sexta-feira, 9 de abril de 2021

Aquecimento global põe em risco um terço da plataforma de gelo da Antártida !

Mais de um terço da área da plataforma de gelo da Antártida está em risco de colapso se as temperaturas subirem quatro graus Celsius (ºC) acima dos níveis pré-industriais, segundo um estudo da Universidade de Reading, em Inglaterra.


A investigação publicada esta quinta-feira na revista Geophysical Research Letters, indica que limitar o aumento da temperatura a 2ºC em vez de 4°C reduziria para metade a área em risco e evitaria potencialmente uma subida significativa do nível do mar.

Em comunicado, a Universidade de Reading sublinha que o estudo conclui que 34% da área de todas as plataformas de gelo da Antártida, o equivalente a cerca de meio milhão de quilómetros quadrados, incluindo 67% da área das plataformas de gelo na Península Antártica, estariam em risco de desestabilização abaixo de um aquecimento de 4ºC.

Segundo a mesma investigação, a vulnerabilidade da plataforma de gelo a este processo de fratura foi calculada para subidas da temperatura global de 1,5°C, 2°C e 4°C, cenários tidos como “todos possíveis neste século”, realça a Universidade de Reading.

A instituição adianta que os investigadores identificaram as plataformas de Larsen C, Shackleton, Pine Island e Wilkins como as que correm maior risco com temperaturas abaixo dos 4°C de aquecimento, devido à sua geografia e ao escoamento significativo de água de glaciares previsto nessas áreas.

“Os resultados destacam a importância de limitar o aumento da temperatura global, tal como estabelecido no Acordo de Paris, se quisermos evitar as piores consequências das alterações climáticas, incluindo a subida do nível do mar”, alerta a cientista do Departamento de Meteorologia da Universidade de Reading, Ella Gilbert, citada na nota divulgada.

A investigadora explica que as plataformas de gelo são importantes amortecedores que impedem os glaciares de fluir livremente para o oceano e de provocarem a subida do nível do mar quando colapsam.

“É como se uma rolha gigante fosse retirada de uma garrafa, permitindo que quantidades inimagináveis de água dos glaciares sejam despejadas no mar”, compara Ella Gilbert, alertando que quando o gelo derretido se acumula na superfície das plataformas, pode fazer com que estas se partam e separem.

A investigadora refere que estudos anteriores apresentaram um quadro mais amplo em termos de previsão do declínio das plataformas de gelo da Antártida, mas esclarece que a nova investigação “utiliza as mais recentes técnicas de modelação para preencher os mais ínfimos pormenores e fornecer projeções mais precisas”.

No estudo liderado pela Universidade de Reading, refere Ella Gilbert, foram utilizados “modelos climáticos regionais de alta resolução de última geração para prever com mais detalhe o impacto do aumento do derretimento e do escoamento da água na estabilidade das plataformas”.

A universidade explica que o gelo à superfície da plataforma derrete e escorrega para pequenas aberturas onde volta a congelar, mas em anos em que há muito derretimento, mas pouca queda de neve, a água forma lagos à superfície ou corre para fendas, aprofundando-as e alargando-as, até que a plataforma de gelo acaba por se fraturar e colapsar no mar.

Ella Gilbert acentua que se as temperaturas continuarem a subir ao ritmo atual, podem perder-se, “nas próximas décadas”, mais plataformas de gelo na Antártica, com consequências para todo o planeta.

“Limitar o aquecimento não será apenas bom para a Antártida. Preservar as plataformas de gelo significa menor subida global do nível do mar, e isso é bom para todos nós”, acrescenta a investigadora.

https://zap.aeiou.pt/aquecimento-global-um-terco-antartida-393602

 

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Parque Jurássico da vida real ? Co-fundador da Neuralink diz que é possível apesar do risco de ser extremamente contraproducente para a humanidade !

Max Hodak, co-fundador da Neuralink, está convencido de que é possível trazer os dinossauros de volta à vida para criar um Parque Jurássico da vida real.


Em 1993, Steven Spielberg levou a obra de Michael Ceichton para o cinema e, desde aí, a ideia de um parque de dinossauros tem conquistado o imaginário de muitas crianças e até adultos. Um deles é Max Hodak, co-fundador da empresa de neurotecnologia Neuralink.

De acordo com o Futurism, o sócio de Elon Musk acredita que é possível trazer os dinossauros de volta à vida e criar um Parque Jurássico da vida real. “Poderíamos construir o Jurassic Park se quiséssemos”, escreveu no Twitter. “Não seriam dinossauros geneticamente autênticos, mas… ”

Para o parque sair do papel e se tornar uma realidade, seria necessário algum tempo de desenvolvimento. “Talvez 15 anos de criação + engenharia para obter novas espécies super exóticas”, acrescenta a mesma publicação.

Apesar de parecer uma boa ideia, a verdade é que trazer de volta à vida espécies exóticas dificilmente tem um efeito positivo, uma vez que a extinção é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento da biodiversidade.

Hodak admitiu isso mesmo na rede social. “A biodiversidade é definitivamente valiosa; a conservação é importante e faz sentido. Mas por que paramos aí? Por que não tentamos intencionalmente criar uma diversidade nova?”, questionou o empresário.

Durante vários anos, os conservacionistas expressaram preocupação com a ressurreição de espécies extintas porque os ecossistemas em que essas espécies viviam, por uma razão ou outra, seguiram em frente sem elas.

Ressuscitar espécies – e, especialmente, criar novas formas de biodiversidade – seria funcionalmente o mesmo que introduzir uma nova espécie invasora num ecossistema não equipado para a sustentar.

No fundo, um Parque Jurássico da vida real é tentador, mas a ideia corre o risco de ser extremamente contraproducente.

https://zap.aeiou.pt/parque-jurassico-da-vida-real-392912

 

Morte, prisão ou igreja - Como os traficantes de droga que se tornaram evangélicos estão a salvar criminosos !

Num país que se carateriza por ser essencialmente católico, um estudo da Data Folha divulgou que no Brasil a percentagem de evangélicos cresceu de 10% em 1994 para 29% em 2016. O facto da religião ser cada vez mais vista como o caminho da salvação para muitos traficantes de droga pode justificar os números.


O estudo da empresa de estatística revelou ainda que desses 29%, mais de metade dos crentes são provenientes de famílias de classe baixa.

Em comunidades onde há poucas oportunidades para uma vida melhor, os pastores evangélicos dão acesso a um sistema de apoio e a uma alternativa ao crime.

Um dos bairros mais pobres do Rio de Janeiro, Acari, ficou em terceiro lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da cidade, uma estatística usada pela ONU para medir o desenvolvimento socioeconómico.

O envolvimento no mundo do tráfico de droga é um dos grandes problemas da população, mas há quem tente procurar um caminho melhor. São cada vez mais os criminosos que procuram a ajuda da igreja evangélica e acabam por se tornar pastores.

O acesso aos bairros – conhecidos como favelas – é também facilitado pelos gangues locais que ajudam na saída dos traficantes deste mundo, caso estes optem por uma vida religiosa, já que esta é vista como a salvação.

William Souza fundou a igreja evangélica “Comunidade para Restaurar Vidas” há nove anos e tornou-se parte do crescimento da fé evangélica no Brasil.

Um dos membros da igreja de William, o pastor Carlos Eduardo Gomes Oliveira, foi um dos casos em que a igreja acabou por ajudar a encontrar um novo rumo.

O brasileiro de 38 anos iniciou o seu percurso no tráfico de drogas quando tinha apenas 12 anos. Carlos ganhava bastante dinheiro a embalar e distribuir droga, mas decidiu desistir há sete anos, altura em que um polícia assassinou um dos membros do seu gangue durante uma operação.

Após a morte do amigo de Carlos, William começou a fazer-lhe visitas, acabando por convencê-lo a aderir à fé evangélica.

Desta forma, William tem conseguido reunir cada vez mais adeptos para a sua igreja, mas os esforços ainda são insignificantes comparados com o sofisticado circuito de conversão que está ativo a milhares de quilómetros de distância, no estado do Acre, no noroeste da Amazónia.

“O nosso trabalho é salvar almas”

Na capital Rio Branco, a Equipa 91 – um grupo de 70 ex-criminosos que se tornaram pastores evangélicos – tem vindo a “resgatar” pessoas desde 2012. O grupo leva o nome do salmo 91 da Bíblia que promete que o Senhor irá promover a salvação de “pestilência mortal”.

“O nosso trabalho é salvar almas”, frisa Francisco Ferreira da Conceição, um dos principais líderes da Equipa 91, conhecido na cidade como Ferreirinha.

Ferreirinha conta ao VICE que os chefes dos gangues locais facilitam o processo de contacto com os criminosos pois sabem que a maioria das carreiras criminais termina em uma de duas maneiras: morte ou prisão.

No entanto, graças ao pacto que a Equipa 91 estabeleceu com os traficantes locais, foi criada uma terceira via, através da adesão à fé evangélica.

“Os barões do tráfico sabem que eventualmente serão forçados a deixar o mundo do crime, por isso respeitam-nos, pois sabem que somos a única saída, caso um dia precisem”, explica o pastor.

Há quatro anos, Ferreirinha comandava o B13, um gangue de destaque no Acre. Depois de passar 30 anos no negócio das drogas e entrar e sair da prisão 25 vezes, o brasileiro decidiu pôr fim à sua caminhada no mundo do crime. Agora, dedica-se a inspirar outras pessoas que passam pela mesma situação.

Atualmente, dos 40 líderes religiosos que visitam as prisões do Acre, 30 são pastores evangélicos.

Há 6.130 presos no sistema penitenciário do Estado do Acre, mas todos aqueles que ”abraçam Deus” podem enviar um pedido por escrito para serem transferidos para uma secção separada apenas para presidiários religiosos.

De acordo com o VICE, a Equipa 91 criou uma iniciativa em parceria com o Governo brasileiro que lhes permite realizar missas e fazer círculos de oração com os presidiários dentro das prisões. Fornece ainda um sistema de apoio para os que são libertados.

https://zap.aeiou.pt/traficantes-evangelicos-salvar-criminosos-392956

 

Síria está a “espremer” o dinheiro dos refugiados para evitar bancarrota !

A Síria está a criar impostos absurdos para tentar extorquir ao máximo o dinheiro dos refugiados que fogem ou tentam fugir do país. O país atravessa uma grave crise económica devido à guerra civil.


Para o Presidente da Síria, Bashar Assad, vencer a guerra civil veio com um custo financeiro brutal. O país deve mil milhões de dólares à Rússia e ao Irão pela sua ajuda a evitar uma revolta que tinha como objetivo tirar Bashar Assad do poder. Desde então, Damasco tem levado a cabo um estrito regime de sanções.

A guerra fez com que houvesse 6,2 milhões de deslocados sírios dentro do próprio país, além de 5,6 milhões refugiados no estrangeiro. Os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados são conservadores, já que outros milhões de indocumentados.

Em junho de 2019, após o fim da guerra, Assad implorou aos sírios que regressassem a casa. No entanto, o ditador tinha um trunfo debaixo da manga. Em julho de 2020, o Governo anunciou que cada sírio que reentrasse no país teria que trocar 100 dólares por libras sírias. Algumas famílias tiveram que se separar por não terem dinheiro para trazer todos os familiares, escreve o OZY.

Este ano, uma nova lei permite ao Governo apreender propriedades e outros bens de homens que não paguem a taxa de até 8 mil dólares para evitar o alistamento militar antes de completar 43 anos.

“Existem leis rígidas das quais nenhum cidadão pode fugir. O Estado pode confiscar as suas propriedades e dinheiro, o dinheiro dos seus pais, esposa, parentes e qualquer pessoa relacionada a ele”, alertou Elias al-Bitar, general de brigada das forças armadas sírias, num vídeo publicado pelo Ministério da Informação da Síria.

Durante anos, milícias pró-Governo tiveram permissão para saquear e assassinar em áreas anteriormente controladas pela oposição. No entanto, esta é a primeira vez que o Governo sírio faz uma campanha tão direta para conseguir arrecadar dinheiro dos refugiados.

Até mesmo os sírios que tenham emigrado não estão livres de pagar o imposto para evitar o alistamento militar.

“É uma preocupação clara porque [se as suas casas e propriedades forem vendidas], estas pessoas não terão para onde voltar“, disse Sara Kayyali, da Human Rights Watch, em declarações ao OZY.

https://zap.aeiou.pt/siria-espermer-dinheiro-refugiados-392960

 

Moçambique pondera pedir apoio internacional para o combate ao terrorismo !

Esta quarta-feira, o Presidente moçambicano disse que as violações de direitos humanos por membros das forças de segurança na luta contra os grupos armados “não são nem serão toleradas em Moçambique”.

Deslocados dos ataques a Palma, Moçambique

Moçambique está a ponderar recorrer à ajuda militar internacional no combate aos grupos armados, revelou o Presidente Filipe Nyusi esta quarta-feira.

“O nosso Governo já manifestou perante a comunidade internacional as necessidades para o combate ao terrorismo, e estas necessidades estão a ser avaliadas”, disse, deixando claro que prefere que não haja um envolvimento militar internacional em nome do “sentido de soberania” do país.

O executivo moçambicano e os parceiros internacionais estão a fazer o levantamento das carências do país na luta contra o terrorismo internacional, mas esta frente deve ser liderada pelos moçambicanos, disse. “Não é orgulho vazio, é sentido de soberania.”

O chefe de Estado moçambicano reiterou as informações já avançadas pelo Ministério da Defesa Nacional de que Palma voltou ao controlo das forças governamentais, adiantando que decorre a perseguição de membros dos grupos armados que atacaram a vila no dia 24 de março.

“Os terroristas foram expulsos de Palma, não pretendemos proclamar vitória, porque estamos a lutar contra o terrorismo, mas temos a certeza de que se estivermos unidos, venceremos”, referiu.

Niusy enalteceu o empenho do executivo na modernização, apetrechamento e formação das Forças de Defesa e Segurança na luta contra os grupos armados no norte, observando que as forças governamentais foram sujeitas a décadas de falta de “um investimento sólido”.

Moçambique, prosseguiu, está igualmente mobilizado para formar uma frente comum de prevenção e combate ao terrorismo com os seus parceiros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Nesse sentido, a capital do país vai acolher na quinta-feira uma cimeira de chefes de Estado da SADC da área da defesa e segurança para a definição de meios de erradicação do terrorismo, continuou.

Filipe Nyusi anunciou igualmente a convocação do Conselho Nacional de Defesa (CND) para uma discussão sobre a violência armada em Cabo Delgado, mas não avançou a data do encontro.

O chefe de Estado moçambicano dirigiu também uma palavra para os milhares de deslocados pela violência armada em Cabo Delgado, anunciando a criação de um grupo interministerial que vai fazer a coordenação da mobilização do apoio humanitário às vítimas.

“A situação que (os deslocados) enfrentam é transitária, sabemos que parece vazio dizer isto (dado o drama humanitário que passam), mas juntos e unidos venceremos o terrorismo”, afirmou.

O Presidente alertou para o perigo de “divisão e discórdia” entre os moçambicanos pela “narrativa” de atribuir a ação de grupos armados ao Islão, defendendo que “os terroristas também estão a matar muçulmanos”.

“Os terroristas não traduzem os valores do Islão, que são valores de paz, os muçulmanos estão a ser igualmente vítimas”, destacou.

O chefe de Estado moçambicano admitiu que a guerra em Cabo Delgado não será ganha apenas através da via militar, advogando a promoção de emprego para a ocupação de jovens que se sintam seduzidos a integrar grupos armados.

“Violações dos direitos humanos não serão toleradas”

Filipe Nyusi sublinhou, na mesma comunicação, que não serão toleradas as violações de direitos humanos por parte de membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) na luta contra os grupos armados no norte do país.

“De forma clara, reiteramos que as violações dos direitos humanos não são nem serão tolerados em Moçambique”, declarou.

O chefe de estado moçambicano falava numa comunicação à nação por ocasião do Dia da Mulher Moçambicana, que se assinala esta quarta-feira, precisamente duas semanas após os ataques armados à vila de Palma, província de Cabo Delgado, no norte do país.

“Todas as eventuais violações de direitos humanos serão investigadas exaustivamente e serão tomadas medidas adequadas”, informou o governante.

As FDS, prosseguiu, devem assumir que a vitória contra os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte do país, será inalcançável sem a colaboração da população, se esta for vítima de abusos. “Nenhuma vitória será alcançada sem total confiança e entreajuda com a população civil”, destacou o Presidente.

Filipe Nyusi sustentou que a preparação das forças governamentais inclui a formação ética e moral, não se limitando a aspetos meramente ligados à defesa e segurança, e assinalou que as FDS devem inspirar-se nos valores da luta de libertação nacional contra o colonialismo português, assinalando que a vitória só foi possível graças ao apoio das comunidades aos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“As Forças de Defesa e Segurança conhecem a sua nobre missão de proteção dos cidadãos, existem para defender o povo e a nação e serão sempre sujeitos aos mais altos padrões éticos”, rematou.

https://zap.aeiou.pt/mocambique-apoio-internacional-393409

Espionagem russa na Europa - “Quando se usa Novichok, é porque se quer que isso venha a público” !

A atividade dos serviços russos de Inteligência, que usufruíam de uma sólida reputação, ressurgiu na Europa nos últimos anos, mas as disputas entre Moscovo e os países ocidentais têm vindo cada vez mais à tona.


Na semana passada, Itália anunciou a expulsão de dois funcionários russos, após a prisão de um oficial da Marinha italiana quando entregava documentos confidenciais para um militar russo.

Além disso, muitos diplomatas russos acusados de espionagem foram expulsos nos últimos meses de países como Bulgária, Holanda, Áustria, França e República Checa.

Moscovo reagiu e denunciou acusações sem fundamento e “russofobas”.

“A Inteligência russa adotou uma mentalidade de guerra. Pensa que se trata de uma batalha existencial pelo lugar da Rússia no mundo”, estima Mark Galeotti, um escritor especializado em assuntos de segurança russos.

Para Galeotti, 2014 foi um ano crucial. “A revolução na Ucrânia, para [o presidente russo] Vladimir Putin, foi uma operação britânica da CIA e do MI6” britânico, afirmou.

Segundo Andrei Soldatov, editor-chefe do site russo Agentura.ru, especializado em assuntos de Inteligência, “eles acham que a menor ação ocidental, como criticar as violações de direitos humanos, ou o trabalho de jornalistas estrangeiros, pode provocar uma revolução”.

E, de facto, os serviços secretos russos vão mais além, desde o suborno de espiões à corrupção de funcionários estrangeiros, praticado por todas as grandes potências.

Em 2018, o ex-agente duplo Sergei Skripal foi alvo de uma tentativa de assassinato por envenenamento no Reino Unido. Um ano depois, um homem suspeito de atuar sob as ordens de Moscovo matou, em Berlim, um ex-combatente rebelde checo.

Agora, o ocidente acusa a Rússia de ter envenenado Alexei Navalny, o principal opositor de Putin, com um agente nervoso do tipo Novichok. Navalny conseguiu recuperar, depois de passar cinco meses em tratamento na Alemanha, mas foi preso quando regressou à Rússia.

A plataforma de jornalismo investigativo Bellingcat também identificou uma dezena de agentes, através de práticas recorrentes na criação de identidades falsas por parte da Inteligência militar (GRU) e dos serviços de segurança (FSB).

Mikhail Liubimov, um coronel reformado dos serviços soviéticos da KGB, lamenta a “degradação ideológica” dos agentes e destaca um contexto geopolítico desfavorável.

Moscovo “envia uma mensagem clara para aqueles que ousam desafiar Putin“, afirma Soufan Center. A Rússia sente-se “suficientemente confiante para matar figuras da oposição”.

Quando se usa um agente nervoso como o Novichok para assassinar alguém, é porque se quer que isso venha a público”, comentou Damien Van Puyvelde, um especialista em Inteligência da Universidade de Glasgow, na Escócia.

Após o caso Skripal, o do avião da Malaysia Airlines que foi abatido no leste da Ucrânia e dos escândalos das interferências russas nas eleições ocidentais, “há, talvez, uma espécie de exaustão coletiva e uma necessidade de os europeus fazerem comunicação política”, diz Van Puyvelde. “Continuam a existir linhas vermelhas”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/espionagem-russa-europa-393348

 

“A quarta vaga do Covid 19 vai ser maior” - A 100 dias dos Jogos Olímpicos, nova variante preocupa Japão !

As autoridades de saúde do Japão estão preocupadas que as variantes do coronavírus estejam a iniciar uma quarta vaga da pandemia a 109 dias dos Jogos Olímpicos.


As variantes parecem ser mais infeciosas e podem ser resistentes às vacinas, que ainda não estão amplamente disponíveis no Japão. A situação é pior em Osaka, onde as infeções atingiram novos recordes na semana passada, levando o governo regional a iniciar medidas de confinamento durante um mês a partir desta segunda-feira.

Uma variante descoberta inicialmente na Grã-Bretanha espalhou-se rapidamente pela região de Osaka, enchendo as camas de hospitais com casos mais graves do que o vírus original.

“A quarta vaga será maior”, disse Koji Wada, um conselheiro do governo sobre a pandemia e professor da Universidade Internacional de Saúde e Bem-estar de Tóquio, citado pela agência Reuters. “Precisamos de começar a discutir como poderíamos utilizar estas medidas direcionadas para a área de Tóquio.”

O Japão declarou duas vezes o estado de emergência que cobriu a maior parte do país no ano passado, mais recentemente logo após o Ano Novo, quando ocorreu a terceira e mais mortal onda da pandemia. As autoridades estão agora a optar por medidas mais direcionadas que permitam que os governos locais reduzam o horário comercial e imponham multas por imcumprimento.

Osaka cancelou os eventos da Tocha Olímpica na região, mas o primeiro-ministro Yoshihide Suga insiste que o Japão irá realizará os Jogos Olímpicos conforme programado. Suga disse que as medidas em Osaka podem ser expandidas para Tóquio e outros lugares se necessário.

A verdadeira extensão dos casos mutantes é desconhecida, uma vez que apenas uma pequena fração dos casos de covid-19 são submetidos ao estudo genómico necessário para encontrar as variantes.

Um relatório do ministério da saúde na semana passada mostrou que 678 casos de variantes mutantes da Grã-Bretanha, África do Sul e Brasil foram descobertos em todo o país e em aeroportos, com os maiores aglomerados em Osaka e Hyogo.

No entanto, o Japão está também preocupado com um outra variante, conhecida como E484K, que pode ser mais difundida. Cerca de 70% dos pacientes com covid-19 testados num hospital de Tóquio no mês passado tinham esta mutação que era diferente das variedades britânica e sul-africana.

“É quase uma certeza que esta nova variante é altamente contagiosa, com uma velocidade de transmissão muito rápida”, alertou o governador de Osaka Hirofumi Yoshimura. “Peço a todos os residentes de Osaka para evitarem saídas desnecessárias”.

As medidas prioritárias que estão a ser implementadas agora têm como objetivo deter um aumento inesperado de casos mutantes, segundo Makoto Shimoaraiso, um oficial do Gabinete do Secretariado para a resposta do Japão ao covid-19. “Aceitamos as críticas quando as pessoas dizem que não conseguimos detetar nenhuma variante”, disse.

https://zap.aeiou.pt/a-quarta-vaga-vai-ser-maior-a-100-dias-dos-393123

 

O aumento da neve derretida no inverno está a ameaçar os recursos hídricos !

Com o rápido derretimento do gelo no inverno em toda a zona oeste, o perigo de incêndio e problemas na agricultura são cada vez mais iminentes, uma vez que os recursos hídricos se encontram ameaçados.

Os investigadores descobriram que, desde o final dos anos 1970, a fronteira do inverno com a primavera tem desaparecido lentamente.

Embora as estações com aumentos significativos de degelo se tenham registado principalmente em novembro e março, os especialistas perceberam que o degelo está a aumentar em todos os meses da estação fria – de outubro a março.

As novas descobertas, publicadas na Nature Climate Change a 5 de abril, têm implicações importantes para o planeamento de recursos hídricos.

A nova pesquisa descobriu que o derretimento antes do dia 1 de abril aumentou em quase metade das mais de 600 estações no oeste da América do Norte, numa média de 3,5% por década.

“Historicamente, os gestores de água usam o dia 1 de abril para distinguir inverno e primavera, mas essa distinção está a tornar-se cada vez mais confusa à medida que o degelo aumenta durante o inverno”, disse Noah Molotch, coautor do estudo.

A neve é a principal fonte de água e fluxo de riacho no oeste da América do Norte e fornece água para cerca de mil milhões de pessoas em todo o mundo.

No oeste, as montanhas nevadas atuam como torres de água, reservando água para o alto até que derreta, tornando-a disponível para as elevações mais baixas que precisam dela durante o verão, como um sistema de irrigação por gotejamento natural.

“Esse gotejamento lento da água de degelo que ocorre de forma confiável durante a estação seca é algo em que construímos toda a nossa infraestrutura hídrica no oeste”, disse Keith Musselman, autor do estudo. “Dependemos muito dessa água que desce nossos rios e riachos na estação quente entre julho e agosto”, acrescentou.

O facto de haver mais neve derretida no inverno está a mudar o tempo de entrada da água no sistema, ativando o sistema de irrigação por gotejamento natural com mais frequência no inverno, afastando-o do verão, explicam os especialistas.

Esta é uma grande preocupação para a gestão dos recursos hídricos e previsão de secas no oeste, que depende muito dos níveis de neve acumulada no final do inverno em março e abril.

A mudança no tempo de entrega de água também pode afetar as temporadas de incêndios florestais e as necessidades de irrigação agrícola, escreve o Phys.

https://zap.aeiou.pt/neve-derretida-recursos-hidricos-392640

Novo estudo relaciona covid-19 a doenças mentais e neurológicas posteriores !

Uma em cada três pessoas recuperadas da covid-19 foi diagnosticada com uma doença neurológica ou perturbação mental nos seis meses após a infeção, concluiu um estudo que teve por base registos de mais de 230 mil doentes, sobretudo dos Estados Unidos (EUA).


Segundo os resultados do estudo, publicado na terça-feira na Lancet Psychiatry e divulgado pelo Público, perturbações de ansiedade (17%) e de humor (14%) são os diagnósticos mais comuns. Foram analisados os registos eletrónicos de 236.379 doentes, todos com mais de dez anos, infetados em 20 de janeiro de 2020 e ainda vivos a 13 de dezembro.

A incidência de uma doença neurológica ou perturbação psiquiátrica depois da infeção foi de 34%. Na pesquisa foram ainda detetadas perturbações por uso de substâncias (7%) e insónias (5%) e consequências neurológicas – 0,6% de hemorragias cerebrais, 2,1% de acidentes vasculares cerebrais isquémicos e 0,7% de demências.

O estudo revelou ainda que 2,7% dos doentes em unidades de cuidados intensivos e 3,6% com uma encefalopatia tiveram uma hemorragia cerebral, o que somente ocorreu em 0,3% dos pacientes que não foram hospitalizados.

Já 6,9% de pessoas em unidades de cuidados intensivos e 9,4% com uma encefalopatia tiveram acidentes vasculares cerebrais isquémicos – a incidência em pessoas que não foram hospitalizadas foi de 1,3%. Por fim, 1,7% de pessoas em unidades de cuidados intensivos e 4,7% com uma encefalopatia desenvolveram demências, o que se verificou em 0,4% dos doentes sem hospitalizações.

“Estes são dados do mundo real e de um grande número de doentes. Confirmam que há taxas elevadas de diagnósticos psiquiátricos depois da covid-19 e que transtornos graves também afetam o sistema nervoso”, disse em comunicado Paul Harrison, investigador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e coordenador do estudo.

A equipa comparou ainda os resultados dos doentes com covid-19 com 105.579 doentes com gripe e 236.038 diagnosticados com infeções do trato respiratório, concluindo que havia um risco 44% maior de se ter um diagnóstico neurológico ou psiquiátrico depois de se contrair covid-19 do que depois da gripe. Verificou também que o risco era mais elevado 16% após a covid-19 do que com qualquer outra infeção do trato respiratório.

“Infelizmente, muitas das perturbações identificadas neste estudo tendem a ser crónicas ou recorrentes, por isso podemos antecipar que o impacto da covid-19 poderá ficar entre nós durante muitos anos”, indicaram os investigadores Jonathan Rogers e Anthony David, ambos da University College de Londres e que não participaram no estudo.

https://zap.aeiou.pt/novo-estudo-covid-doencas-mentais-neurologicas-393318

 

 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Eles alertam que o histórico desfile de múmias no Cairo desencadeou uma grande maldição na humanidade !!!


As múmias do cinema são conhecidas por duas coisas: por causar medo e por causar uma terrível maldição a todos aqueles caçadores de tesouros. Mas Hollywood não inventou o conceito de maldição. A "maldição da múmia" foi conhecida mundialmente pela primeira vez após a descoberta em 1922 da tumba do rei Tutankhamon no Vale dos Reis perto de Luxor, Egito. Quando Howard Carter abriu um pequeno buraco para espiar dentro da tumba por 3.000 anos de tesouros escondidos, ele também desencadeou uma paixão global pelo antigo Egito.

Os tesouros reluzentes de Tut chegaram às manchetes, especialmente depois que a câmara funerária foi inaugurada em 16 de fevereiro de 1923, assim como os relatos da subsequente morte do patrocinador da expedição, Lord Carnarvon. Muitos ligaram a morte do aristocrata inglês à maldição de Tutancâmon. No entanto, para evitar que o pânico se espalhe, a versão oficial era que Carnarvon morreu de envenenamento do sangue, e apenas seis das 26 pessoas presentes quando o sarcófago foi aberto morreram em uma década. Por sua vez, Carter viveu até 1939, quase 20 anos após a abertura do túmulo. Mas embora a maldição do faraó tenha se perdido com o tempo, ainda existem muitos que acreditam nela. E agora, eles culpam a "maldição dos faraós" por uma série de incidentes trágicos no Egito nas últimas semanas, incluindo o enorme navio de carga, o Ever Given, que bloqueou o Canal de Suez por cerca de uma semana até ser lançado na segunda-feira, 29 de março.

A maldição dos faraós

Milhões de egípcios ligaram suas televisões para o grande desfile de 22 antigas múmias reais egípcias enquanto eram transportadas para a capital , Cairo, no sábado, 3 de abril. As autoridades instaram as pessoas a ficarem fora das ruas devido às restrições do coronavírus. As autoridades fecharam as estradas ao longo do Nilo para a elaborada procissão real batizada de Golden Parade, projetada para despertar o interesse nas ricas coleções de antiguidades do país do Norte da África quando o turismo quase parou devido à pandemia do coronavírus.

O comboio transportou 18 reis e quatro rainhas, principalmente da era do antigo Império Novo, em veículos com cápsulas especialmente projetadas cheias de nitrogênio para garantir sua proteção. Os tesouros nacionais viajaram cerca de 5 quilômetros do Museu Egípcio , inaugurado em 1902 na Praça da Libertação ou Praça Tahrir, localizada no centro urbano do Cairo, até seu novo destino no Museu Nacional da Civilização Egípcia em Fustat, capital do Egito sob a dinastia omíada após a conquista árabe.

Mover as múmias reacendeu o medo sobre a maldição de um faraó, especialmente nas redes sociais, depois que o cargueiro Ever Given bloqueou o Canal de Suez , um acidente de trem que matou dezenas de pessoas no mês passado e um desabamento de prédio no centro do Cairo, sem mencionar os milhares de mortes causadas pelo coronavírus.

"A morte virá com asas velozes para aqueles que perturbam a paz do rei" , dizia o aviso na tumba de Tutankhamon , antes que o arqueólogo britânico Howard Carter a abrisse em 1922.

Membros de sua expedição mais tarde sucumbiram a acidentes e mortes, alimentando o mito da maldição, embora arqueólogos e cientistas tenham tentado desmascará-lo dizendo que eles provavelmente estavam relacionados à exposição à poeira e germes nas cavernas seladas. O arqueólogo egípcio Zahi Hawass dissipou todos os rumores, ou pelo menos tentou.

"Antes que as múmias andassem pelas ruas do Cairo hoje, coisas aconteceram no Egito: o navio no Canal de Suez, também os trens sofreram um acidente e um prédio desabou ", disse Hawass à NBC News . “Todo mundo fala que essa é a maldição da múmia, mas eu digo que não existe uma maldição da múmia. A maldição é boa para a televisão, filmes e jornais, mas não é verdade. Não há maldição. "
desfile de múmias do Cairo - o desfile histórico de múmias do Cairo é avisado que lançou uma grande maldição sobre a humanidade
Em vez disso, o arqueólogo egípcio explicou que os turistas locais e estrangeiros poderão ver por si próprios os "segredos" que cada múmia guarda quando estão em exibição. Hawass deve ser lembrado de que muitos egípcios estão convencidos de que a partida de Tutancâmon terá um efeito muito negativo na chegada de turistas. E eles avisam para não zombar do velho rei .

Não sabemos se está relacionado ou não, mas o certo é que desde o anúncio da marcha dos faro, o Egito esteve envolvido em todo tipo de catástrofe . E talvez este seja apenas o começo de muitos outros. Os mortos não devem ser perturbados, muito menos exibidos como troféus apenas para atrair a atenção dos futuros turistas.

https://portugalmisterioso.blogspot.com/2021/04/eles-alertam-que-o-historico-desfile-de.html
 

 

Professor despedido por oferecer dinheiro a homem para abusar de menina de dois anos !

Um professor foi despedido nos EUA depois de um relatório policial indicar que se oferecera para pagar um quarto de motel a outro homem, se pudesse molestar sexualmente a filha de 2 anos.


Um professor primário, que lecionava em Palm Beach Gardens, foi despedido, informou o agrupamento escolar em comunicado.

Alexander, de 27 anos, também colocou anúncios na Internet para tomar conta de bebés e crianças, como “babysitter”, de acordo com investigadores da polícia.

O despedimento ocorreu horas depois de ser conhecido, na segunda-feira, um relatório relativo à detenção.

O documento policial indicou que um homem de 39 anos publicou um anúncio na Craigslist [plataforma “online” que disponibiliza anúncios gratuitos] em 26 de março, à procura de alguém para dividir um quarto de motel durante alguns dias enquanto esperava para se mudar para uma nova casa. O indivíduo referiu, no anúncio, que tinha uma filha de dois anos.

O homem recebeu mensagens de um desconhecido que perguntou: “Será que alguma vez ficarei sozinho com a sua filha?” Quando lhe foi dito que não, o autor das mensagens respondeu que iria para outro local. O pai acabou por contactar a polícia.

Depois de lerem os textos, os agentes fizeram-se passar pelo pai e responderam ao autor das mensagens, dizendo-lhe que podia estar sozinho com a criança se pagasse duas noites do quarto do motel. Acabaram por concordar em encontrar-se no motel na quinta-feira, ficando combinado que o professor traria 200 dólares.

Os detetives disseram que detiveram o homem quando este chegou à porta com um preservativo escondido no sapato. E que este admitiu ter enviado os textos, dizendo que tinha um vício sexual, mas negou ter alguma vez molestado uma criança.

O professor está detido sob fiança de um milhão de dólares (846,6 mil euros) na prisão do condado de Palm Beach.

https://zap.aeiou.pt/professor-despedido-abusar-menina-392769

 

China e Rússia suspeitas de fazer ciberespionagem a Portugal - Policia Judiciária investiga ataques !

O Relatório Anual de Segurança Interna 2020, apresentado na semana passada, reconhecia aumento da ciberespionagem “de origem estatal”, mas não especificava os países que estariam por trás dela.


O documento fala no aumento de “ameaças persistentes, tecnologicamente avançadas, de origem estatal”, mas não indica os países que serão os autores dos ataques informáticos, agora o Público esclarece que tanto a China como a Rússia são dois dos países envolvidos nos ataques.

Segundo o mesmo jornal, alguns destes ataques estão a ser investigados pela Polícia Judiciária.

O Público confrontou o gabinete de António Costa e o Centro Nacional de Cibersegurança com os novos dados, e nem um nem outro negaram as informações, mas recusaram comentá-las.

Já o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) afirmou que “não tem nada a acrescentar ao que se encontra expresso no Relatório Anual de Segurança Interna”.

As embaixadas da China e da Rússia não negam de forma expressa ter estado por trás de ataques de ciberespionagem contra instituições portuguesas.

A primeira apenas sublinha que o Governo chinês se opõe e combate “sempre conforme as leis os ataques e espionagens cibernéticos”.

Já a federação presidida por Vladimir Putin diz que, “se houvesse lugar a quaisquer acusações concretas contra a Rússia, seria razoável mostrar pelo menos algumas provas”.

A embaixada chinesa refere ainda que “a China é um defensor firme da cibersegurança, e também uma das maiores vítimas de ataque hacker”. compartilhado.”

Por sua vez, a Rússia, acrescenta que possui um Centro Nacional de Coordenação para os Incidentes nos Computadores “que está sempre disposto para a resolução de quaisquer casos com os países estrangeiros”, sugerindo que Portugal nunca o fez.

De acordo com o Público, a China tem estado associada a ciberataques contra instituições de saúde, enquanto a Rússia tem privilegiado entidades ligadas ao Estado.

No próprio RASI 2020 fala-se de “operações de ciberespionagem contra entidades de investigação científica, particularmente envolvidas na pesquisa de terapêuticas e de vacinas [contra a covid-19]”, sem identificar os alegados autores.

Fontes contactadas pelo Público explicam que é possível determinar a autoria destes ataques essencialmente pelo tipo de tecnologia utilizada e pelo modus operandi dos atacantes. Contudo, em algumas situações é difícil fazer uma identificação exata.

Com o país confinado devido à pandemia, muita da criminalidade transferiu-se para o mundo virtual.

https://zap.aeiou.pt/china-russia-ciberespionagem-portugal-392727

 

Responsável da EMA confirma ligação entre vacina da Astrazeneca e tromboses !

Marco Cavaleri, responsável da estratégia de vacinas da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) confirmou que há uma ligação entre a vacina da AstraZeneca e os casos de trombose.


Em declarações ao jornal italiano Il messagero, o responsável da Agência Europeia do Medicamento (EMA) admitiu que “é claro que há uma ligação [dos casos de trombose] com a vacina” da AstraZeneca. “Agora podemos dizer [que sim]”, afirmou Marco Cavaleri.

Contudo, ainda não se sabe a causa desta reação. “Ainda não sabemos. Nas próximas horas diremos que há uma ligação, mas ainda temos de entender como acontece”, explicou.

Especialistas da Agência Europeia do Medicamento reuniram-se esta semana para finalizar a sua avaliação de casos raros de coagulação do sangue e a sua possível relação com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, cujo uso em menores de 60 anos está paralisado em alguns países europeus.

O Comité de Avaliação de Risco de Farmacovigilância (PRAC, na sigla em inglês), responsável por monitorizar e avaliar a segurança dos medicamentos para uso humano autorizados pela EMA, tem reuniões agendadas de terça a sexta-feira.

Na última reunião, quarta-feira passada, o PRAC não descartou a relação causa-efeito, mas também não encontrou evidências claras de uma ligação entre a AstraZeneca e o desenvolvimento de coágulos sanguíneos com baixo número de plaquetas.

Com isto, a EMA continua a considerar que os benefícios desta vacina contra covid-19 continuam a superar qualquer risco de efeitos colaterais.

Vários países europeus, como é o caso da Dinamarca, Estónia, Lituânia, Luxemburgo, Letónia, Noruega e Áustria, suspenderam o uso da vacina da AstraZeneca após relatos de coágulos e tromboses em pessoas que foram vacinadas com este produto.

No início de março, a Áustria anunciou a retirada por precaução de um lote da vacina da AstraZeneca após a morte de uma enfermeira do hospital de Zwettl. Um segundo paciente foi diagnosticado com embolia pulmonar e, até terça-feira, mais duas outras condições de coagulação foram identificadas em pacientes que receberam uma dose do mesmo lote.

Portugal também chegou a suspender o uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 por motivos de “precaução” e “saúde pública”.

Mesmo quando vários países decidiram interromper o uso desta vacina, a Organização Mundial de Saúde (OMS) continuou a recomendá-la. Também a EMA tinha assegurado que a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 “é segura e eficaz”, não estando associada aos casos de coágulos sanguíneos detetados, que levaram à suspensão do seu uso.

Apesar de vários países terem voltado a administrar a vacina após o parecer da EMA, a Dinamarca e a Noruega prolongaram a suspensão do seu uso. Paralelamente, o Canadá e alguns hospitais alemães suspenderam esta inoculação em menores de 55 anos.

Em Portugal, a hipótese de uma nova suspensão da AstraZeneca foi afastada pelo coordenador da task force para a vacinação.

Na semana passada, foi noticiado que sete pessoas morreram no Reino Unido por causa de coágulos sanguíneos, após receberem a vacina da AstraZeneca.

https://zap.aeiou.pt/responsavel-ema-confirma-ligacao-392814

 

“Não faz parte do nosso treino” - Chefe da polícia diz que Chauvin “violou as regras” na detenção de Floyd !

O chefe da polícia da cidade de Minneapolis, Medaria Arradondo, testemunhou esta segunda-feira no julgamento de assassinato de George Floyd e disse que Derek Chauvin violou as regras do Departamento de Polícia e o seu código de ética sobre o respeito à “santidade da vida”.


“Não faz parte do nosso treino e certamente não faz parte da nossa ética e dos nossos valores”, disse Medaria Arradondo, referindo-se a como Chauvin, que é branco, pressionou o seu joelho no pescoço de Floyd, um homem negro de 46 anos, durante mais de nove minutos.

O vídeo da morte de Floyd gerou protestos globais contra a brutalidade policial.

Durante mais de três horas e meia de depoimento, Arradondo contestou a alegação da defesa de que Chauvin, que se declarou inocente das acusações de homicídio, estava a seguir o treino que recebeu nos seus 19 anos na polícia.

“Discordo veementemente que este foi o uso apropriado da força para aquela situação em 25 de maio”, disse Arradondo, citado pela agência Reuters, acrescentando que os polícias são treinados para tratar as pessoas com dignidade e juraram defender a “santidade da vida”.

Arradondo disse que os polícias são treinados em primeiros socorros básicos anualmente. Para o chefe da polícia, Chauvin falhou em seguir o seu treino em vários aspetos.

A testemunha afirmou que percebeu pela cara de Floyd que Chauvin estava a usar mais do que a pressão máxima “leve a moderada” que um polícia pode usar no pescoço de alguém. Chauvin não parou de usar força letal, mesmo quando Floyd ficou inconsciente, e não forneceu os primeiros socorros obrigatórios, acusou Arradondo.

“É contrário ao nosso treino colocar indefinidamente o joelho num indivíduo prostrado e algemado por um período indefinido de tempo”, assegurou.

“Viu o vídeo?”

Arradondo estava em casa na noite da morte de Floyd quando um subchefe lhe ligou para dizer que se tinha desenrolado uma situação “crítica” no cruzamento do lado de fora de uma loja de alimentos onde Floyd foi preso por suspeita de usar uma nota falsificada de 20 dólares para comprar cigarros.

O primeiro vídeo que viu, gravado por uma câmara de vigilância da cidade do outro lado da rua, não mostrou muito. Mas, pouco antes da meia-noite, recebeu uma chamada de alguém “da comunidade”.

“Disseram quase literalmente: ‘Viu o vídeo do polícia a estrangular e a matar aquele homem?’”, recordou Arradondo. “Eventualmente, poucos minutos depois disso, vi pela primeira vez o vídeo.”

Depois de ver o vídeo, Arradondo concluiu que a situação violou os “princípios e valores” do seu departamento.

De acordo com especialistas em lei, é altamente incomum uma autoridade sénior da polícia de uma cidade testemunhar que um dos seus ex-subordinados usou força excessiva.

https://zap.aeiou.pt/chefe-da-policia-diz-que-chauvin-violou-as-392743

 

30 mil pessoas precisam de apoio urgente em Palma - Deslocados rejeitados pela Tanzânia !

O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) de Moçambique anunciou que cerca de 30 mil pessoas que continuam escondidas no distrito de Palma precisam de apoio urgente para os próximos 30 dias.


“Desde o dia 24, cerca de 30 mil pessoas estão estimadas como sendo pessoas deslocadas que estão em Palma”, afirmou o diretor da Área de Prevenção e Mitigação do INGD, César Tembe.

Tembe avançou que a assistência humanitária ao referido grupo de deslocados está avaliado em cerca de 41 milhões de meticais (pouco mais de 522 mil euros) só para os próximos 30 dias. As vítimas dos ataques de Palma necessitam de imediato de alimentos, medicamentos e assistência médica e psicossocial, acrescentou.

“Para este grupo de pessoas já estão a ser enviados recursos e estamos a fazer a mobilização de mais recursos”, destacou Tembe, sem entrar em pormenores. Os cerca de 30 mil deslocados que abandonaram a vila, mas não saíram do distrito de Palma, juntam-se a cerca de 6500 pessoas que foram retiradas da vila para a capital da província de Cabo Delgado, Pemba.

Parte dos deslocados que se encontram na cidade de Pemba estão em dois centros de acomodação e uma outra parcela foi acolhida pelas respetivas famílias, afirmou o diretor da Área de Prevenção e Mitigação do INGD.

César Tembe enfatizou que a fuga em massa provocada pelos ataques de grupos armados à vila de Palma “incrementou” o número de deslocados gerados pela violência armada no norte e no centro do país, passando a cifra a ultrapassar 722 mil pessoas obrigadas a fugir de casa.

Esta segunda-feira, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) denunciou que a Tanzânia rejeitou receber cerca de 600 deslocados moçambicanos, sobreviventes do ataque jihadista.

“Cerca de 600 moçambicanos à procura de asilo foram repelidos da Tanzânia“, afirmou, em comunicado, manifestando “preocupação” em relação à sorte destas pessoas “reenviadas à força” para o seu país.

O Exército moçambicano retomou, esta segunda-feira, o controlo, pelo menos parcial, da cidade, segundo as autoridades moçambicanas.

A consultora de segurança IHS Markit prevê que os grupos armados ativos na província de Cabo Delgado ataquem a capital provincial, Pemba, dentro de seis meses, caso as condições de segurança na região não mudem “significativamente”.

Segundo o relatório, da analista Eva Renon, “é muito provável que (o ataque a Palma) tenha exigido mais planeamento e um maior número de combatentes do que em ataques anteriores, demonstrando maior capacidade”.

A resposta do Governo à insurgência islâmica, adianta, tem “sido fraca até agora”, sobretudo “devido à falta de coordenação e capacidades da polícia e da FADM (forças armadas), assistida por várias empresas militares privadas (por exemplo, da Rússia e da África do Sul)”, a par de relutância em aceitar ofertas de intervenção militar estrangeira direta, inclusive da União Africana e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

Para a IHS Markit, “a dimensão do ataque a Palma tem potencial para encorajar o Governo moçambicano a aceitar uma maior coordenação entre as suas forças e as forças norte-americanas e portuguesas já presentes no país”.

“A menos que a situação de segurança mude significativamente, nos próximos seis meses os insurgentes provavelmente tentarão capturar Pemba que, além de hospedar a equipa e a logística da Total, tem um aeroporto e um porto de contentores”, adianta.

Entre os alvos na capital provincial estarão hotéis, instalações governamentais e funcionários e ativos de organizações não governamentais, da Igreja Católica e das Nações Unidas.

Caso capturem Pemba, adianta, os insurgentes provavelmente procurarão alvos a oeste, como Montepuez e Balama, zonas ricas em depósitos de rubis e grafite, respetivamente, com objetivo de “controlar as operações de mineração, com riscos associados de sequestro, ferimentos e morte para funcionários e subcontratados”.

A IHS considera ainda prováveis ataques contra Mtwara, na Tanzânia, “visando espaços públicos como o mercado para infligir vítimas em massa ou contra ativos e funcionários do Governo”.

“No entanto, os insurgentes provavelmente não seriam capazes de capturar e manter Mtwara porque as forças de segurança da Tanzânia são mais capazes do que as forças moçambicanas e têm experiência no combate a insurgentes ligados ao Estado Islâmico.”

No ano passado, os insurgentes capturaram a vila de Mocímboa da Praia e estradas circundantes, “garantindo assim um fluxo constante de receitas proveniente da tributação do comércio ilícito de minerais e drogas que prevalece” na zona.

Mocímboa da Praia, refere a IHS Markit, é um importante ponto de trânsito para narcóticos há mais de 40 anos, principalmente do Afeganistão e Paquistão, com destino à África do Sul, Europa Ocidental, Estados Unidos e outros destinos.

“O acesso a esses recursos aumentou a capacidade de recrutamento (dos insurgentes), permitindo-lhes oferecer salários relativamente altos aos habitantes locais na pobreza”, além de “atrair desertores das FADM, resultando no aumento da fuga de informações das FADM, bem como maior acesso a armas e munições, contribuindo também para reduzir a moral entre as tropas FADM”, adianta.

O aumento de incidentes desde o início de 2019 estará ligado à colaboração com redes criminosas em Cabo Delgado e fluxos de receita crescentes.

Atualmente, adianta a consultora, todas as estradas a norte de Pemba e Montepuez e a leste de Mueda estão sob o controlo dos insurgentes e as emboscadas rodoviárias são sistemáticas, tornando a rota marítima de Palma a Pemba a mais segura.

A análise de dados do conflito mostram que as táticas dos insurgentes parecem ter mudado, de destruição de aldeias “para controlo do território, aumento do uso de decapitações e ataques relativamente mais sofisticados a cidades maiores e estrategicamente mais importantes como Mocímboa da Praia e Palma”, conclui.

Ordem dos Advogados pede apoio de Portugal

A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados apelou, esta segunda-feira, ao apoio de entidades públicas e privadas portuguesas ao Governo e população moçambicanas.

“É fundamental, além da ajuda da comunidade internacional, que Portugal também reforce todo o tipo de apoio humanitário, alimentar e logístico ao povo moçambicano vítima destas violentas agressões, ajudando também com meios mais rápidos e eficazes o Governo moçambicano no controlo militar deste território e à estabilização da paz, na defesa dos direitos humanos e no respeito pela soberania de Moçambique”, referiu num comunicado enviado à agência Lusa.

“Numa altura em que a região de Cabo Delgado enfrenta aquele que é considerado como um dos piores ataques terroristas desde o início do conflito na região, em 2017, a CDHOA incita a que todas as organizações governamentais e não-governamentais que auxiliem aquele país a todos os níveis por forma a fazer face à carência de bens e serviços ali inexistentes“, adianta.

No comunicado, a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados sublinha tratar-se de “milhares as pessoas inocentes assassinadas barbaramente, agredidas e expulsas dos seus locais de residência à força e famílias separadas que desconhecem o paradeiro dos seus cônjuges, pais, filhos e irmãos”.

A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há uma semana, quando grupos armados atacaram, pela primeira vez, a vila de Palma, que está a cerca de seis quilómetros dos multibilionários projetos de gás natural.

Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

No centro do país, ações armadas atribuídas à Junta Militar, uma dissidência da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, provocaram a morte de pelo menos 30 pessoas e o deslocamento forçado de centenas de famílias.

Recolher obrigatório em mais cinco cidades devido à covid-19

Entretanto, o Presidente moçambicano anunciou o alargamento do recolher obrigatório a mais cinco cidades, devido ao aumento da taxa de positividade de covid-19 e manteve as restrições em vigor desde o início do ano.

“Face ao aumento da taxa de positividade nas últimas semanas ao nível das províncias de Gaza, Sofala, Manica, Tete, Cabo Delgado e Niassa, o recolher obrigatório atualmente em vigor na área metropolitana do grande Maputo é estendido para todas as cidades capitais” daquelas províncias, afirmou Filipe Nyusi.

Nesse sentido, passam a estar sob recolher obrigatório as cidades de Manica, capital da província de Manica, cidade de Tete, capital de Tete, Xai-Xai, capital de Gaza, Pemba, capital de Cabo Delgado, e Lichinga, capital de Niassa.

Além de estender o recolher obrigatório às capitais das seis províncias, o Presidente moçambicano mantém essa medida para a região metropolitana de Maputo, que está sob esta restrição há 60 dias.

https://zap.aeiou.pt/30-mil-pessoas-apoio-urgente-palma-392759

 

Cheias em Timor-Leste e na Indonésia fazem mais de uma centena de mortos !

O número de mortos devido às chuvas em Timor-Leste e na Indonésia já ultrapassou uma centena. Mas as autoridades destacam que ainda há muitas pessoas desaparecidas.


Em Timor-Leste, o número de mortes aumentou de 28 para 34, segundo um balanço ainda provisório, com 13 na capital, 12 na zona de Manatuto, sete em Ainaro, um em Baucau (Baguia) e outro em Aileu, disse à agência Lusa fonte da Proteção Civil.

A mesma fonte assinalou que há várias pessoas dadas como desaparecidas, pelo que o balanço final ainda não está completo.

No caso de Díli, os dados preliminares referem que se registaram seis mortos em Comoro – uma das zonas mais afetadas devido à subida significativa do rio -, três em Beduku, três em Hera, no limite oriental da cidade, e um em Bebora.

As cheias em vários pontos do país provocaram milhares de deslocados, com muitas casas destruídas e danos avultados em infraestruturas, como pontes e estradas destruídas. Houve ainda danos significativos em várias escolas e outros edifícios públicos, com equipas no terreno a avaliar os estragos.

Só em Díli há já mais de 3500 pessoas alojadas temporariamente em 11 locais, para onde estão a ser canalizadas ajudas públicas, mas também o apoio de muitas empresas e cidadãos privados, com uma extensa onda de solidariedade que continua a ampliar-se.

Estão em curso várias campanhas de recolha de fundos no exterior para adquirir produtos em Timor-Leste e distribuir pelas famílias mais afetadas. Falta comida, água, outros bens essenciais e também material para que as pessoas possam começar a reconstruir as casas.

Muitos residentes portugueses em Díli, como noutros locais do país, estão envolvidos no apoio humanitário, participando voluntariamente a preparar alimentos quentes e a entrega de víveres em vários locais.

Esta terça-feira, o Ministério da Agricultura vai fazer uma distribuição adicional de comida, a juntar-se aos esforços já em curso desde domingo por parte do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, de várias embaixadas, do Ministério da Solidariedade Social e ainda do Ministério da Administração Estatal.

O primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, acompanhado do vice-primeiro ministro, José Reis, e do ministro das Obras Públicas, Salvador Soares, visitaram vários locais em Díli, onde as infraestruturas foram significativamente afetadas.

Há danos graves em estradas, derrocadas de terra e lama em vários pontos da capital, a queda de diques de ribeiras e ainda muita água em várias zonas da cidade, incluindo edifícios públicos.

O serviço de eletricidade tem sido intermitente em vários locais e há zonas da cidade que estão há mais de 24 horas sem luz, apesar de um esforço significativo da Eletricidade de Timor-Leste (EDTL) para se recuperar progressivamente o serviço.

O lixo acumula-se por toda a cidade, apesar de já ter sido efetuada alguma limpeza, com montes de terra e lama em vários locais, incluindo a Ponte de Santa Ana, a estrada ao lado da Ribeira Halilaran, o Largo de Lecidere e a zona de Taibessi.

São considerados locais de intervenção urgente várias pontes, incluindo a que liga à zona do Hospital Nacional Guido Valadares (HNGV) e as que cruzam a ribeira de Maloa, o Palácio Presidencial, e toda a zona ribeira do rio de Comoro, entre outros.

A Ribeira de Hudilaran, por exemplo, está praticamente tapada de terra, com danos na ponte do seminário menor de N.ª Senhora de Fátima, que está em risco de cair.

Na Indonésia, o Centro de Gestão de Catástrofes aumentou de 86 para 130 o número de óbitos devido às chuvas nas ilhas perto de Timor-Leste, como Flores e Sumbawa. Os socorristas tentam encontrar mais de 70 pessoas desaparecidas, por vezes utilizando pás para remover os destroços acumulados durante a tempestade.

As chuvas torrenciais dos últimos dias causaram inundações e deslizamentos de terras, por vezes arrastando casas. Mais de dez mil pessoas refugiaram-se em centros de acolhimento. Muitas casas, estradas e pontes foram cobertas com lama, e as árvores arrancadas, tornando difícil aos socorristas alcançar as áreas mais atingidas.

“Ainda é provável que vejamos condições meteorológicas extremas nos próximos dias” por causa do ciclone, disse a porta-voz da Agência de Gestão de Catástrofes da Indonésia, Raditya Jati. A tempestade está agora a dirigir-se para a costa ocidental da Austrália.

https://zap.aeiou.pt/cheias-timor-indonesia-mais-cem-mortos-392742

 

terça-feira, 6 de abril de 2021

O renomado físico teórico Michio Kaku adverte que entrar em contato com alienígenas é um erro grave !

Se os alienígenas nos contatassem o que aconteceria? Esta é uma questão que intrigou fãs de ficção científica e cientistas por décadas e podemos já ter uma ideia de como as pessoas irão reagir. 

Em 30 de outubro de 1938 uma versão dramatizada do romance "Guerra dos Mundos" de HG Wells de 1898 foi ao ar na estação de rádio CBS nos Estados Unidos. A história detalha como os marcianos atacaram a Terra.

A transmissão de rádio provocou uma reação quando as pessoas confundiram com um relatório oficial real mas os relatos variam quanto ao que aconteceu. Algumas histórias descrevem o pânico em todo o país enquanto outras dizem que muito poucas pessoas ouviram o programa. Controvérsia à parte, "A Guerra dos Mundos" pode servir como reação ao contato com uma civilização extraterrestre tecnologicamente avançada enquanto cientistas de todo o Mundo preparam seus protocolos para o chamado "primeiro contato" . Embora talvez esse momento nunca deva acontecer já que entrar em contato com alienígenas pode ser uma “péssima ideia”

Ameaça de outros Mundos

Michio Kaku renomado professor de física do City College e da City University de Nova York, publicou vários livros, incluindo os bestsellers "Physics of the Impossible " , "The Physics of the Future" e "The Future of Our Mind" . O professor Kaku acredita que é extremamente improvável que alienígenas tenham visitado a Terra, mas que devemos manter nossas mentes abertas para a possível existência de civilizações um milhão de anos à nossa frente em tecnologia.
Michio Kaku

Citando a conquista espanhola dos astecas Dr. Kaku disse ao portal de notícias britânico The Guardian que embora a Terra possa em breve entrar em contato com alienígenas, ele não acha que devemos nos aproximar deles. O físico teórico americano acrescenta que se a Terra for adiante e tentar fazer contato com outras civilizações devemos fazê-lo "com muito cuidado" apesar de acreditar que em última instância seriam amistosas.

"Em breve teremos o telescópio da web em órbita e teremos milhares de planetas para observar então acho que as chances de fazermos contato com uma civilização alienígena são bastante altas", disse Kaku ao The Guardian. “Há alguns colegas meus que acham que devemos entrar em contato com eles. Acho uma péssima ideia. Todos nós sabemos o que aconteceu a Moctezuma quando conheceu Cortés no México, há tantas centenas de anos. Agora, pessoalmente, acho que os alienígenas seriam amigáveis, mas não podemos apostar nisso. Então acho que vamos fazer contato mas devemos fazer com muito cuidado. "

Chamando atenção

A teoria do Dr. Kaku coincide com um novo estudo publicado no Journal of the British Interplanetary Society, que propõe que a rede de satélites Starlink lançada pela empresa espacial privada de Elon Musk, SpaceX, está sendo uma "empresa de tecnologia" que pode ser vista por alienígenas e pode chamar sua atenção.

Lembre-se que em 24 de maio do ano passado, a SpaceX lançou o primeiro conjunto de 60 satélites Starlink e até agora o número total é de aproximadamente 400 com a meta de atingir pelo menos 12.000 (McDowell 2020) ao final de uma década do programa anunciado por Elon Musk. Um número tão grande de satélites distribuídos por quase toda a superfície da Terra poderia ser considerado o primeiro protótipo de uma possível megaestrutura ao redor da Terra que em princípio poderia ser visível do cosmos.
No entanto outra civilização inteligente com uma vantagem sobre nós pode ter um telescópio com a capacidade de detectar uma infraestrutura baseada em satélite como a rede Starlink que cerca a Terra e considerá-la um sinal de que há vida inteligente na bola azul. E se eles podem ver isso talvez tenham captado nossas transmissões e estejam nos espionando. No último caso essas civilizações teriam uma vantagem sobre nós e poderiam perfeitamente iniciar uma invasão alienígena mesmo sem perceber.

Estamos fazendo grandes avanços na busca espacial por outros planetas com países conduzindo todos os tipos de missões para encontrar evidências de civilizações extraterrestres. Mas aqui a questão é se o que descobrirmos será positivo para nós ou talvez nossa queda.

  http://ufosonline.blogspot.com/

 

Imagens de satélite mostram construção de bases militares russas no Ártico. Nova arma produz “tsunamis radioativos” !

A Rússia está a construir bases militares na Ártico, ao mesmo tempo tempo que vai testando as suas mais recentes armas. O objetivo é abrir uma rota marítima importante da Ásia para a Europa, numa altura em que a região está cada vez mais despida de gelo.


Uma das principais preocupações dos especialistas em armas e dos oficiais ocidentais é a super-arma russa: o torpedo Poseidon 2M39.

O desenvolvimento da arma está a avançar rapidamente e o presidente russo, Vladimir Putin, tem solicitado ao ministro da Defesa, Sergei Shoigu, uma atualização constante sobre o “estágio-chave” dos testes.

A arma é movida por um reator nuclear e foi projetada pelos russos para se esgueirar pelas defesas costeiras – tal como as dos EUA – no fundo do mar.

O dispositivo pode causar ondas radioativas tão vastas que tornariam áreas da costa-alvo inabitáveis durante décadas.

De recordar que em novembro, Christopher A Ford, então secretário de Estado assistente para Segurança Internacional e Não Proliferação, disse que o Poseidon 2M39 foi pensado para “inundar as cidades costeiras dos EUA com tsunamis radioativos”.

Uma questão estratégica

Imagens de satélite fornecidas à CNN pela empresa de tecnologia Maxar detalham uma construção nítida e contínua de bases militares russas e hardware na costa ártica do país, juntamente com instalações de armazenamento subterrâneo para o Poseidon e outras armas de alta tecnologia.

O hardware russo na área do Alto Norte inclui bombardeiros e jatos MiG31BM, e novos sistemas de radar perto da costa do Alasca.

“Há claramente um desafio militar dos russos no Ártico. Isso tem implicações para os Estados Unidos e seus aliados, até porque cria a capacidade de projetar energia até o Atlântico Norte”, referiu um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA à CNN.

As autoridades americanas expressam preocupação de que as forças possam ser usadas para estabelecer o controlo sobre áreas do Ártico que estão mais distantes e que em pouco tempo estarão livres de gelo.

“O derretimento está a mover-se mais rápido do que os cientistas previram há vários anos”, frisou o alto funcionário do Departamento de Estado, acrescentando que estas mudanças representam “uma transformação dramática nas próximas décadas em termos de acesso físico”.

Neste sentido, as autoridades americanas receiam que Moscovo tente controlar a “Rota do Mar do Norte” (NSR) – uma rota marítima que vai da Noruega ao Alasca, ao longo da costa norte da Rússia, até o Atlântico Norte.

A NSR reduz pela metade o tempo que os navios demoram para chegar à Europa vindos da Ásia através do Canal de Suez.

Elizabeth Buchanan, professora de Estudos Estratégicos na Deakin University, na Austrália, sublinha que “a geografia básica dá à Rússia a NSR, que está cada vez com menos gelo, tornando-a comercialmente viável para o uso como artéria de transporte. Isso ainda pode transformar o transporte marítimo global, e com ele os movimentos de mais de 90% das mercadorias globais”.

Por outro lado, o funcionário do Departamento de Estado dos EUA acredita que os russos estão mais interessados ​​em exportar hidrocarbonetos – essenciais para a economia do país – ao longo da rota.

Rússia insiste em motivações pacíficas e económicas

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia recusou comentar a divulgação das imagens de satélite, mas há muito tempo que Moscovo tem vindo a frisar que as suas metas no Ártico são económicas e pacíficas.

Um documento de março de 2020 apresentou os principais objetivos da Rússia numa área responsável por 20% das suas exportações e 10% de seu PIB. Segundo o relatório, a estratégia concentra-se em garantir a integridade territorial da Rússia e a paz regional.

Também expressa a necessidade de garantir os altos padrões de vida e o crescimento económico na região, bem como desenvolver uma base de recursos.

Em novembro, durante a inauguração de um novo navio quebra-gelo em São Petersburgo, Vladimir Putin frisou que “é sabido que temos uma frota única que detém uma posição de liderança no desenvolvimento e estudo dos territórios árticos. Devemos reafirmar essa superioridade constantemente, todos os dias”.

Relativamente às armas, os planos para o Poseidon 2M39 foram revelados numa apresentação de um documento que discutia as suas capacidades em 2015.

Posteriormente, esta foi parcialmente rejeitada por analistas como uma arma de “tigre de papel”, destinada a aterrorizar com os seus poderes destrutivos apocalípticos que parecem escapar dos requisitos do tratado atual, mas não para serem implantados com sucesso.

No entanto, uma série de desenvolvimentos no Ártico leva agora analistas a considerar o projeto real e ativo.

https://zap.aeiou.pt/bases-militares-russas-artico-392577

 

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