sexta-feira, 23 de julho de 2021

Marinha dos EUA abandona canhão futurista, e projeta mísseis hipersónicos !

A Marinha dos EUA desligou, por enquanto, uma arma futurística que dispara projéteis a até sete vezes a velocidade do som usando eletricidade.

Marinha dos EUA abandona canhão futurista, projeta mísseis hipersônicos
Um tiro de energia total de um lançador de protótipo de canhão eletromagnético em abril de 2012, em uma instalação de teste em Dahlgren, Virgínia. (John F. Williams / foto da Marinha dos EUA)

A Marinha passou mais de uma década desenvolvendo o canhão elétrico eletromagnético e uma vez considerou colocá-los nos novos destróieres classe Zumwalt furtivos construídos na Bath Iron Works do estado de Maine.

Mas o Departamento de Defesa está voltando sua atenção para os mísseis hipersônicos para acompanhar a China e a Rússia, e a Marinha cortou o financiamento para a pesquisa de canhões na sua última proposta de orçamento.

“O canhão elétrico está, por enquanto, morto”, disse Matthew Caris, analista de defesa do Avascent Group, uma empresa de consultoria.

A remoção do financiamento sugere que a Marinha viu ambos os desafios na implementação da tecnologia, bem como deficiências no alcance dos projéteis em comparação com os mísseis hipersônicos, disse ele.

A decisão da Marinha de interromper a pesquisa no final do ano libera recursos para mísseis hipersônicos, sistemas de energia direcionada como lasers e sistemas de guerra eletrônica, disse a tenente Courtney Callaghan, porta-voz da Marinha.

As informações coletadas durante os testes serão retidas caso o Office of Naval Research queira continuar de onde parou no futuro, disse ela.

Ao todo, a Marinha gastou cerca de US $ 500 milhões em pesquisa e desenvolvimento, de acordo com Bryan Clark, analista do Hudson Institute.

A tecnologia estava perto de dar o salto da ficção científica para a realidade no séculoXXI com o teste de protótipos.

O conceito continha a possibilidade de fornecer uma arma eficaz por centavos do dólar em comparação com bombas e mísseis inteligentes. Isso porque os railguns usam eletricidade em vez de pólvora, ou motores a jato ou foguete, para acelerar um projétil a seis ou sete vezes a velocidade do som. Isso cria energia cinética suficiente para destruir os alvos.

Mas houve vários problemas. Esses incluíram o alcance de cerca de 180 quilômetros em testes. Um navio da Marinha não poderia empregar o canhão sem se colocar ao alcance de uma barragem de mísseis inimigos. E sua utilidade para a defesa antimísseis também era limitada pelo alcance e velocidade de tiro, disse Clark.

A ideia remonta à década de 1940. Mas sempre houve grandes obstáculos porque os trilhos paralelos, ou condutores, estão sujeitos a uma enorme corrente elétrica e forças magnéticas que podem causar danos após alguns tiros, disse o analista de defesa Norman Friedman.

Uma grande questão sempre foi se a arma poderia permanecer inteira durante o disparo contínuo, disse Friedman.

Uma arma normal pode ser disparada cerca de 600 vezes antes do cano ter que ser reformado, mas o cano do protótipo do canhão elétrico teve que ser substituído após cerca de uma dúzia ou duas dúzias de tiros serem disparados, disse Clark.

Há alguns anos, a Marinha estava falando em colocar a arma no futuro navio USS Lyndon B. Johnson, o último dos três contratorpedeiros furtivos. Ele está em fase de conclusão e testes de construção na Bath Iron Works.

O navio de guerra de 180 metros usa turbinas marinhas semelhantes às que impulsionam o Boeing 777 para ajudar a produzir até 78 megawatts de eletricidade para uso em propulsão, armas e sensores.

Isso é eletricidade mais do que suficiente para o canhão, e o navio tem espaço aberto após o cancelamento do sistema de canhão avançado, deixando-o sem armas convencionais.

Em vez disso, a Marinha está trabalhando num desdobramento do canhão elétrico, um projétil de hipervelocidade, que pode ser disparado de sistemas de canhão existentes.

https://www.ovnihoje.com/2021/07/03/marinha-dos-eua-abandona-canhao-futurista-projeta-misseis-hipersonicos/

 

Algumas aranhas conseguem matar cobras centenas dez vezes maiores do que elas !

Um novo estudo descobriu que algumas aranhas venenosas atacam cobras que têm centenas de vezes o seu tamanho (e muitas vezes saem vencedoras contra espécies tão venenosas como elas).


De acordo com o site Live Science, os investigadores encontraram 319 registos de aranhas que mataram cobras (e se alimentaram delas), 297 dos quais ocorreram na natureza e os restantes 22 em cativeiro.

“Quanto mais eu lido com este problema, mais eu me apercebo que certas aranhas são capazes de alcançar feitos incríveis”, disse Martin Nyffeller, biólogo conservacionista da Universidade de Basileia e co-autor do estudo publicado, este mês, na revista científica Journal of Arachnology.

A equipa descobriu que mais de 30 espécies de aranhas foram protagonistas desta prática na natureza, enquanto outras 11 fizeram o mesmo em cativeiro. As viúvas-negras (Latrodectus) foram as mais frequentes, tendo sido responsáveis por cerca de metade dos casos.

Estas são aranhas pequenas, no máximo com 1,1 centímetros, e costumam ter como alvo cobras pequenas e jovens, embora o seu veneno seja mortal o suficiente para matar animais muito maiores.

Membros da família das tarântulas (Theraphosidae) foram responsáveis por outros 10% dos casos. Estas aranhas maiores não constroem teias, mas caçam as suas presas ativamente no solo ou nas árvores.

Outros 8,5% destes incidentes foram realizados por grandes aranhas orbeiras (Araneidae), que também são conhecidas por capturar e comer morcegos e pássaros.

Segundo o mesmo site, os relatos de aranhas que comem cobras surgem de todos os continentes, com exceção da Antártida. Metade dos eventos relatados ocorreram nos Estados Unidos e quase um terço ocorreu na Austrália.

Do outro lado, os investigadores perceberam que foram atacadas 86 espécies de cobras, sendo as da família Colubridae as vítimas mais comuns. Os autores do estudo consideram que isso acontece provavelmente porque são a família de cobras mais abundante em todos os continentes, exceto a Austrália.

A maioria das cobras atacadas eram bebés ou jovens, que pesavam menos de um grama. Contudo, por vezes os aracnídeos também conseguiram derrubar serpentes grandes: as maiores vítimas tinham até 100 centímetros de comprimento e pesavam vários gramas, tendo sido geralmente atacadas por aranhas orbeiras ou grandes tarântulas.

Viúvas-negras conseguiram superar cobras com até 30 vezes o seu próprio tamanho em peso e, num dos relatos, uma aranha da espécie Steatoda triangulosa emaranhou uma cobra-liga de 15 centímetros de comprimento, que tinha 355 vezes o seu peso. Além disso, 30% das cobras eram também venenosas.

https://zap.aeiou.pt/algumas-aranhas-conseguem-matar-cobras-411554

 

Jogos de futebol emocionantes podem literalmente parar o coração !

Um equipa de investigadores descobriu que um jogo de futebol emocionante, que deixa as pessoas stressadas ou zangadas, pode provocar um ataque cardíaco.


Em 2014, a Alemanha venceu a Argentina na final do Campeonato Mundial de Futebol, no Brasil. O jogo foi a prolongamento e ficou marcado pela tensão.

Agora, novas pesquisas mostram que a emoção vivida pelos adeptos alemães durante o jogo pode ter provocado um aumento do número de pessoas que foram para o hospital com ataques cardíacos.

Uma equipa de investigadores, liderada por Karsten Keller da Johannes Gutenberg-University Mainz, na Alemanha, descobriu que as admissões hospitalares para enfartes do miocárdio (ataques cardíacos) aumentaram durante o Campeonato Mundial de Futebol 2014, em comparação com o período homólogo de 2013 e 2015, anos que antecederam e precederam, respetivamente, o Mundial.

Para chegar a essa conclusão, foram analisadas as admissões hospitalares por ataque cardíaco na Alemanha, relativas a quatro períodos: meados de junho a meados de julho de 2013, 2014 e 2015 (ano em que se realizou o Campeonato do Mundo), e meados de julho a meados de agosto de 2014 – o mês imediatamente a seguir. Para além do Campeonato do Mundo de Futebol da FIFA, nesses períodos não houve grandes eventos desportivos.

Os investigadores verificaram então que, durante o período do Campeonato do Mundo, a Alemanha teve 2,1% mais admissões hospitalares do que em 2013, 5,5% mais admissões do que no mês seguinte à final, e 3,7% mais admissões do que em 2015. Estes resultados foram publicados na revista Scientific Reports.

Além disso, não houve qualquer diferença na taxa de mortalidade hospitalar após um ataque cardíaco, exceto no dia da final entre a Alemanha e a Argentina, que teve o maior número de mortes hospitalares diárias do período em que decorreu o Mundial.

Os autores sugerem que o aumento nas admissões hospitalares devido a ataque cardíaco pode ter sido devido a elevados níveis de stress durante os jogos, visto que o stress pode afetar o coração e desencadear eventos cardiovasculares.

Embora o estudo identifique uma correlação entre jogos de futebol e casos de ataque cardíaco, não encontra explicitamente provas de causa, escreve a Cosmos.

https://zap.aeiou.pt/jogos-futebol-emocionantes-parar-coracao-410487

 

Os humanos estão a criar condições que podem iniciar uma nova pandemia !!!

Os humanos estão a criar condições ambientais que podem levar a novas pandemias, indica um novo estudo da Universidade de Sydney.


O novo estudo da Sydney School of Veterinary Science sugere que a pressão sobre os ecossistemas, as mudanças climáticas e o desenvolvimento económico são fatores-chave associados à diversificação de patogénicos – agentes causadores de doenças, como vírus e bactérias -, o que pode levar a surtos de doenças.

Os investigadores encontraram uma maior diversidade de doenças zoonóticas (transmitidas entre animais e humanos) em países mais desenvolvidos economicamente, com áreas de terra maiores, populações humanas mais densas e maior cobertura florestal.

O estudo também confirma que o crescimento e a densidade populacional são os principais responsáveis pelo surgimento de doenças zoonóticas.

“À medida que a população humana aumenta, também sobe a procura de casas. Para atender a essa procura, os humanos estão a invadir habitats selvagens, o que aumenta as interações entre a vida selvagem, animais domésticos e seres humanos, e acresce o potencial dos insetos saltarem de animais para humanos”, referiu Michael Ward, um dos autores do estudo.

“Até ao momento, esses modelos de doenças têm sido limitados e continuamos focados em entender por que razão as doenças continuam a surgir”, afirmou o especialista.

Além da covid-19, outras doenças zoonóticas que devastaram recentemente as populações humanas incluem a gripe aviária (H5N1), suína (H1N1), Ebola e Nipah – um vírus transmitido por morcegos, recorda o SciTechDaily.

Os especialistas descobriram vários fatores que englobam três categorias de doenças: zoonótica, emergente (doenças recém-descobertas, doenças que aumentaram de ocorrência ou que ocorreram em novos locais) e humana, sendo que cada uma delas prevalece em diferentes zonas do planeta.

Por exemplo, as doenças zoonóticas, que têm como principais impulsionadores a área terrestre, a densidade populacional humana e a área da floresta, são mais comuns na Europa, América do Norte, América Latina, Austrália e China.

Já as doenças emergentes, impulsionadas pela área terrestre, densidade populacional humana e índice de desenvolvimento humano prevalecem mais na Europa, América do Norte, América Latina e Índia.

Por sua vez, as doenças humanas, mais ligadas aos altos gastos com saúde, temperatura média anual, área terrestre, densidade da população humana, índice de desenvolvimento humano e precipitação, são mais habituais na América do Norte, América Latina, China e Índia.

“Prevê-se que países com uma longitude de -50 a -100 como o Brasil, países desenvolvidos como os Estados Unidos e países densos como a Índia tenham uma maior diversidade de doenças emergentes”, refere Ward.

Os investigadores também observaram que as variáveis ​​climáticas, tais como a temperatura e a precipitação, podem influenciar a diversidade de doenças humanas. Em temperaturas mais altas, tendem a haver mais patogénicos emergentes.

“A nossa análise sugere que o desenvolvimento sustentável não é apenas crítico para manter os ecossistemas e desacelerar as mudanças climáticas, como pode informar o controlo, mitigação ou prevenção de doenças ”, afirma Ward.

https://zap.aeiou.pt/condicoes-podem-iniciar-nova-pandemia-409592

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Alerta sobre as postagens de hoje

Boa noite leitores.

Devo advertir que as postagens de hoje não couberam todas na página principal, e as outras tiveram de ser lançadas na segunda página.

Recomendo que também as leiam.

Calorosos Cumprimentos.


ESCANDALOSO, ATRÓZ, E MAQUIAVÉLICO - ANTHONY FAUCI, ATRAVÉS DO INSTITUTO QUE DIRIGE, ADMITE QUE FINANCIOU TRANSFORMAÇÃO MOLÉCULAR DO COVID 19, QUE SÓ AFECTAVA ANIMAIS, PARA TER O ACRÉSCIMO DE FUNÇÃO DE MATAR HUMANOS !!!

 
CNBC Television


 

DGAV alerta para goma de alfarroba contaminada com pesticida cancerígeno !

A Direção-Geral de Veterinária alertou esta quinta-feira para a possibilidade de existência no mercado nacional de alguns géneros alimentícios, como gelados, com goma de alfarroba contaminada com um pesticida cancerígeno que representa um grave risco para a saúde.


Em comunicado, a Direção-Geral de Alimentação e Veretinária (DGAV) explica que foram identificados, em junho, e notificados através do sistema de Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), alguns géneros alimentícios (gelados) elaborados com goma de alfarroba (aditivo alimentar E 410) contaminada com óxido de etileno.

“Esta contaminação, que inicialmente se considerou estar localizada e circunscrita a um lote de E410, aparentemente está disseminada por toda a Europa, pelo que a Comissão e os estados-membros decidiram tomar uma posição harmonizada”, acrescenta.

Na nota, a DGAV informa que o óxido de etileno é um pesticida não autorizado e “constitui um risco grave para a saúde humana”, uma vez que “está classificado como mutagénico da categoria 1B, cancerígeno da categoria 1B e tóxico para a reprodução da categoria 1B”.

Tendo em consideração os seus efeitos para a saúde, os estados-membros concluíram que, para os produtos que contêm o aditivo E 410 contaminado com o óxido de etileno, “não é possível definir um nível seguro de exposição para os consumidores”, o que significa que a exposição a qualquer teor representa um potencial risco.

Para assegurar um alto nível de proteção da saúde dos consumidores, a DGAV diz que os produtos que contêm o aditivo E410 contaminado com óxido de etileno devem ser retirados e recolhidos do mercado e que os operadores devem informar as autoridades de todos os produtos em que a goma de alfarroba contaminada tenha sido utilizada, de modo a garantir que são retirados do mercado.

A comunicação por parte dos operadores deve ser feita através do endereço rasff@dgav.pt, com cópia para o endereço secDSMDS@dgav.pt.

A DGAV alarga estas cuidados aos produtos que já estão em casa do consumidor, para que estes possam ser devolvidos.

https://zap.aeiou.pt/dgav-alerta-goma-alfarroba-contaminada-419303

 

Na Birmânia, os militares estão a impedir os doentes com covid-19 de receber oxigénio !

Após golpe de fevereiro, instâncias militares tomaram conta das unidades hospitalares e das vacinas que tinham como destino a população mais debilitada. Iniciativa Covax suspendeu envio de vacinas devido à ausência de informações sobre a campanha de inoculação.


A mãos com uma crise política sem precedentes — está a ser governada por uma Junta militar depois do golpe de fevereiro — a Birmânia lida também com o agravamento da pandemia face a uma gestão que pode ser classificada, no mínimo, como controversa.

Recentemente, a junta militar decidiu que as clínicas privadas e as organizações não governamentais do país estão proibidas de fornecer oxigénio aos doentes com covid-19 que dele precisam.

Segundo o The New York Times, os militares chegam mesmo a disparar sobre as pessoas que procuram encher os tanques de oxigénio para familiares doentes.

A justificação para tal decisão não é oficial, mas os órgãos de comunicação social apontam que terá como objetivo garantir que há oxigénio nos hospitais militares, ou nos mais de 50 hospitais sob ocupação militar desde o início do golpe, e abandonados pelos médicos em greve por se negarem a trabalhar sob ordens da Junta.

Neste contexto, aponta o Público, a população deixou de recorrer aos hospitais, pelo que os tratamentos de inúmeras doenças, como o cancro, foram interrompidos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a situação na Birmânia é “uma emergência de saúde”.

A contribuir para o agravamento da situação estão os poucos testes ou rastreios realizados. Mesmo assim, os números apontam que entre um quarto e um terço dos testes feitos têm resultado positivo, o que, de acordo com o Washington Post, aponta para uma “epidemia vasta”.

A vacinação está também atrasada, já que, após o golpe de fevereiro, os militares apoderaram-se de grande parte das vacinas contra a covid-19 que o governo adquiriu à Índia, cerca de 3,5 milhões de doses.

Como resultado da falta de informações e dados sobre o avanço do processo de inoculação, a iniciativa Covax suspendeu o envio de 5,5 milhões de doses que deveriam ter sido encaminhadas em março.

https://zap.aeiou.pt/birmania-militares-impedir-oxigenio-419109

 

“Mais 100.000 pessoas perderão a vida até que a chama olímpica se apague” !

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), considera que a pandemia de covid-19 é um teste “e o mundo está a falhar”.


Esta madrugada, num discurso perante o Comité Olímpico Internacional, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), apelou ao cumprimento das regras sanitárias durante os Jogos Olímpicos e lembrou que a pandemia ainda não chegou ao fim.

A pandemia é um teste e o mundo está a falhar“, respondeu o responsável, confrontado com a pergunta: “quando é que a pandemia vai acabar?”.

Na reunião, o responsável arriscou ainda uma previsão: até ao final dos Jogos Olímpicos, disse, vão morrer mais de 100 mil pessoas na sequência da doença.

“Mais de 4 milhões de pessoas morreram e mais vão continuar a morrer. O número de mortes deste ano é mais do dobro do total do ano passado. No tempo que demoro a fazer estas observações, mais de 100 pessoas perderam a vida para a covid-19. E quando a chama olímpica for extinta, no dia 8 de agosto, mais de 100 mil pessoas terão morrido”, alertou, citado pelo jornal Público.

O diretor-geral da OMS frisou ainda que acabar com a pandemia “está nas nossas mãos” e que “temos todas as ferramentas de que precisamos”. ”

“Podemos prevenir esta doença, podemos testá-la e podemos tratá-la. É mais do que temos para muitas doenças que já existem há muito mais anos. Podemos escolher acabar com a pandemia”, afirmou.

Quanto ao processo de vacinação mundial, Tedros Ghebreyesus admitiu que é uma “terrível injustiça” que 75% das vacinas administradas, até agora, tenham sido em apenas 10 países.

“Nos países mais pobres, apenas 1% da população recebeu pelo menos uma dose, em comparação com mais da metade das pessoas dos países desenvolvidos. Alguns dos países mais ricos estão a falar numa terceira dose de reforço, enquanto profissionais de saúde, idosos e outros grupos vulneráveis ​​no resto do mundo continuam sem proteção”, indicou.

No Japão, cerca de 34% da população já recebeu pelo menos uma dose de uma vacina contra a covid-19, mas muitos estão preocupados que os Jogos Olímpicos possam tornar-se um evento superpropagador do vírus.

Na terça-feira, a apenas três dias da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, um dos responsáveis não afastou a hipótese de um cancelamento de última hora.

https://zap.aeiou.pt/mais-100-000-pessoas-perderao-a-vida-419117

 

Inundações no centro da China fazem 12 mortos e milhares de desalojados !

Quase 200 mil pessoas foram retiradas de Zhengzhou, a cidade do centro da China atingida por enchentes que fizeram pelo menos 12 mortos e milhares de desalojados.


A evacuação da cidade, que conta mais de 10 milhões de habitantes, ocorreu após as chuvas torrenciais de terça-feira terem deixado parte da rede de metropolitano submersa e terem transformado ruas em canais com um rápido fluxo de água.

O exército foi convocado para reforçar as operações de resgate na capital da densamente povoada província de Henan, que recebeu, em três dias, quase o equivalente ao que normalmente seria um ano de chuva.

Quase 36 mil pessoas “foram afetadas” pelas enchentes, segundo as autoridades locais.

A cidade “passou por uma série de tempestades raras e severas, causando o acumular de água no metro de Zhengzhou”, referiram as autoridades na rede social Weibo, acrescentando que 12 pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas.

Zhengzhou foi colocada em alerta vermelho na terça-feira, o nível mais alto para condições climatéricas adversas na China.

A televisão estatal CCTV mostrou as ruas da cidade submersas em água lamacenta, enquanto os moradores, com água pela altura dos joelhos, empurravam os seus veículos por artérias inundadas.

De acordo com o Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês, o mau tempo causou o desabamento de casas, mas foi sobre o metropolitano que surgiram os vídeos mais dramáticos: as imagens difundidas nas redes sociais por utilizadores mostram passageiros numa carruagem, em cima dos assentos, e com água pela cintura.

Um passageiro contou na rede social Weibo que as equipas de resgate abriram o teto da sua carruagem para permitir a retirada das pessoas encurraladas. Outra filmagem mostrou um passageiro, sentado no teto de uma carruagem, meio submerso.

O Presidente chinês, Xi Jinping, pediu a mobilização dos meios do Estado face ao mau tempo.

“As barragens colapsaram, causando ferimentos graves, mortes e danos. A situação é extremamente grave“, afirmou, de acordo com declarações divulgadas pela CCTV.

Ainda em Henan, próximo à antiga capital Luoyang, o exército anunciou que uma barragem ameaça ruir, após surgir uma brecha de 20 metros na estrutura. Luoyang, a oeste de Zhengzhou, tem uma população de cerca de 7 milhões de pessoas.

O colapso de Yihetan “pode acontecer a qualquer momento”, advertiram os militares.

Soldados posicionaram-se ao longo de outras vias navegáveis da região para reforçar as margens com sacos de areia.

Segundo as autoridades chinesas, a chuva atingiu uns históricos 457,5 milímetros em 24 horas, um valor sem precedentes nos últimos 60 anos, desde que há registos.

Inundações atingem a China regularmente no verão. Em 1998, milhares de pessoas morreram na região do rio Yangtsé.

Zhengzhou e Luoyang estão perto do rio Amarelo, mais a norte.

Os cientistas acreditam, no entanto, que as mudanças climáticas estão a aumentar o risco de inundações em todo o mundo. Prova disso foi o que aconteceu no norte da Europa, em particular na Alemanha, nos últimos dias.

https://zap.aeiou.pt/inundacoes-centro-china-12-mortos-419028

 

Johnson não queria confinar no Outono porque só idosos estavam a morrer, revela ex-assessor !

O primeiro-ministro britânico hesitou em apertar as restrições no Outono porque as vítimias mortais eram “basicamente todas acima dos 80 anos”, revela o ex-assessor de Boris Johnson, Dominic Cummings.


Dominic Cummings revelou que Boris Johnson lhe enviou mensagens a dizer que já não acreditava “nessas coisas do Serviço Nacional de Saúde estar sobrecarregado” e que preferia deixar a covid-19 “espalhar-se pelo país” do que arruinar a economia.

Estas revelações foram feitas numa entrevista televisiva à BBC, a primeira da longa carreira política de Dominic Cummings.

Os casos de covid-19 no Reino Unido no Verão passado, mas começaram a subir rapidamente no início do Outono. Cummings afirma que depois de ser aconselhado a aumentar as restrições, Johnson terá dito “não, não, não, não vou fazê-lo”, justificando que apenas pessoas acima dos 80 anos estavam a morrer.

O primeiro-ministro tinha “partes dos meios de comunicação e do partido Conservador a gritar” para não confinar e “sempre se referiu” ao Daily Telegraph como o “seu verdadeiro chefe”. Recorde-se que Johnson teve durante anos uma coluna de opinião no Telegraph.

Boris Johnson terá também querido manter no início da pandemia as suas reuniões semanais com a rainha e só mudou de ideias quando Cummings o alertou de que Isabel II, de 95 anos, poderá morrer se for infectada pelo coronavírus.

Cummings foi também questionado sobre a sua viagem no início do primeiro confinamento em Março, numa altura em que o governo tinha proibido as deslocações não essenciais. O ex-conselheiro diz que decidiu mudar-se coma família antes da sua mulher ter ficado doente com suspeita de covid devido à falta de segurança da sua casa em Londres.

A forma como lidei com toda a situação foi errada. O que devia ter feito era só demitir-me e dizer nada ou falar com a minha família e dizer “oiçam, vamos ter de dizer a verdade sobre toda esta situação”, revela. Na altura, Johnson apoiou publicamente o então assessor, depois de várias pessoas terem apelado à sua demissão.

Em resposta, Downing Street afirmou que o primeiro-ministro tomou todas as “medidas necessárias para proteger as vidas e os meios de sustento, guiado pelos melhores conselhos científicos” durante a pandemia e que o governo tinha evitado uma crise no sistema de saúde com “três confinamentos nacionais”, pode ler-se na BBC.

O gabinete de Johnson negou também que o primeiro-ministro quisesse continuar a encontrar-se semanalmente com a rainha.

O Ministro dos Negócios inglês, Paul Scully, defendeu as decisões de Johnson, referindo que também se deve ter em conta o impacto das restrições económicas na vida e na saúde das pessoas.

“Estas decisões não foram tão a preto e branco na altura como podemos pensar que são agora”, contou Scully, à estação de rádio 4 da BBC.

Esta entrevista surge depois de Inglaterra ter levantado todas as restrições e o uso obrigatório de máscara na Segunda-Feira, dia 19, e também na sequência da audição no parlamento de Cummings, em que o ex-conselheiro acusou Johnson de ter ponderado injectar-se com o vírus em directo na televisão.

Nessa mesma audição, Dominic Cummings acusou o governo de ser um grupo de “leões liderados por burros” e disse que inicialmente Boris Johnson acreditava que a pandemia era apenas um exemplo de pânico exagerado, como no caso da gripe suína.

https://zap.aeiou.pt/johnson-nao-queria-confinar-outono-418816

 

Estão a desaparecer 16 mulheres por dia no Peru !

O organismo de direitos humanos Defesa do Povo peruano considerou hoje “alarmante” o aumento do número de mulheres que desaparecem diariamente no Peru, que subiu de cinco antes da pandemia, para oito durante o confinamento e atinge, atualmente, 16.
“É inquietante, porque falamos sobretudo de mulheres que são, na sua maioria, meninas e adolescentes”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) Eliana Revollar, vice-diretora da unidade dos direitos da mulher na organização de defesa e promoção dos direitos humanos peruana.

Ao longo do primeiro semestre, pelo menos 2.891 mulheres foram consideradas desaparecidas no Peru, país de 33 milhões de habitantes, o que perfaz uma média de 16 por dia. Perto de dois terços das mulheres são menores, acrescentou Revollar.

Segundo os dados oficiais, durante o confinamento associado à pandemia de covid-19, que no Peru decorreu entre março e junho de 2020, registou-se uma média de oito desaparecimentos diários, enquanto esse número era de cinco em 2019.

“É um número alarmante, uma vez que existe uma relação entre os desaparecimentos e os feminicídios”, frisou Revollar.

Em 2019, um décimo dos 166 feminicídios contabilizados no país foi inicialmente classificado como “desaparecimentos”, segundo a organização.

No decurso do primeiro semestre deste ano, foram contabilizados 76 feminicídios, número semelhante ao registado ao longo de todo o ano de 2020. “Temos casos em que os companheiros, após matarem a mulher, registam o desaparecimento e (alegam) que as estão a procurar”, explicou Revollar.

As famílias lamentam que a polícia e o sistema judiciário não investiguem os desaparecimentos, partindo do pressuposto de que as mulheres abandonaram a residência voluntariamente.

“Não há uma investigação séria. Achávamos que a polícia nos ajudaria, mas não é o caso. É como se a terra as tivesse engolido”, lamentou, por seu lado, Patricia Acosta, que procura há cinco anos pela filha de 23 anos e por duas netas, desaparecidas depois de participarem numa festa de aniversário em Lima, a 24 de abril de 2016.

Em fevereiro de 2020, a descoberta, em Lima, do corpo mutilado de Solsiret Rodriguez, 23 anos, estudante e ativista contra a violência baseada no género, desaparecida quatro anos antes, gerou grande controvérsia e polémica no país.

O seu desaparecimento mobilizou as associações feministas, mas a polícia afirmou que Solsiret Rodriguez teria partido para o norte do Peru com uma amiga.

O então ministro do Interior peruano, Carlos Basombrio, tinha assegurado o mesmo perante o Parlamento.

Depois de o corpo ser encontrado, Basombrio pediu desculpa e reconheceu a “ligeireza” da investigação. O cunhado da jovem e o homem com quem Solsiret vivia foram presos, depois de serem acusados pelo assassínio.

https://zap.aeiou.pt/desaparecer-16-mulheres-por-dia-peru-418871

 

França anuncia que está na quarta vaga de Covid - Mortes na Índia podem ser dez vezes superiores às registadas !

O Governo francês anunciou esta segunda-feira que o país entrou na quarta vaga da Covid-19, com 80% dos casos detetados a ter origem na variante Delta e um aumento de 125% de contaminações na última semana.


Entrámos na quarta vaga do vírus […] a dinâmica epidémica é extremamente forte, constatamos uma vaga mais rápida com um pico mais acentuado que as vagas precedentes”, disse o porta-voz do Governo, Gabriel Attal, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje no Palácio do Eliseu.

O governante disse ainda que a esmagadora maioria dos casos detetados, cerca de 80%, tem origem na variante Delta e que na última semana as contaminações aumentaram 125%.

Face a esta progressão do vírus, o Governo vai avançar com a medida da imposição do passe sanitário já a partir de 21 de julho para os espaços culturais, como cinemas ou museus, e no início de agosto para bares e restaurantes.

Os empregados dos bares e restaurantes também passam a ser obrigados a vacinar-se para continuar a trabalhar.

Desde o anúncio da obrigatoriedade do passe sanitário feito na semana passada pelo Presidente Emmanuel Macron, 3,7 milhões de franceses já marcaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e Gabriel Attal reforçou que há 9 milhões de vacinas armazenadas e que a França vai receber 4 milhões de doses por semana até ao final de agosto.

Desde domingo foram detetados 4.151 novos casos no país e morreram 20 pessoas devido ao vírus. Em geral, à segunda-feira, os números de novos casos em França são mais baixos, porque os laboratórios estão fechados ao domingo.

Há atualmente 7.041 pacientes internados nos hospitais devido ao vírus e 902 destas pessoas estão internados nos cuidados intensivos.

Número de mortes na Índia pode ser superior

O total de mortes na Índia devido à covid-19 pode ser 10 vezes superior aos dados oficiais, ou seja de vários milhões e não de milhares, convertendo-a na pior tragédia da Índia moderna, segundo um estudo divulgado hoje.

O documento, publicado por Arvind Subramanian, antigo conselheiro económico do governo indiano, e dois investigadores do Centro para o Desenvolvimento Global e da Universidade de Harvard, calcula que o excesso de mortes – a diferença entre os óbitos registados e os que seriam esperados em circunstâncias normais – ronde entre três e 4,7 milhões entre janeiro de 2020 e junho de 2021.

Os autores do estudo afirmam que, apesar de não ser possível determinar um número exato, “é provável que [o total de mortes] seja de uma magnitude superior à contagem oficial”.

O relatório aponta que a contagem oficial pode ter deixado de fora mortes ocorridas em hospitais sobrecarregados, especialmente durante a devastadora segunda vaga da pandemia, na primeira metade do ano.

“É provável que o verdadeiro número de mortes seja na casa de vários milhões e não das centenas de milhares, o que torna esta tragédia humana indiscutivelmente a pior da Índia desde a partição e a independência”, pode ler-se no estudo, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

Em 1947, a partição do Império Britânico da Índia, que deu origem a dois Estados independentes (a Índia, maioritariamente hindu, e o Paquistão, muçulmano), levou à morte de cerca de um milhão de pessoas, resultantes de massacres entre hindus e muçulmanos.

O estudo recorreu a três métodos de cálculo: dados do sistema de registo civil, que regista nascimentos e mortes em sete estados, testes de sangue que mostram a prevalência do vírus na Índia, juntamente com as taxas globais de mortalidade devido à covid-19, e um inquérito económico a perto de 900.000 pessoas, realizado três vezes por ano.

Os investigadores analisaram as mortes provocadas por todas as causas e compararam esses dados com a mortalidade em anos anteriores, um método considerado preciso.

Os autores do estudo alertaram no entanto que a prevalência do vírus e as mortes por covid-19 nos sete estados analisados podem não se refletir de igual forma por toda a Índia, uma vez que o vírus pode ter-se propagado mais em estados urbanos que rurais e que a qualidade dos cuidados de saúde varia muito no país.

O especialista Jacob John, da faculdade de medicina Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, disse à AP que o relatório sublinha o impacto devastador que a covid-19 teve no mal preparado sistema de saúde indiano.

“Esta análise reitera as observações de jornalistas de investigação destemidos que apontaram a enorme subavaliação das mortes”, disse Jacob.

O relatório também estima que cerca de dois milhões de indianos terão morrido durante a primeira vaga de infeções, no ano passado.

No documento, sublinha-se que não “perceber a escala da tragédia em tempo real”, nessa altura, pode ter “criado uma complacência coletiva que levou aos horrores” da devastadora segunda vaga, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia.

Nos últimos meses, alguns estados indianos reviram em alta o número de mortes provocadas pela covid-19, suscitando preocupações de que muitas não tenham sido registadas oficialmente.

Vários jornalistas indianos também publicaram números mais elevados em alguns estados, recorrendo a dados governamentais.

Segundo dados do Governo indiano, a Índia registou 414.482 mortes desde o início da pandemia, o que faz dela o terceiro país com mais óbitos causados pelo coronavírus SARS-CoV-2, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.

Primeiras vacinas enviadas por Portugal chegam a Timor-Leste

Um lote de 12 mil vacinas da AstraZeneca e material médico oferecido por Portugal chegou a Díli, marcando o inicio do apoio bilateral português ao processo de vacinação contra a Covid-19 em Timor-Leste.

“É um primeiro lote destinado a um combate que transcende atualmente quaisquer fronteiras, o combate para pôr termo à situação pandémica que enfrentamos atualmente”, disse o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira.

As vacinas chegaram a Díli a bordo de um Boeing 767-300 da euroAtlantic airways (EAA), empresa que desde o inicio da pandemia tem realizado vários voos entre Lisboa e Díli, sendo, em alguns momentos, uma das poucas alternativas para os portugueses viajarem entre as duas cidades.

O voo trazia a bordo cerca de 70 pessoas, regressando na quarta-feira a Lisboa com quase 190 passageiros.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explica que, “com esta ação, conclui-se o primeiro ciclo de envio de vacinas para os PALOP e Timor-Leste”.

A medida insere-se “no compromisso político de disponibilizar àqueles países”, os principais parceiros de cooperação, “pelo menos 5% das vacinas contra a Covid-19 adquiridas por Portugal, iniciativa igualmente enquadrada na segunda fase do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia de Covid-19 entre Portugal e os países africanos lusófonos e Timor-Leste”.

A operacionalização desta ação, aponta-se ainda no texto, “é resultado do esforço conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Embaixada de Portugal em Díli, e do Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e da Task Force do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal”.

No sábado, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou, em Luanda, que Portugal vai triplicar a oferta de vacinas aos PALOP e Timor-Leste, passando de um para três milhões de doses, no combate à Covid-19.

Na conferência de imprensa final, após o encerramento da XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), António Costa recordou que Portugal se tinha comprometido a oferecer 5% do total de vacinas, mas as contas mais recentes permitem disponibilizar quatro vezes mais.

No caso dos PALOP e de Timor-Leste, o Governo português vai “triplicar e passar de um milhão para três milhões o número de vacinas a distribuir”, referiu Costa.

“De acordo com aquilo que é o cálculo que nós temos de vacinas que vamos poder disponibilizar”, será possível doar “um total de quatro milhões de vacinas”, explicou.

“Por isso, temos mais um milhão que afetaremos a outros programas, designadamente poderemos alargar ao Brasil, aos países da América Latina ou poderemos simplesmente integrar o mecanismo Covax, sem nenhum destinatário específico”, disse António Costa.

A bordo do avião de hoje vieram ainda as cinzas de um cidadão português, José Valverde, antigo funcionário da RTP que viveu vários anos em Timor-Leste e que acabou por falecer em Portugal, tendo expressado o desejo de poder regressar a Díli.

Timor-Leste tem atualmente 766 casos ativos em todo o país, com um total de 26 mortes e 10.142 casos acumulados desde o início da pandemia.

https://zap.aeiou.pt/franca-quarta-vaga-india-mortes-418680 

 

Instituições alertam para suicídio de jovens requerentes de asilo no Reino Unido !

Dezenas de instituições de caridade pediram ao Governo britânico que faça mudanças para apoiar jovens requerentes de asilo e refugiados, após cerca de uma dúzia ter cometido suicídio.


Como avançou esta segunda-feira o Guardian, 46 instituições de caridade que lidam com questões relacionadas a pedidos de asilo, crianças e saúde mental escreveram para a ministra da saúde, Nadine Dorries, responsável pela prevenção do suicídio, destacando o número de casos entre adolescentes requerentes de asilo.

A carta, que inclui as instituições Refugee Council, Children’s Society e Mind, apela a um inquérito urgente e independente sobre essas mortes.

O Guardian já havia relatado o caso de um grupo de quatro jovens da Eritreia, que se matou depois de chegar ao Reino Unido. Uma pesquisa do Projeto Da’aro Youth, criado em resposta às suas mortes, descobriu vários outros suicídios por parte de adolescentes desacompanhados, muitos em 2020.

Alguns aguardavam a decisão sobre os pedidos de asilo e temiam que fossem recusados ​​e devolvidos para as zonas de conflito; outros tiveram as suas idades contestadas e foram acusados ​​de serem adultos; alguns sofriam de transtorno de stress pós-traumático ou tinham problemas com drogas e álcool e dificuldade de acesso a cuidados de saúde mental.

Para Benny Hunter, coordenador do Projeto Da’aro Youth, os casos descobertos podem ser a ponta do iceberg. Fatores comuns nos casos de suicídio incluem viagens traumáticas ao Reino Unido, atendimento inadequado por parte das autoridades locais, stress de lidar com o sistema de asilo e o impacto da separação de famílias.

“A estratégia nacional do governo para a prevenção do suicídio deixa claro que crianças e jovens em busca de asilo precisam de abordagens personalizadas para atender às suas necessidades de saúde mental e todas as autoridades locais têm um plano de prevenção de suicídio em vigor”, disse um porta-voz do governo.

“Forneceremos mais financiamento este ano para apoiar as autoridades locais a fortalecer ainda mais os seus planos”, acrescentou.

https://zap.aeiou.pt/instituicoes-suicidio-requerentes-asilo-reino-unido-418436

 

Milhares de jornalistas e ativistas alvos de “programa espião” israelita !

Um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais denunciou que jornalistas, ativistas e dissidentes políticos em todo o mundo terão sido espiados graças a um software desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.


A empresa, fundada em 2011 a norte de Telavive, comercializa o spyware Pegasus, que, inserido num smartphone, permite aceder a mensagens, fotografias, contactos e até ouvir as chamadas do proprietário.

A NSO tem sido regularmente acusada de vender a regimes autoritários, mas sempre defendeu que o spyware comercializado só era utilizado para obter informações sobre redes criminosas ou terroristas.

A investigação publicada por um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais, este domingo, nos quais se incluem o jornal francês Le Monde, o britânico The Guardian e o norte-americano Washington Post, baseia-se numa lista obtida pelas organizações Forbidden Stories e Amnistia Internacional, que incluem 50 mil números de telefone selecionados pelos clientes da NSO, desde 2016, para potencial vigilância.

A lista inclui os números de telefone de pelo menos 180 jornalistas, 600 políticos, 85 ativistas de direitos humanos e 65 líderes empresariais, de acordo com a análise realizada pelo consórcio, que localizou muitos em Marrocos, Arábia Saudita e México.

O documento inclui também o número do jornalista mexicano Cecilio Pineda Birto, morto a tiro algumas semanas depois de o seu nome ter surgido na lista.

Correspondentes estrangeiros de vários órgãos de comunicação social, incluindo o Wall Street Journal, CNN, France 24, Mediapart, El Pais e a agência France-Presse, também fazem parte desta lista.

Outros nomes no documento, que inclui um chefe de Estado e dois chefes de Governo europeus, deverão ser divulgados nos próximos dias.

Os jornalistas associados à investigação, batizada “Projeto Pegasus”, encontraram-se com algumas das pessoas na lista e tiveram acesso a 67 telefones, que foram submetidos a um exame técnico num laboratório da Amnistia Internacional.

A ONG confirmou a infeção ou tentativa de infeção pelo spyware do grupo NSO em 37 dispositivos, incluindo 10 na Índia, de acordo com o relatório publicado este domingo.

Dois dos telefones pertenciam a mulheres próximas do saudita Jamal Khashoggi, jornalista assassinado em 2018 no consulado do seu país, em Istambul, na Turquia, por agentes da Arábia Saudita, segundo o consórcio.

No caso dos restantes 30 aparelhos analisados, os resultados foram inconclusivos, em alguns casos porque os alvos mudaram de telefone.

Há uma forte correlação temporal entre quando os números apareceram na lista e quando foram colocados sob vigilância”, escreveu o Washington Post.

As revelações vêm juntar-se a um estudo divulgado, em dezembro de 2020, pelo Citizen Lab, um centro de pesquisa especializado em questões de ataques informáticos da Universidade de Toronto, no Canadá, que confirmou a presença do software Pegasus nos telefones de dezenas de empregados do canal Al-Jazeera, no Qatar.

A WhatsApp também reconheceu, em 2019, que alguns dos seus utilizadores na Índia tinham sido espiados pelo software.

O grupo NSO negou “fortemente” as acusações feitas na investigação, acusando-a de estar “cheia de falsas suposições e teorias não substanciadas”, escreveu a empresa no seu portal.

Em declarações ao jornal Público, um porta-voz da empresa israelita também negou estas acusações e informou que está a considerar uma ação judicial por difamação.

A NSO não é a única empresa israelita suspeita de fornecer spyware a Governos estrangeiros acusados de violar os direitos humanos, com o aval do Ministério da Defesa de Israel.

O software “DevilsTongue”, da Saito Tech Ltd, mais conhecido como Candiru, foi utilizado contra cerca de 100 políticos, dissidentes, jornalistas e ativistas, denunciaram na quinta-feira peritos da Microsoft e do Citizen Lab.

Empresas israelitas como a NICE Systems e a Verint forneceram tecnologia à polícia secreta no Uzbequistão e no Cazaquistão, bem como às forças de segurança na Colômbia, acusou a ONG Privacy International, em 2016.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-ativistas-spyware-israelita-418324

 

“Estripador de Hollywood” condenado à morte por assassinar duas mulheres !

Um homem de 45 anos apelidado de “Estripador de Hollywood” foi condenado à morte na sexta-feira pelos assassinatos de duas mulheres no início dos anos 2000.

Esfaqueadas várias vezes, as vítimas sofreram mutilações no peito e uma delas foi encontrada quase decapitada.

Michael Gargiulo, conhecido como “Estripador de Hollywood”, vai, contudo, escapar do corredor da morte por enquanto, já que a Califórnia estabeleceu uma moratória às execuções em 2019. Nenhum detido foi executado naquele estado desde 2006.

O ator Ashton Kutcher conhecia a primeira vítima, a estudante de design de moda Ashley Ellerin, de 22 anos, com quem tinha marcado um encontro na noite da sua morte, no final de 2001.

Kutcher disse ao tribunal que estava atrasado para o encontro e ninguém lhe abriu a porta. Depois olhou pela janela e viu o que julgou ser vinho tinto derramado no chão e deixou o local, pensando que a jovem tinha ido embora sem o esperar. Ellerin foi depois encontrada morta em casa, tendo sofrido 47 facadas.

A segunda vítima, Maria Bruno, de 32 anos, vizinha de Gargiulo, foi esfaqueada 17 vezes durante o sono em dezembro de 2005.

O promotor Dan Akemon garantiu que Gargiulo atacou mulheres que moravam perto dele e esperou pacientemente o momento para atacar. Foram “assassinatos cuidadosamente planeados”, afirmou.

Diante do tribunal, Gargiulo declarou-se novamente inocente na sexta-feira. O homem foi preso em 2008 em Santa Monica, perto de Los Angeles, após se cortar acidentalmente durante o ataque a uma terceira vítima, que sobreviveu.

Gargiulo também está a ser julgado em Illinois pelo assassinato de uma mulher em 1993.

https://zap.aeiou.pt/estripador-hollywood-condenado-morte-418216

 

Segredos do Estado Islâmico revelados em telemóveis de jovens recrutados !

Com acesso a um smartphone usado por três homens britânicos, que se associaram ao Estado Islâmico (EI), e foram para a guerra na Síria, um jornalista da BBC investigou as razões que os levaram a ingressar por este caminho.


Estima-se que 900 pessoas já deixaram o Reino Unido para aderir à organização extremista ou a outros grupos semelhantes.

O grupo que se auto-denomina Estado Islâmico foi responsável por cerca de 14 mil mortes. Até hoje, muitos britânicos que foram lutar pelo EI permanecem desaparecidos.

No rescaldo da guerra na Síria, onde o grupo tem forte atuação, um sírio que trabalhou para o jornal britânico Sunday Times conseguiu um disco rígido que continha arquivos de um smartphone.

As fotos, vídeos e capturas de ecrã retratam a vida de homens britânicos que deixaram as suas casas e cruzaram continentes para combater ao lado dos insurgentes.

Um desses casos é o de Choukri Ellekhlifi. O jovem cresceu em Londres e esteve envolvido em crimes violentos antes de ingressar no EI. Aos 22 anos, a sua vida acabou na Síria.

Um vídeo ao qual o jornalista da BBC teve acesso mostra Choukri no norte da Síria: um jovem cheio de exuberância, que se diverte dar uma cambalhota na piscina.

O registo podia representar um momento das férias de qualquer jovem pelo mundo fora, mas, neste caso, Choukri fazia algo de muito diferente: posava com uma arma.

Mais tarde, Choukri foi filmado a fazer uma paródia de comentários sobre a natureza no estilo do naturalista britânico David Attenborough (famoso por emprestar a voz a programas sobre história natural).

Em outra situação, mostra o jovem a participar num treino com armas.

Segundo a BBC, os vídeos online do EI costumavam ser semelhantes a filmes. Fazem até referência à cultura popular, incluindo a videojogos violentos que são famosos, de acordo com o acadêmico Javier Lesaca, que estudou mais de 1,5 mil vídeos de propaganda do grupo.

Mas esse conteúdo oferece uma visão diferente da vida no chamado califado.

Por sua vez, também Mehdi Hassan, outro jovem britânico,  aparece em vídeos do Estado Islâmico.

Ao contrário de Choukri, este jovem não estava envolvido em crimes antes de entrar para o EI.

Mehdi trocou a sua vida em Portsmouth, no sul da Inglaterra, por uma morte prematura na Síria. A sua mãe explicou que Mehdi fazia parte de uma “família trabalhadora e de classe média” e disse que o viu mudar repentinamente no ano em que recebeu os resultados das provas do Ensino Médio.

Mehdi havia estudado numa escola particular católica e tirado boas notas, mas queria ser o melhor da turma. Segundo a sua mãe, foi no ano em que o jovem estudou mais para aperfeiçoar as suas notas, que a sua visão do mundo mudou.

A mudança de perspetiva está documentada nas redes sociais de Mehdi. No início, o seu perfil online não chamava a atenção, porém, ao longo de poucas semanas começou a partilhar mais sobre as aulas do Alcorão (livro sagrado do Islamismo) e sobre a sua visão da política internacional.

Poucos meses depois, Mehdi foi capturado por câmaras de segurança no aeroporto a caminho da Síria.

A partir daí, continuou a partilhas imagens e vídeos nas redes sociais, conduzindo sessões de perguntas e respostas para todos os interessados ​​em seguir o seu caminho. O recrutado se tornou, então, recrutador.

Nafees Hamid, um neurocientista que estudou os cérebros de extremistas violentos, acredita que ter crenças desafiadas por colegas é a chave para a desradicalização.

Ao longo do tempo em que esteve na Síria, Mehdi manteve o contacto com familiares e amigos em Portsmouth. No entanto, o jovem britânico nunca voltou para casa. Morreu na Síria, perto da fronteira com a Turquia, sendo que a sua localização final sugere que poderia estar a preparar-se para deixar o EI para trás.

Acredita-se que todos os homens que aparecem nos vídeos já estão mortos. Muitos outros continuam desaparecidos.

https://zap.aeiou.pt/segredos-estado-islamico-418104

 

Em 1972 o MIT previu o colapso da sociedade no século 21 - Novo estudo revela que estamos nesse caminho !

Um novo estudo, desenvolvido por uma diretora da empresa de contabilidade KPMG sobre um modelo criado em 1972 por investigadores do MIT, revela que a previsão de então sobre o colapso da sociedade no século 21 mantém-se atual.

O modelo, denominado World3, foi criado a partir de dados empíricos e publicado no livro ‘Limits to Growth’, revelou a Vice. O modelo visava responder à pergunta sobre o que aconteceria se a humanidade continuasse em busca do crescimento económico, sem se importar com o custo social e ambiental.

Na altura, os investigadores concluíram que, sem mudanças drásticas, a sociedade industrial estava a caminhar para o colapso.

“Dada a perspetiva desagradável de colapso, estava curiosa para ver quais cenários estavam mais alinhados com os dados empíricos atuais”, disse Gaya Herrington, diretora de Consultoria, Auditoria Interna e Risco da KPMG, que escreveu o novo artigo.

“O livro que apresentava esse modelo mundial foi um ‘best-seller’ nos anos 70 e teríamos agora várias décadas de dados empíricos para fazer uma comparação significativa. Mas, para minha surpresa, não consegui encontrar tentativas recentes nesse sentido. Então decidi fazer isso sozinha”, contou.

Este novo estudo, publicado no Yale Journal of Industrial Ecology, concluiu que o modelo de 1972 está alinhado com os dados recentes. Sem mudanças, a civilização global está a caminhar para um declínio económico na próxima década, o que pode levar ao colapso da sociedade por volta de 2040.

Gaya Herrington analisou dados relativos à população, taxas de fertilidade e de mortalidade, produção industrial, produção de alimentos, serviços, recursos não renováveis, poluição persistente, bem-estar humano e pegada ecológica.

“Buscar um crescimento [económico] contínuo não é possível. Mesmo quando combinado com desenvolvimento e adoção de tecnologia sem precedentes, negócios” como os atuais “levariam inevitavelmente a declínios no capital industrial, na produção agrícola e nos níveis de bem-estar neste século”, explicou a autora.

Contudo, embora a janela para efetuar as alterações necessárias para evitar o pior cenário seja pequena, “uma mudança deliberada de trajetória provocada pela sociedade, voltada para outro objetivo que não o crescimento, ainda é possível”, apontou o artigo.

O estudo de Gaya Herrington não é conduzido pela KPMG, embora a empresa o tenha publicado na sua página oficial. A diretora realizou a pesquisa como parte da sua tese de mestrado na Universidade de Harvard.

https://zap.aeiou.pt/mit-colapso-sociedade-caminho-417972

 

Em ano de pandemia, mais de 23 milhões de crianças ficaram sem vacinas !

Os números relativos a 2020 mostram um decréscimo de vacinas administradas sobretudo no Sudoeste Asiático e no Mediterrâneo Oriental. Para a Organização Mundial de Saúde, a atual crise sanitária está a expor crianças a “doenças terríveis” que podem ser facilmente prevenidas, tais como o sarampo, a poliomielite ou a meningite.


Caso ainda existissem dúvidas de que a pandemia da covid-19 atingiu com especial força os países mais desfavorecidos, agravando, assim, as desigualdades existentes, a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF acabam de as dissipar com um novo relatório relativo à vacinação infantil em 2020.

Segundo o documento, no ano em que a pandemia transformou o mundo como o conhecíamos, cerca de 23 milhões de crianças ficaram por vacinar. Trata-se de um aumento de 3,7 milhões face ao ano de 2019 e a maior quebra nos programas de vacinação mundiais desde 1970.

Os dois organismos estimam que das 23 milhões de crianças, 17 milhões viram-se impedidas de tomar qualquer vacina durante 2020. Face ao ano anterior, mais de 3,5 milhões de crianças falharam a primeira dose da vacina tripa que protege contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa (DTP-1), enquanto mais três milhões falharam a primeira dose da vacina contra o sarampo.

De acordo com o relatório, as crianças mais atingidas vivem em zonas de conflito, em zonas periféricas com poucos serviços essenciais, ou em habitações informais ou bairros de lata.

O flagelo tem maiores dimensões na região do Sudoeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental. Em termos de países, a índia, o Paquistão e a Indonésia destacam-se pela negativa, já que são as nações onde mais aumentou o número de crianças que ainda não recebeu a primeira dose da vacina DTP-1. O situação é especialmente grave na índia, onde esse número mais do que duplicou, passando para mais de três milhões de crianças em 2020.

No continente africano, Moçambique é quem mais que sobressai, já que em 2020 cerca de 186 mil crianças não foram vacinadas com a primeira dose da DTP-1 – em 2019 foram 97 mil. Um lugar abaixo na tabela (em quinto da classificação mundial) está Angola que passou de 399 mil crianças sem vacinação contra a DTP-1 em 2019 para 482 em 2020.

Para Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, “numa altura em que os países reclamam vacinas contra acovid-19, temos recuado noutras imunizações, deixado as crianças expostas ao risco de doenças terríveis mas que podem ser prevenidas, como o sarampo, a poliomielite ou a meningite.”

“Os surtos de doenças múltiplas podem ser catastróficos para as comunidades e sistemas de saúde que já lutam contra a covid-19, tornando mais urgente que nunca investir na vacinação infantil e assegurar que todas as crianças sejam alcançadas”, disse, citado pelo Público.

Num balanço provisório, é já possível afirmar que os países de rendimento médio vivem atualmente com uma tendência de crescimento no que respeita a crianças não imunizadas. A índia, por exemplo, debate-se com uma queda de 91% para 85% no que concerne à cobertura da vacina contra a difteria, o tétano e a tosse convulsa.

No continente americano, a cobertura também decresceu de 91% para 82% ­- com números de 2016, apesar da principal justificação para os números, neste contexto geográfico, ser a desinformação, a instabilidade politica e as insuficiências da financiamento, avançam a Organização Mundial de Saúde e a UNICEF.

https://zap.aeiou.pt/em-ano-de-pandemia-mais-de-23-milhoes-de-criancas-ficaram-sem-vacinas-417818

Um pouco por todo o mundo, multiplicam-se as guerras pela água !

Os conflitos causados pelo acesso à água existem um pouco por todo o planeta e, com as alterações climáticas, a tendência vai crescer.


É um recursos naturais mais importantes e alimenta a vida na Terra e, devido às alterações climáticas, cada vez mais raro. Há muito que água é um dos motivos para guerras e essa tendência parece ter tudo para crescer, já que, de acordo com previsões da Organização das Nações Unidas, 5 mil milhões de pessoas podem sofrer com a escassez de água em 2050, escreve o The Guardian.

A dependência do rio Nilo em África

Já se muito se falou da importância do rio Nilo para a civilização egípcia, não só pela escassez de água na região, mas também pela terra fértil que cresce nas margens do rio. A verdade é que essa dependência do rio continua até aos dias de hoje e pode dar origem a um conflito com consequências globais.

A Iniciativa da Bacia do Nilo nasceu em 1999 precisamente para incentivar a cooperação entre dez países que são banhados pelo rio, sendo estes o Egipto, o Sudão, a Etiópia, o Quénia, o Uganda, o Burundi, a Tanzânia, o Ruanda e a República Democrática do Congo e também a Eritreia, que tem o estatuto de país observador.

Apesar de inicialmente ter tido sucessos no incentivo à gestão colectiva do Nilo, desde 2007 que os interesses divergentes entre os países que ficam a jusante, como o Egipto e o Sudão, e a montante do rio, como é o caso da Etiópia.

Já há anos que a Etiópia tinha a intenção de construir uma enorme barragem no Nilo Azul, um dos maiores afluentes do Nilo. Conhecida como Grande Barragem do Renascimento Etíope, começou a ser construída em 2011 e tem uma capacidade superior a 74 mil milhões de metros cúbicos. A barragem tem um custo estimado de mais de 3.8 mil milhões de euros e é a maior obra de sempre do país.

O impacto económico da barragem não pode ser subestimado, visto que cerca de dois terços da população etíope não tem electricidade, problema que a barragem ajudaria a resolver. A obra também daria a oportunidade ao país de exportar energia.

Mas este impulso positivo para a economia etíope seria uma catástrofe para o Egipto. Visto que o Nilo é o único grande rio que corre de Sul para Norte, o Egipto é bastante afectado por qualquer interrupção no curso de água, assim como o Sudão, que fica localizado entre o Egipto e a Etiópia. 85% da água do rio Nilo passa pelas terras no norte da Etiópia, onde a barragem está a ser construída.

O Egipto depende do Nilo para 90% da sua água. Dois acordos assinados em 1929 e em 1959 deram ao Egipto e ao Sudão o controlo de practicamente toda a água do rio e o poder de veto sobre obras de países a montante do rio que afectassem o curso de água. Os outros países não foram tidos em conta nestes dois acordos ainda da era colonial, por isso a Etiópia entendeu não ter de os seguir e iniciou a construção sem consultar o Egipto.

De acordo com as previsões da Aljazeera, se a Etiópia concordar em encher totalmente a barragem ao longo dos próximos 10 anos, isso destruiria 18% dos terrenos para agricultura no Egipto. Caso a barragem fique com a capacidade máxima ao fim de cinco anos, metade dos terrenos agrícolas egípcios seriam destruídos.

A instabilidade política no Egipto durante a Primavera Árabe acabou por adiar o conflito, já que o país tinha outros problemas internos mais urgentes. Mas a questão voltou a ser discutida depois da Etiópia ter revelado querer encher a barragem nos próximos seis anos.

“Temos um plano para começar a encher na próxima estação chuvosa, e começaremos a gerar electricidade com duas turbinas em Dezembro de 2020″, afirmou Seleshi Bekele, Ministro da Água etíope, em Setembro do ano passado.

As conversações entre os três países ao longo de quatro anos não têm sido produtivas e os Estados Unidos estão agora a tentar mediar o conflito. A Etiópia revelou que os egípcios propuseram ligar a nova barragem à já existente barragem de Aswan, no Egipto.

Mas Seleshi Bekele acusou o Egipto de não estar a negociar em boa fé e revelou à BBC que ligar as duas barragens será “difícil”. “Tinham recuado um pouco nesse assunto, mas hoje trouxeram a ideia de volta até certo ponto”, disse.

Com o aumento das tensões entre os dois países, será possível um conflito armado no futuro? A resposta é sim. Em 2013, gravações secretas a políticos egípcios revelaram as intenções de sabotar ou bombardear a barragem, pode ler-se no LA Times, e o actual presidente, Abdel Fattah Al-Sisi, disse que vai fazer de tudo para proteger os direitos do país sobre as águas do Nilo.

Em Outubro do ano passado, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, respondeu que “nenhuma força” vai impedir o país de construir a barragem. O envolvimento dos EUA na mediação é também um sinal de que a tensão está aumentar.

Uma potencial guerra poderia trazer efeitos devastadores na região, dada a dependência do rio Nilo, e também a nível internacional, visto que ambos os países são aliados dos Estados Unidos. Um conflito armado poderia também impactar toda a economia global ao “ameaçar a rota comercial vital do canal do Suez ao longo do corno de África”, escreve o Washington Institute.

Um problema global

Mas o problema no Nilo está longe de ser o único. Em Junho, nos EUA, surgiram conflitos depois das autoridades federais cortarem o fornecimento de água do rio Klamath a agricultores, devido à morte em massa de salmões causada pela seca, lê-se na Bloomberg.

Outros grupos interessados que precisam do Klamath, como tribos indígenas, gestores de serviços públicos no sul do Oregon e no norte da Califórnia, campos de golfe, barragens, etc, estão também a reclamar direitos ao rio. Esta disputa é um sinal dos conflitos que se avizinham na costa Oeste americana.

A Índia e o Paquistão vivem também uma situação tensa. Depois de um ataque paquistanês devido à disputa sobre o território da Caxemira em 2019, a Índia retaliou ao ameaçar desviar as correntes dos rios Indo, Chenab e Jhelum.

Este possível desvio seria uma violação de um tratado de 1960, mediado pelo Banco Mundial, que dividiu os recursos hídricos pelos dois países, ficando o Paquistão com o controlo maioritário de três rios ocidentais, enquanto que a Índia gere três rios de leste. Os indianos pretendiam cortar o fornecimento dá água que não usavam, cerca de 7%, que corre livremente para o Paquistão.

“Quando entramos no tratado com o Paquistão, decidimos que a harmonia e a fraternidade prevaleceriam. Se o Paquistão matar o nosso povo e promover o terrorismo, então como é que a harmonia será mantida?”, perguntou Nitin Gadkari, Ministro de Recursos Hídricos da Índia numa entrevista em 2019.

O então Ministro dos Recursos Hídricos paquistanês respondeu que rasgar o acordo poderia levar ao início de uma guerra. “Está na hora de perceberem as consequências de uma guerra. O exército do Paquistão não é uma força fictícia, é ousado, corajoso e bem treinado, e é capaz de destruir as gerações do Modi, mas nós não queremos isso, por isso aprendam que o vosso belicismo não vos trará nenhum bem, querida Índia”, respondeu Vawda no Twitter.

A falta de água potável no subcontinente indiano pode mesmo ser a primeira causa de uma guerra nuclear na Terra. De acordo com um estudo da Universidade das Nações Unidas, “a bacia fluvial do Indo é uma bomba-relógio“.

Parte do problema é político, devido às dificuldades que a região já tem com o abastecimento de água, e qualquer disrupção vai afectar a população e criar instabilidade interna. A outra grande causa é já global, as alterações climáticas. O estudo concluiu que os rios no sul da Ásia vão ser mais afectados pela mudança do clima e a escassez de água vai ser ainda mais agravada.

De acordo com o jornal indiano Mint, a Índia está mesmo a planear reter as águas em excesso que correm para o Paquistão. Esta decisão surge quando a Índia está a tentar desviar as águas do Ujh, um dos principais afluentes do Ravi que corre pelo Paquistão.

“Temos potencial de explorar os rios que correm do nosso território e que vão para o Paquistão, mesmo com o Tratado do Indo. Primeiro, temos o direito de parar a água precisa para regar 100 mil hectares de território. Estamos à procura de potencial, exercê-lo e planeá-lo”, afirmou Gajendra Singh Shekhamat, Ministro do Jal Shakti, um ministério nascido em 2019 com a fusão dos antigos ministérios dos Recuros Hídricos e da Água Potável e Saneamento.

Shekhamat reforça que as águas do Ravi, Beas e Sutlej são indianas. “A água destes três rios e dos seus afluentes é nossa por direito. Se nós construirmos projectos de rega nessas águas e usar-mos o seu potencial, o Paquistão não pode reclamar, o que eles tentam fazer, mas isso é ilegal”, remata.

A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947. Um possível conflito nuclear entre os dois países teria consequências catastróficas para todo o planeta. De acordo com um estudo de 2016 citado pelo Hindustan Times, 21 milhões de pessoas morreriam numa semana e metade da camada do ozono na Terra seria destruída.

As alterações climáticas prometem tornar a água um recurso ainda mais valioso e escasso, o que vai desafiar ainda maior aos governos a aprender a gerir a sua distribuição de forma diplomática para se evitarem conflitos com consequências globais.

https://zap.aeiou.pt/um-pouco-por-todo-o-mundo-multiplicam-se-as-guerras-pela-agua-416840

 

 

Chuvas fortes provocam cheias e subida dos caudais de rios em vários países na Europa !

As chuvas intensas registadas nas últimas horas em vários países da Europa ocidental e central provocaram cheias e a subida dos caudais de rios, relataram hoje as agências internacionais, indicando ainda que um homem está desaparecido na Alemanha.


A agência noticiosa alemã DPA relatou que, na noite de terça-feira para quarta-feira, um homem desapareceu quando tentava proteger a sua propriedade em Joehstadt, no estado alemão da Saxónia, da subida repentina das águas e que terá sido arrastado por uma forte corrente.

Os bombeiros locais retomaram hoje de manhã os trabalhos de busca.

Ainda em território alemão, no condado de Hof, perto da fronteira oriental com a República Checa, foi emitido um alerta de desastre devido à forte precipitação, que provocou a queda de árvores e deixou várias zonas sem eletricidade.

O serviço meteorológico alemão (DWD) informou que nesta região choveu 80 litros por metro quadrado durante um período de 12 horas.

Em Hagen, no estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália, os bombeiros tiveram de resgatar vários automobilistas, cujos veículos ficaram presos numa passagem subterrânea inundada.

Os “vizinhos” Países Baixos e Bélgica também foram atingidos por condições meteorológicas adversas e por inundações, segundo a agência Associated Press (AP).

Por exemplo, as autoridades da província holandesa de Limburg (sul) estão a alertar para a subida dos caudais de vários riachos e para a possível formação de uma forte corrente de água, pedindo à população local para se afastar destas áreas.

Os proprietários de embarcações foram aconselhados a evitar o rio Maas (que passa pelos territórios holandês e belga), devido às fortes correntes e aos detritos que estão a ser arrastados pelas águas.

Também na Suíça, a subida do nível das águas do lago dos Quatro Cantões, também conhecido como lago Lucerna, obrigou as autoridades helvéticas a acionarem o nível mais alto do aviso de inundações.

As fortes chuvas que têm sido registadas no país também colaram o lago de Bienna, também na zona centro da Suíça, no limite da sua capacidade, depois do caudal ter aumentado 60 centímetros na noite passada, situação que levou à proibição, como medida preventiva, de qualquer atividade de navegação.

Alguns rios no norte da Suíça também transbordaram devido à intensa precipitação, de acordo com a agência espanhola EFE.

As chuvas torrenciais obrigaram ainda ao corte de um trecho da estrada localizada nas margens do lago Léman, o maior da Suíça e que banha cidades como Genebra ou Lausanne.

Até ao momento, não existem relatos de vítimas no país na sequência das cheias.

Em diferentes áreas do país foram emitidos avisos de alerta, com os cidadãos a serem aconselhados a limitarem as deslocações e a evitarem zonas próximas de lagos e rios.

https://zap.aeiou.pt/chuvas-fortes-cheias-europa-417344

 

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