quarta-feira, 3 de março de 2021

Vice-presidente do Zimbabué demite-se após acusações de abuso sexual !

O vice-presidente do Zimbabué, Kembo Mohadi, acusado de assédio sexual, anunciou esta segunda-feira a sua demissão do cargo, tendo reafirmado a sua inocência.


“Demito-me do cargo de vice-presidente da República do Zimbabué com efeito imediato”, escreveu Mohadi, de 71 anos, numa carta publicada pela conta do Ministério da Informação do país na plataforma social Twitter.

Mohadi pediu, por respeito à Presidência, que a sua demissão “não seja questionada ou caricaturada”.

“Preciso de me afastar para enfrentar as minhas dificuldades fora das minhas funções”, disse Mohadi, que negou qualquer má conduta pela sua parte.

“Sou vítima de manipulação de informação, distorção de gravações, espionagem e sabotagem políticas”, acrescentou.

Vários meios de comunicação locais publicaram relatos de conversas em que um homem retratado como Kembo Mohadi assediava sexualmente várias mulheres, uma das quais era, alegadamente, uma das suas colaboradoras.

Veterano da guerra de independência do Zimbabué e ex-ministro do Interior sob o comando de Robert Mugabe, Mohadi foi um dos dois vice-presidentes do país.

https://zap.aeiou.pt/vice-presidente-zimbabue-abuso-sexual-384643

 

OMS diz que é prematuro e “não realista” pensar-se que a pandemia acaba este ano !

O diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS diz que é prematuro pensar-se que a pandemia termina até ao fim do ano, mas que é possível é reduzir as hospitalizações e as transmissões e impedir que surjam novas variantes do vírus.


Michael Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), avisou que é prematuro e “não realista” pensar-se que a pandemia de covid-19 termina até ao fim de 2021.

Ainda assim, o responsável disse que pode ser possível reduzir as hospitalizações e as transmissões e impedir que surjam novas variantes do vírus. “Se controlarmos a transmissão, controlamos a pandemia”, declarou.

Soumya Swaminathan, cientista chefe da OMS, acrescentou: “não podemos erradicar o vírus até ao final do ano, mas podemos reduzir as hospitalizações e a severidade da doença”.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, informou esta segunda-feira que até ao fim de maio serão entregues 237 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 a 142 países.

As vacinas serão entregues a países que fazem parte do mecanismo COVAX, uma iniciativa da OMS para garantir uma vacinação contra o novo coronavírus que seja equitativa. Esta segunda-feira, o Gana e a Costa do Marfim foram os primeiros países a começar a vacinar os profissionais de saúde com doses fornecidas através do COVAX.

“Mais 11 milhões de doses serão entregues esta semana”, garantiu o responsável, que falava numa conferência de imprensa online a partir de Genebra. Na terça-feira, disse, a iniciativa COVAX publicará a primeira ronda de atribuições das vacinas.

A medida é encorajadora, mas é também lamentável, acrescentou, que alguns países continuem a dar prioridade à vacinação de adultos mais jovens, mais saudáveis e com menor risco de doença nas suas próprias populações, à frente dos profissionais de saúde e das pessoas mais idosas de outros países.

O responsável máximo da OMS avisou que os países não estão a competir na luta contra a covid-19, porque se trata de uma “corrida comum”, e acrescentou: “Não estamos a pedir aos países que ponham as suas próprias populações em risco. Estamos a pedir a todos os países que façam parte de um esforço global para reprimir o vírus em todo o mundo”.

Tedros lembrou ainda o objetivo da OMS de começar a vacinação em todos os países do mundo nos primeiros 100 dias do ano e alertou que já só faltam 40 dias e que para concretizar o objetivo é precisa “a cooperação de todos os parceiros”.

O diretor-geral salientou também que as vacinas não são suficientes para manterem os países seguros e alertou que na última semana o número de casos de covid-19 aumentou no mundo pela primeira vez em sete semanas, na Europa mas também do Sudeste Asiático, no Mediterrâneo Oriental e nas Américas.

O aumento de casos, afirmou, é dececionante, mas não surpreendente, sendo que em alguns países se deveu ao relaxamento de medidas de saúde pública e mais circulação de pessoas, a par da circulação de variantes do vírus.

Macron não levanta restrições antes de abril

O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou esta segunda-feira que será impossível levantar as restrições antes de abril, sendo que o país registou, na semana passada, uma média de 21 mil novas infeções diárias.

“Ainda temos de aguentar por várias semanas. Entre quatro e seis semanas”, afirmou Macron em resposta a um jovem que lhe perguntou se o recolher obrigatório, atualmente em vigor entre as 18h00 e as 06h00, poderia passar a começar às 19h00. A conversa aconteceu durante uma visita do Presidente a uma unidade industrial realizada esta segunda-feira em Stains, na região de Paris.

A atual hora de recolhimento está em vigor desde o dia 16 de janeiro, antecipando em duas horas a hora que estava imposta desde 15 de dezembro (20h00), para tentar diminuir o avanço da pandemia.

O avanço da pandemia fez com que novas restrições locais passassem a ser aplicadas, como o confinamento domiciliário durante o fim de semana nas cidades de Nice (sul) e Dunquerque (norte), bem como nas suas áreas de influência.

O Governo também colocou sob vigilância reforçada 20 departamentos, onde vive cerca de 40% da população do país, incluindo a região de Paris, estando agendado para 06 de março a decisão de tornar esse confinamento parcial também nessas áreas.

A França contabiliza, desde o início da pandemia e até domingo, 3,7 milhões de infetados e 86.454 mortos, dos quais 122 ocorreram em hospitais nas últimas 24 horas.

Tóquio faz apelo a Pequim

O Japão apelou à China para não efetuar testes anais em cidadãos japoneses para detetar a covid-19, alegando “sofrimento psicológico” causado pelo procedimento. O pedido do Governo surge após notícias de que o pessoal diplomático dos Estados Unidos na China se tinha queixado de ter sido sujeito a estes testes intrusivos, algo que Pequim negou.

A China, que conseguiu conter a pandemia dentro das suas fronteiras, estimou no mês passado que estes testes, realizados com recurso a um cotonete, introduzido no ânus, aumenta a taxa de deteção de pessoas infetadas, em comparação com as amostras recolhidas na garganta ou no nariz.

O Japão, no entanto, enviou um pedido oficial à China através da sua embaixada em Pequim, pedindo que os seus nacionais fossem dispensados dos testes, depois de os expatriados japoneses terem expressado “profundo sofrimento psicológico” após os testes, disse o porta-voz do Governo nipónico, Katsunobu Kato, na segunda-feira à noite.

“Nesta fase, não recebemos qualquer resposta a dizer que vão mudar. Vamos continuar a apelar”, acrescentou, observando que não tinha informações sobre a utilização deste método fora da China.

Os métodos de amostragem da China são “baseados na ciência” e “de acordo com a evolução da situação epidemiológica e as leis e regulamentos em vigor”, disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, quando questionado sobre o assunto.

No mês passado, os meios de comunicação social nos Estados Unidos informaram que funcionários do Departamento de Estado norte-americano se tinham queixado de tais testes, mas Pequim desmentiu que tivesse feito essa exigência.

As autoridades chinesas estão a utilizar este método para testar pessoas consideradas em alto risco de contrair o vírus, incluindo residentes de zonas onde foram detetados casos em viajantes internacionais. No entanto, Pequim admitiu que uma utilização de testes retais seria difícil, porque “não é prática“.

https://zap.aeiou.pt/prematuro-pandemia-acaba-ano-384455

 

Duterte demite embaixadora no Brasil filmada a agredir funcionária !

Esta segunda-feira, Rodrigo Duterte anunciou ter assinado a demissão da embaixadora das Filipinas no Brasil, Marichu Mauro.

O Presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, demitiu a embaixadora no Brasil, depois de esta ter sido filmada a agredir um membro do pessoal doméstico filipino.

Duterte disse, na segunda-feira à noite, ter aprovado uma recomendação para despedir Marichu Mauro, revogar os seus benefícios de reforma e impedi-la de ocupar cargos públicos para o resto da vida.

A embaixadora filipina no Brasil foi demitida após meses de espancamento de uma funcionária na residência oficial em Brasília, ataques que foram filmados pelo circuito interno de videovigilância e divulgados pelos meios de comunicação.

Mauro tinha sido chamada a Manila no final do ano passado, após a estação de televisão brasileira GloboNews ter transmitido imagens de câmaras de videovigilância correspondentes a um período de oito meses, mostrando os vários abusos que infligia à funcionária, também ela filipina.

As imagens, gravadas entre março e outubro de 2020, foram utilizadas para justificar uma queixa apresentada ao Governo filipino contra a diplomata, nomeada embaixadora no Brasil em 2018.

Milhões de filipinas trabalham no estrangeiro como empregadas domésticas. O dinheiro que enviam para casa para as suas famílias representa uma parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) filipino.

No entanto, algumas destas trabalhadoras domésticas trabalham em condições difíceis e mesmo perigosas. Os casos de abuso físico ou psicológico são numerosos.

https://zap.aeiou.pt/duterte-demite-embaixadora-no-brasil-384480

 

 

Ex-presidente do Peru forçou esterilizações ilegais para reduzir pobreza no país !

O ex-Presidente peruano Alberto Fujimori e os seus ministros da Saúde Eduard Yong, Marino Costa e Alejandro Aguinaga foram acusados esta segunda-feira em tribunal de terem utilizado e forçado a esterilização de mulheres andinas para “reduzir a pobreza” no Peru.


Segundo a acusação, durante o programa de esterilização irregular promovido pelo ex-presidente no seu segundo mandato (1995-2000), 18 mulheres acabaram por morrer, cinco delas na sequência de ferimentos graves causados pela própria intervenção cirúrgica, que também deixou sequelas físicas em cerca de 1.300 outras.

O procurador Pablo Espinoza, representante da Primeira Procuradoria Criminal Supraprovincial, apresentou os argumentos das denúncias contra o ex-presidente (1990-2000), três ex-ministros e três outros ex-funcionários do Ministério da Saúde no início de uma audiência feita por videoconferência, liderada pelo magistrado Rafael Martinez.

Trata-se de um dos casos mais emblemáticos de presumível violação dos direitos humanos que se aguarda há mais de 20 anos para ser julgado no país, depois de uma outra denúncia ter sido subestimada pela acusação, há já alguns anos.

O ex-Presidente, que já cumpre uma pena de 25 anos de prisão por abusos aos direitos humanos, esteve representado pelo seu advogado, César Nakazaki, uma vez que decidiu não estar presente na audiência, argumentando que não pode ser acusado no caso porque não estava incluído no acordo que permitiu a sua extradição do Chile.

Fujimori, Yong, Costa, Aguinaga e o ex-diretor-geral de Saúde Ulisses Aguilar são acusados como presumíveis autores de delitos contra o corpo, vida e saúde, acusações agravadas com lesões graves e a morte de cinco mulheres, bem como de lesões graves para as outras 1.300.

As vítimas mortais, camponesas pobres e de etnia quíchua, morreram na sequência de complicações nas operações às trompas do Falópio a que foram submetidas em condições sem o rigor médico, sem preparação prévia e sem acompanhamento médico-sanitário pós-cirurgias.

A acusação referiu que, durante o seu segundo mandato, Fujimori tinha a maioria no Congresso e alterou as leis para legalizar a esterilização, incluindo-a como um método de planeamento familiar.

Pablo Espinoza acrescentou que o objetivo da esterilização da população mais vulnerável era “reduzir a pobreza” e que, para isso, o então Executivo desenvolveu “toda uma artimanha legal para evitar ser responsável” por eventuais complicações na Contraceção Cirúrgica Voluntária (AQV), tal como foi oficialmente chamado.

“O Estado manifestou a intenção de esterilizar todos os pobres, porque não há vítimas de outras camadas sociais”, frisou Espinosa, argumentando ainda que o não protegeu os direitos das mulheres andinas. “São das camadas mais pobres e vulneráveis da população, em que as famílias são numerosas e as mulheres podem ser agredidas pelos seus parceiros quando adotam um método anticoncecional”.

Segundo um documento assinado pelo ex-ministro Marino Costa, apresentado pela acusação, o Ministério da Saúde peruano planeava realizar 150 mil operações cirúrgicas em 1997. Em agosto desse ano, prosseguiu, 43% das intervenções já tinham sido realizadas.

Espinosa denunciou também que os profissionais de saúde peruanos foram coagidos a cumprir ou a exceder as metas de esterilização e que, em troca, receberam incentivos, enquanto as vítimas foram ameaçadas – os filhos não receberiam mais cuidados médicos se as mulheres recusassem ou receberiam cestas básicas gratuitas se aceitassem.

Antes do início da audiência, Humberto Abanto, advogado de Marino Costa, pediu que a audiência fosse suspensa porque o ex-ministro viajou para o Chile para ser alvo de uma intervenção cirúrgica.

No entanto, o juiz Rafael Martinez rejeitou o pedido porque o réu tinha “pleno conhecimento” da data da audiência e que não procurou os meios necessários para se dotar de capacidade técnica para aceder ao julgamento através da Internet.

A audiência, que começou segunda-feira em Lima, contou com a participação de um intérprete do dialeto quéchua, que foi traduzindo a apresentação das acusações na sessão, que foi suspensa depois de cinco horas de trabalho, sendo esta terça-feira retomada com a resposta da defesa dos visados.

https://zap.aeiou.pt/ex-presidente-peru-forcou-esterilizacoes-384468

 

ONU revela provas de envolvimento do Governo russo no envenenamento de Navalny !

Especialistas da ONU que investigaram o envenenamento do líder da oposição russa, Alexei Navalny, disseram esta segunda-feira que as provas apontam para um “provável envolvimento” de altos funcionários do Estado russo.


As duas investigadoras, que durante quatro meses analisaram o caso ocorrido em agosto do ano passado, indicaram que o veneno usado contra Navalny, o Novichok, é uma dessas provas.

“O conhecimento necessário para manusear e desenvolver novas formas de Novichok, como o encontrado nas amostras retiradas de Navalny, só pode ser encontrado em organizações estatais”, observam, numa carta oficial enviada às autoridades russas em dezembro e cujos pormenores foram divulgados esta segunda-feira, depois da cláusula de confidencialidade, que durava dois meses, ter expirado.

Ages Callamard e Irene Khan também apelaram a uma investigação internacional sobre a tentativa de envenenamento do líder da oposição na Rússia.

“Dada a resposta inadequada das autoridades nacionais, o uso de armas químicas e o aparente padrão repetido de assassínios seletivos, acreditamos que uma investigação internacional deve ser realizada com urgência“, pedem as investigadoras, lembrando que os resultados deste processo podem ser particularmente úteis a Navalny, que se encontra a cumprir uma pena de prisão.

Callamard e Khan lamentaram a este respeito que, “em contraste com a falta de iniciativa do Governo [russo] para investigar o envenenamento, as autoridades tenham agido com firmeza para garantir que Navalny fosse preso imediatamente após o seu regresso à Rússia, depois de passar vários meses na Alemanha com o único objetivo de recuperar a sua saúde”.

Outra prova de que o Estado russo terá estado envolvido no ataque a Navalny é o facto de que este se encontrava sob vigilância das autoridades quando foi envenenado, “pelo que é improvável que terceiros tenham administrado o químico proibido sem conhecimento das forças de vigilância”.

Mesmo no “caso improvável” de o ataque não ter sido obra das autoridades, Callamard e Khan garantiram que o regime de Vladimir Putin “teria falhado na sua obrigação de proteger Navalny”, que já tinha sido ameaçado em ocasiões anteriores e sujeito a, pelo menos, duas outras tentativas de envenenamento.

O Governo russo “não pode escapar das suas obrigações de direitos humanos, negando a sua responsabilidade no caso”, concluem as duas investigadoras, reiterando o seu pedido para que Navalny seja libertado.

Por outro lado, as relatores consideram que o envenenamento do advogado e ativista “foi feito deliberadamente para enviar um aviso sinistro e claro a quem critica e se opõe ao Governo, dizendo-lhes que este é o destino que os espera”.

O uso do Novichok viola a convenção internacional sobre o uso de armas químicas, acrescentaram as especialistas da ONU, que também consideram o ataque contrário às leis de direitos humanos que são contra execuções arbitrárias e tortura ou tratamento desumano de detidos.

O envenenamento de Navalny, concluem as investigadoras, “responde a uma tendência, observada há décadas, de assassínios ou tentativas de assassínio contra cidadãos russos e críticos do Governo, dentro ou fora do país”, um comportamento que, na sua opinião, “exige uma resposta da comunidade internacional”.

Navalny adoeceu gravemente durante um voo da Sibéria para Moscovo em agosto. Foi levado primeiro a um hospital em Omsk, no sudoeste da Sibéria e, depois, para Berlim para receber tratamento. Laboratórios alemães, franceses e suecos determinaram que foi envenenado por um agente nervoso Novichok da era soviética.

Navalny há muito considera o Kremlin responsável pelo seu envenenamento. Moscovo nega as acusações e o Presidente russo Vladimir Putin afirmou que Navalny não era “suficientemente importante” para ser um alvo do Kremlin – e, se fosse, a Rússia teria “terminado o trabalho”.

https://zap.aeiou.pt/onu-revela-provas-envenenamento-384457

 

Variante inglesa em 29 países europeus - Estirpe do Brasil mais transmissível e ilude sistema imunitário !

A variante britânica do SARS-CoV-2, presente em 29 países da União Europeia, é responsável por mais de metade das infeções totais. A estirpe detetada no Brasil, apesar de pouco prevalecente na Europa, pode ter uma carga viral até dez vezes mais elevada do que o vírus original e é capaz de iludir o sistema imunitário.


A variante britânica do SARS-CoV-2 estava, até há uma semana, presente em 29 países da União Europeia (UE) e Espaço Económico Europeu (EEE), num total de 10.700 casos, sendo agora responsável por mais de metade das infeções totais.

A informação é avançada à agência Lusa pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que indica que, até 22 de fevereiro, “foram identificados cerca de 10.700 casos em 29 países da UE/EEE” da mutação inicialmente detetada no Reino Unido em novembro passado.

“A variação está a aumentar em toda a região [na Europa] e estima-se que seja agora responsável por mais de 50% de todos os casos na maioria dos Estados-membros”, acrescenta a agência europeia em resposta escrita enviada à Lusa.

Aludindo às evidências científicas, o ECDC assinala que esta variação (que é a que está mais presente a nível europeu) é também “mais transmissível” que o vírus original, o que pode ter “implicações sobre a eficácia das medidas”.

É provável que conduza a uma maior gravidade da doença e, portanto, as taxas de internamento podem aumentar”, acrescenta este centro europeu, que presta apoio aos Estados-membros em crises sanitárias como a atual pandemia.

No que toca à variante detetada na África do Sul, também até 22 de fevereiro, tinham sido “identificados cerca de 650 casos em 15 países da UE/EEE”, de acordo com o ECDC.

Este centro europeu observa que se registou “transmissão comunitária em alguns surtos comunicados por alguns Estados-membros” e que esta mutação do SARS-CoV-2 registada na África do Sul “é suscetível de ter um impacto significativo na eficácia da vacina para, pelo menos, algumas das vacinas atualmente aprovadas”.

Já no que toca à variante brasileira, detetada em viajantes do Brasil, até 22 de fevereiro, tinham sido “identificados cerca de 50 casos em oito países da UE/EEE”.

Num relatório divulgado em meados de fevereiro, o ECDC já tinha avisado que, apesar da redução da incidência do SARS-CoV-2 nas últimas semanas, a situação epidemiológica “ainda é motivo de grande preocupação” na Europa, pelo que apelou a intervenções de saúde pública “imediatas”.

Na altura, os peritos da agência europeia de saúde pública indicaram que as novas e mais contagiosas variantes do SARS-CoV-2 detetadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil “suscitam preocupações”.

No documento, o ECDC apontou o “aumento substancial no número e proporção de casos” da mutação do Reino Unido na UE/EEE, bem como que estes países têm “notificado cada vez mais” casos da estirpe da África do Sul.

Já a variante brasileira “está a ser notificada a níveis mais baixos, possivelmente porque está principalmente ligada ao intercâmbio de viagens com o Brasil”, adiantou o organismo na altura, numa alusão à interrupção de viagens decretada por alguns países europeus.

Recentemente, o Governo português decidiu prolongar até dia 16 de março as medidas restritivas do tráfego aéreo, mantendo-se suspensos todos os voos comerciais e privados com origem ou destino no Brasil e Reino Unido.

Estirpe mais transmissível e ilude sistema imunitário

Essa estirpe detetada no Brasil, a P.1, poderá, no entanto, ter uma carga viral até dez vezes mais elevada e é capaz de iludir o sistema imunitário de quem já possuía anticorpos, revelam dois estudos preliminares.

“Provavelmente faz as três coisas ao mesmo tempo: é mais transmissível, invade mais o sistema imunitário e, provavelmente, deve ser mais patogénica”, disse esta terça-feira à agência espanhola EFE Ester Sabino, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do grupo da USP que participou da investigação realizada pelo Centro Brasil-Reino Unido para a Descoberta e Diagnóstico de Abrovírus.

O estudo preliminar, realizado por investigadores brasileiros e ingleses e divulgado na última sexta-feira, sugere que a nova variante detetada no estado do Amazonas seja entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível do que as que a precedem e “provavelmente” isso é um dos fatores responsáveis pela segunda vaga da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

Os cientistas também concluíram que a nova estirpe é capaz de evadir o sistema imunológico e causar uma nova infeção em parte dos indivíduos já infetados pelo SARS-CoV-2, concretamente entre 25 e 61%.

“Não se podem explicar tantos casos a não ser pela perda de imunidade”, disse Ester Sabino, que coordenou o estudo juntamente com o investigador Nuno Faria, da Universidade de Oxford.

O estudo preliminar, baseado num modelo matemático realizado pelo Imperial College London, baseia-se na análise de genomas de 184 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes diagnosticados com covid-19 em laboratórios de Manaus entre novembro de 2020 e janeiro de 2021.

A capital do Estado do Amazonas, Manaus, foi um dos focos da pandemia no Brasil, quer na primeira, quer na segunda vaga da pandemia, e vive um colapso da saúde desde o final do ano passado devido à explosão de casos e de internações por covid-19.

A investigação, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), ainda não foi revista por outros cientistas ou publicada em revistas científicas, mas está disponível online.

Da mesma forma, um outro estudo também divulgado na última sexta-feira por investigadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da região amazónica indica que a carga viral no corpo de indivíduos infetados com a P.1 pode ser até dez vezes maior.

O Brasil, um dos países mais atingidos pela pandemia no mundo, acumula 10.587.001 infeções desde o registo do primeiro caso da doença, em 26 de fevereiro do ano passado, e 255.720 mortes.

https://zap.aeiou.pt/variante-inglesa-brasil-ilude-imunitario-384625

 

A maior parte da vida na Terra vai desaparecer por falta de oxigénio em mil milhões de anos !

A previsão dos cientistas é catastrófica: dentro de mil milhões de anos, a atmosfera da Terra vai ter pouquíssimo oxigénio, tornando inabitável a vida aeróbica complexa.


No início da história da Terra, os níveis de oxigénio eram bem mais baixos do que são agora e uma equipa de investigadores acredita que possam cair novamente num futuro distante.

Os investigadores sugerem que a atmosfera da Terra manterá altos níveis de oxigénio nos próximos mil milhões de anos antes de regressar a níveis baixos que lembram aqueles que existiam antes do Grande Evento de Oxidação, há cerca de 2,4 mil milhões de anos, escreve a New Scientist.

“Descobrimos que a atmosfera oxigenada da Terra não será uma característica permanente”, diz Kazumi Ozaki, investigador da Toho University, no Japão, e coautor do estudo publicado recentemente na revista Nature Geoscience.

À medida que o sol envelhece, torna-se mais quente e solta mais energia. Isto faz com que haja uma diminuição de dióxido de carbono na atmosfera. Os cientistas estimam que em mil milhões de anos, os níveis de dióxido de carbono vão ser tão baixos que os organismos fotossintetizantes serão incapazes de sobreviver e produzir oxigénio.

“A queda no oxigénio será muito, muito extrema – estamos a falar de cerca de um milhão de vezes menos oxigénio do que existe hoje”, diz o coautor Chris Reinhard, do Georgia Institute of Technology, nos Estados Unidos.

Paralelamente, os níveis de metano também vão aumentar drasticamente: até 10 mil vezes a quantidade existente na atmosfera.

“A biosfera não consegue adaptar-se a uma mudança tão dramática nas alterações ambientais”, diz Ozaki.

A vida terrestre deixará de existir, assim como a vida aquática. A camada de ozono vai-se esgotar, expondo a Terra e os seus oceanos a altos níveis de luz ultravioleta e calor do sol.

As novas previsões mostram que a presença de oxigénio é variável e pode não ser permanente num planeta habitável.

“Isto sugere que mesmo para planetas muito semelhantes à Terra ao redor de outras estrelas, grandes quantidades de oxigénio podem não ser detetadas na sua atmosfera, mesmo que possam suportar, ou ter suportado, vida complexa“, diz Kevin Ortiz Ceballos, da Universidade de Porto Rico.

https://zap.aeiou.pt/vida-terra-desaparecer-falta-oxigenio-384592

terça-feira, 2 de março de 2021

O denunciante Phil Schneider encontrado morto após revelar a agenda alienígena !

Phil Schneider geólogo e engenheiro do governo com mais de 17 anos de experiência trabalhando em “projetos negros” é sem dúvida um dos mais importantes denunciantes da história moderna.

Em setembro de 1995 o Sr. Schneider fez uma apresentação na Preparedness Expo na qual expôs a Agenda da Nova Ordem Mundial e como ela se conecta com os extraterrestres. Durante este discurso ele apresentou evidências físicas de metais e artefatos alienígenas juntamente com fotografias adicionais para validar suas afirmações

Menos de seis meses depois de fazer esta apresentação ele foi encontrado morto em seu apartamento com uma corda de piano enrolada em seu pescoço o que muitos classificariam como uma execução de estilo militar.

Phil Schneider

De acordo com algumas pessoas próximas à investigação o Sr. Schneider foi repetidamente e brutalmente torturado antes de ser morto. Apesar disso as autoridades de alguma forma consideraram sua morte um suicídio.

Phil continuou contando para a família e amigos “Se algum dia eu cometer suicídio, fui assassinado!”.

Phil sabendo que ele era um alvo e que o que estava fazendo era mexer com pessoas e criaturas extremamente poderosas preventivamente disse a todos que ele era um alvo e que se ele morresse misteriosamente ou cometesse suicídio ele seria assassinado.

Antes de chegar ao vídeo este artigo contém um resumo das informações que o Sr. Schneider apresentou na Expo no entanto é melhor você conhecer alguns fatos básicos antes de entrar no escopo do que está acontecendo bem debaixo de nossos narizes.

O Sr. Schneider trabalhou extensivamente na construção de bases militares subterrâneas profundas mais conhecidas como “DUMBS”. Ele afirma que as informações sobre alienígenas são mantidas bem escondidas do público e que os militares dos Estados Unidos sabem da presença de alienígenas há um período que remonta a 1909.

Ele também afirmou que mais de US $ 500 bilhões de dólares estavam sendo alocados todos os anos para projetos negros que lidavam com assuntos alienígenas. Ele afirmou ainda que 28% do Produto Nacional Bruto dos EUA estava sendo gasto na construção de bases subterrâneas. Esse “orçamento negro”, como ele se referiu foge completamente do Congresso. Não há dúvida de que esses projetos ainda continuam até hoje.

Lembre-se de que as seguintes informações transmitidas pelo Sr. Schneider datam de 1995 e mais do que provavelmente progrediram de maneira significativa desde então.

1. Em 1995, havia 131 DUMBS ativos nos Estados Unidos e aproximadamente 1.477 bases subterrâneas no mundo. Cada base custou uma média de 17-19 bilhões de dólares (em 1995) e levou de 1 a 2 anos para ser construída com o uso de métodos de construção altamente avançados que incluíam vitrificação e fusão de rocha usando lasers que reduziram a rocha a pó e então eles alisou os túneis usando máquinas de perfuração. O Sr. Schneider afirmou ainda que essas bases são enormes e abrigam milhares e milhares de pessoas.

2. Os trens magneto-levaton conectam todas as bases do DUMB nos Estados Unidos em um enorme sistema de transporte capaz de velocidades de MACH 2 ou superiores. Ele afirma que existe todo um outro mundo lá embaixo, cheio de formas de vida humanas e alienígenas.

3. A Área 51 é na verdade um complexo composto de 9 bases subterrâneas profundas e há mais de 18.000 trabalhadores cujas vidas são altamente regulamentadas e inteiramente veladas em sigilo.

4. O governo dos Estados Unidos assinou um acordo em 1954 com extraterrestres concedendo-lhes permissão para fazer experiências em humanos e gado em troca de tecnologia. Esse acordo conhecido como Tratado de Grenada, é um evento bem documentado.

Os termos originais deste acordo afirmavam que apenas uma pequena quantidade de humanos poderia ser abduzida, eles deveriam ser devolvidos ao local onde foram encontrados e sua memória do evento deveria ser apagada. Os alienígenas também deveriam fornecer uma lista dos humanos que estavam levando para o Majestic-12. No entanto, ficou claro depois de alguns anos que os alienígenas estavam levando muito mais humanos do que originalmente concordaram.

5. O Sr. Schneider alega que existem 11 raças alienígenas distintas na Terra. Duas dessas espécies são benevolentes.

6. “A Nova Ordem Mundial e a agenda extraterrestre são uma e a mesma.” O Sr. Schneider descreve a agenda alienígena como "a conquista completa deste planeta, matando 5/6 a 7/8 da população mundial até 2029." Obviamente, uma aquisição alienígena significaria que um governo mundial seria colocado em prática e seria com toda probabilidade o fim da liberdade como a conhecemos.

7. Pelo menos 9 raças de seres alienígenas veem os humanos como fonte de alimento. Nem todos são canibais. Em vez disso eles usam secreções das glândulas de humanos e animais para as misturas de vitaminas em seus alimentos e algumas raças alienígenas podem se drogar com a adrenalina.

8. Dezesseis dias antes de fazer a apresentação o Sr. Schneider foi baleado no ombro por um agente do FBI que queria matá-lo. O Sr. Schneider atirou e matou o agente em legítima defesa. Além disso, ele relatou o incidente ao FBI que o dispensou e todo o incidente. Ele afirma que 11 tentativas anteriores foram feitas contra sua vida desde que ele começou a falar. Ele também afirma que agentes do DIA tentaram sequestrar sua filha, mas não tiveram sucesso devido às ações heroicas de sua ex-mulher.

Aqui no vídeo abaixo está Phil Schneider explicando suas experiências em uma de suas últimas palestras antes de ser assassinado.

http://ufosonline.blogspot.com/
 

 

Extremos Climáticos - Icebergue maior que Nova Iorque parte-se perto de estação de investigação na Antártida !

Um icebergue gigante partiu-se esta sexta-feira na plataforma de gelo de Brunt, na Antártida, perto de um posto de investigação do British Antartic Survey (BAS).

O bloco de gelo, com 1.270 quilómetros quadrados, será ainda maior que a cidade norte-americana de Nova Iorque, revelou o British Antartic Survey (BAS), em comunicado.

Os cientistas detetaram, há já quase uma década, o aumento do número de fissuras no gelo, com 150 metros de espessura.

No entanto, uma fenda conhecida como North Rift começou a expandir-se de encontro a outra, em novembro, crescendo certa de um quilómetro por dia em janeiro.

“As nossas equipas no BAS preparam-se para a quebra de um icebergue da plataforma de gelo de Brunt há vários anos”, disse a diretora do BAS, Jane Francis, explicando que os cientistas recebem atualizações diárias sobre a plataforma de gelo, através de uma rede automatizada de instrumentos GPS de alta precisão e de imagens de satélite.

De acordo com a CNN, a estação de pesquisa Halley, localizada na plataforma de gelo de Brunt, encontra-se encerrada para o inverno antártico e a equipa de 12 cientistas já tinha abandonado o local no início de fevereiro.

“Todos os dados são enviados para Cambridge para análise, então sabemos o que está a acontecer mesmo durante o inverno da Antártida, quando não há funcionários na estação, está escuro como o breu e a temperatura cai abaixo de -50ºC“, disse Francis.

O BAS transferiu a Estação de Pesquisa Halley mais para o interior, em 2016, por precaução e a equipa só trabalha a partir daquele local durante o verão Antártico, porque as evacuações seriam difíceis de efetuar durante o inverno.

“O nosso trabalho agora é ficar de olho na situação e avaliar qualquer potencial impacto da quebra na plataforma de gelo restante”, disse o Diretor de Operações do BAS, Simon Garrod.

“Nas próximas semanas ou meses, o icebergue pode afastar-se, encalhar ou permanecer perto da plataforma de gelo de Brunt. A Estação Halley está localizada no interior de todos os abismos ativos, na parte da plataforma de gelo que permanece ligada ao continente. A nossa rede de instrumentos GPS vai avisar-nos com antecedência se a quebra do icebergue causar mudanças no gelo ao redor da estação“, concluiu Francis.

https://zap.aeiou.pt/icebergue-maior-nova-iorque-partiu-384389

 

 

Governador de Nova Iorque volta a ser acusado de assédio sexual !

O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, foi acusado por outra ex-assessora de assédio sexual, que foi sua assistente executiva e conselheira de políticas de saúde até novembro do ano passado.


Segundo noticiou no sábado o New York Times, Charlotte Bennett, de 25 anos, indicou que Cuomo lhe fez perguntas sobre a sua vida sexual, se era monógama e se tinha tido sexo com um homem mais velho, factos que diz terem ocorrido na primavera de 2020.

Em junho do mesmo ano, o governador terá dito à jovem que se sentia sozinho na pandemia, questionando-a: “Quem foi a última pessoa que abraçaste?”. Charlotte Bennett acredita que estes comentários foram de natureza sexual, tendo informoado a chefe de gabinete sobre o sucedido, acabando por ser transferida uma semana depois.

A alegada vítima não solicitou uma investigação formal porque “queria seguir em frente”. Cuomo, de 63 anos, negou os factos e pediu uma investigação independente.

No início do mês, a ex-assessora Lindsey Boylan, de 35 anos, também acusou o governador de a ter beijado e de lhe ter pedido que jogasse ‘strip poker’ quando se encontravam num jato privado, contando que Cuomo lhe tocava sem consentimento e fazia comentários inapropriados sobre a sua aparência, entre 2016 e 2018.

https://zap.aeiou.pt/eua-governador-nova-iorque-assedio-sexual-384126

 

Mais de 75% dos refugiados sírios podem sofrer de stress pós-traumático !

Mais de três quartos dos refugiados sírios podem estar a sofrer de distúrbios mentais, como transtorno de stress pós-traumático (TEPT), dez anos após o início da guerra civil no país.


De acordo com um artigo do Guardian, divulgado esta segunda-feira, a Syria Relief – uma instituição de caridade do Reino Unido – está a pedir mais investimento nos serviços de saúde mental para os refugiados, após uma pesquisa com deslocados ter detetado sintomas de TEPT.

Uma pesquisa com 721 sírios que vivem no Líbano, na Turquia e em Idlib, na Síria, revelou que 84% tinham pelo menos sete dos 15 principais sintomas de TEPT. “Não saio de casa de maneira alguma, apenas fico na barraca. Às vezes, tenho episódios de stresse em que tenho vontade de partir tudo e bater no meu marido”, disse uma mulher no Líbano, que não quis ser identificada.

A mulher contou que se tem esforçado para recuperar da guerra – incluindo da batalha por Aleppo, em 2015 – da perda de um filho recém-nascido devido a uma doença e de uma tentativa de violação. Medicada por um especialista, indicou que é difícil encontrar o fármaco por causa da escassez de medicamentos no Líbano.

Segundo o relatório da Syria Relief, apenas 15% dos refugiados no Líbano afirmam ter acesso a apoio à saúde mental. Entre os sírios deslocados em Idlib, o número cai para 1%. Na cidade, somente duas das 393 pessoas que participaram da pesquisa não apresentaram sintomas de TEPT.

Ibrahim Hanano, deputado na cidade fronteiriça de Tel al-Karameh, disse que há uma necessidade desesperada de apoio em áreas rurais.

“Há uma grande quantidade de pessoas que precisam desse tipo de apoio. Existem pessoas que realmente não conseguem se recuperar, têm graves lesões psicológicas e físicas”, afirmou. “A única coisa que podemos fazer é tentar documentar a sua situação”, para transmitir esses dados “às ONG’s locais” que consigam atuar nessas zonas.

O diretor de comunicação da Syria Relief, Charles Lawley, autor do relatório, referiu: “Temos muito mais sucesso em obter ajuda para questões físicas, como alimentos ou educação. Este é o dano que se pode ver da guerra, mas o que quero mostrar é que há uma enorme quantidade de danos que não se podem ver – o trauma mental”.

Diana Rayes, pesquisadora norte-americana sobre saúde mental entre deslocados sírios, disse que a pesquisa da Syria Relief não é suficiente para tirar conclusões, mas mostrou a necessidade de se dar mais atenção ao assunto.

“Sabemos que houve impactos multigeracionais de TEPT e traumas na população. Sabemos que isso afetará as crianças nascidas durante o conflito”, apontou Rayes, acrescentando que é importante abordar a saúde mental e o trauma.

Mais de 5,6 milhões de pessoas fugiram da Síria desde 2011 e 6,6 milhões foram deslocadas internamente.

https://zap.aeiou.pt/refugiados-sirios-stress-pos-traumatico-384199

 

Iémen irá enfrentar a pior fome já vista nas últimas décadas !

De acordo com a ONU, a situação humanitária no Iémen é muito grave e o país irá enfrentar a pior fome à qual o mundo já assistiu. Esta situação pode ser revertida se os seus vizinhos contribuam generosamente, alertou o chefe humanitário da ONU na passada quarta-feira. Guterres também já reagiu.

Mark Lowcock referiu que os países do Golfo, especialmente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, que contribuíram em 2018 e 2019, reduziram drasticamente os seus apoios no ano passado.

Esta situação forçou as agências internacionais a reduzir a distribuição de alimentos e outras ajudas humanitárias. Em 2019 os apoios rondavam os 14 milhões de dólares todos os meses, mas em 2020 apenas se registaram contributos na ordem dos 9 milhões, recorda a Time.

Os 4 milhões de pessoas que não conseguiram receber comida no ano passado “passaram pelo processo longo, lento, brutal, doloroso e agonizante de morrer à fome”, disse Lowcock num entrevista virtual a grupo de jornalistas.

O conflito devastador no país mais pobre do mundo árabe eclodiu em 2014, quando rebeldes Houthi, apoiados pelo Irão, tomaram a capital do Iémen, Sanaa, e grande parte do norte do país. Isto levou uma a coalizão militar árabe apoiada pelos EUA, e liderada pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, de modo a intervir numa tentativa de restaurar o governo do presidente do Iémen, Abed Rabu Mansour Hadi.

O conflito matou cerca de 130.000 pessoas e gerou o pior desastre humanitário do mundo. Metade das instalações de saúde foram fechadas ou destruídas e quatro milhões de iemenitas foram expulsos das suas casas. Para piorar a situaçõa, no ano passado surgiu a pandemia de covid-19, várias epidemias de cólera e a desnutrição severa de crianças, que causaram milhares de mortes adicionais.

No entanto, Lowcock realçou que a nova política do presidente dos EUA, Joe Biden, para o Iémen visa terminar a guerra de seis anos e interromper o apoio à coalizão.

O responsável das Nações Unidas disse que agora cabe às partes beligerantes do Iémen aproveitar a oportunidade construir um governo que represente “todos” e atenda às necessidades das pessoas, incluindo a reconstrução da economia e a restauração dos meios de subsistência de milhões de pessoas. Se isso acontecer, o governo poderá receber apoio internacional.

Para manter a situação no país “estável”, Lowcock sublinha que o país necessita de apoios na ordem dos 3,85 mil milhões de dólares.

“Cada dólar conta”

Neste sentido, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje aos doadores para que financiem “com generosidade” a ajuda humanitária ao Iémen, “a fim de evitar que a fome engula” um país que já devastado pela guerra.

“Cada dólar conta”, garantiu numa conferência virtual co-organizada pela Suécia e pela Suíça. “A fome está a acabar com o Iémen. Temos de correr se queremos evitar que a fome e a inanição roubem milhões de vidas”, alertou Guterres na conferência.

Apesar do apelo, é improvável que a resposta dos doadores atinja os objetivos da ONU, visto que a pandemia de covid-19 e as suas consequências devastadoras atingiram as economias de todo o mundo.

O secretário-geral do Conselho de Refugiados da Noruega, Jan Egeland, que está a realizar uma visita de uma semana ao Iémen, alertou também que os grupos de ajuda estão “catastroficamente” subfinanciados e sobrecarregados.

“É ultrajante que as organizações de ajuda tenham de implorar e raspar o fundo da panela para fornecer um mínimo de comida para ajudar a manter os iemenitas vivos, quando os países que fazem a guerra e causam tanto sofrimento ainda estão dispostos a muito mais na luta”, considerou.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, liderou a delegação do país na conferência, organizada numa altura em que a administração Biden tem reunido esforços para pôr fim ao conflito.

Países ricos, como os Estados Unidos, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, reduziram drasticamente a ajuda ao Iémen no ano passado devido às exigências da pandemia, a alegações de corrupção e também ao receio de que a ajuda possa não estar a chegar aos destinatários pretendidos nos territórios controlados pelos rebeldes.

A chefe do Governo da Noruega, Ine Eriksen Soereide, afirmou que seu país vai canalizar 200 milhões de coroas suecas (cerca de 19 milhões de euros), acrescentando estar “profundamente preocupada” com a situação.

https://zap.aeiou.pt/iemen-enfrentar-pior-fome-guterres-384355

Jornalistas estrangeiros denunciam “declínio da liberdade” na China !

A China utilizou as medidas para controlar o coronavírus, a intimidação e restrições de visto para limitar a cobertura jornalística estrangeira em 2020, dando início a um “rápido declínio da liberdade na media”, denunciou o Foreign Correspondents’ Club of China (FCCC).


Segundo noticiou esta segunda-feira a agência Reuters, o relatório anual do FCCC revelou que este é terceiro ano consecutivo em que os jornalistas indicam não ter havido melhorias nas condições de trabalho.

“Todos os braços do poder estatal – incluindo os sistemas de vigilância introduzidos para conter o coronavírus – foram usados ​​para assediar e intimidar jornalistas [estrangeiros], os seus colegas chineses e as pessoas” que estes tentaram entrevistar, indica o relatório.

De acordo com o documento, as autoridades usaram as medidas de saúde pública para negar aos jornalistas o acesso a áreas sensíveis, ameaçando-os com quarentena forçada. Foram também levantadas restrições de visto.

Pelo menos 13 correspondentes receberam credenciais de imprensa válidas por seis meses ou menos, disse a FCCC. Normalmente, os repórteres estrangeiros destacados na China recebem vistos de um ano, renováveis por iguais períodos. Os jornalistas terão também sido usados ​​como “peões” nas disputas diplomáticas do país.

O porta-voz do Ministério das Relações Externas chinês, Wang Wenbin, referiu que as alegações são “infundadas”. “Sempre recebemos a media e os jornalistas de todos os países para cobrir notícias na China de acordo com a lei”, disse, indicando que o país se opõe ao “preconceito ideológico” e às “notícias falsas em nome da liberdade de imprensa”.

A China expulsou mais de uma dezena de jornalistas estrangeiros de organizações de media norte-americanas em 2020. Washington também reduziu o número de jornalistas autorizados a trabalhar nos Estados Unidos (EUA) em quatro órgãos de comunicação estatais chineses.

Em setembro, a Austrália ajudou dois dos seus correspondentes estrangeiros a deixar a China, após serem questionados pelo Ministério de Segurança do Estado do país.

Em 2020, as autoridades chinesas detiveram Cheng Lei, um cidadão australiano que trabalhava para a media estatal chinesa, e Haze Fan, um cidadão chinês que trabalhava para a Bloomberg News, por suspeita de colocarem em risco a segurança nacional. Ambos permanecem detidos.

https://zap.aeiou.pt/jornalistas-estrangeiros-liberdade-china-384179

 

Nicolas Sarkozy condenado a três anos de prisão por corrupção !

Nicolas Sarkozy foi esta segunda-feira condenado a três anos de prisão por corrupção e tráfico de influências, tornando-se o segundo chefe de Estado condenado em França, após Jacques Chirac em 2011.


O ex-Presidente francês foi condenado a um ano de prisão efetiva e dois anos com pena suspensa, no âmbito do caso das escutas que remonta a 2014. O antigo chefe de Estado pode ainda recorrer da sentença.

Sarkozy, que esteve presente na audiência, não irá, no entanto, para a prisão, já que o tribunal o autorizou a ficar detido em casa com uma pulseira eletrónica.

O político de 66 anos, que foi Presidente de 2007 a 2012, foi condenado por ter tentado ilegalmente obter informações sobre uma ação judicial em que estava envolvido, através de um magistrado, Gilbert Azibert, a quem ofereceu, em troca, um cargo de prestígio no principado do Mónaco, em 2014.

De acordo com o jornal Público, o Tribunal nacional financeiro concluiu que um “pacto de corrupção” foi estabelecido pelo então Presidente francês e o juiz do Tribunal de Cassação, Gilbert Azibert, para que Sarkozy pudesse obter informações confidenciais que lhe diziam respeito no âmbito do caso Bettencourt – que envolve pagamentos da herdeira multimilionária Liliane Bettencourt, dona da L’Óreal, a membros do governo ligados ao então chefe de Estado para financiar a campanha eleitoral de Sarkozy em 2007.

A mulher de Azibert, delegada do Ministério Público, embora não estando envolvida no processo, também terá movido influências para recolher informação.

Segundo a condenação do Tribunal Criminal de Paris, Sarkozy “usou o seu estatuto de ex-presidente da República” para obter benefícios, revela o Observador.

“As ofensas prejudicaram seriamente a confiança do público ao incutir a ideia de que as decisões do Tribunal de Cassação [tribunal superior de recurso francês] podem ser objeto de acordos privados”, refere ainda a sentença.

Ainda muito influente dentro dos conservadores, apesar de se ter retirado da política, Sarkozy garantiu sempre que não cometeu nenhum crime e que estava ser vítima de uma caça às bruxas. De acordo com o advogado do político, Thierry Herzog, que também foi condenado no âmbito deste processo, este foi um caso que envolveu “fantasias” e teve por base “escutas ilegais”.

Sarkozy torna-se, assim, o segundo Presidente na história moderna de França a ser condenado por corrupção, depois de Jacques Chirac, falecido em 2019. Chirac foi julgado e condenado em 2011 num caso de empregos fictícios na cidade de Paris, mas sem nunca ter comparecido em tribunal, por motivos de saúde.

https://zap.aeiou.pt/sarkozy-condenado-tres-anos-prisao-384262

 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Cientistas descobrem uma Bomba Climática "Catastrófica no Ártico" !!!

 

Uma equipe de cientistas da Universidade de Washingtondo Laboratório Nacional de Los Alamos e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) descobriu que o conteúdo de água doce do Oceano Ártico aumentou em 40% nos últimos 20 anos.
Segundo eles a penetração de água doce no oceano Atlântico pode ter um efeito catastrófico no clima global. Um estudo relacionado foi publicado na revista Nature Communications.

Os cientistas notaram que o acúmulo de água doce no Oceano Ártico é devido ao derretimento do gelo ártico. Agora ele fica sobre a água salgada e é sustentado pelos ventos do Mar de Beaufort, formando assim uma espécie de cúpula.

Se os ventos diminuírem a água doce penetrará no Atlântico Norte incluindo o Mar do Labrador e isso terá um efeito catastrófico nas grandes correntes oceânicas no Oceano Atlântico bem como na circulação de águas frias e quentes.
Visualização da acumulação de água doce no Oceano Ártico. 
                                                       Foto: Facebook / Francesca Samsel

Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisar o modelo de circulação do oceano que os ajudou a rastrear a distribuição de água doce no mar de Beaufort de 1983 a 1995. Verificou-se que a maior parte da água doce atingiu Labrador através do arquipélago ártico canadense.

Durante este evento a salinidade do Labrador diminuiu 0,2-0,4 partes por mil. No momento o volume de água doce do Mar de Beaufort é o dobro da última vez e chega a 23 mil quilômetros cúbicos.

De acordo com os cientistas, o impacto exato dessa “bomba” de água doce no Atlântico não pode ser previsto mas é seguro dizer que terá impacto no clima de todo o hemisfério norte.

Os cientistas afirmaram anteriormente que o derretimento das geleiras pode ser "Mais Perigoso do que o Coronavírus". Segundo eles se em um futuro distante a humanidade tiver a chance de apagar as memórias “cobiçadas” do arquivo isso não funcionará com as geleiras.
"O derretimento do permafrost na Sibéria e no Himalaia está liberando as bactérias e Vírus mais Antigos"
O permafrost ou pergelissolo (em português) é o tipo de solo encontrado na região do Ártico. É constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados (do inglês perma = permanente, e frost = congelado, ou seja: solo permanentemente congelado).

http://ufosonline.blogspot.com/

Quando um tigre vale mais morto do que vivo - A sórdida realidade das quintas de procriação !

Em alguns países asiáticos, quintas de procriação de tigres exploram até ao tutano o valor económico do animal, submetendo-o a condições de vida degradantes.


Tigres já foram puderam ser encontrados em grande parte da Ásia, do leste da Turquia à Sibéria e Indonésia. Hoje, eles estão reduzidos a viver em apenas 6% da sua área anterior. Em muitas dessas áreas, os tigres já nem são mais avaliados como animais selvagens à solta, mas apenas como produtos para lucro financeiro, valendo mais mortos do que vivos.

Tigres em partes do leste e sudeste da Ásia podem vir engarrafados, vendidos abertamente em centros de criação industrial como vinho de osso de tigre, uma mistura que supostamente trata a artrite, reumatismo e até impotência. Eles também vêm em pratos, cozinhados e preparados para ricos empresários e burocratas ávidos exibirem o seu status social elevado, servidos em salas de jantar enfeitadas com caros tapetes de pele de tigre.

O comércio começa com uma estimativa de 8.000 tigres mantidos em cativeiro numa série de quintas por toda a China e também em Laos, Tailândia e Vietname, muitas vezes em condições terríveis. Muitos estão alojados em pequenos recintos espartanos de cimento, mal grandes o suficiente para oferecer qualquer oportunidade até mesmo para os exercícios mais leves.

Tigres criados pelos seus ossos são frequentemente desnutridos, as suas mortes deliberadamente induzidas pela fome. Como explica um trabalhador de um parque de tigres no norte da China, “um esqueleto é, no final do dia, apenas um saco de ossos. Quem é que se importa com a aparência quando está vivo?”.

Os tigres criados pela sua carne sofrem um destino diferente, frequentemente bombeados com líquido e alimentados à força para torná-los o mais gordos possível, já que o valor de uma carcaça para comida é medido apenas pelo peso. No final das suas vidas, muitos mal conseguem ficar de pé, os seus estômagos rastejam pelo chão. E uma pele é uma pele – desde que o tigre não esteja ferido, a pele ainda terá valor, independentemente do peso da criatura que a carregou.

Embora a maior parte do valor de um tigre seja derivada após a sua morte, os operadores de quinta de tigres, no entanto, procuram espremer cada grama de lucro possível durante a vida dos tigres.

Por essa razão, o seu ciclo de vida é gerido em três fases distintas – reprodução, desempenho e colheita – seguidas por um quarto estágio de produção pós-morte. Em suma, estas quintas nada mais são do que fábricas de procriação rápida, fornecendo a matéria-prima para produtos de luxo de alta qualidade.

A tigresa senta-se no topo deste tapete rolante, oferecendo um suprimento constante de filhotes. Esses filhotes, uma vez nascidos, são rapidamente removidos da sua mãe para trazê-la de volta ao cio. Os filhotes são então movidos para áreas de interação onde os visitantes podem pagar para acariciá-los e alimentá-los, proporcionando uma oportunidade perfeita para selfies para as redes sociais.

Um “zoo” de tigres na Tailândia, perto da cidade turística de Pattaya, empregou algumas táticas bizarras para maximizar o valor de entretenimento dos animais. Numa barraca, filhotes de tigre envoltos em casacos de pele de porco podiam ser vistos a serem amamentados por uma porca, enquanto a poucos metros, uma tigresa agia como ama-de-leite para leitões vestidos com peles de tigre minúsculas.

Filhotes e adolescentes machos mais velhos eram forçados a realizar truques de circo enquanto outros desfilavam, em grupos, ao redor de recintos maiores onde os visitantes podiam comprar animais vivos para serem soltos como presas.

Como estes tigres foram criados em cativeiro, muitas vezes não têm a habilidade de matar, então o gado sacrificial e maltratado frequentemente precisa de ser removido e abatido manualmente antes de ser devolvido à arena como pedaços de carne.

Enquanto isso, filhotes fêmeas mais velhos são transferidos para ocupar o seu lugar na linha de produção. Finalmente, quando uma nova geração de tigres emerge para assumir essas funções, os animais mais velhos são enviados para o estágio de colheita. Além de vinho, carne e peles, há também mercado de olhos, bigodes, dentes, garras e até pénis. Na verdade, quase todas as partes de um tigre recebem um valor financeiro.

As quintas de tigres tornaram-se um grande negócio e, para crescer, os seus proprietários reconhecem a necessidade de inovação constante. Por exemplo, uma investigação recente descobriu a existência de joias de osso de tigre rosa produzidas por uma quinta de tigres em Laos.

A cor distinta dos ornamentos é obtida removendo os ossos do tigre enquanto ele está sedado, mas ainda muito vivo.

https://zap.aeiou.pt/quintas-tigres-transformaram-animal-numa-especie-vale-morta-do-viva-383483

 

 

Denunciantes da Amazon alertam que os dados de milhões de pessoas estão em risco !

Denunciantes da Amazon alertam que os dados de milhões de pessoas estão em risco devido à falta de preocupação da empresa com a cibersegurança.


A par da Google, Apple, Microsoft e Facebook, a Amazon é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. No entanto, os esforços da empresa norte-americana para proteger a informação que recolhe dos seus utilizadores é inadequada, alertam whistleblowers da empresa.

De acordo com alguns funcionários da Amazon, as falhas de segurança da empresa expõem as informações dos utilizadores a possíveis fugas, furtos e exploração, escreve o POLITICO. Desde informações do cartão de crédito até dados privados de saúde, nada está livre de eventuais fugas de informação, tanto na União Europeia como nos Estados Unidos.

Os funcionários que denunciaram o problema ao POLITICO tentaram alertar os seus superiores, mas dizem ter sido marginalizados ou demitidos da empresa, naquilo que argumentam ser uma retaliação profissional.

Os denunciantes alegam que na Amazon reina uma cultura empresarial que prioriza o crescimento em relação a outros fatores, como a segurança dos dados dos clientes, o cumprimento de regras criadas para proteger essa informação e as carreiras dos funcionários contratados para sinalizar esse tipo de problemas.

“Imagine se uma empresa do tamanho da Amazon tivesse uma fuga? O problema é que as informações de identificação pessoal de milhões de pessoas estão em risco”, disse um dos ex-funcionários de segurança de informação nos Estados Unidos.

Em resposta, um porta-voz da Amazon garantiu que esta é uma “prioridade máxima de longa data” da empresa.

“Estas alegações imprecisas, não comprovadas e desatualizadas não refletem o nosso compromisso em manter as informações pessoais seguras. A Amazon possui políticas, procedimentos e tecnologias de segurança e privacidade abrangentes e estabelecidas há muito tempo. Auditamos regularmente os nossos serviços para garantir a conformidade e temos tolerância zero para funcionários que não seguem as nossas políticas”, disse o porta-voz da empresta tecnológica.

https://zap.aeiou.pt/dados-pessoas-risco-amazon-383781

 

Mais 18 mortos nos protestos em Myanmar - Embaixador na ONU afastado !

18 manifestantes foram mortos em Myanmar, este domingo, por forças de segurança que dispersavam com violência as manifestações pró-democracia.


As primeiras notícias apontavam para seis vítimas mortais. Três manifestantes foram mortos em Dawei (no sul do país), enquanto dois adolescentes, de 18 anos, morreram em Bago (centro), de acordo com as equipas de resgate. Uma sexta pessoa morreu em Yangon, disse um ex-deputado do Liga Nacional para a Democracia, partido da chefe de Governo deposta, Aung San Suu Kyi.

Entretanto, a Comissão das Nações Unidas confirmou que o número de vítimas mortais subiu para 18, havendo ainda 30 feridos a registar.

“A polícia e as forças militares enfrentaram manifestações pacíficas, usando força letal e menos do que letal que, de acordo com informações oficiais recebidas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, fez pelo menos 18 mortos e mais de 30 feridos”, informou, citada pela RTP.

“Condenamos veementemente a repressão cada vez mais violenta sobre os protestos em Myanmar e pedimos aos militares que parem imediatamente de usar a força contra manifestações pacíficas”, disse Ravina Shamdasani, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, em comunicado.

Myanmar está a viver, este domingo, um novo dia de manifestações em massa, depois da violência policial do dia anterior, quando 479 pessoas foram detidas sob a acusação de “protestos contra o Estado”.

Apesar da repressão, milhares de birmaneses voltaram hoje às ruas para rejeitar o golpe militar de 1 de fevereiro e exigir a libertação dos políticos eleitos detidos, incluindo a líder deposta e Prémio Nobel da Paz.

Até sábado, oito pessoas tinham morrido em resultado da violência desencadeada após o golpe, três delas mortas a tiro pela polícia, segundo dados da Associação de Assistência aos Prisioneiros Políticos na Birmânia, tendo sido detidas desde o início da revolta 854 pessoas, das quais 83 já foram libertadas.

A junta militar, chefiada pelo general Min Aung Hlaing, acusado de genocídio por alegadamente ter orquestrado a campanha de violência contra os rohingya em 2017, no oeste do país, afirmou que a polícia utiliza o mínimo de força contra as manifestações.

Este sábado, avança o jornal Público, o embaixador birmanês nas Nações Unidas, Kyaw Moe Tun, foi afastado pelos militares, um dia depois de ter feito um apelo à comunidade internacional para auxiliar na “restauração da democracia” de Myanmar.

O anúncio da demissão foi feito através da televisão estatal, que acusou o diplomata de “trair o país”, de ter falado em nome de “uma organização não-oficial que não representa o país” e de “ter abusado do poder e responsabilidades de um embaixador”.

Os militares justificam o golpe de estado alegando fraude eleitoral cometida nas eleições legislativas de novembro, nas quais a Liga Nacional para a Democracia venceu por esmagadora maioria.

Tanto os observadores internacionais como a comissão eleitoral deposta pela junta militar após a tomada do poder negaram a existência de irregularidades, apesar da insistência de alguns comandantes do Exército, cujo partido detém 25% dos lugares no Parlamento.

A comunidade internacional tem anunciado sanções contra os líderes do golpe militar, incluindo o general Min Aung Hlaing, presidente do Conselho Administrativo de Estado e autoridade máxima em Myanmar.

https://zap.aeiou.pt/seis-mortos-protestos-myanmar-384017

 

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