sábado, 10 de abril de 2021

Vítimas em massa, agitação social e traumas - Relatório da China acusa EUA de causar desastres humanitários !

A China acusou esta sexta-feira os Estados Unidos de causarem desastres humanitários ao promoverem intervenções militares no exterior, num relatório difundido numa altura de crescente tensão entre as duas maiores potências do mundo.


O relatório, produzido pela Sociedade Chinesa de Estudos dos Direitos Humanos, um organismo sob tutela do Governo chinês, disse que as guerras lançadas pelos Estados Unidos, “sob a bandeira da intervenção humanitária, causaram vítimas em massa, danos a instalações, estagnação da produção, ondas de refugiados, agitação social, crise ecológica, traumas psicológicos e outros problemas sociais complexos”.

“O egoísmo e a hipocrisia dos Estados Unidos também foram totalmente expostos por estas guerras”, disse o relatório, que apresentou uma lista do que chamou de agressões dos Estados Unidos, desde a intervenção na Grécia, em 1947, até à sua oposição ao governo venezuelano, em 2019.

O documento citou os conflitos na península coreana, Vietname, Golfo Pérsico, Kosovo, Afeganistão, Iraque e Síria como as principais guerras dos Estados Unidos.

“As crises humanitárias causadas por ações militares derivam da mentalidade hegemónica dos Estados Unidos”, escreveu a agência noticiosa oficial Xinhua. “Estes desastres poderiam ter sido evitados se os EUA abandonassem o pensamento hegemónico, motivado por interesses próprios”, descreveu.

As relações entre Washington e Pequim permanecem turbulentas apesar da mudança de administração nos Estados Unidos.

As tensões aumentaram durante o mandato do antecessor Donald Trump, que lançou uma guerra comercial e tecnológica contra o país asiático e reforçou os laços com Taiwan, a ilha que Pequim reclama como parte do seu território, apesar de funcionar como uma entidade política soberana.

Embora Joe Biden não tenha tomado nenhuma ação importante, também não deu nenhum sinal de querer reverter a linha dura adotada pelo ex-presidente.

O Congresso norte-americano está também a preparar nova legislação que enfatize a competição com Pequim na diplomacia, comércio e outros campos. A China reagiu com retórica acalorada e proibição de emissão de vistos a autoridades norte-americanas e outras pessoas que considera terem prejudicado os seus interesses por meio de críticas ao seu histórico de Direitos Humanos.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-da-china-acusa-estados-unidos-de-cau-393765

 

“Ato de sabotagem.” - Rússia exige à Eslováquia a devolução da Sputnik V !

Um mês depois de terem chegado à Eslováquia, as primeiras 200 mil doses da vacina continuam num armazém e sem autorização de administração. O Fundo de Investimento Direto Russo acusou o país europeu de ter violado o contrato bilateral ao analisar as doses da Sputnik V em laboratórios de controlo de medicamentos não certificados pela UE.


Esta quinta-feira, o Fundo de Investimento Direto Russo (FIDR) acusou a Eslováquia de falhas contratuais e exigiu a devolução das vacinas ao país centro-europeu, que revelou não ter sido capaz de determinar a segurança de um lote da vacina russa.

“O FIDR (…) enviou uma carta em 6 de abril com o pedido de devolução da vacina devido às inúmeras violações do contrato, para que possa ser utilizado em outros países”, lê-se na nota divulgada no Twitter.

Segundo a publicação oficial, a Eslováquia violou o contrato bilateral ao analisar as doses da Sputnik V em laboratórios de controlo de medicamentos não certificados pela União Europeia (UE), noticia a agência EFE.

O organismo russo descreveu este comportamento como “um ato de sabotagem” e pediu ao país para que repita as análises em laboratórios aprovados por Bruxelas.

O FIDR também rejeitou as acusações do regulador eslovaco de que as vacinas fornecidas a Bratislava são diferentes daquelas que foram submetidas a testes clínicos.

“Todos os ensaios da Sputnik V têm qualidade idêntica e são submetidos a um estrito controlo de qualidade no Instituto Gamaleya”, sublinhou. E acusou os eslovacos de lançarem uma campanha de “desinformação” contra a vacina russa.

O regulador de medicamentos da Eslováquia disse que não foi capaz de determinar a segurança de um lote da vacina russa Sputnik V, entregue em março, e expressou dúvidas sobre sua composição.

“Os lotes da vacina [Sputnik V] usados em testes pré-clínicos e estudos clínicos publicados na revista Lancet não têm as mesmas características e propriedades que os importados para a Eslováquia”, destacou o Instituto Nacional de Controle de Medicamentos (SUKL), em declarações à agência AFP.

“Com base apenas em testes laboratoriais, não é possível concluir sobre a eficácia e segurança para humanos” do lote enviado à Eslováquia, acrescentou o instituto.

O regulador europeu já iniciou uma “análise contínua” da Sputnik V para determinar se cumpre os requisitos da União EUropeia em matéria de eficácia, segurança e qualidade.

O Ministério da Saúde do país vai aguardar a conclusão do processo de avaliação do regulador nacional antes de avançar com a administração das primeiras doses da vacina russa.

Na conta oficial da Sputnik V no Twitter, consta um desmentido de que as doses enviadas para o país sejam diferentes. As notícias “baseadas em fontes anónimas” de que as doses da vacina enviadas para a Eslováquia são diferentes da Sputnik V dos testes clínicos “são falsas“, lê-se na publicação.

https://zap.aeiou.pt/russia-eslovaquia-devolucao-sputnik-v-393701

 

Erupção vulcânica provoca evacuação na ilha caribenha Saint Vincent e Grenadines !

Uma forte explosão do vulcão La Soufrière obrigou as autoridades evacuarem com urgência mais de 16 mil pessoas que vivem nas chamadas zonas de perigo na ilha Saint Vincent e Grenadines, no sul do Caribe. Há vários dias o aumento da atividade sísmica acendeu o alerta vermelho indicando uma iminente erupção do La Soufrière.

Vulcão La Soufrière entrou em atividade após 42 anos na ilha caribenha Saint Vincent e Grenadines. Crédito: Divulgação UWISeismicResearch
Vulcão La Soufrière entrou em atividade após 42 anos na ilha caribenha Saint Vincent e Grenadines. Crédito: Divulgação UWISeismicResearch

Foi no final da quinta-feira que uma cúpula de lava tornou-se visível na escuridão anunciando a forte erupção do La Soufrière.

A erupção explosiva do vulcão lançou cinzas e fumaça a seis mil metros de altitude sobre a ilha caribenha. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) está com aviso em vigor sobre as cinzas vulcânicas alertando os marinheiros terem cuidado na região.

As informações divulgadas são de que os milhares de evacuados foram levados para partes mais seguras da ilha e para os navios de cruzeiro.

A ilha de Saint Vincent e Grenadines faz parte de uma cadeia de ilhas menores ao sul do Caribe e abriga cerca de 110 mil moradores.

Monitoramento indicava explosão iminente

Segundo os pesquisadores, a atividade do vulcão La Soufrière vinha crescendo desde novembro do ano passado.

Foto de longa exposição onde é possível observar o brilho da lava no cume do La Soufrière na manhã do dia 9 de abril. Crédito:Sismologista vulcânico Roderick Stewart/UWISeismicResearch
Foto de longa exposição onde é possível observar o brilho da lava no cume do La Soufrière na manhã do dia 9 de abril. Crédito:Sismologista vulcânico Roderick Stewart/UWISeismicResearch

No relatório mais recente, as estações de monitoramento detectaram um enxame de longos terremotos sob o cume do vulcão a 6 quilômetros de profundidade, mostrando que o La Soufrière estaria a caminho de um estágio explosivo.

O Centro de Pesquisa Sísmica da Universidade das Índias Ocidentais (UWI-SRC) e a Organização Nacional de Gerenciamento de Emergências (NEMO) relataram que a cratera principal do vulcão vinha crescendo lentamente entre os dias 31 de março e 6 de abril. Gás e vapor subiram constantemente ao topo da cúpula neste período.

Por fim, um enxame de terremotos recomeçou em 5 de abril sendo a maior magnitude 3.5, com vários relatos de eventos sentidos em comunidades próximas ao vulcão. Os tremores foram detectados numa profundidade de 6 quilômetros, um pouco mais profundo que os inúmeros eventos registrados entre os dias 22 e 25 de março.

Além disso, a frequência também aumentou, com uma taxa média de 50 terremotos por hora, nestes últimos dias na comparação com 1,5 tremores por hora durante os dias 22 a 25 de março.

O La Soufrière não entrava em atividade desde 1979. Uma erupção histórica e devastadora ocorreu no ano de 1902, quando 1600 pessoas morreram, a maioria indígena.

https://www.painelglobal.com.br/noticias.php?t=Erupcao_vulcanica_provoca_evacuacao_na_ilha_caribenha_Saint_Vincent_e_Grenadines&id=20210409-150333

 

Vida marinha está a fugir do equador e isso pode levar a uma extinção em massa !

As alterações climáticas causadas pelo homem estão a fazer com que a vida marinha esteja a fugir do equador em direção aos polos. Isto pode levar a um novo evento de extinção em massa.


A água tropical no equador é conhecida por ter a mais rica diversidade de vida marinha da Terra, com vibrantes recifes de coral e grandes agregados de atuns, tartarugas marinhas, raias e tubarões-baleia. O número de espécies marinhas diminui, naturalmente, à medida que nos dirigimos para os polos.

Os ecologistas presumiram que este padrão global tem permanecido estável nos últimos séculos – até agora. Um estudo recente, publicado na revista científica PNAS, descobriu que o oceano ao redor do equador já se tornou demasiado quente para muitas espécies sobreviverem, e que o aquecimento global é o responsável.

Por outras palavras, o padrão global está a mudar rapidamente. E conforme as espécies fogem para águas mais frias em direção aos polos, é provável que tenha profundas implicações para os ecossistemas marinhos e para a subsistência humana. Quando a mesma coisa aconteceu há 252 milhões de anos, 90% de todas as espécies marinhas morreram.

Este padrão global – onde o número de espécies começa mais baixo nos polos e é maior no equador – resulta num gradiente de riqueza de espécies em forma de sino. Os investigadores observaram os registos da distribuição de quase 50.000 espécies marinhas recolhidos desde 1955 e encontraram uma queda crescente ao longo do tempo neste formato de sino.

Espécie por latitude ao longo dos anos.

Assim, à medida que os nossos oceanos aquecem, as espécies rastreiam as suas temperaturas preferidas movendo-se em direção aos polos. Embora o aquecimento no equador de 0,6 ℃ nos últimos 50 anos seja relativamente modesto em comparação com o aquecimento em latitudes mais altas, as espécies tropicais precisam de se mover mais para permanecer no seu nicho térmico em comparação com as espécies de outros lugares.

À medida que o aquecimento dos oceanos acelerou nas últimas décadas devido às alterações climáticas, o declive ao redor do equador aprofundou-se. Os cientistas previram esta mudança há cinco anos usando uma abordagem de modelação e agora têm evidências observacionais.

Para cada um dos dez principais grupos de espécies que vivem na água ou no fundo do mar, a sua riqueza estagnou ou diminuiu ligeiramente nas latitudes com temperaturas médias anuais da superfície do mar acima de 20 ℃ .

Não devíamos estranhar que a biodiversidade global tenha respondido tão rapidamente ao aquecimento global. Isto já aconteceu antes e com consequências dramáticas.

No final do período geológico do Pérmico, há cerca de 252 milhões de anos, as temperaturas globais aumentaram 10 ℃ em 30.000-60.000 anos como resultado das emissões de gases com efeito de estufa das erupções vulcânicas na Sibéria. Nesse período, 90% de todas as espécies marinhas foram mortas.

Durante a última era do gelo, que terminou há cerca de 15.000 anos, a riqueza de foraminíferos – um tipo de plâncton unicelular – atingiu o seu pico no equador e tem diminuído desde então. Isto é significativo, pois o plâncton é uma espécie-chave na cadeia alimentar.

Este novo estudo mostra que o declínio acelerou nas últimas décadas devido às alterações climáticas causadas pelo homem.

Implicações profundas

A perda de espécies em ecossistemas tropicais significa que a resiliência ecológica às mudanças ambientais é reduzida, comprometendo potencialmente a perseverança do ecossistema.

Em ecossistemas subtropicais, a riqueza de espécies está a aumentar. Isto significa que haverá espécies invasoras, novas interações predador-presa e novas relações competitivas. Por exemplo, peixes tropicais que se mudam para o porto de Sydney competem com novas espécies por alimento e habitat.

Isto pode resultar no colapso do ecossistema, levando a que as espécies se extingam e os serviços do ecossistema sejam alterados permanentemente.

https://zap.aeiou.pt/vida-marinha-fugir-extincao-massa-393640

 

Cientistas criam nova forma de desencriptar mensagens secretas !

Uma equipa de engenheiros chineses está a criar uma nova forma de transmitir mensagens secretas ou aceder a locais de acesso reservado através das nossas mãos.


A equipa demonstrou como é que a radiação infravermelha (ou seja, calor) proveniente da mão pode ser usada para desencriptar mensagens secretas.

Os autores do estudo publicado esta segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences sugerem que pode também ser usada para criar senhas impossíveis de clonar ou reproduzir.

O calor que emana do corpo humano tem sido usado há muito tempo para segurança e defesa, mas até agora esta radiação infravermelha raramente tinha sido usada como uma forma de colocar os humanos no controlo de sistemas computorizados.

Embora seja muito semelhante aos leitores de impressões digitais, esta nova tecnologia pode oferecer conexão sem contacto direto e sem energia.

“O uso de componentes humanos como fontes de luz infravermelha pode fornecer uma forma promissora de aumentar a controlo e a flexibilidade dos sistemas criados”, escrevem os autores, citados pela Inverse. “A mão humana não é apenas uma fonte de luz infravermelha natural, mas também uma fonte de luz multiplexada com cada dedo a servir como uma fonte de luz independente”.

Os computadores quânticos vão conseguir, no futuro, invadir facilmente sistemas e quebrar a encriptação de informação privada e secreta: desde as nossas palavras-passe aos segredos de Estado.

Para transformar a mão humana numa ferramenta de desencriptação poderosa, a equipa de investigadores só teve que separar a radiação infravermelha ambiente da radiação infravermelha vinda especificamente de uma mão.

Os autores descobriram que usando apenas a luz infravermelha proveniente de uma mão, eles foram capazes de revelar imagens cada vez mais complexas, incluindo aquelas que variam em diferentes profundidades (por exemplo, aquelas com várias camadas de material encriptado).

Isto significa que as impressões digitais podem ser usadas como chaves de encriptação não clonáveis. A equipa demonstrou ainda que gestos específicos podem também ser usados como chaves de encriptação.

https://zap.aeiou.pt/nova-forma-desencriptar-mensagens-393224

 

 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Taiwan ameaça derrubar drones chineses que se aproximem dos seus territórios !

As autoridades de Taiwan ameaçaram derrubar os drones chineses que se aproximarem demasiado dos seus territórios, após terem sido avistados a circular perto da ilha das Pratas, no mar do Sul da China, disse um ministro na quarta-feira, citado pela agência Reuters.

Ao Parlamento, o ministro Lee Chung-wei, responsável pela Guarda Costeira, disse que foram avistados recentemente drones chineses perto da ilha das Pratas, embora não tenham sobrevoado o território.

Caso um drone chinês entre no seu espaço exclusivo, Lee indicou que na Guarda Costeira existem regras em caso de combate: “Depois de entrar [no espaço aéreo taiwanês] as regras serão seguidas. Se for necessário abrir fogo, assim faremos”, afirmou.

A China não reconhece a soberania de Taiwan, mas os navios e aviões chineses não entram na área exclusiva taiwanesa, que tem seis quilómetros desde a costa. A ilha das Pratas está no centro de uma disputa marítima. Nos últimos meses, Taiwan alertou para a presença mais persistente da Força Aérea chinesa perto da ilha.

Desde o início dos protestos pró-democracia em Hong Kong, a ilha das Pratas assumiu maior importância. Em outubro, Hong Kong obrigou um voo civil taiwanês que viajava para a ilha a voltar para trás. As autoridades taiwanesas, por seu lado, intercetaram um barco perto da ilha das Pratas onde viajavam pessoas que fugiam de Hong Kong para Taiwan.

https://zap.aeiou.pt/taiwan-drones-chineses-territorios-393580

 

 

Criaturas do mar gelatinosas estão a causar o caos nas centrais nucleares da Coreia do Sul !

Salpas marinhas – organismos marinhos gelatinosos que se assemelham a águas-vivas – podem ser pequenas, mas estão a tornar-se uma grande praga para a indústria nuclear da Coreia do Sul.


Com menos de 10 centímetros de altura, os organismos obstruíram os sistemas de água usados ​​para arrefecer os reatores Hanul nº 1 e 2 da Korea Hydro & Nuclear Power Co., forçando-os a fechar esta terça-feira, naquela que é a segunda vez em menos de três semanas.

Os reatores, cada um com capacidade de 950 megawatts, ficaram desligados durante cerca de uma semana no final de março.

De acordo com a Bloomberg, quanto mais tempo ficarem parados, mais caras sairão as paralisações. Se a quantidade de energia perdida na interrupção inicial de oito dias fosse compensada com a geração de gás natural liquefeito, seria necessária uma carga de 60 mil toneladas do combustível superarrefecido, custando cerca de 21,8 milhões de dólares.

A Coreia do Sul tem 24 central nucleares operáveis ​​com uma capacidade combinada de mais de 23 gigawatts.

As salpas marinhas pode ligar-se umas às outras, criando correntes com vários metros de comprimento. Os organismos normalmente aumentam em número em junho, mas isso parece ter acontecido em março deste ano devido a correntes quentes que surgiram antes do que é considerado norma, segundo Yu Ok Hwan, vice-diretor do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia do Oceano.

“Ainda não podemos dizer se o aumento da salpa é devido à mudança climática ou outros fatores”, disse Youn Seok-hyun, cientista do Instituto Nacional de Ciência Pesqueira. “Deve ser considerado um fenómeno temporário a menos que vejamos um aumento contínuo na próxima década.”

O número de salpas do mar tem aumentado gradualmente nos últimos anos, de acordo com Chae Jinho, chefe do Laboratório de Pesquisa e Informação do Meio Marinho. “Dada a tendência atual, é possível que vejamos mais destes paralisações de reatores nos próximos anos”.

A Coreia do Sul não é o único país forçado a interromper a geração nuclear temporariamente depois de a vida marinha ter obstruído os sistemas de arrefecimento de água. Em janeiro, a Electricite de France SA teve de desligar todos os quatro reatores da sua central nuclear Paluel, na costa norte de França, após peixes ficarem presos nos filtros da estação de bombeamento.

https://zap.aeiou.pt/gelatinosas-criaturas-do-mar-estao-a-causar-o-caos-393652

 

Mais uma noite de violência na Irlanda do Norte !

Manifestantes em Belfast colocaram fogo num autocarro e atacaram a polícia, esta quarta-feira à noite, no quarto dia de violência numa semana na Irlanda do Norte.


Os jovens atacaram a polícia com bombas feitas com gasolina esta quarta-feira à noite, na área protestante de Shankill Road, enquanto outros manifestantes atiravam objetos nas duas direções sobre o “muro da paz”, que separa Shankill Road de uma área nacionalista irlandesa vizinha.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, condenou os distúrbios, e o Governo da Irlanda do Norte, com sede em Belfast, vai realizar esta quinta-feira uma reunião de emergência sobre os distúrbios.

Johnson pediu calma, dizendo que “a maneira de resolver as diferenças é através do diálogo, não da violência ou da criminalidade”.

A primeira-ministra da Irlanda do Norte, Arlene Foster, do Partido Unionista Democrático pró-britânico (unionistas), e a vice-primeira-ministra, Michelle O’Neill, dos nacionalistas do Sinn Fein, condenaram a desordem e os ataques à polícia.

A violência recente, em grande parte em áreas pró-britânicas, aumentou devido a tensões crescentes sobre as regras comerciais pós-Brexit para a Irlanda do Norte e piorou as relações entre os partidos no Governo de Belfast, compartilhado entre católicos e protestantes.

Estas manifestações de violência na quarta-feira à noite seguiram-se aos distúrbios ocorridos durante o fim-de-semana da Páscoa em áreas dentro e ao redor de Belfast e Londonderry, com carros incendiados e ataques contra polícias. As autoridades acusaram grupos paramilitares ilegais de incitar os jovens a causar confusão.

O novo acordo comercial entre Londres e o bloco comunitário impôs controlos aduaneiros e fronteiriços a algumas mercadorias que circulam entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido.

O acordo foi elaborado para evitar controlos entre a Irlanda do Norte e a Irlanda, um membro da UE, uma vez que uma fronteira irlandesa aberta ajudou a sustentar o processo de paz construído pelo Acordo de Sexta-Feira Santa em 1998, que terminou na altura com três décadas de violência que provocaram mais de trêss mil mortes.

Mas os unionistas têm argumentado que estes novos controlos equivalem a uma nova fronteira no mar da Irlanda entre a Irlanda do Norte e o resto do Reino Unido, defendendo o abandono do acordo.

Os unionistas também estão revoltados com a decisão das autoridades policiais de não processaram os políticos do Sinn Féin que marcaram presença no funeral de um ex-comandante do exército republicano irlandês, em junho passado.

O funeral de Bobby Storey atraiu uma grande multidão, apesar das medidas restritivas aplicadas no âmbito da pandemia e que proibiam grandes aglomerações de pessoas.

Os principais partidos unionistas exigiram a demissão do chefe da polícia da Irlanda do Norte por causa da controvérsia, argumentando que o responsável tinha perdido a confiança da comunidade.

Irlanda pede empenho ativo de Londres no acordo de paz

“O protocolo ajuda-nos a manter a relação norte-sul” na Irlanda, afirmou Thomas Byrne, ministro dos Assuntos Europeus irlandês, em entrevista à agência Lusa, referindo-se à disposição do Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia que mantém o território britânico alinhado com as regras do mercado único.

“Mas precisamos que a Grã-Bretanha se empenhe ativamente na manutenção do Acordo de Sexta-feira Santa, connosco e com a União Europeia”, frisou também o ministro.

Na entrevista, realizada à margem de uma visita a Lisboa, Byrne explicou que o Brexit “causou um enorme problema à ilha da Irlanda” e que foi precisamente “para tentar resolver alguns dos problemas” criados pela saída do Reino Unido da UE que foi negociado o Protocolo, que “contribui muito para garantir a livre circulação de pessoas e de mercadorias na ilha da Irlanda”.

O ministro salienta que “ações unilaterais causam problemas”, o que ficou “demonstrado” com a decisão de Londres de prolongar por seis meses, até 1 de outubro, o período de carência de certos controlos alfandegários nos portos da Irlanda do Norte, para frisar que a Grã-Bretanha “tem de implementar o protocolo”.

“Todos temos de implementar o protocolo, mas os britânicos estão em falta neste aspeto particular”, aponta, sublinhando que a UE iniciou um processo por infração, mas também conversações.

“Quero ver essas conversações prosseguir, porque na Irlanda do Norte os problemas nunca se resolvem através de ações legais, resolvem-se conversando e trabalhando juntos”, insiste.

Thomas Byrne admite que o anúncio pela Comissão Europeia, no final de janeiro, da ativação do artigo 16.º do protocolo, que permite a suspensão daquele capítulo do Acordo de Saída, para travar a chegada de vacinas contra a covid-19 ao Reino Unido via Irlanda do Norte, “foi um erro”, mas sublinha que Bruxelas “reconheceu muito rapidamente que foi um erro”.

“Penso que isso aconteceu porque técnicos fizeram o que tecnicamente era suposto fazerem. Mas não foi feita referência a essa situação particular na Irlanda do Norte, o que infelizmente deu às pessoas, particularmente nas comunidades unionistas mais extremas, uma desculpa para dizer, ‘bem, a Europa não se preocupa connosco, tenta fazer-nos isto’”, considerou.

Pequenas coisas causam problemas. Mas isso resolve-se quando se reconhece que houve um problema, se corrige o problema e as duas partes trabalham para que não volte a acontecer”, insistiu, reiterando o apelo a Londres “para continuar a trabalhar com a UE para resolver o problema de forma pragmática”.

https://zap.aeiou.pt/mais-uma-noite-violencia-irlanda-norte-393502

 

Putin enviou tropas para a fronteira com a Ucrânia e deixou o ocidente em alerta !

Vladimir Putin enviou milhares de soldados para a fronteira. Os confrontos no leste da Ucrânia, que até agora atraíam pouca atenção internacional, estão a revelar-se perigosos e alertam o ocidente.


Os últimos dias têm sido de enorme tensão entre Moscovo e Kiev, e, entre ameaças e acusações, levantam-se dúvidas quanto às reais intenções de Putin ao enviar milhares de soldados e tanques militares para vários pontos da fronteira da Rússia com a Ucrânia.

Alguns analistas internacionais defendem que está iminente uma intervenção militar no leste ucraniano, outros sugerem que as manobras representam apenas uma demonstração de força do Kremlin.

Enquanto os líderes europeus, os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) manifestam apoio ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e deixam avisos ao Kremlin, em Moscovo há a garantia de que as movimentações militares não constituem ameaça e que uma escalada do conflito apenas depende do Ocidente.

Apesar de um acordo de paz assinado em 2015, com mediação da União Europeia (UE), os dois lados continuam a defrontar-se na fronteira dos territórios disputados.

Perante este contexto, a tensão começou a subir no final de março e no início de abril, com o aumento dos confrontos e do número de vítimas, sendo que pelo menos 23 soldados ucranianos já morreram este ano.

Segundo o New York Times, a morte dos soldados, juntamente com o aumento das forças russas na fronteira, chamou a atenção de altos funcionários americanos na Europa e em Washington.

“A escalada com a mobilização [de tropas] está a criar sérias preocupações de que isto é mais do que uma demonstração de força. Há sinais de que a Rússia pode estar a preparar uma ação significativa”, afirmou Nigel Gould-Davies, antigo embaixador do Reino Unido na Bielorrússia, ao Observador.

Maria Raquel Freire, professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), considera que “as movimentações militares russas pretendem uma demonstração de força clara, num contexto onde as relações com o Ocidente permanecem difíceis”.

A especialista acrescenta: “Não podemos excluir uma nova escalada de violência, mas (…) não me parece que os ganhos deste conflito armado superassem as implicações negativas para a Rússia em termos políticos e económicos, e mesmo de segurança”.

Apoio “inabalável”

Nos últimos meses, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem estado mais perto do ocidente, e numa chamada telefónica na semana passada com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, ouviu a promessa de um apoio “inabalável” dos Estados Unidos à soberania da Ucrânia.

O apoio também surgiu vindo do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que também têm manifestado preocupação com as manobras militares da Rússia junto à fronteira ucraniana.

Esta maior aproximação da Ucrânia ao Ocidente – com quem tem acordos de cooperação, mas não de adesão, seja à NATO ou à UE – coincide com a cada vez mais distante relação entre Zelensky e Putin.

No entanto, apesar de o país não fazer parte da aliança, a NATO já anunciou a realização de exercícios militares conjuntos com a Ucrânia.

A escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia surge também numa altura em que as relações entre o Kremlin e o Ocidente atravessam uma fase muito conturbada, em parte devido ao envenenamento e condenação a pena de prisão do opositor russo Alexei Navalny.

Contudo, uma ofensiva militar russa na Ucrânia teria consequências imprevisíveis, e em último caso poderia levar a uma guerra aberta entre Ocidente e Rússia. Cenário que Maria Raquel Freire considera pouco provável.

https://zap.aeiou.pt/putin-tropas-ucrania-ocidente-393460

 

Agente que sufocou George Floyd usou “força mortífera”, confirma especialista !

O sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, ouvido em tribunal como especialista em treino policial, sugere que Derek Chauvin usou “força mortífera” na detenção de George Floyd.


Naquele que foi o oitavo dia do julgamento pela morte de George Floyd, o norte-americano assassinado às mãos da polícia de Minneapolis, em maio de 2020, o sargento Jody Stiger, da polícia de Los Angeles, garante que o agente Derek Chauvin fez uso de “força mortífera” durante a detenção de Floyd.

Stiger foi ouvido pelo júri na qualidade de perito externo em treino policial e uso de força. A pressão que o agente fez sobre o corpo da vítima pode ter causado “asfixia posicional, o que pode levar à morte”, explicou o especialista, citado pelo Expresso.

Os advogados de Chauvin argumentam que o facto de a detenção estar a ser filmada pode ter distraído os polícias de monitorizar a condição de saúde de George Floyd.

“Estavam apenas a filmar, e na sua maioria estavam preocupados com Mr. Floyd”, contra-argumentou Stiger.

Quando é necessário usar força, os agentes devem sempre considerar se o suspeito representa uma ameaça e a gravidade do crime alegadamente cometido. Como Floyd era acusado de ter usado uma nota de 20 euros falsa num pagamento, o especialista entende que o uso de tamanha força foi despropositado.

A defesa de Chauvin alega ainda que as drogas encontradas no sistema de Floyd lhe causaram a morte.

O chefe da polícia da cidade de Minneapolis, Medaria Arradondo, testemunhou esta segunda-feira no julgamento de assassinato de George Floyd e disse que Derek Chauvin violou as regras do Departamento de Polícia e o seu código de ética sobre o respeito à “santidade da vida”.

“Não faz parte do nosso treino e certamente não faz parte da nossa ética e dos nossos valores”, disse Medaria Arradondo, referindo-se a como Chauvin, que é branco, pressionou o seu joelho no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos, durante mais de nove minutos.

“Discordo veementemente que este foi o uso apropriado da força para aquela situação em 25 de maio”, disse Arradondo, citado pela agência Reuters, acrescentando que os polícias são treinados para tratar as pessoas com dignidade e juraram defender a “santidade da vida”.

https://zap.aeiou.pt/agente-sufocou-floyd-forca-mortifera-393421

 

Cientistas descobrem possível nova estirpe ainda mais transmissivel, e de maior gravidade do vírus no Brasil !

A descoberta foi feita por cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do grupo hospitalar Hermes Pardini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da prefeitura de Belo Horizontes, capital estadual de Minas Gerais.


“A equipa sequenciou 85 genomas de SARS-CoV-2 de amostras clínicas recolhidas da região metropolitana de Belo Horizonte e identificou dois novos genomas com uma coletânea de mutações ainda não descrita, caracterizando uma possível nova variante de SARS-CoV-2″, indicou a UFMG num comunicado enviado à agência Lusa.

Esses dois novos genomas “estão em amostras recolhidas nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2021 e não existem evidências de ligação epidemiológica entre ambas, como parentesco ou região residencial, o que reforça a plausibilidade de circulação dessa nova possível variante”, acrescenta o texto.

Segundo a nota, entre as mutações encontradas nessa nova estirpe estão algumas compartilhadas com as variantes brasileiras P1 (detetada em Manaus) e P2 (encontrada no Rio de Janeiro), com a sul-africana B.1.1.351 e com a britânica B.1.1.7., todas associadas a uma maior transmissão do vírus.

Contudo, os especialistas ainda investigam se esta nova variante tem uma maior transmissibilidade ou se causa quadros clínicos mais graves nos pacientes infetados.

“Vale salientar que a mutação N501Y, presente nas linhagens P.1 e B.1.1.7, foi recentemente associada ao aumento de aproximadamente 60% no risco de mortalidade em indivíduos infetados no Reino Unido”, frisou a Universidade de Minas Gerais.

Todos os dados do estudo serão disponibilizados em bases de dados públicos nacionais e internacionais, e serão posteriormente submetidos a periódicos científicos.

“Os resultados da investigação requerem urgência de esforços de vigilância genómica na região metropolitana de Belo Horizonte e estado de Minas Gerais para a avaliação da situação dessas novas variantes de SARS-CoV-2″, conclui o comunicado.

Minas Gerais, o segundo Estado brasileiro com mais infeções pelo novo coronavírus, registou hoje 508 mortes devido à covid-19, número recorde desde o início da pandemia. Até ao momento, Minas Gerais totaliza 26.303 vidas perdidas para o novo coronavírus e 1.182.847 infetados pelo Sars-CoV-2.

Já o Brasil, que atravessa o seu momento mais critico na pandemia com sucessivos recordes de mortos e casos, totaliza 336.947 óbitos e 13.100.580diagnósticos de infeção desde que o primeiro caso foi registado no país, há cerca de 13 meses.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Cartazes identificam casas de pessoas infetadas na Venezuela

O presidente da Câmara Municipal de Sucre, no Estado de Yaracuy, Venezuela, ordenou a colocação de cartazes a identificar as casas das pessoas que testaram positivo à covid-19, denunciou a oposição venezuelana.

“Hoje vimos o ‘alcaide’ de Sucre, Adrián Duque, colando papéis na casa das pessoas que podem estar padecendo da covid-19, quando deveria levar vacinas a todo os cidadãos desse município. Vemos como viola o direito à intimidade e a não ser discriminado”, denunciou Humberto Prado, representante do líder da oposição, Juan Guaidó, para a área dos direitos humanos.

A denúncia foi feita através de um vídeo divulgado na rede social Twitter onde Humberto Prado sublinhou que o militante do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) está ainda “ameaçando as pessoas que retirem os cartazes de que lhes eliminará o benefício” de receber as “bolsas de alimentos”, a preços subsidiados pelo estado.

“Apelamos aos organismos internacionais, ao escritório da Alta Comissária [da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet] e à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos que documentem este tipo de atitude e conduta dos funcionários que representam o regime nas diferentes entidades do país”, escreveu.

Entretanto, através do Twitter, foi divulgado um vídeo, onde aparece um indivíduo com máscara, cobrindo o nariz e a boca, e que poderia ser o político venezuelano, apontando para um cartaz e explicando que será colocado “em todas as casas onde haja um paciente com a covid-19”.

No cartaz, de fundo branco com um círculo vermelho com uma linha diagonal no centro, parecido aos que indicam uma proibição aos motoristas de viaturas, é possível ler a mensagem: “Família em quarentena preventiva. Não se aceitam visitas”.

“Alerta pois. Cuidemo-nos em saúde. A consciência é a melhor vacina para a covid”, diz o indivíduo no vídeo.

O Ministério Público venezuelano já reagiu à denúncia e anunciou que iniciou uma investigação contra o político venezuelano e que ordenou que os cartazes sejam retirados.

“Segregação: O Ministério Público abriu uma investigação penal contra o ‘alcaide’ Luís Adrián Duque, de Yaracuy, que de maneira unilateral e fora da política do Estado venezuelano para combater a pandemia marcou macabramente as casas dos pacientes que sofrem da covid-19”, anunciou o procurador-geral na sua conta do Twitter.

Na mesma rede social, numa outra mensagem, Tarek William Saab explicou que o Ministério Público e a Procuradoria de Justiça “atuaram de maneira conjunta para proceder a remover os insólitos avisos colocados seletivamente nas casas desses doentes”.

De acordo com a Academia de Medicina da Venezuela, o país necessita de 30 milhões de vacinas para 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões das quais para pessoal prioritário.

https://zap.aeiou.pt/possivel-nova-estirpe-brasil-393403

 

Aquecimento global põe em risco um terço da plataforma de gelo da Antártida !

Mais de um terço da área da plataforma de gelo da Antártida está em risco de colapso se as temperaturas subirem quatro graus Celsius (ºC) acima dos níveis pré-industriais, segundo um estudo da Universidade de Reading, em Inglaterra.


A investigação publicada esta quinta-feira na revista Geophysical Research Letters, indica que limitar o aumento da temperatura a 2ºC em vez de 4°C reduziria para metade a área em risco e evitaria potencialmente uma subida significativa do nível do mar.

Em comunicado, a Universidade de Reading sublinha que o estudo conclui que 34% da área de todas as plataformas de gelo da Antártida, o equivalente a cerca de meio milhão de quilómetros quadrados, incluindo 67% da área das plataformas de gelo na Península Antártica, estariam em risco de desestabilização abaixo de um aquecimento de 4ºC.

Segundo a mesma investigação, a vulnerabilidade da plataforma de gelo a este processo de fratura foi calculada para subidas da temperatura global de 1,5°C, 2°C e 4°C, cenários tidos como “todos possíveis neste século”, realça a Universidade de Reading.

A instituição adianta que os investigadores identificaram as plataformas de Larsen C, Shackleton, Pine Island e Wilkins como as que correm maior risco com temperaturas abaixo dos 4°C de aquecimento, devido à sua geografia e ao escoamento significativo de água de glaciares previsto nessas áreas.

“Os resultados destacam a importância de limitar o aumento da temperatura global, tal como estabelecido no Acordo de Paris, se quisermos evitar as piores consequências das alterações climáticas, incluindo a subida do nível do mar”, alerta a cientista do Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading, Ella Gilbert, citada na nota divulgada.

A investigadora explica que as plataformas de gelo são importantes amortecedores que impedem os glaciares de fluir livremente para o oceano e de provocarem a subida do nível do mar quando colapsam.

“É como se uma rolha gigante fosse retirada de uma garrafa, permitindo que quantidades inimagináveis de água dos glaciares sejam despejadas no mar”, compara Ella Gilbert, alertando que quando o gelo derretido se acumula na superfície das plataformas, pode fazer com que estas se partam e separem.

A investigadora refere que estudos anteriores apresentaram um quadro mais amplo em termos de previsão do declínio das plataformas de gelo da Antártida, mas esclarece que a nova investigação “utiliza as mais recentes técnicas de modelação para preencher os mais ínfimos pormenores e fornecer projeções mais precisas”.

No estudo liderado pela Universidade de Reading, refere Ella Gilbert, foram utilizados “modelos climáticos regionais de alta resolução de última geração para prever com mais detalhe o impacto do aumento do derretimento e do escoamento da água na estabilidade das plataformas”.

A universidade explica que o gelo à superfície da plataforma derrete e escorrega para pequenas aberturas onde volta a congelar, mas em anos em que há muito derretimento, mas pouca queda de neve, a água forma lagos à superfície ou corre para fendas, aprofundando-as e alargando-as, até que a plataforma de gelo acaba por se fraturar e colapsar no mar.

Ella Gilbert acentua que se as temperaturas continuarem a subir ao ritmo atual, podem perder-se, “nas próximas décadas”, mais plataformas de gelo na Antártica, com consequências para todo o planeta.

“Limitar o aquecimento não será apenas bom para a Antártida. Preservar as plataformas de gelo significa menor subida global do nível do mar, e isso é bom para todos nós”, acrescenta a investigadora.

https://zap.aeiou.pt/aquecimento-global-um-terco-antartida-393602

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Parque Jurássico da vida real ? Co-fundador da Neuralink diz que é possível apesar do risco de ser extremamente contraproducente para a humanidade !

Max Hodak, co-fundador da Neuralink, está convencido de que é possível trazer os dinossauros de volta à vida para criar um Parque Jurássico da vida real.


Em 1993, Steven Spielberg levou a obra de Michael Ceichton para o cinema e, desde aí, a ideia de um parque de dinossauros tem conquistado o imaginário de muitas crianças e até adultos. Um deles é Max Hodak, co-fundador da empresa de neurotecnologia Neuralink.

De acordo com o Futurism, o sócio de Elon Musk acredita que é possível trazer os dinossauros de volta à vida e criar um Parque Jurássico da vida real. “Poderíamos construir o Jurassic Park se quiséssemos”, escreveu no Twitter. “Não seriam dinossauros geneticamente autênticos, mas… ”

Para o parque sair do papel e se tornar uma realidade, seria necessário algum tempo de desenvolvimento. “Talvez 15 anos de criação + engenharia para obter novas espécies super exóticas”, acrescenta a mesma publicação.

Apesar de parecer uma boa ideia, a verdade é que trazer de volta à vida espécies exóticas dificilmente tem um efeito positivo, uma vez que a extinção é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da biodiversidade.

Hodak admitiu isso mesmo na rede social. “A biodiversidade é definitivamente valiosa; a conservação é importante e faz sentido. Mas por que paramos aí? Por que não tentamos intencionalmente criar uma diversidade nova?”, questionou o empresário.

Durante vários anos, os conservacionistas expressaram preocupação com a ressurreição de espécies extintas porque os ecossistemas em que essas espécies viviam, por uma razão ou outra, seguiram em frente sem elas.

Ressuscitar espécies – e, especialmente, criar novas formas de biodiversidade – seria funcionalmente o mesmo que introduzir uma nova espécie invasora num ecossistema não equipado para a sustentar.

No fundo, um Parque Jurássico da vida real é tentador, mas a ideia corre o risco de ser extremamente contraproducente.

https://zap.aeiou.pt/parque-jurassico-da-vida-real-392912

 

Morte, prisão ou igreja - Como os traficantes de droga que se tornaram evangélicos estão a salvar criminosos !

Num país que se carateriza por ser essencialmente católico, um estudo da Data Folha divulgou que no Brasil a percentagem de evangélicos cresceu de 10% em 1994 para 29% em 2016. O facto da religião ser cada vez mais vista como o caminho da salvação para muitos traficantes de droga pode justificar os números.


O estudo da empresa de estatística revelou ainda que desses 29%, mais de metade dos crentes são provenientes de famílias de classe baixa.

Em comunidades onde há poucas oportunidades para uma vida melhor, os pastores evangélicos dão acesso a um sistema de apoio e a uma alternativa ao crime.

Um dos bairros mais pobres do Rio de Janeiro, Acari, ficou em terceiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da cidade, uma estatística usada pela ONU para medir o desenvolvimento socioeconómico.

O envolvimento no mundo do tráfico de droga é um dos grandes problemas da população, mas há quem tente procurar um caminho melhor. São cada vez mais os criminosos que procuram a ajuda da igreja evangélica e acabam por se tornar pastores.

O acesso aos bairros – conhecidos como favelas – é também facilitado pelos gangues locais que ajudam na saída dos traficantes deste mundo, caso estes optem por uma vida religiosa, já que esta é vista como a salvação.

William Souza fundou a igreja evangélica “Comunidade para Restaurar Vidas” há nove anos e tornou-se parte do crescimento da fé evangélica no Brasil.

Um dos membros da igreja de William, o pastor Carlos Eduardo Gomes Oliveira, foi um dos casos em que a igreja acabou por ajudar a encontrar um novo rumo.

O brasileiro de 38 anos iniciou o seu percurso no tráfico de drogas quando tinha apenas 12 anos. Carlos ganhava bastante dinheiro a embalar e distribuir droga, mas decidiu desistir há sete anos, altura em que um polícia assassinou um dos membros do seu gangue durante uma operação.

Após a morte do amigo de Carlos, William começou a fazer-lhe visitas, acabando por convencê-lo a aderir à fé evangélica.

Desta forma, William tem conseguido reunir cada vez mais adeptos para a sua igreja, mas os esforços ainda são insignificantes comparados com o sofisticado circuito de conversão que está ativo a milhares de quilómetros de distância, no estado do Acre, no noroeste da Amazónia.

“O nosso trabalho é salvar almas”

Na capital Rio Branco, a Equipa 91 – um grupo de 70 ex-criminosos que se tornaram pastores evangélicos – tem vindo a “resgatar” pessoas desde 2012. O grupo leva o nome do salmo 91 da Bíblia que promete que o Senhor irá promover a salvação de “pestilência mortal”.

“O nosso trabalho é salvar almas”, frisa Francisco Ferreira da Conceição, um dos principais líderes da Equipa 91, conhecido na cidade como Ferreirinha.

Ferreirinha conta ao VICE que os chefes dos gangues locais facilitam o processo de contacto com os criminosos pois sabem que a maioria das carreiras criminais termina em uma de duas maneiras: morte ou prisão.

No entanto, graças ao pacto que a Equipa 91 estabeleceu com os traficantes locais, foi criada uma terceira via, através da adesão à fé evangélica.

“Os barões do tráfico sabem que eventualmente serão forçados a deixar o mundo do crime, por isso respeitam-nos, pois sabem que somos a única saída, caso um dia precisem”, explica o pastor.

Há quatro anos, Ferreirinha comandava o B13, um gangue de destaque no Acre. Depois de passar 30 anos no negócio das drogas e entrar e sair da prisão 25 vezes, o brasileiro decidiu pôr fim à sua caminhada no mundo do crime. Agora, dedica-se a inspirar outras pessoas que passam pela mesma situação.

Atualmente, dos 40 líderes religiosos que visitam as prisões do Acre, 30 são pastores evangélicos.

Há 6.130 presos no sistema penitenciário do Estado do Acre, mas todos aqueles que ”abraçam Deus” podem enviar um pedido por escrito para serem transferidos para uma secção separada apenas para presidiários religiosos.

De acordo com o VICE, a Equipa 91 criou uma iniciativa em parceria com o Governo brasileiro que lhes permite realizar missas e fazer círculos de oração com os presidiários dentro das prisões. Fornece ainda um sistema de apoio para os que são libertados.

https://zap.aeiou.pt/traficantes-evangelicos-salvar-criminosos-392956

 

Síria está a “espremer” o dinheiro dos refugiados para evitar bancarrota !

A Síria está a criar impostos absurdos para tentar extorquir ao máximo o dinheiro dos refugiados que fogem ou tentam fugir do país. O país atravessa uma grave crise económica devido à guerra civil.


Para o Presidente da Síria, Bashar Assad, vencer a guerra civil veio com um custo financeiro brutal. O país deve mil milhões de dólares à Rússia e ao Irão pela sua ajuda a evitar uma revolta que tinha como objetivo tirar Bashar Assad do poder. Desde então, Damasco tem levado a cabo um estrito regime de sanções.

A guerra fez com que houvesse 6,2 milhões de deslocados sírios dentro do próprio país, além de 5,6 milhões refugiados no estrangeiro. Os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados são conservadores, já que outros milhões de indocumentados.

Em junho de 2019, após o fim da guerra, Assad implorou aos sírios que regressassem a casa. No entanto, o ditador tinha um trunfo debaixo da manga. Em julho de 2020, o Governo anunciou que cada sírio que reentrasse no país teria que trocar 100 dólares por libras sírias. Algumas famílias tiveram que se separar por não terem dinheiro para trazer todos os familiares, escreve o OZY.

Este ano, uma nova lei permite ao Governo apreender propriedades e outros bens de homens que não paguem a taxa de até 8 mil dólares para evitar o alistamento militar antes de completar 43 anos.

“Existem leis rígidas das quais nenhum cidadão pode fugir. O Estado pode confiscar as suas propriedades e dinheiro, o dinheiro dos seus pais, esposa, parentes e qualquer pessoa relacionada a ele”, alertou Elias al-Bitar, general de brigada das forças armadas sírias, num vídeo publicado pelo Ministério da Informação da Síria.

Durante anos, milícias pró-Governo tiveram permissão para saquear e assassinar em áreas anteriormente controladas pela oposição. No entanto, esta é a primeira vez que o Governo sírio faz uma campanha tão direta para conseguir arrecadar dinheiro dos refugiados.

Até mesmo os sírios que tenham emigrado não estão livres de pagar o imposto para evitar o alistamento militar.

“É uma preocupação clara porque [se as suas casas e propriedades forem vendidas], estas pessoas não terão para onde voltar“, disse Sara Kayyali, da Human Rights Watch, em declarações ao OZY.

https://zap.aeiou.pt/siria-espermer-dinheiro-refugiados-392960

 

Moçambique pondera pedir apoio internacional para o combate ao terrorismo !

Esta quarta-feira, o Presidente moçambicano disse que as violações de direitos humanos por membros das forças de segurança na luta contra os grupos armados “não são nem serão toleradas em Moçambique”.

Deslocados dos ataques a Palma, Moçambique

Moçambique está a ponderar recorrer à ajuda militar internacional no combate aos grupos armados, revelou o Presidente Filipe Nyusi esta quarta-feira.

“O nosso Governo já manifestou perante a comunidade internacional as necessidades para o combate ao terrorismo, e estas necessidades estão a ser avaliadas”, disse, deixando claro que prefere que não haja um envolvimento militar internacional em nome do “sentido de soberania” do país.

O executivo moçambicano e os parceiros internacionais estão a fazer o levantamento das carências do país na luta contra o terrorismo internacional, mas esta frente deve ser liderada pelos moçambicanos, disse. “Não é orgulho vazio, é sentido de soberania.”

O chefe de Estado moçambicano reiterou as informações já avançadas pelo Ministério da Defesa Nacional de que Palma voltou ao controlo das forças governamentais, adiantando que decorre a perseguição de membros dos grupos armados que atacaram a vila no dia 24 de março.

“Os terroristas foram expulsos de Palma, não pretendemos proclamar vitória, porque estamos a lutar contra o terrorismo, mas temos a certeza de que se estivermos unidos, venceremos”, referiu.

Niusy enalteceu o empenho do executivo na modernização, apetrechamento e formação das Forças de Defesa e Segurança na luta contra os grupos armados no norte, observando que as forças governamentais foram sujeitas a décadas de falta de “um investimento sólido”.

Moçambique, prosseguiu, está igualmente mobilizado para formar uma frente comum de prevenção e combate ao terrorismo com os seus parceiros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Nesse sentido, a capital do país vai acolher na quinta-feira uma cimeira de chefes de Estado da SADC da área da defesa e segurança para a definição de meios de erradicação do terrorismo, continuou.

Filipe Nyusi anunciou igualmente a convocação do Conselho Nacional de Defesa (CND) para uma discussão sobre a violência armada em Cabo Delgado, mas não avançou a data do encontro.

O chefe de Estado moçambicano dirigiu também uma palavra para os milhares de deslocados pela violência armada em Cabo Delgado, anunciando a criação de um grupo interministerial que vai fazer a coordenação da mobilização do apoio humanitário às vítimas.

“A situação que (os deslocados) enfrentam é transitária, sabemos que parece vazio dizer isto (dado o drama humanitário que passam), mas juntos e unidos venceremos o terrorismo”, afirmou.

O Presidente alertou para o perigo de “divisão e discórdia” entre os moçambicanos pela “narrativa” de atribuir a ação de grupos armados ao Islão, defendendo que “os terroristas também estão a matar muçulmanos”.

“Os terroristas não traduzem os valores do Islão, que são valores de paz, os muçulmanos estão a ser igualmente vítimas”, destacou.

O chefe de Estado moçambicano admitiu que a guerra em Cabo Delgado não será ganha apenas através da via militar, advogando a promoção de emprego para a ocupação de jovens que se sintam seduzidos a integrar grupos armados.

“Violações dos direitos humanos não serão toleradas”

Filipe Nyusi sublinhou, na mesma comunicação, que não serão toleradas as violações de direitos humanos por parte de membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) na luta contra os grupos armados no norte do país.

“De forma clara, reiteramos que as violações dos direitos humanos não são nem serão tolerados em Moçambique”, declarou.

O chefe de estado moçambicano falava numa comunicação à nação por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana, que se assinala esta quarta-feira, precisamente duas semanas após os ataques armados à vila de Palma, província de Cabo Delgado, no norte do país.

“Todas as eventuais violações de direitos humanos serão investigadas exaustivamente e serão tomadas medidas adequadas”, informou o governante.

As FDS, prosseguiu, devem assumir que a vitória contra os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte do país, será inalcançável sem a colaboração da população, se esta for vítima de abusos. “Nenhuma vitória será alcançada sem total confiança e entreajuda com a população civil”, destacou o Presidente.

Filipe Nyusi sustentou que a preparação das forças governamentais inclui a formação ética e moral, não se limitando a aspetos meramente ligados à defesa e segurança, e assinalou que as FDS devem inspirar-se nos valores da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, assinalando que a vitória só foi possível graças ao apoio das comunidades aos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“As Forças de Defesa e Segurança conhecem a sua nobre missão de proteção dos cidadãos, existem para defender o povo e a nação e serão sempre sujeitos aos mais altos padrões éticos”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/mocambique-apoio-internacional-393409

Espionagem russa na Europa - “Quando se usa Novichok, é porque se quer que isso venha a público” !

A atividade dos serviços russos de Inteligência, que usufruíam de uma sólida reputação, ressurgiu na Europa nos últimos anos, mas as disputas entre Moscovo e os países ocidentais têm vindo cada vez mais à tona.


Na semana passada, Itália anunciou a expulsão de dois funcionários russos, após a prisão de um oficial da Marinha italiana quando entregava documentos confidenciais para um militar russo.

Além disso, muitos diplomatas russos acusados de espionagem foram expulsos nos últimos meses de países como Bulgária, Holanda, Áustria, França e República Checa.

Moscovo reagiu e denunciou acusações sem fundamento e “russofobas”.

“A Inteligência russa adotou uma mentalidade de guerra. Pensa que se trata de uma batalha existencial pelo lugar da Rússia no mundo”, estima Mark Galeotti, um escritor especializado em assuntos de segurança russos.

Para Galeotti, 2014 foi um ano crucial. “A revolução na Ucrânia, para [o presidente russo] Vladimir Putin, foi uma operação britânica da CIA e do MI6” britânico, afirmou.

Segundo Andrei Soldatov, editor-chefe do site russo Agentura.ru, especializado em assuntos de Inteligência, “eles acham que a menor ação ocidental, como criticar as violações de direitos humanos, ou o trabalho de jornalistas estrangeiros, pode provocar uma revolução”.

E, de facto, os serviços secretos russos vão mais além, desde o suborno de espiões à corrupção de funcionários estrangeiros, praticado por todas as grandes potências.

Em 2018, o ex-agente duplo Sergei Skripal foi alvo de uma tentativa de assassinato por envenenamento no Reino Unido. Um ano depois, um homem suspeito de atuar sob as ordens de Moscovo matou, em Berlim, um ex-combatente rebelde checo.

Agora, o ocidente acusa a Rússia de ter envenenado Alexei Navalny, o principal opositor de Putin, com um agente nervoso do tipo Novichok. Navalny conseguiu recuperar, depois de passar cinco meses em tratamento na Alemanha, mas foi preso quando regressou à Rússia.

A plataforma de jornalismo investigativo Bellingcat também identificou uma dezena de agentes, através de práticas recorrentes na criação de identidades falsas por parte da Inteligência militar (GRU) e dos serviços de segurança (FSB).

Mikhail Liubimov, um coronel reformado dos serviços soviéticos da KGB, lamenta a “degradação ideológica” dos agentes e destaca um contexto geopolítico desfavorável.

Moscovo “envia uma mensagem clara para aqueles que ousam desafiar Putin“, afirma Soufan Center. A Rússia sente-se “suficientemente confiante para matar figuras da oposição”.

Quando se usa um agente nervoso como o Novichok para assassinar alguém, é porque se quer que isso venha a público”, comentou Damien Van Puyvelde, um especialista em Inteligência da Universidade de Glasgow, na Escócia.

Após o caso Skripal, o do avião da Malaysia Airlines que foi abatido no leste da Ucrânia e dos escândalos das interferências russas nas eleições ocidentais, “há, talvez, uma espécie de exaustão coletiva e uma necessidade de os europeus fazerem comunicação política”, diz Van Puyvelde. “Continuam a existir linhas vermelhas”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/espionagem-russa-europa-393348

 

“A quarta vaga do Covid 19 vai ser maior” - A 100 dias dos Jogos Olímpicos, nova variante preocupa Japão !

As autoridades de saúde do Japão estão preocupadas que as variantes do coronavírus estejam a iniciar uma quarta vaga da pandemia a 109 dias dos Jogos Olímpicos.


As variantes parecem ser mais infeciosas e podem ser resistentes às vacinas, que ainda não estão amplamente disponíveis no Japão. A situação é pior em Osaka, onde as infeções atingiram novos recordes na semana passada, levando o governo regional a iniciar medidas de confinamento durante um mês a partir desta segunda-feira.

Uma variante descoberta inicialmente na Grã-Bretanha espalhou-se rapidamente pela região de Osaka, enchendo as camas de hospitais com casos mais graves do que o vírus original.

“A quarta vaga será maior”, disse Koji Wada, um conselheiro do governo sobre a pandemia e professor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-estar de Tóquio, citado pela agência Reuters. “Precisamos de começar a discutir como poderíamos utilizar estas medidas direcionadas para a área de Tóquio.”

O Japão declarou duas vezes o estado de emergência que cobriu a maior parte do país no ano passado, mais recentemente logo após o Ano Novo, quando ocorreu a terceira e mais mortal onda da pandemia. As autoridades estão agora a optar por medidas mais direcionadas que permitam que os governos locais reduzam o horário comercial e imponham multas por imcumprimento.

Osaka cancelou os eventos da Tocha Olímpica na região, mas o primeiro-ministro Yoshihide Suga insiste que o Japão irá realizará os Jogos Olímpicos conforme programado. Suga disse que as medidas em Osaka podem ser expandidas para Tóquio e outros lugares se necessário.

A verdadeira extensão dos casos mutantes é desconhecida, uma vez que apenas uma pequena fração dos casos de covid-19 são submetidos ao estudo genómico necessário para encontrar as variantes.

Um relatório do ministério da saúde na semana passada mostrou que 678 casos de variantes mutantes da Grã-Bretanha, África do Sul e Brasil foram descobertos em todo o país e em aeroportos, com os maiores aglomerados em Osaka e Hyogo.

No entanto, o Japão está também preocupado com um outra variante, conhecida como E484K, que pode ser mais difundida. Cerca de 70% dos pacientes com covid-19 testados num hospital de Tóquio no mês passado tinham esta mutação que era diferente das variedades britânica e sul-africana.

“É quase uma certeza que esta nova variante é altamente contagiosa, com uma velocidade de transmissão muito rápida”, alertou o governador de Osaka Hirofumi Yoshimura. “Peço a todos os residentes de Osaka para evitarem saídas desnecessárias”.

As medidas prioritárias que estão a ser implementadas agora têm como objetivo deter um aumento inesperado de casos mutantes, segundo Makoto Shimoaraiso, um oficial do Gabinete do Secretariado para a resposta do Japão ao covid-19. “Aceitamos as críticas quando as pessoas dizem que não conseguimos detetar nenhuma variante”, disse.

https://zap.aeiou.pt/a-quarta-vaga-vai-ser-maior-a-100-dias-dos-393123

 

O aumento da neve derretida no inverno está a ameaçar os recursos hídricos !

Com o rápido derretimento do gelo no inverno em toda a zona oeste, o perigo de incêndio e problemas na agricultura são cada vez mais iminentes, uma vez que os recursos hídricos se encontram ameaçados.

Os investigadores descobriram que, desde o final dos anos 1970, a fronteira do inverno com a primavera tem desaparecido lentamente.

Embora as estações com aumentos significativos de degelo se tenham registado principalmente em novembro e março, os especialistas perceberam que o degelo está a aumentar em todos os meses da estação fria – de outubro a março.

As novas descobertas, publicadas na Nature Climate Change a 5 de abril, têm implicações importantes para o planeamento de recursos hídricos.

A nova pesquisa descobriu que o derretimento antes do dia 1 de abril aumentou em quase metade das mais de 600 estações no oeste da América do Norte, numa média de 3,5% por década.

“Historicamente, os gestores de água usam o dia 1 de abril para distinguir inverno e primavera, mas essa distinção está a tornar-se cada vez mais confusa à medida que o degelo aumenta durante o inverno”, disse Noah Molotch, coautor do estudo.

A neve é a principal fonte de água e fluxo de riacho no oeste da América do Norte e fornece água para cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo.

No oeste, as montanhas nevadas atuam como torres de água, reservando água para o alto até que derreta, tornando-a disponível para as elevações mais baixas que precisam dela durante o verão, como um sistema de irrigação por gotejamento natural.

“Esse gotejamento lento da água de degelo que ocorre de forma confiável durante a estação seca é algo em que construímos toda a nossa infraestrutura hídrica no oeste”, disse Keith Musselman, autor do estudo. “Dependemos muito dessa água que desce nossos rios e riachos na estação quente entre julho e agosto”, acrescentou.

O facto de haver mais neve derretida no inverno está a mudar o tempo de entrada da água no sistema, ativando o sistema de irrigação por gotejamento natural com mais frequência no inverno, afastando-o do verão, explicam os especialistas.

Esta é uma grande preocupação para a gestão dos recursos hídricos e previsão de secas no oeste, que depende muito dos níveis de neve acumulada no final do inverno em março e abril.

A mudança no tempo de entrega de água também pode afetar as temporadas de incêndios florestais e as necessidades de irrigação agrícola, escreve o Phys.

https://zap.aeiou.pt/neve-derretida-recursos-hidricos-392640

Novo estudo relaciona covid-19 a doenças mentais e neurológicas posteriores !

Uma em cada três pessoas recuperadas da covid-19 foi diagnosticada com uma doença neurológica ou perturbação mental nos seis meses após a infeção, concluiu um estudo que teve por base registos de mais de 230 mil doentes, sobretudo dos Estados Unidos (EUA).


Segundo os resultados do estudo, publicado na terça-feira na Lancet Psychiatry e divulgado pelo Público, perturbações de ansiedade (17%) e de humor (14%) são os diagnósticos mais comuns. Foram analisados os registos eletrónicos de 236.379 doentes, todos com mais de dez anos, infetados em 20 de janeiro de 2020 e ainda vivos a 13 de dezembro.

A incidência de uma doença neurológica ou perturbação psiquiátrica depois da infeção foi de 34%. Na pesquisa foram ainda detetadas perturbações por uso de substâncias (7%) e insónias (5%) e consequências neurológicas – 0,6% de hemorragias cerebrais, 2,1% de acidentes vasculares cerebrais isquémicos e 0,7% de demências.

O estudo revelou ainda que 2,7% dos doentes em unidades de cuidados intensivos e 3,6% com uma encefalopatia tiveram uma hemorragia cerebral, o que somente ocorreu em 0,3% dos pacientes que não foram hospitalizados.

Já 6,9% de pessoas em unidades de cuidados intensivos e 9,4% com uma encefalopatia tiveram acidentes vasculares cerebrais isquémicos – a incidência em pessoas que não foram hospitalizadas foi de 1,3%. Por fim, 1,7% de pessoas em unidades de cuidados intensivos e 4,7% com uma encefalopatia desenvolveram demências, o que se verificou em 0,4% dos doentes sem hospitalizações.

“Estes são dados do mundo real e de um grande número de doentes. Confirmam que há taxas elevadas de diagnósticos psiquiátricos depois da covid-19 e que transtornos graves também afetam o sistema nervoso”, disse em comunicado Paul Harrison, investigador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e coordenador do estudo.

A equipa comparou ainda os resultados dos doentes com covid-19 com 105.579 doentes com gripe e 236.038 diagnosticados com infeções do trato respiratório, concluindo que havia um risco 44% maior de se ter um diagnóstico neurológico ou psiquiátrico depois de se contrair covid-19 do que depois da gripe. Verificou também que o risco era mais elevado 16% após a covid-19 do que com qualquer outra infeção do trato respiratório.

“Infelizmente, muitas das perturbações identificadas neste estudo tendem a ser crónicas ou recorrentes, por isso podemos antecipar que o impacto da covid-19 poderá ficar entre nós durante muitos anos”, indicaram os investigadores Jonathan Rogers e Anthony David, ambos da University College de Londres e que não participaram no estudo.

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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Eles alertam que o histórico desfile de múmias no Cairo desencadeou uma grande maldição na humanidade !!!


As múmias do cinema são conhecidas por duas coisas: por causar medo e por causar uma terrível maldição a todos aqueles caçadores de tesouros. Mas Hollywood não inventou o conceito de maldição. A "maldição da múmia" foi conhecida mundialmente pela primeira vez após a descoberta em 1922 da tumba do rei Tutankhamon no Vale dos Reis perto de Luxor, Egito. Quando Howard Carter abriu um pequeno buraco para espiar dentro da tumba por 3.000 anos de tesouros escondidos, ele também desencadeou uma paixão global pelo antigo Egito.

Os tesouros reluzentes de Tut chegaram às manchetes, especialmente depois que a câmara funerária foi inaugurada em 16 de fevereiro de 1923, assim como os relatos da subsequente morte do patrocinador da expedição, Lord Carnarvon. Muitos ligaram a morte do aristocrata inglês à maldição de Tutancâmon. No entanto, para evitar que o pânico se espalhe, a versão oficial era que Carnarvon morreu de envenenamento do sangue, e apenas seis das 26 pessoas presentes quando o sarcófago foi aberto morreram em uma década. Por sua vez, Carter viveu até 1939, quase 20 anos após a abertura do túmulo. Mas embora a maldição do faraó tenha se perdido com o tempo, ainda existem muitos que acreditam nela. E agora, eles culpam a "maldição dos faraós" por uma série de incidentes trágicos no Egito nas últimas semanas, incluindo o enorme navio de carga, o Ever Given, que bloqueou o Canal de Suez por cerca de uma semana até ser lançado na segunda-feira, 29 de março.

A maldição dos faraós

Milhões de egípcios ligaram suas televisões para o grande desfile de 22 antigas múmias reais egípcias enquanto eram transportadas para a capital , Cairo, no sábado, 3 de abril. As autoridades instaram as pessoas a ficarem fora das ruas devido às restrições do coronavírus. As autoridades fecharam as estradas ao longo do Nilo para a elaborada procissão real batizada de Golden Parade, projetada para despertar o interesse nas ricas coleções de antiguidades do país do Norte da África quando o turismo quase parou devido à pandemia do coronavírus.

O comboio transportou 18 reis e quatro rainhas, principalmente da era do antigo Império Novo, em veículos com cápsulas especialmente projetadas cheias de nitrogênio para garantir sua proteção. Os tesouros nacionais viajaram cerca de 5 quilômetros do Museu Egípcio , inaugurado em 1902 na Praça da Libertação ou Praça Tahrir, localizada no centro urbano do Cairo, até seu novo destino no Museu Nacional da Civilização Egípcia em Fustat, capital do Egito sob a dinastia omíada após a conquista árabe.

Mover as múmias reacendeu o medo sobre a maldição de um faraó, especialmente nas redes sociais, depois que o cargueiro Ever Given bloqueou o Canal de Suez , um acidente de trem que matou dezenas de pessoas no mês passado e um desabamento de prédio no centro do Cairo, sem mencionar os milhares de mortes causadas pelo coronavírus.

"A morte virá com asas velozes para aqueles que perturbam a paz do rei" , dizia o aviso na tumba de Tutankhamon , antes que o arqueólogo britânico Howard Carter a abrisse em 1922.

Membros de sua expedição mais tarde sucumbiram a acidentes e mortes, alimentando o mito da maldição, embora arqueólogos e cientistas tenham tentado desmascará-lo dizendo que eles provavelmente estavam relacionados à exposição à poeira e germes nas cavernas seladas. O arqueólogo egípcio Zahi Hawass dissipou todos os rumores, ou pelo menos tentou.

"Antes que as múmias andassem pelas ruas do Cairo hoje, coisas aconteceram no Egito: o navio no Canal de Suez, também os trens sofreram um acidente e um prédio desabou ", disse Hawass à NBC News . “Todo mundo fala que essa é a maldição da múmia, mas eu digo que não existe uma maldição da múmia. A maldição é boa para a televisão, filmes e jornais, mas não é verdade. Não há maldição. "
desfile de múmias do Cairo - o desfile histórico de múmias do Cairo é avisado que lançou uma grande maldição sobre a humanidade
Em vez disso, o arqueólogo egípcio explicou que os turistas locais e estrangeiros poderão ver por si próprios os "segredos" que cada múmia guarda quando estão em exibição. Hawass deve ser lembrado de que muitos egípcios estão convencidos de que a partida de Tutancâmon terá um efeito muito negativo na chegada de turistas. E eles avisam para não zombar do velho rei .

Não sabemos se está relacionado ou não, mas o certo é que desde o anúncio da marcha dos faro, o Egito esteve envolvido em todo tipo de catástrofe . E talvez este seja apenas o começo de muitos outros. Os mortos não devem ser perturbados, muito menos exibidos como troféus apenas para atrair a atenção dos futuros turistas.

https://portugalmisterioso.blogspot.com/2021/04/eles-alertam-que-o-historico-desfile-de.html
 

 

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