidos.


“Quando a China e os Estados Unidos trabalham juntos, os países e o mundo beneficiam, mas ambos os países e o mundo sofrerão se os dois países se confrontarem“, sublinhou Xi, de acordo com um comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

“A política dos EUA em relação à China tem causado sérias dificuldades ao relacionamento” entre as duas potências, acrescentou o secretário-geral do Partido Comunista Chinês.

Foi a segunda conversa por telefone entre os líderes das duas maiores economias do mundo, desde que Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos, no início do ano.

Em comunicado, a Casa Branca disse que os “dois líderes tiveram uma discussão ampla e estratégica, na qual abordaram áreas em que os interesses convergem e áreas em que os interesses, valores e perspetivas divergem”.

Os Estados Unidos manifestaram vontade que os dois lados possam trabalhar juntos em questões de interesse mútuo, incluindo as alterações climáticas e a prevenção de uma crise nuclear na península coreana, apesar das crescentes diferenças.

A relação entre a China e os EUA deteriorou-se rapidamente, nos últimos dois anos, com várias disputas simultâneas entre as duas maiores economias do mundo, incluindo uma prolongada guerra comercial e tecnológica e diferendos em questões envolvendo os Direitos Humanos, o estatuto de Taiwan e Hong Kong, ou a soberania do mar do Sul da China.

Antes da conversa por telefone, um responsável do executivo norte-americano, citado pela agência de notícias Associated Press (AP), disse que a Casa Branca não estava satisfeita com os contactos iniciais com Pequim.

O responsável, que pediu o anonimato, disse que a Casa Branca espera que uma conversa entre os dois líderes possa ser benéfica.

O comunicado emitido pela diplomacia chinesa destacou que “ambos os líderes mantiveram uma comunicação estratégica sincera, ampla e profunda, e abordaram as relações bilaterais e questões pendentes de interesse comum”.

“A comunidade internacional enfrenta muitos problemas comuns. A China e os EUA devem assumir maiores responsabilidades e continuar a olhar em frente e demonstrar valor estratégico e político”, acrescentou Xi Jinping, de acordo com a mesma nota.

Xi citou em particular as iniciativas chinesas para combater as alterações climáticas, dias após a visita à China do enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.

Xi e Biden “concordaram em manter uma comunicação regular por meio de vários canais”, no âmbito das questões do clima, enquanto orientam responsáveis dos respetivos governos, em diferentes níveis e áreas, para fazerem o mesmo, destacou o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

O responsável da Casa Branca, citado pela AP, indicou que Biden deixou claro a Xi que não tenciona afastar-se da política da sua administração de pressionar a China nas questões dos Direitos Humanos, comércio e outras áreas em que acredita que Pequim está a infringir as normas internacionais.

Os contactos de alto nível entre Pequim e Washington têm sido marcadas por recriminações.

Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, alertou John Kerry que a deterioração das relações entre os dois países pode prejudicar a cooperação na questão do clima.

Wang disse a Kerry que a cooperação não pode ser separada do relacionamento mais amplo e pediu aos EUA que tomem medidas para melhorarem os laços.

Em julho, a vice-secretária de Estado norte-americana Wendy Sherman enfrentou uma longa lista de exigências e reclamações, durante uma visita à China, incluindo acusações de que os EUA estão a tentar conter e suprimir o desenvolvimento do país asiático.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Xie Feng, pediu aos EUA que “mudem a sua mentalidade altamente equivocada e política perigosa”.

Desde o início da presidência, Biden tem privilegiado um alinhamento com os aliados para procurar uma abordagem comum para a China. O líder norte-americano vê Pequim como o concorrente económico mais significativo dos Estados Unidos e uma preocupação crescente para a segurança do seu país.

https://zap.aeiou.pt/presidente-china-avisa-confronto-eua-430490

Bolsonaro pode ser acusado de crime de responsabilidade - Bolsa brasileira perde milhões !

As ameaças de Bolsonaro ao poder judicial e ao Supremo podem incorrer num crime de responsabilidade, que pode também levar à destituição do Presidente, apesar de por enquanto parecer improvável.


Depois de voltar a ameaçar o poder judicial brasileiro e a oposição política durante as marchas do Dia da Independência, Jair Bolsonaro pode agora ser acusado do crime de responsabilidade.

Recorde-se que a 7 de Setembro, dia em o Brasil celebra a independência de Portugal, os Bolsonaristas marcaram marchas um pouco por todo o país para mostrarem o seu apoio ao Presidente. O contingente policial em Brasília chegou a ser reforçado por receios de uma possível insurreição.

Os apoiantes de Bolsonaro chegaram a conseguir derrubar a barreira policial para a Esplanada dos Ministérios, a parte central da capital brasileira onde estão concentradas as instituições do poder e tentaram também ocupar o Ministério da Saúde.

Nos discursos aos apoiantes, Bolsonaro deixou ameaças ao Supremo Tribunal. “Não mais aceitaremos que o Supremo ou qualquer autoridade usando a força do poder passe por cima da nossa Constituição. Nós também não podemos continuar a aceitar que uma pessoa especifica na região dos ‘três poderes’ continue a barbarizar a nossa população”, afirmou.

O chefe de Estado brasileiro acrescentou que a manifestação era também um “ultimato  para todos que estão na Praça dos Três Poderes“, inclusive o próprio Presidente da República e disse que não vai acatar decisões de Alexandre de Moraes, juiz que esta semana condenou dois apoiantes de Bolsonaro a prisão preventiva por estarem a organizar actos contra a democracia e por ameaçarem o Presidente do Supremo.

“A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais. Ou esse ministro se enquadra ou ele pede para sair. Não se pode admitir que uma pessoa apenas, um homem apenas, turve a nossa liberdade. Sai, Alexandre de Moraes. Deixa de ser canalha”, disse.

O Presidente do Supremo Tribunal Federal foi claro na resposta ao chefe de Estado, dizendo que não cede a pressões. O STF “jamais aceitará ameaças à sua independência nem intimidações ao exercício regular de suas funções”, garantiu Luiz Fux no discurso de abertura da sessão do plenário do tribunal.

“O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos poderes, essa atitude, além de apresentar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, reforçou o juiz.

Fux acrescenta que as meras críticas não podem ser confundidas com as “narrativas de descredibilização do Supremo Tribunal” que tem sido “gravemente difundidas pelo Chefe da Nação”. “Ofender a honra dos Ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas, ilícitas e intoleráveis”, remata.

Há juristas que também apontam para uma possível destituição do Presidente. Ao G1, o professor de direito Gustavo Binenbojm adiante que a ameaça de Bolsonaro de que não vai cumprir decisões judiciais é um “atentado à independência e harmonia entre os poderes” e pode ser vista como “um crime de responsabilidade“.

Este crime “pode resultar num impeachment e na perda dos seus direitos políticos por oito anos” do Presidente, “a juízo do Congresso Nacional, autorização da Câmara e decisão final do Senado”, explica o especialista.

Quase todos os partidos criticaram o discurso de Bolsonaro, incluindo os mais a direita que já tinham previamente apoiado o Presidente. Segundo escreve o Público, já chegaram à Câmara dos Deputados mais de 120 pedidos de impeachment contra Bolsonaro e espera-se agora uma nova onda de queixas.

No entanto, a abertura de um processo para afastar o Presidente do poder depende de Arthur Lira, Presidente da Câmara dos Deputados, que já apelou à “pacificação” e não se mostra aberto à possibilidade, apesar de criticar os “radicalismos e excessos”. O conhecido “centrão” – um grande grupo de deputados conhecidos mais pelo pragmatismo do que pela ideologia – também deve segurar Bolsonaro, que voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro e disse que “só Deus” o tira do Planalto.

Bolsa perde 31 mil milhões de euros

Os investidores mostraram-se também receosos com o clima de tensão política no Brasil e isso reflectiu-se na bolsa. As empresas brasileiras perderam 195,3 mil milhões de reais – o que equivale a 31 mil milhões de euros – em valor de mercado na quarta-feira.

As empresas mais afectadas foram a Petrobras, que perdeu 19,6 mil milhões de reais (3,13 mil milhões de euros), a Ambev (15,4 mil milhões de reais, ou 2,45 mil milhões de euros), a Itaú (14,3 mil milhões de reais, 2,27 mil milhões de euros) e a Bradesco (12,2 mil milhões de reais, 1,94 mil milhões de euros).

Durante a tarde de quarta-feira, a bolsa caía quase 4%, com o o Ibovespa, principal índice no Brasil, a cair 3,53% às 16h15, escreve o UOL. O índice acabou por encerrar com uma forte queda de 3,78% e ficou em 113.412 pontos, a maior queda diária desde 8 de Março deste ano.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-pode-ser-acusado-de-crime-de-responsabilidade-bolsa-brasileira-perde-milhoes-430249

 

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Tempestade Solar Extrema pode levar ao Apocalipse da Internet !!!

Uma pesquisa feita pela Universidade da Califórnia afirma que se nada for feito em relação ao modo como os dados trafegam pelos continentes, um possível surto eletromagnético causado pelo Sol pode levar ao colapso a atual rede de comunicação submarina, responsável pela maior parte do tráfego de dados da internet.
Existem entre 1,6% a 12% de chances de uma tempestade solar altamente severa atingir a Terra a cada década.<BR>
Existem entre 1,6% a 12% de chances de uma tempestade solar altamente severa atingir a Terra a cada década.

De acordo com o estudo, apresentado na Conferência de Comunicação de Dados SIGCOMM 2021, existem entre 1,6% a 12% de chances de uma tempestade solar altamente severa atingir a Terra a cada década e embora os cabos de fibra ótica não sejam afetados por correntes induzidas geomagneticamente, o mesmo não se pode dizer das redes submarinas.

Segundo um dos autores do trabalho, professor Sangeetha Abdu Jyothi, os longos cabos ópticos submarinos que conectam continentes são interconectados através de repetidores espaçados a cada 50 a 150 quilômetros, mas diferentemente dos cabos ópticos que compõe o sistema, os repetidores são altamente vulneráveis às correntes geomagnéticas e seguimentos gigantes podem se tornar inúteis se apenas um dos repetidores ficar off-line.

"O que realmente me fez pensar sobre isso é que, com a pandemia, vimos como o mundo está despreparado para um evento solar extremo. Não há qualquer protocolo para lidar com isso de forma eficaz. Nossa infraestrutura submarina não está preparada para uma grande tempestade solar".

Mapa mostra a rede de cabos ópticos submarinos atualizada em janeiro de 2019.
Mapa mostra a rede de cabos ópticos submarinos atualizada em janeiro de 2019.

Tempestades Recentes
 

O professor lembra que na história recente, apenas duas dessas tempestades foram registradas, a primeira em 1859 e a outra em 1921.

Em 1859, no incidente que ficou conhecido como Evento Carrington, a energia da tempestade solar foi tão intensa que fios da rede telegráfica explodiram e auroras polares foram vistas em Cuba e Miami.

Em março de 1989, uma tempestade solar de forte intensidade bloqueou toda a província canadense de Quebec por nove horas.

Consequências Atuais

Atualmente, a civilização humana se tornou muito mais dependente das comunicações, especialmente da Internet e os impactos potenciais de uma enorme tempestade geomagnética nessa nova infraestrutura permanecem em grande parte não estudados.

Se cabos submarinos suficientes falharem em uma determinada região, continentes inteiros podem ser desconectados uns dos outros.

Além disso, países localizados em latitudes elevadas - como os EUA e o Reino Unido - são muito mais suscetíveis ao clima solar do que as nações em latitudes mais baixas, como por exemplo o Brasil e Austrália. No caso de uma tempestade geomagnética catastrófica, são as nações de alta latitude que têm maior probabilidade de ser bloqueadas primeiro. É difícil prever quanto tempo levaria para consertar uma infraestrutura subaquática, mas o estudo sugere que são possíveis paralisações em grande escala que podem durar semanas ou meses.

"O impacto econômico de uma interrupção da Internet por um dia nos Estados Unidos é estimado em mais de US $ 7 bilhões", explicou Jyothi. "E se a rede permanecer inoperante por dias ou até meses?"

Se não quisermos descobrir, as operadoras de comunicação precisam começar a levar a sério a ameaça do clima solar extremo, à medida que a infraestrutura global da Internet se expande a passos largos. Colocar mais cabos em latitudes mais baixas seria um bom começo, assim como a criação de links provisórios via satélite, que permitam rotear redes inteiras através do espaço.

https://www.apolo11.com/noticias.php?t=Tempestade_solar_extrema_pode_levar_ao_apocalipse_da_internet&id=20210908-093006

 

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