sábado, 20 de fevereiro de 2021

Steve Irwin: conheça sua trágica morte e como ela foi gravada !

O famoso Caçador de Crocodilos, Steve Irwin, teve sua morte documentada em 2006. No momento, ele gravava um vídeo relativamente simples. Afinal, estava apenas nadando ao lado de uma arraia. Porém, o animal se sentiu intimidado e Irwin foi atingido por seus ferrões.

Ele ficou famoso no final dos 90, apresentando o programa The Crocodile Hunter. No show, Steve encontrava diversas criaturas perigosas e se tornou um verdadeiro especialista da vida selvagem. Por mais que muitos se preocupassem com sua segurança, ele sempre conseguiu se proteger. Até os últimos momentos de sua vida.

A trágica morte

No dia 4 de setembro de 2006, o apresentador e sua equipe foram para um recife gravar um novo quadro chamado “Ocean’s Deadliest” (Os Mais Letais do Oceano). O plano era filmá-lo com um tubarão-tigre, mas eles não conseguiram encontrar a criatura. Logo, eles decidiram filmar Steve ao lado de uma arraia para outro projeto.

O roteiro dizia que Irwin deveria nadar até o animal e a equipe gravaria o momento em que ela fugiria. Afinal, as arraias normalmente são criaturas calmas e que costumam fugir ao se sentirem ameaçadas. Portanto, ninguém imaginou que, em vez de seguir esse instinto, ela atingiria o peito do apresentador.  

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Os ferrões entraram no corpo do homem várias vezes enquanto a equipe de gravação filmava. Segundo eles, ninguém percebeu como suas feridas eram sérias até que o sangue se espalhou pela água. Então, eles conseguiram levá-lo de volta ao barco para tentar salvá-lo.

Em seus últimos momentos, ele dizia que a arraia tinha perfurado seu pulmão. Mas, na verdade, o ferrão atingiu seu coração. Por isso, as feridas eram extensas demais para que qualquer um pudesse salvá-lo e Steve Irwin, o famoso Caçador de Crocodilos de apenas 44 anos, teve sua morte inesperada completamente documentada.

https://www.megacurioso.com.br/misterios/117666-steve-irwin-conheca-sua-tragica-morte-e-como-ela-foi-gravada.htm

 

A trágica morte

No dia 4 de setembro de 2006, o apresentador e sua equipe foram para um recife gravar um novo quadro chamado “Ocean’s Deadliest” (Os Mais Letais do Oceano). O plano era filmá-lo com um tubarão-tigre, mas eles não conseguiram encontrar a criatura. Logo, eles decidiram filmar Steve ao lado de uma arraia para outro projeto.

O roteiro dizia que Irwin deveria nadar até o animal e a equipe gravaria o momento em que ela fugiria. Afinal, as arraias normalmente são criaturas calmas e que costumam fugir ao se sentirem ameaçadas. Portanto, ninguém imaginou que, em vez de seguir esse instinto, ela atingiria o peito do apresentador.  

(Fonte: Getty Images/Reprodução)
(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Os ferrões entraram no corpo do homem várias vezes enquanto a equipe de gravação filmava. Segundo eles, ninguém percebeu como suas feridas eram sérias até que o sangue se espalhou pela água. Então, eles conseguiram levá-lo de volta ao barco para tentar salvá-lo.

Em seus últimos momentos, ele dizia que a arraia tinha perfurado seu pulmão. Mas, na verdade, o ferrão atingiu seu coração. Por isso, as feridas eram extensas demais para que qualquer um pudesse salvá-lo e Steve Irwin, o famoso Caçador de Crocodilos de apenas 44 anos, teve sua morte inesperada completamente documentada.

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Site mostra mortes e tragédias que ocorreram em quartos de hotéis !

Um grupo de investigadores e entusiastas das “estranhezas” do mundo criou, através de relatos e lendas compartilhadas por várias pessoas, o site RoomSpook, que conta histórias por trás de vários quartos e apartamentos dos Estados Unidos envolvendo crimes bárbaros, atividades sobrenaturais relatadas e até mesmo infestação de insetos.

O RoomSpook foi desenvolvido em 2020, de forma a ajudar pessoas a dormirem em locais relativamente tranquilos e que não foram assombrados por fatos trágicos. 

(Fonte: RoomSpook/Reprodução)
(Fonte: RoomSpook/Reprodução)

Segundo a equipe da companhia, são acompanhados relatos envolvendo suicídios, assassinatos, acidentes, mortes por causas naturais, doenças transmissíveis (incluindo covid-19), estupros, assaltos, vítimas de tiros policiais e insetos de cama, que ficam registrados nas páginas de apartamentos espalhados por Nova York, Las Vegas e Los Angeles para consulta prévia.

O site reúne evidências não somente de relatos pessoais, mas de notícias de jornais, investigações de autoridades e muitos outros veículos de imprensa que realizam a cobertura sobre incidentes em hotéis, motéis e pousadas. Dessa forma, o RoomSpook já conseguiu coletar milhares de informações relevantes desde o primeiro caso reportado, quando uma mulher caiu inesperadamente de um elevador no Waldorf Hotel, em 1893.

Para os interessados em aventuras duvidosas e em sentir o clima macabro de alguns apartamentos, o RoomSpook também traz um sistema premium para usuários, no qual é possível filtrar as hospedagens por eventos, e emitir um relatório completo sobre o incidente para uma melhor avaliação pessoal. Parte do dinheiro obtido com o serviço é doado para a Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio.

Sim, o Hotel Cecil do misterioso caso de Elisa Lam também aparece!

Como não poderia faltar, o Hotel Cecil, na 206 West 118th Street em Nova York, faz parte do vasto catálogo do site, e os clientes podem fazer uma consulta para ver todos os principais escândalos que aconteceram no local, incluindo o misterioso — e ainda sem resposta — desaparecimento da estudante Elisa Lam, na primeira metade de fevereiro de 2013.

Desde 1924, o Hotel Cecil vem sendo palco para inúmeros eventos bizarros envolvendo suicídios e crimes terríveis, tendo abrigado serial killers como Richard Ramirez e Jack Unterweger. Só por esse nível, já é possível entender o que espera os clientes que visitam o RoomSpook, sendo levados a conhecer um mundo obscuro de situações que certamente prometem apavorar mesmo os mais corajosos.

https://www.megacurioso.com.br/misterios/117668-site-mostra-mortes-e-tragedias-que-ocorreram-em-quartos-de-hoteis.htm
 

 

A invenção da bruxaria no século XV e a descrença das pessoas

Quando falamos em bruxarias, feitiços ou caça às bruxas nos dias atuais, normalmente alguém nos acusa de ter ideias “medievais”, numa asserção de que teria sido durante a Idade Média, ou seja, do ano 500 ao 1500 d.C, o período em que as pessoas acreditavam em magias, monstros e fadas.

Mas a verdade é que a figura da bruxa surgiu, ou foi inventada, pela primeira vez na Europa já no final da Idade Média. Isso quer dizer que, embora os componentes isolados da feitiçaria, como os malefícios, o diabolismo e as religiões heréticas, fossem considerados como reais naquela época, foi somente no final do século XV, já na época das grandes navegações, que esses conceitos se fundiram na ideia de bruxaria.

Fonte: Wellcome Collection/Reprodução
Fonte: Wellcome Collection/Reprodução

Também é dessa época um conceito que constitui um dos elementos mais implacáveis com reflexos nos dias atuais: o estereótipo de que a bruxaria está relacionada às mulheres em vez de homens. Isso ficou explícito num dos textos mais famosos sobre as bruxas, o Malleus maleficarum, escrito pelo inquisidor Heinrich Kramer no ano de 1486, o verdadeiro manual de caça às bruxas.

Terrivelmente misógino, o trabalho de Kramer correlacionava feitiçaria com o que ele acreditava ser uma fraqueza espiritual das mulheres e uma tendência natural delas para o mal. A conclusão do dominicano era de que “toda feitiçaria vem da luxúria carnal, que nas mulheres é insaciável”.

A dificuldade em inventar a bruxaria satânica

Uma vez que, até os meados do século XV, as pessoas tinham uma noção indistinta de bruxaria, limitada a ocorrências esporádicas, coube a um pequeno grupo de escritores da Europa Central, a maioria inquisidores da Igreja Católica, teólogos e magistrados leigos, a tarefa de descrever, na década de 1430, o que seriam os rituais satânicos.

Esses eventos seriam assembleias horríveis, nas quais as bruxas se reuniam para adorar os demônios, com quem realizavam orgias, nas quais devoravam bebês assassinados, além de outros atos e rituais bizarros. As cerimônias descritas tinham um local em comum: uma região localizada ao redor dos Alpes ocidentais.

Fonte: Wellcome Images/Wikipedia/Reprodução
Fonte: Wellcome Images/Wikipedia/Reprodução

O motivo para esses homens desenvolverem essa sistematização do mal tinha objetivos puramente práticos: os inquisidores da igreja, dedicados a torturar hereges desde o século anterior, estavam “perdendo clientes” e, para expandir suas jurisdições, necessitavam de novos crimes e barbaridades.

O mais curioso de tudo isso é que, naquela época, os autores acabaram quebrando a cara, porque os leitores não acreditaram naquelas histórias fantásticas. O próprio Heinrich Kramer, autor do Malleus maleficarum, ao tentar iniciar uma caça às bruxas na cidade de Innsbruck, na Áustria, foi expulso pelo bispo local, que o acusou de estar ficando totalmente caduco.

A caça às bruxas

Kramer não se deu por vencido e, em 1484, possivelmente com o seu manual de caça às bruxas, também conhecido como Martelo das Bruxas, já parcialmente concluído, conseguiu obter do papa Inocêncio VIII, uma bula papal que lhe concedia o poder de punir quaisquer pessoas, “corrigindo-as, multando-as, prendendo-as, punindo-as, na proporção de seus crimes”.

Fonte: Wikipedia
Fonte: Wikipedia

De posse de uma “licença para matar” emitida pelo Vaticano, Kramer e um outro dominicano chamado James Sprenger iniciaram a construção da figura da “feiticeira”, um fator essencial para que o medo da bruxaria crescesse. Dessa forma, os clérigos puderam levar adiante seu plano de dar início às perseguições tão logo recebidas as denúncias sobre as pessoas que praticavam atos de feitiçaria.

Com o passar do tempo, mais gente passou a aceitar as ideias de Sprenger e Kramer, não só porque as autoridades eclesiásticas e do estado lhes diziam que os ritos eram reais, mas às vezes para detalhar falsas acusações por motivos políticos ou perseguição a determinadas mulheres que detinham certo conhecimento de plantas e métodos de curas.

O menosprezo às mulheres

Fonte: WallpaperSafari/Reprodução
Fonte: WallpaperSafari/Reprodução

Mesmo com a maioria das pessoas rejeitando a ideia de que aquela malevolência era real, a satanização do sexo feminino, associando-o ao pecado, luxúria, fraqueza e maldade, parece ter funcionado bem para os inquisidores: de 1400 a 1700 (na Idade Moderna, portanto), 50 mil pessoas foram executadas por bruxaria, em sua grande maioria mulheres.

Pode-se dizer que o projeto de aniquilação da bruxas coincide com a aniquilação da dignidade do sexo feminino. O discurso de suspeita e depreciação da mulher, a sua associação a rituais satânicos, e a elaboração de um manual para identificar e punir bruxas ainda ratifica, após tantos séculos, uma suposta presunção de “inferioridade” do sexo feminino. 

https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117679-a-invencao-da-bruxaria-no-seculo-xv-e-a-descrenca-das-pessoas.htm

Daniele Alves - O suicídio que foi transmitido em rede nacional !

Em 20 de maio de 1991, o SBT lançou o telejornal Aqui Agora com o intuito de popularizar a linguagem do jornalismo, dando aos telespectadores informação e entretenimento, com repórteres correndo com a polícia atrás de bandidos e matérias recheadas de um sensacionalismo melodramático que causava um clamor popular. O programa era o inverso do TJ Brasil, apresentado pelo notório Boris Casoy, e também do Jornal Nacional da Rede Globo, o que na época causou um alarde na corrida por audiência.

Foi assim que nasceu o primeiro tipo de telejornal conhecido como “pinga sangue”, cujo único intuito é se autopromover como um tipo de “justiceiro da Segurança Pública”, e apresentar “o que acontecia no Brasil”, como o drama das famílias das vítimas que era explorado até a última gota pelas perguntas invasivas e retóricas dos repórteres. Informar, no final das contas, se tornou a última das preocupações.

Com nomes que se tornaram famosos, como Ivo Morganti, Christina Rocha, Patrícia Godoy, Adilson Maguila Rodrigues, Celso Russomanno e Roberto Cabrini, o noticiário baseado no telejornal argentino Nueve Diario se tornou um sucesso instantâneo, com seus picos de audiência contaminado as demais atrações do SBT. Em 1993, o sucesso dividiu o telejornal em duas edições, com a primeira parte sendo exibida às 18h30, e a segunda entrando no ar às 19h45, tendo o jornal do Boris Casoy entre os dois.

(Fonte: VEJA/Reprodução)
(Fonte: VEJA/Reprodução)

E apesar de todos os nomes de peso que compunham o time do noticiário, nada superava o ícone do rádio popular, Gil Gomes, que cobria o perturbador quadro policial com sua voz marcante e comportamento irreverente, considerado mais “chulo” e também muito mais próximo da “linguagem cotidiana”. Ele era o que “todos os brasileiros pensavam” das situações, com a agressividade e revolta necessária, e por isso se tornou tão adorado.

Por incrível que pareça, no mesmo ano em que o Aqui Agora atingiu seu ápice de popularidade, foi o mesmo em que se iniciou um debate sobre os limites do jornalismo e como a invasão do sensacionalismo em casos policiais e nas vidas das pessoas poderia simplesmente destruí-las.

Um corpo que cai

(Fonte: Rota News/Reprodução)
(Fonte: Rota News/Reprodução)

Em 5 de julho de 1993, a equipe de reportagem do SBT, que tinha rádios sintonizados na mesma frequência que os das corporações da Defesa Civil, ouviu um chamado para que o Corpo de Bombeiros se encaminhasse para o centro da capital de São Paulo para uma ocorrência de uma jovem que estava sentada a 25 metros do chão na beirada do topo de um edifício residencial.

O repórter Sérgio Frias com o cinegrafista José Meraio chegaram ao local às 11h daquele dia, praticamente com a equipe dos socorristas.

Longe do chão, Daniele Alves Lopes, então com 16 anos, estava obstinada em pular para a sua morte.

(Fonte: TV Foco/Reprodução)
(Fonte: TV Foco/Reprodução)

Por aproximadamente 15 minutos, a jovem ficou encarando lá do alto a lente do Aqui Agora, totalmente alheia aos esforços dos bombeiros. E então, ela simplesmente pulou do 7º andar diante de todos, e a câmera acompanhou toda a trajetória de seu corpo sendo atraído pela gravidade até a pancada dilacerante no chão de concreto. “Ela pulou, ai meu Deus”, foi tudo o que Sérgio Frias foi capaz de falar.

Com o óbito declarado na ambulância a caminho do hospital, a jovem recepcionista Daniele Alves Lopes não deixou nenhum bilhete de despedida, porém sua amiga Vânia Maria Duarte de Oliveira (15), em entrevista à Folha de São Paulo, relatou que ela sofria há 3 anos por um amor que não era correspondido, e que a dor seria o único motivo para que ela decidisse colocar um ponto final em tudo.

“Um flagrante da cidade”

(Fonte: OCP News/Reprodução)
Gil Gomes. (Fonte: OCP News/Reprodução)

Às 20h30 daquele mesmo dia, o Aqui Agora entrou no ar após anunciar durante toda a primeira edição que possuía um caso dramático e horrendo para apresentar. O programa exibiu sem censura alguma o suicídio de Daniele, mostrando até o seu corpo quase sem vida no chão, elevando a audiência do programa em 33,5%, de acordo com o Ibope. A matéria de 10 minutos alcançou 20 pontos na Grande São Paulo, o equivalente a 800 mil domicílios sintonizados, em contraste com os 15 pontos que normalmente o noticiário fazia.

Apesar do evidente “sucesso”, a postura do telejornal foi extremamente condenada por outros jornais e especialistas. Maria Baccega, então professora da Escola de Comunicações da USP, declarou à Folha que o programa fez foi tornar algo sério como uma mórbida atração. “O SBT misturou realidade com ficção. Agora não sabemos se a menina se suicidou porque queria morrer ou por iria sair na televisão”, declarou a professora.

Essa pressão midiática e o medo do vexame após a documentação de seu caso, também foi contestado pelo psicanalista Jurandir Freire Costa. “O Aqui Agora trabalha com dissimulação”, afirmou o profissional. “Eles se apresentam cheios de bons sentimentos, se horrorizam com o público, mas são abutres”.

(Fonte: Youtube/Reprodução)
(Fonte: YouTube/Reprodução)

Marcos Wilson, o então diretor de jornalismo do SBT, disse que captar o suicídio de Daniele não passou de “um flagrante da cidade”. “Nós tivemos a preocupação de avisar ao telespectador que as imagens eram fortes, pedimos para que as crianças não assistissem e mostramos que o suicídio nunca é a saída”, alegou Wilson. Ele reafirmou que não houve abuso jornalístico e que a exibição foi uma decisão editorial.

O Aqui Agora foi enfraquecido com o processo de 1 milhão de reais por danos morais que o SBT recebeu dos advogados dos pais de Daniele Alves, em setembro de 1994. No entanto, isso não parou a jornada dos noticiários “pinga sangue”.

https://www.megacurioso.com.br/misterios/117676-daniele-alves-o-suicidio-que-foi-transmitido-em-rede-nacional.htm

 

Desemprego, dificuldades financeiras e sociais continuarão em 2021 !

Todos os cenários projetam que a perda de jornada de trabalho continuará, ou seja, a angústia financeira e social de milhões de pessoas continuará em 2021 e além, estima a OIT.
 
Com essa previsão, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apresentou suas projeções para o mercado de trabalho para este ano, que mostram que a maioria dos países experimentará uma recuperação frágil, que será fortalecida à medida que os programas de vacinação contra SARS-Cov-2 entrarem em vigor.
 
No final de janeiro, o Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder reconheceu que esta tem sido a crise mais grave para o mercado de trabalho desde a Grande Depressão dos anos 1930, e que seu impacto é muito maior do que o da crise financeira global de 2009.

No entanto, ele anunciou: 'Tenho o prazer de dizer que há algumas notícias relativamente encorajadoras em tudo isso, vemos sinais provisórios de recuperação, mas são frágeis, incertos e as perspectivas são notavelmente confusas.'

'Este ano mais horas serão perdidas e, possivelmente, no próximo ano', disse Ryder.

Em um de seus últimos relatórios sobre a crise gerada pela pandemia de Covid-19, a OIT afirmou que no ano passado 8,8% das horas de trabalho foram perdidas em todo o mundo, aproximadamente quatro vezes mais do que na recessão de 2009.

Esses impactos em relação ao ano anterior equivalem a 255 milhões de empregos em tempo integral e incluem um número sem precedentes de 114 milhões de trabalhadores que entraram nas listas de desempregados, e outros cuja jornada foi reduzida devido às restrições.

Isso se traduziu em uma redução de 8,3% da renda mundial do trabalho, ou seja, 3,7 trilhões (milhões de milhões) de dólares ou 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, segundo cálculos da OIT.

Nesse sentido, Ryder considerou especialmente preocupante que 71 por cento dos empregos perdidos -81 milhões de pessoas-, foram produzidos por inatividade, ou seja, essas pessoas simplesmente deixaram o mercado de trabalho, ou não puderam trabalhar devido às restrições da pandemia , por obrigações sociais, ou desistiram de procurar trabalho.

Apesar do alto grau de incerteza que ainda existe, as projeções mais recentes para 2021 mostram que na maioria dos países haverá uma recuperação relativamente forte na segunda metade do ano. 'Os sinais de recuperação que estamos vendo são encorajadores, mas são frágeis e altamente incertos, e deve-se lembrar que nenhum país ou grupo pode se recuperar por conta própria', disse Ryder.

O controle da pandemia, bem como o aumento da confiança do consumidor e do empresário, levaria à situação mais favorável, embora em todos os casos o número de horas de trabalho nas Américas, Europa e Ásia diminua ainda mais o dobro do que em outras regiões.

Portanto, o mundo tem diante de si duas opções: uma leva a uma recuperação desigual e insustentável, com crescentes desigualdades e instabilidade, provavelmente exacerbando a crise.

A outra leva a uma ressuscitação centrada nas pessoas, a fim de melhor reconstruir e promover o emprego, a renda e a proteção social, bem como os direitos dos trabalhadores e o diálogo social, o que leva a um cenário duradouro, sustentável e inclusivo, considerado pela OIT como o caminho a seguir para os formuladores de políticas.

https://patrialatina.com.br/desemprego-dificuldades-financeiras-e-sociais-continuarao-em-2021/

 

Programa nuclear do Irão !


Rogério Anitablian

NATO AUMENTA PRESENÇA NO IRAQUE !


Rogério Anitablian

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Suspeito de terrorismo revelou plano para envenenar a Família Real com um gelado !

Sahayb Abu, que está a ser julgado na Grã-Bretanha por alegadamente ter planeado um ataque terrorista, revelou um suposto plano para envenenar o gelado do Príncipe George, filho de William e Kate.


O filho dos duques de Cambridge, o Príncipe George, de 7 anos, estava entre os alvos de um ataque terrorista. O plano do grupo de extremistas seria envenenar os gelados vendidos no Sainsbury’s.

A revelação foi feita durante uma conversa gravada por um agente secreto, conhecido como Rachid, que ganhou a confiança do rapper e suposto jihadista Sahayb Abu, avança o jornal britânico Independent.

O jovem, de 27 anos, foi preso em julho após ter comprado uma espada, uma faca, uma balaclava e luvas, isto depois de ter partilhado uma música rap com uma letra violenta com os irmãos. Está agora a ser julgado em Old Bailey.

Abu é acusado de planear um ataque terrorista durante a pandemia, que tinha como objetivo atacar as sedes diplomáticas estrangeiras em Londres, incluindo os consulados dos Estados Unidos, Israel, Índia, Rússia e Arábia Saudita.

Segundo o matutino, o plano para envenenar o príncipe foi elaborado pelo já condenado islâmico Husnain Rashid, um propagandista pró-Isis.

“Sabes qual era o plano dele? Eu diria que, já que a residência da Família Real é lá, iam até à loja Sainsbury’s mais próxima e colocavam veneno nos gelados para que a Família Real os comprasse”, contou Abu ao agente infiltrado, acrescentando, porém, que a ideia era pouco inteligente.

“Eles iam comprar alguns gelados e, provavelmente, o filho ia comê-los”, revelou o suposto jihadista, acrescentando que a intenção seria envenenar a criança e a família inteira. As informações constam de uma transcrição do encontro entre Abu e o agente secreto.

Rashid foi condenado a prisão perpétua, com uma pena mínima de 25 anos, em 2018 por uma série de crimes terroristas, incluindo preparação de atos terroristas e incentivo ao terrorismo.

Por sua vez, Abu nega ter preparado qualquer ato de terrorismo. O jovem foi preso no dia 9 de julho, dias depois de enviar uma música a dois dos seus irmãos que terminava com as palavras: “Minha haste (faca) penetrou em ti, peguei no meu colete suicida – um clique, bum, e vejo-te mais tarde.”

O seu irmão, Mohamed Abu, nega ter divulgado informações sobre atos de terrorismo. O julgamento continua.

https://zap.aeiou.pt/envenenar-a-familia-real-com-gelado-381850

 

Profecia de 1997 diz que o mundo acabará quando as cidades começarem a fechar !

Em 15 de fevereiro de 2021 um aumento acentuado na atividade vulcânica foi registrado na cratera do Etna. Este vulcão interessa aos especialistas há muito tempo pois sua erupção pode levar a consequências terríveis até um deslocamento dos polos magnéticos.
 
Um dos sinais do fim do mundo pode ser a erupção do Etna. Como resultado o sul da Itália será completamente destruído. Mas ninguém pode sequer adivinhar quando exatamente isso vai acontecer. Ao mesmo tempo os especialistas encontraram uma profecia de 1997 que também fala sobre o fim do Mundo.

No final do século passado na Rússia, a velha Zípora (Схимонахиня Сепфора) fez uma profecia bastante interessante. Questionada sobre o fim do mundo ela disse que isso só aconteceria depois que as cidades começassem o fechamento.

Na verdade as cidades começaram a fechar depois que o coronavírus começou a se espalhar pelo Mundo. A anciã acrescentou ainda que a contagem regressiva começará a partir do fechamento das cidades.
 
Segundo ela esse período será de 7 anos. Durante este tempo muitos cataclismos, erupções vulcânicas e outras coisas acontecerão.

Agora resta esperar se o resto das predições da velha Zípora se cumprirão e se o fim do Mundo realmente acontecerá.
 
http://ufosonline.blogspot.com/

 

Multidão destrói monólito no Congo por medo dos ‘Illuminatis’ !

Multidão destrói monólito no Congo por medo dos 'Illuminatis'
Crédito: REUTERS/Kenni Katombe

Um monólito metálico que apareceu na República Democrática do Congo foi incendiado por uma multidão.
A misteriosa estrutura de metal de 3,6 metros, que apareceu em uma rotatória na capital Kinshasa no fim de semana, imediatamente atraiu preocupação e intriga, com alguns moradores tirando selfies e outros expressando preocupações sobre quem ou o que o colocou lá.

A paranóia em torno da estrutura foi tão grande que, na quarta-feira, uma grande multidão havia invadido a área. Armados com tochas, eles incendiaram o monumento e começaram a destruí-lo.

Alguns acreditavam que a estrutura, que acabou sendo composta por uma moldura interna coberta com finas folhas de metal, havia sido colocada ali por uma cabala ou organização secreta.

Alguns estavam até preocupados que adoradores satânicos ou visitantes extraterrestres fossem os responsáveis.

O morador do loca, Serge Ifulu, disse à Reuters:

“Acordamos e vimos um triângulo metálico. Ficamos surpresos porque é um triângulo que costumamos ver em documentários sobre maçons ou illuminatis.”

Desde então, o prefeito Babylon Gaibene enviou parte do material para ser analisado cientificamente.

Atualmente não está claro se a misteriosa estrutura está conectada ao fenômeno de 2020, que viu dezenas de monólitos misteriosos aparecerem em lugares aleatórios ao redor do mundo.

Na época, o coletivo de arte ‘The Most Famous Artist‘ assumiu a responsabilidade por dois monólitos nos Estados Unidos e começou a vender réplicas em seu site por US $ 45.000 a peça.

Outros também apareceram na Espanha, Alemanha, Colômbia, Bélgica e Reino Unido.

 

https://www.ovnihoje.com/2021/02/19/multidao-destroi-monolito-no-congo-por-medo-dos-illuminatis/

 

Nova variante de Covid 19 detetada no Japão !

O Japão confirmou ter detetado uma nova variante de covid-19 na região de Kanto, onde foram já confirmados 91 casos, além de outros dois identificados em aeroportos nipónicos. As autoridades acreditam que tenha chegado do exterior.


“Pode ser mais contagiosa do que as variantes convencionais e, se continuar a propagar-se internamente, pode levar a um rápido aumento de casos”, alerta Katsunobu Kato, porta-voz do governo japonês, à estação australiana ABC News.

A nova variante possui a mutação E484K na proteína spyke do SARS-CoV-2, à semelhança do que acontece com outras variantes.

O Japão já detetou 151 casos das variantes do Reino Unido, África do Sul e Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde daquele país.

O Governo nipónico está a reforçar a vigilância para travar a disseminação de novas variantes que podem ser mais resistentes à vacina contra a covid-19, num momento em que arrancou com o plano de vacinação.

Foi também identificado um novo surto num centro de imigração em Tóquio, onde 44 pessoas testaram positivo.

http://acconfidential.blogspot.com/

 

Human Rights Watch acusa China de ter ocultado informação sobre o Covid 19 à OMS em Wuhan !

A China ocultou informação sobre os primeiros casos de covid-19 há um ano, o que favoreceu os contágios, e fê-lo novamente na recente missão da Organização Mundial de Saúde (OMS) a Wuhan, denunciou a Human Rights Watch (HRW).


“A China claramente quer evitar ser acusada de ser o lugar onde começou a pandemia”, disse o diretor executivo da organização de defesa dos direitos humanos, Kenneth Roth, numa conferência de imprensa organizada pela Associação de Correspondentes das Nações Unidas (ACANU).

Segundo Roth, durante a missão dos especialistas da OMS a Wuhan, que terminou na semana passada, Pequim “recusou partilhar informação anónima sobre os primeiros casos”, quando apenas metade dos 174 identificados inicialmente estavam relacionados com o famoso mercado Huanan, em Wuhan, o que indicia encobrimento.

Do mesmo modo, “houve em Wuhan 92 doentes hospitalizados com sintomas semelhantes aos da covid-19 em outubro e novembro de 2019, mas a China só deu à OMS testes de anticorpos muito posteriores, sem radiografias ou análises de sangue, exames que teriam mostrado que o surto estava presente um ou dois meses antes do admitido“, disse, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Além disso, “Pequim continua a promover a teoria maluca de que a covid-19 pode ter sido causada pelo contacto com alimentos congelados, apesar de não haver provas de alguém em qualquer parte do mundo ter sido infetado desse modo”, sublinhou o responsável máximo da HRW.

Roth também criticou a missão de especialistas da OMS e outras organizações associadas por “darem crédito àquela teoria dizendo que a estão a investigar”, adiantando que significa “dar uma injeção de propaganda a Pequim”, numa altura em que o foco deveria ser “o que está a esconder”.

O ativista disse ainda que a missão não integrava “elementos de destaque da OMS”, salientando que a “supressão de informação é má para a saúde pública” porque “saber o que aconteceu é fundamental para evitar uma próxima pandemia covid-22 ou covid-23”.

O responsável da HRW admitiu não haver provas de que o SARS-CoV-2 tenha sido criado em laboratório, mas sublinhou que a opacidade chinesa ajuda a alimentar este tipo de suspeitas.

“Quanto mais a China esconde, mais credibilidade dá a essas teorias, porque as pessoas questionam-se sobre o que esconde… embora possa significar apenas que quer evitar ser apontada como o lugar onde começou outra doença infecciona, como aconteceu há quase 20 anos com o SARS”, frisou Roth.

A pandemia de covid-19 já provocou, pelo menos, 2.430.693 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 109,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

https://zap.aeiou.pt/hrw-acusa-china-ocultar-informacao-oms-381754

 

Sarkozy passa à frente de prioritários para receber vacina contra a covid-19 !

A revista L’Express avança que o ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy tomou a primeira dose da vacina contra a covid-19 em janeiro, no Hospital Militar de Percy, em Clamart. O antigo governante, de 66 anos, não entra nos grupos prioritários da vacinação.


Nicolas Sarkozy passou à frente de milhões de pessoas na vacinação contra a covid-19 e foi inoculado com a primeira dose da vacina, em janeiro, no Hospital Militar de Percy, em Clamart, na periferia de Paris. A notícia é avançada pela revista L’Express.

A notícia está a marcar a atualidade francesa. De acordo com a comunicação social, o antigo Presidente francês, de 66 anos, não entra nos grupos prioritários da vacinação definidos pelo Governo.

Segundo a RFI, o ex-governante conservador tem criticado com frequência a estratégia de vacinação do Governo de Emmanuel Macron. Até agora, em França, só os cidadãos com mais de 75 anos, profissionais da saúde e pessoas com comorbidades podem ser vacinados.

A revista francesa contactou a equipa de Nicolas Sarkozy, que recusou comentar o caso.

A campanha de vacinação em França arrancou na última semana de dezembro. As primeiras doses foram reservadas para os residentes em lares e profissionais desses estabelecimentos. Desde 18 de janeiro, a vacinação foi alargada a todos os idosos com mais de 75 anos e profissionais de saúde a partir de 50 anos.

https://zap.aeiou.pt/sarkozy-fura-fila-prioritarios-vacina-381826

 

UE abre infração contra Portugal, Alemanha e Roménia por falhas na lei contra a lavagem de dinheiro !

A Comissão Europeia abriu um procedimento de infração contra Portugal, considerando que a quarta diretiva europeia de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo através do sistema financeiro foi transposta de forma incorreta.


De acordo com o jornal Público, a Comissão Europeia, dirigida por Ursula von der Leyen, afirmou que Portugal, a Alemanha e a Roménia “devem resolver aspetos fundamentais do quadro de luta contra o branqueamento de capitais, tais como o intercâmbio adequado de informações com as unidades de informação financeira (UIF) [dos outros países], as obrigações de vigilância [que os bancos e outras entidades têm de ter] quanto à clientela e de cooperação adequada entre as UIF, ou a transparência dos registos centrais de beneficiários efetivos”.

Os três Governos têm agora dois meses para responder aos argumentos da Comissão.

O gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, que preside à comissão de coordenação das políticas de prevenção do branqueamento de capitais, disse, em declarações ao Público, que o fará “dentro do prazo estipulado” e promete pôr em marcha “todas as alterações” necessárias para cumprir a legislação​.

Questionado sobre quais foram os problemas colocados pela Comissão Europeia, o gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais afirmou que “respeitam a questões muito pontuais de índole profundamente técnica, como a delimitação de alguns conceitos financeiros complexos ou a extensão de determinadas obrigações de diligência, relativamente a algumas das quais a Comissão Europeia entende inclusivamente que a transposição pode ter sido mais exigente do que o necessário”.

Se Bruxelas continuar a considerar que persistem as deficiências, a Comissão Europeia pode avançar para a segunda fase da infração, enviando um parecer fundamentado.

Se o problema não for resolvido, poderá apresentar uma queixa perante o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE).

É a segunda vez num ano que Bruxelas coloca Portugal no radar por causa da transposição de diretivas europeias que se destinam a combater a lavagem de dinheiro. Em fevereiro do ano passado, depois de o país ficar sob atenção internacional por causa do Luanda Leaks, a Comissão Europeia abriu um procedimento de infração pelo facto de Portugal não ter concluído a transposição da quinta diretiva, o que acabaria por fazer mais tarde.

Em causa estava o atraso na operacionalização das orientações da diretiva mais recente.

https://zap.aeiou.pt/bruxelas-abre-infracao-contra-portugal-alemanha-e-romenia-por-falhas-na-lei-contra-a-lavagem-de-dinheiro-381830

 

Países apelam à sustentabilidade, mas lucram com os responsáveis pelas alterações climáticas !

O Reino Unido, a Noruega e o Canadá são três dos países que mais se congratulam pelo seu contributo na pegada ecológica. Contudo, por trás de todas as iniciativas, ainda existem ações que estão a contribuir de forma negativa para as alterações climáticas.


Em Oslo, na Noruega, os postes de eletricidade e os transportes públicos são alimentados por energias renováveis. Para economizar energia, as luzes inteligentes diminuem quando não há ninguém por perto. Nesta cidade, no que diz respeito à mobilidade, dois terços dos novos carros são elétricos.

A capital norueguesa, tal como o resto do país, orgulha-se das suas credenciais verdes. Só existe um problema: muitas das inovações ambientais de que o estado tanto se orgulha são financiadas pelo dinheiro proveniente da venda do petróleo. O país, além de ter uma ampla visão do futuro sustentável, também é um grande exportador de combustíveis fósseis – e pretende manter o negócio.

No entanto, há outros exemplos de países que apregoam a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, lucram com o que está a causar as mudanças climáticas.

No caso do Reino Unido, o país irá receber uma conferência do clima ainda este ano, mas ainda assim está a pensar em abrir uma nova mina de carvão. Também no Canadá, o Governo está a injetar dinheiro num projeto de um oleoduto.

Estes são apenas três exemplos de muitos países que produzem combustíveis fósseis, apesar de se comprometerem a combater as mudanças climáticas. Contudo o Canadá, a Noruega e o Reino Unido destacam-se pelo seu posicionamento como “campeões do clima”.

O objetivo do Acordo de Paris é limitar o aumento da temperatura média global a níveis bem abaixo dos 2ºC. Para isso, o mundo precisa de cortar a produção de combustíveis fósseis em cerca de 6% por ano entre 2020 e 2030. Ainda assim, as projeções atuais mostram um aumento anual de 2%.

Tanto o Reino Unido, como a Noruega ou o Canadá estabeleceram metas ambiciosas neste sentido. Londres e Toronto prometeram reduzir as suas emissões para zero carbono líquido até 2050. Já Oslo comprometeu-se a tornar o país neutro em carbono até 2030.

Andrew Grant, diretor de pesquisa do clima, energia e indústria do Carbon Tracker, aponta que muitos produtores dependem economicamente das receitas de combustíveis fósseis e, apesar de saberem que o mundo irá precisar de se livrar deles em breve, ninguém quer ser o primeiro a sair.

“No Oriente Médio é porque o custo é muito baixo, no Canadá falam sobre o histórico de direitos humanos, na Noruega destacam a baixa intensidade de carbono da sua produção, no Reino Unido é porque têm campos maduros de infraestrutura, nos EUA estavam até a dizer que iam exportar moléculas”, revelou à CNN, enumerando algumas das justificações de vários países para continuarem com este tipo de ações.

A produção de combustíveis fósseis é cara, mas muitos governos argumentam que parar agora seria um desperdício de dinheiro, geralmente público, já gasto em projetos e explorações existentes.

Talvez por essa razão o Reino Unido, a Noruega e o Canadá estejam a planear continuar a produzir combustíveis fósseis, investindo em novos projetos e explorações.

De acordo com o Regulador de Energia do Canadá, a produção de petróleo bruto do país deve continuar a aumentar até 2039. As reservas de petróleo do Canadá são de aproximadamente 168 bilhões de barris, segundo dados do governo.

Por seu lado, a Autoridade de Petróleo e Gás do Reino Unido estima que, no final de 2019, as reservas de petróleo do Reino Unido estavam em 5,2 bilhões de barris, o suficiente para continuar a produção durante mais duas décadas.

O Reino Unido como um todo produziu o equivalente a 454 milhões de toneladas de CO2 em 2019, os últimos números disponíveis. O seu plano é reduzir esse volume para 193 milhões de toneladas de CO2, anualmente, até 2033.

Os números são apenas estimativas, mas ilustram um grande problema: os planos nacionais para reduzir as emissões não somam o total global necessário. O mesmo acontece noutros países.

https://zap.aeiou.pt/paises-lucram-alteracoes-climaticas-381394

 

“Limpem os canos dos fuzis” - Maduro alerta militares para ameaça da Colômbia !

O Presidente venezuelano negou quarta-feira as denúncias das autoridades da Colômbia sobre a presença de guerrilheiros na Venezuela e ordenou aos militares venezuelanos que “limpem os canos dos fuzis” para responder a possíveis ameaças à soberania nacional.


“O nosso país é um país de paz, mas também é um povo de guerreiros. Duque (Iván, Presidente da Colômbia) não te enganes com a Venezuela”, disse Nicolás Maduro.

Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma conferência de imprensa em que alertou que qualquer ameaça contra a soberania da Venezuela será respondia com contundência.

“Dou ordem às Forças Armadas Bolivarianas para responder com contundência às declarações temerárias de Iván Duque sobre a Venezuela e para limpar os canos dos nossos fuzis (…) se Duque se atreve a violar a soberania da Venezuela”, disse.

A 8 de fevereiro, o Presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou a criação de um comando elite para combater guerrilheiros dissidentes das subversivas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), do Exército Nacional de Libertação (da Colômbia) e o Clan do Golfo (grupo de narcotraficantes) que estariam, segundo as autoridades colombianas, refugiados em território venezuelano.

O Comando Especializado contra o Narcotráfico e Ameaças Transnacionais entrará em funcionamento em 26 de fevereiro, e, terá como objetivo “golpear os cabecilhas do narcotráfico” para que “sejam capturados ou dados de baixa (eliminados)”.

Em declarações à Rádio Nacional da Colômbia, Iván Duque explicou que vai ser ativado um sistema de colaboração e recompensas para os cidadãos que, estando na Venezuela, ofereçam informação que leve à detenção dos criminosos.

Segundo Nicolás Maduro, as acusações não são credíveis e a vizinha Colômbia tem uma guerra interna desde há 70 anos e fronteiras sem presenças das autoridades.

“Foram eles (na Colômbia) que entregaram o controlo da fronteira do seu país, às máfias paramilitares e aos narcotraficantes”, disse Maduro.

Citando fontes dos serviços de informação da Colômbia, a imprensa colombiana, diz que existe quase 1.400 membros de grupos armados colombianos, que se mobilizam por ambos lados dos mais 2.200 quilómetros da fronteira colombo-venezuelano.

https://zap.aeiou.pt/limpem-os-canos-dos-fuzis-maduro-alerta-militares-ameaca-da-colombia-381595

Há 1.500 anos uma epidemia pode ter dizimado a população da África Central !

As comunidades na selva do Congo podem ter sofrido um grande colapso populacional há cerca de 1500 anos. Os especialistas acreditam que isso se deveu a uma epidemia prolongada.


Estas descobertas analisam a história populacional de sete países africanos (Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Guiné Equatorial e Angola) e desafiam a crença de que a colonização da África Central para as comunidades de línguas bantas foi um processo contínuo de cerca de 4.000 anos.

Os humanos modernos viveram nas savanas da África Central durante várias dezenas de milhares de anos antes do seu aparecimento na Europa. Além disso, na selva do Congo, os nossos ancestrais superaram muitos desafios muito antes da primeira expedição europeia passar por ela, conforme é demonstrado neste estudo publicado recentemente.

No âmbito de um projeto de pesquisa interdisciplinar que examina as interconexões entre as migrações humanas, a difusão da linguagem, as mudanças climáticas e a agricultura inicial na África Central pré-colonial, o estudo combina uma análise abrangente de todas as datas arqueológicas de radiocarbono disponíveis como um indicador da atividade humana e a flutuação demográfica com uma análise abrangente da diversidade.

Esses registos arqueológicos datados foram posteriormente comparados neste estudo com testes genéticos e linguísticos para obter novos insights sobre a história das populações de línguas bantas na selva do Congo, diz o Cienciaplus.

De acordo com o arqueólogo Dirk Seidensticker, da Universidade de Ghent, na Bélgica, a abordagem desenvolvida neste estudo é única em termos de evidências empíricas e método científico, pois usa 1.149 datas de radiocarbono vinculadas.

“Somos os primeiros a integrar estes três tipos de conjuntos de dados arqueológicos numa escala tão grande e por um período de tempo tão longo e a mostrar que em toda a África Central existem dois períodos de atividade humana mais intensa (cerca de 800 aC a 400 a.C e 1000 a 1900 a.C) separados por um colapso populacional generalizado entre 400 e 600 a.C “, explica Seidensticker.

No entanto, o especialista observa que os resultados mostram que essa onda inicial de comunidades de línguas bantas da Primeira Idade do Ferro havia desaparecido em grande parte de toda a região da floresta tropical do Congo em 600 d.C. “Portanto, as línguas bantas nesta região podem ser quase 1.000 anos mais novas do que se pensava”, refere.

Do ponto de vista científico, o arqueólogo belga destaca que esta conclusão introduz novos desafios no uso de dados linguísticos para reconstruir a história da África.

“De forma mais geral, o nosso estudo mostra que as sociedades africanas enfrentaram uma série de catástrofes muito antes do tráfico transatlântico de escravos e da colonização europeia e tinham capacidade de resistir a elas. Isto é encorajador”, afirma o investigador.

O ecologista de florestas tropicais Wannes Hubau realça por seu turno que o colapso drástico da população coincidiu com condições climáticas mais húmidas em toda a região e pode ter sido causado por uma epidemia de doença prolongada.

Esta epidemia pode ter “matado até 100 milhões de pessoas na Ásia, Europa e África. Não temos evidências firmes de que o colapso populacional observado nos nossos dados arqueológicos seja realmente devido a uma doença transmitida por vetores persistentes, no entanto, a bactéria Yersinia pestis, que causou a Peste de Justiniano, tem uma presença de longa data na África Central”, disse Hubau.

https://zap.aeiou.pt/ha-1500-anos-epidemia-populacao-381162

 

Linha preta na unha pode indicar que a sua saúde está em perigo !

Linha preta na unha? Pode parecer estranho e peculiar, porém, as unhas têm a importante função de nos alertar sobre o nosso estado de saúde. E esses traços escuros (geralmente nas cores preta, cinza ou marrom) podem indicar que a pessoa é portadora de melanoma, um tipo de câncer considerado agressivo, cujas células podem se espalhar rapidamente pela corrente sanguínea.

Um exemplo é quando aparecem linhas verticais e escuras, geralmente nas cores preta, cinza ou marrom. Tal condição pode indicar que uma pessoa é portadora de melanoma — um tipo de câncer considerado agressivo, pois as células cancerígenas podem se espalhar rapidamente pela corrente sanguínea.

Um perto de uma mão
(Fonte: Jean Skinner/Facebook/Reprodução)

Foi isso o que aconteceu com uma cliente do esteticista Jean Skinner, dono de um salão de beleza em Uckfield, no Reino Unido. A moça chegou ao estabelecimento pedindo uma cor de esmalte que fosse escura o suficiente para cobrir uma linha preta que atravessava sua unha verticalmente. Ao ver o dedo da mulher, Skinner a orientou a procurar um dermatologista o mais rápido possível, pois aquilo poderia indicar algo mais grave do que um simples desconforto estético.

Intrigado com o ocorrido, o esteticista publicou em uma rede social uma foto da unha da cliente e alertou seus amigos sobre os riscos de não prestar atenção aos sinais que o corpo dá. “Eu não queria assustá-la, mas eu disse que ela precisava ver seu médico imediatamente. Ela me ligou hoje para confirmar que era mesmo um melanoma muito agressivo e que seu prognóstico não era bom”, escreveu.

É importante salientar que apenas a análise de um dermatologista pode indicar se, de fato, se trata de uma lesão provocada por câncer de pele. Geralmente, o especialista pede que o paciente faça uma biópsia, quando é retirada uma amostra de tecido entre a cutícula e a unha. Se o diagnóstico for confirmado, o portador precisa fazer um procedimento cirúrgico em que uma quantidade maior de tecido é retirada. Pode ocorrer de, nos casos mais graves, o dedo ser amputado.

https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103959-esta-linha-escura-na-unha-pode-indicar-que-a-sua-saude-esta-em-perigo.htm

 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Pandemia e a retirada dos direitos laborais - Trabalho «escravo» na Hungria !

Trabalhadores contra a «lei da escravidão» promovida pelo governo de direita de Viktor Órban, na HungriaCréditosEPA/Boglarka Bodnar HUNGARY OUT
Os direitos dos trabalhadores húngaros estão a ser alvo de um grave ataque, com a proibição do direito à greve, a suspensão de legislação laboral e o cancelamento das convenções coletivas.

A pandemia tem sido usada na Hungria como pretexto para atacar os direitos dos trabalhadores, a um nível que alguns descrevem como uma nova forma de escravatura.

Uma situação que levou a eurodeputada Sandra Pereira a questionar a Comissão Europeia (CE), com pedido de resposta escrita, fazendo eco de denúncias como o de as empresas poderem definir «um plano temporal de 24 meses, estipulando o número de horas que cada trabalhador tem de trabalhar durante esse período». Além disso, o trabalhador, se por qualquer motivo a produção abrandar, «fica obrigado a compensar mais tarde» e, no caso de se despedir, «terá de indemnizar a empresa no valor de um salário por cada mês em falta para o cumprimento do plano temporal».

Na pergunta enviada a Ursula Von der Leyen tem ainda denunciado o fato de os trabalhadores húngaros estarem também «obrigados a horas extraordinárias, que podem ficar por pagar», com várias multinacionais, incluindo a indústria automóvel alemã, a aproveitarem «a mão-de-obra barata e sem direitos para se instalarem e operarem no país», nomeadamente a Volkswagen, Daimler, Bosch e Opel-General Motors.

Nesse sentido, a eurodeputada comunista questiona a CE sobre a «avaliação que faz desta situação» e se «alguma das empresas referidas recebe ou recebeu financiamento de fundos europeus para se instalar» na Hungria.

Recorde-se, a propósito, o artigo de Federico Fubini publicado no Público sobre a situação neste país, com críticas à CE por não ter aberto «um processo de infracção sobre alguns dos regulamentos laborais de Orbán», dando como exemplo, a «"lei de escravidão número um", que estabelece dez horas extraordinárias obrigatórias por semana, claramente uma violação da Diretiva 2003/88/CE sobre o tempo de trabalho».

Mas também, o facto de a Hungria ser «o principal cliente da indústria de armamento alemã», sublinhando que os contratos «datam da época em que a atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, era ministra da Defesa da Alemanha».

Federico Fubini denuncia ainda «a lei que privatiza os contratos de trabalho de 20 mil funcionários públicos do setor cultural (funcionários de museus, bibliotecas, arquivos e outras instituições) e cancela qualquer tipo de acordo coletivo», ficando cada um deles «vinculado ao governo através de um contrato individual».

https://www.abrilabril.pt/internacional/trabalho-escravo-na-hungri

Rússia enlouquece o Ocidente !

Historiadores do futuro poderão registrá-lo como o dia em que o usualmente imperturbável Ministro de Relações Exteriores da Rússia Sergey Lavrov decidiu que para ele basta, essa conversa acabou:

Estamos já nos habituando ao fato de que a União Europeia tenta impor restrições unilaterais, restrições ilegítimas, e temos de assumir, a essa altura, que a União Europeia é parceira não confiável.

Josep Borrell, chefe da política exterior da União Europeia (UE), em visita oficial a Moscou, recebeu esse soco bem no queixo.

Lavrov, sempre o perfeito gentleman, acrescentou, "Espero que a revisão estratégica que acontecerá em breve firme seu foco nos interesses chaves da União Europeia e que aquelas conversações ajudem a tornar mais construtivos os nossos contatos."

O ministro russo referia-se à reunião dos chefes de Estado e de governo da EU, no próximo mês, na qual discutirão Rússia. Lavrov não alimenta qualquer ilusão de que os "parceiros não confiáveis" agirão como adultos.

Mas há algo imensamente intrigante na fala de abertura de Lavrov, no encontro com Borrell: "O principal problema que todos enfrentamos é a falta de normalidade nas relações entre Rússia e União Europeia - os dois maiores players no espaço eurasiano. É situação insalubre, que em nada beneficia qualquer dos envolvidos."

Os dois maiores players no espaço eurasiano (itálicos meus). Guardem bem em mente. Voltaremos à essa questão.

Como estão as coisas, a União Europeia parece irrecuperavelmente viciada em só piorar a "situação insalubre". A presidenta da Comissão Europeia Ursula von der Leyen, em evento inesquecível, estragou a jogada de Bruxelas para as vacinas. Essencialmente, mandou Borrell a Moscou para requerer para empresas europeias, direitos de licenciamento para produzir a vacina Sputnik V - cujo uso está para ser aprovado pela UE.

E os eurocratas preferem cenas de histeria para promover Navalny, funcionário da OTAN já condenado por fraude e seus bufões cúmplices - o Guaidó russo.

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, sob a cobertura da "contenção estratégica", o comandante do Comando Estratégico dos EUA (ing. US STRATCOM), Almirante Charles Richard, deixou escapar que "há real possibilidade de que uma crise regional com Rússia ou China possa escalar rapidamente para conflito que envolva armas nucleares, se se perceber que perda convencional ameace o regime ou o estado".[1]

Assim, já se pode distribuir a culpa pela próxima - e derradeira - guerra, conforme o comportamento "de desestabilização" de Rússia e China. Assumem que serão "derrotados" - e, pronto, num surto de fúria, detonam a bomba atômica. O Pentágono será mais que só vítima; afinal, diz Mr. STRATCOM, não estamos "paralisados na Guerra Fria".

Planejadores do STRATCOM bem que poderiam ler Andrei Martyanov, analista militar craque, que há anos batalha na linha de frente detalhando o modo como o novo paradigma hipersônico - e não os arsenais nucleares - mudaram a natureza da guerra.

Depois de detalhada discussão técnica, Martyanov mostra como "os EUA hoje simplesmente não têm boas opções." Nenhuma. A opção menos ruim contudo é conversar com os russos, e não em termos dobobajol geopolítico e sonhos molhados de que os EUA, ninguém sabe como, conseguiriam convencer a Rússia a "abandonar" a China -, porque os EUA têm absolutamente nada, zero, a oferecer a Rússia 'em troca' da China. Mas pelo menos russos e norte-americanos podem finalmente acertar entre eles as respectivas tolices de "hegemonia" e convencer a China a finalmente sentar com eles, como uma Terceira Grande, para finalmente decidirem como governarão o mundo. Essa é a única chance de os EUA continuarem relevantes no novo mundo."

A marca da Horda Dourada

Assim como são praticamente inexistentes as probabilidades de a UE conseguir dar jeito na "situação insalubre" com a Rússia, não há sinal de que o que Martyanov esquematizou venha a ser considerado pelo Estado Permanente* dos EUA.

O caminho adiante parece irretorquível: sanções perpétuas; expansão perpétua da OTAN sobre as fronteiras russas; formação de um anel de estados hostis em torno da Rússia; interferência perpétua dos EUA em assuntos internos da Rússia - além de um exército de 5ª-colunistas; e guerra de informação perpétua de pleno espectro.

Lavrov tem dito com clareza cada dia mais absoluta que Moscou já nada espera. Mas os fatos continuarão a se acumular 'em solo'.

O Gasoduto Ramo Norte 2 (Nordstream 2) será concluído - com sanções ou sem sanções - e fornecerá o muito necessário gás natural para Alemanha e UE. Navalny - fraudador condenado -, com 1% de "popularidade" real na Rússia - permanecerá na prisão. Cidadãos em toda a UE receberão a vacina Sputnik V. A parceria estratégica Rússia-China continuará a se solidificar.

Para compreender como chegou-se a essa confusão russofóbica nada abençoada, encontra-se um mapa do caminho essencial em Russian Conservatism, novo e excitante estudo de filosofia política de autoria de Glenn Diesen, professor associado na Universidade do Sudeste da Noruega, conferencista na Escola Superior de Economia de Moscou, e um dos meus muito ilustres interlocutores em Moscou.

Diesen começar pelos pontos essenciais: geografia, topografia e história. A Rússia é potência terrestre muito extensa, sem suficiente acesso por mar. A geografia, argumenta Diesen, condiciona os fundamentos das "políticas conservadoras definidas pela autocracia, um complexo ambíguo de nacionalismo e o duradouro papel da Igreja Ortodoxa" - algo que implica resistência contra o "secularismo radical".

É sempre crucial lembrar que a Rússia não tem fronteiras naturais defensáveis; foi invadida ou ocupada por suecos, poloneses, lituanos, pela Horda Dourada Mongol, pelos tátaros da Crimeia e por Napoleão. Para nem mencionar a imensamente sangrenta invasão nazista.

O que se esconde numa palavra? Tudo: "segurança", em russo é byezopasnost. É palavra 'de negação', iniciada por byez, que significa "sem". E opasnost significa "perigo".

O complexo da Rússia, sua constituição histórica sem paralelo sempre apresentou sérios problemas. Sim, houve forte afinidade com o império bizantino. Mas se a Rússia "exigisse que a autoridade imperial se transferisse de Constantinopla, seria obrigada a conquistá-la." E fazer o sucessor, papel e legado da Horda Dourada relegaria a Rússia ao status de potência apenas asiática.

Na trilha da modernização russa, a invasão mongol não provocou só um cisma geográfico, também deixou sua marca na política: "A autocracia tornou-se necessidade, depois do legado mongol e do estabelecimento da Rússia como império eurasiano com expansão geográfica fracamente conectada".

"Um colossal Oriente Ocidente"

Rússia tem a ver integralmente com Oriente encontra Ocidente. Diesen nos lembra como Nikolai Berdyaev, um dos principais líderes conservadores do século 20, já dissera em 1947: "A inconsistência e a complexidade da alma russa podem ser devidas ao fato de que na Rússia unem-se duas fontes da história do mundo - Oriente e Ocidente - que se empurram e influenciam-se mutuamente (...) A Rússia é uma seção do mundo - um colossal Oriente Ocidente."

A ferrovia Transiberiana, construída para reforçar a coesão interna do império russo e para projetar poder na Ásia, foi importante fator que mudou o jogo: "Com os assentamentos de agricultores russos em expansão para o oriente, a Rússia ia cada vez mais substituindo as antigas estradas, que, antes, haviam conectado e controlado a Eurásia."

É fascinante assistir ao modo como o desenvolvimento econômico russo levou à teoria da Terra Central de Mackinder - segundo a qual para controlar o mundo seria necessário controlar o supercontinente Eurasiano. O que apavorou Mackinder é que as ferrovias russas conectando a Eurásia, minariam toda a estrutura de poder da Grã-Bretanha como império marítimo.

Diesen também mostra como o Eurasianismo - que emergia nos anos 1920s entre emigrados, como resposta a 1917 - foi de fato uma evolução do conservadorismo russo.

O Eurasianismo, por várias razões, jamais se tornou movimento político unificado. O centro do Eurasianismo é a noção de que a Rússia não era meramente um estado da Europa Oriental. Depois da invasão pelos mongóis no século 13 e da conquista dos reinos tátaros no século 16, a história e a geografia da Rússia já não podiam ser só europeias. O futuro exigiria abordagem mais equilibrada - e engajamento com a Ásia.

Dostoievsky formulou brilhantemente essa ideia, em 1881, antes de todos:

Os russos são tão asiáticos quanto europeus. O erro de nossa política pelos últimos dois séculos tem sido fazer crer ao povo da Europa que seríamos verdadeiros europeus. Servimos bem demais à Europa, assumimos parte grande demais nas querelas domésticas europeias (...) Curvamo-nos como escravos diante dos europeus e deles só recebemos ódio e desprezo. É hora de nos afastarmos da Europa ingrata. Nosso futuro está na Ásia.

Pode-se dizer que Lev Gumilev (1912-1992)** foi o superastro de uma nova geração de eurasianistas. Para Gumilev, a Rússia tinha base sobre uma coalizão natural entre eslavos, mongóis e turcos. The Ancient Rus and the Great Steppe, publicado em 1989 [parece não existir edição em inglês (NTs)], teve imenso impacto na Rússia depois do colapso da URSS - como ouvi, de primeira mão, de meus anfitriões russos, quando cheguei a Moscou, pela Transiberiana, no inverno de 1992.

Como Diesen apresenta o quadro, Gumilev oferecia uma espécie de terceira via, para além do nacionalismo europeu e do internacionalismo utopista. Foi criada uma Universidade Lev Gumilev no Cazaquistão. Putin referiu-se a Gumilev como "o maior eurasiano de nosso tempo".

Diesen nos faz lembrar que George Kennan, em 1994, reconheceu a luta dos conservadores por "esse país tragicamente ferido e espiritualmente diminuído". Em 2005, Putin foi muito mais severo:

O colapso da União Soviética foi a maior catástrofe geopolítica do século. E para o povo russo, foi drama real (...) Os velhos ideais foram destruídos. Muitas instituições foram desmanteladas ou simplesmente reformadas às pressas (...) Com controle ilimitado sobre os fluxos de informação, grupos de oligarcas serviram exclusivamente aos seus próprios interesses corporativos. A pobreza em massa começou a ser aceita como normal. Tudo isso, sobre o pano de fundo da mais severa recessão econômica, finanças instáveis e paralisia na esfera social.

Aplicando a "democracia soberana"

Assim chegamos à crucial questão europeia.

Nos anos 1990s, liderada por Atlanticistas, a política externa russa era focada na Europa Expandida, conceito baseado no Lar Europeu Comum [ing. Common European Home], de Gorbachev.

Mesmo assim, a Europa pós-Guerra Fria, na prática, acabou configurada como a expansão non-stop da OTAN e o nascimento - e expansão - da União Europeia. E fizeram-se todos contorcionismos liberais imagináveis, para incluir toda a Europa, e excluir a Rússia.

Diesen tem o mérito de resumir todo o processo, em uma frase: "A nova Europa liberal representou uma continuidade britânico-norte-americana, em termos da dominância de potências marítimas e do objetivo de Mackinder, de organizar o relacionamento entre Alemanha e Rússia como jogo de soma zero, para impedir que os respectivos interesses se alinhassem".

Não surpreende que Putin, subsequentemente, tenha tido de ser coroado Espantalho Supremo, ou "o novo Hitler". Putin rejeitou rápida e completamente o papel da Rússia como mera aprendiz da civilização ocidental e - o corolário daquele papel - a hegemonia (neo)liberal.

Mas ainda permanecia conciliador. Em 2005, Putin destacou que "acima de tudo mais, a Rússia foi, é e será grande potência europeia". Queria apartar o liberalismo e a política do poder - , rejeitando os fundamentos da hegemonia liberal.

Putin dizia que não há modelo único de democracia. Essa noção foi adiante conceptualizada como "democracia soberana". Não pode haver democracia sem soberania. E assim se descartava a "supervisão" do Ocidente, para fazer 'funcionar' as democracias.

Em observação aguda, Diesen diz que, se a URSS foi "eurasianismo radical de esquerda, algumas de suas características eurasianas poderiam ter-se transferido para o eurasianismo conservador." Diesen registra que Sergey Karaganov, às vezes chamado de o "Kissinger Russo", mostrou o quanto "a União Soviética foi central para a descolonização e serviu de parteira na ascensão da Ásia, ao privar o Ocidente da capacidade para impor a própria vontade ao mundo mediante força militar - o que o ocidente sempre fez, do século 16 até os anos 1940s".

É constatação amplamente aceita em vastas áreas do Sul Global - da América Latina e África até o Sudeste da Ásia.

Península ocidental da Eurásia

Assim, depois do fim da Guerra Fria e do fracasso da Europa Expandida, o movimento de pivô feito por Moscou para construir a Eurásia Expandida teria sempre, fatalmente, ares de inevitabilidade histórica.

A lógica é impecável. Os dois nodos geoeconômicos da Eurásia são a Europa e o Leste da Ásia. Moscou quer conectá-los economicamente num supercontinente: é onde a Eurásia Expandida encontra a Iniciativa Cinturão e Estrada (ICE). Mas há ainda a dimensão extra da Rússia, como escreve Diesen: uma "transição para longe da periferia usual daqueles centros de poder e na direção do centro de um novo constructo regional".

De uma perspectiva conservadora, enfatiza Diesen, "a economia política da Eurásia Expandida capacita a Rússia a superar a própria obsessão histórica com o Ocidente e a estabelecer uma via russa orgânica rumo à modernização".

Isso implica desenvolver indústrias estratégicas; corredores de conectividade; instrumentos financeiros; projetos de infraestrutura para conectar a Rússia europeia com a Rússia da Sibéria e do Pacífico. Tudo isso sob novo conceito: uma economia política industrializada conservadora.

E acontece que a parceria estratégica Rússia-China é ativa nesses três setores geoeconômicos: indústrias estratégicas/plataformas techno, corredores de conectividade e instrumentos financeiros.

Assim, outra vez, a discussão é empurrada para o imperativo categórico supremo: o confronto entre a Terra Central e uma potência marítima.

Historicamente, as três grandes potências eurasianas foram os citas, os hunos e os mongóis. A causa chave da fragmentação e da decadência das três é não terem conseguido alcançar - e controlar - as fronteiras marítimas da Eurásia.

A quarta grande potência eurasiana era o Império Russo - e a potência que o sucedeu, a URSS. Uma das razões decisivas do colapso da URSS é que, tampouco ela, conseguiu alcançar - e controlar - as fronteiras marítimas da Eurásia.

Os EUA cuidaram de impedir que acontecesse, usando uma fórmula em que se misturavam Mackinder, Mahan e Spykman. A estratégia dos EUA chegou até a ser conhecida como "mecanismo Spykman-Kennan de contenção" - todos os tais "deslocamentos adiante" na periferia marítima da Eurásia, na Europa Ocidental, no Leste da Ásia e no Oriente Médio.

Hoje, todos já sabemos que a estratégia geral offshore dos EUA - e razão básica pela qual os EUA entraram nas duas Guerras Mundiais - era impedir, por todos os meios necessários, que emergisse um hegemon eurasiano.

Quanto a EUA posicionarem-se como hegemon, a ideia seria exposta- com a inevitável arrogância imperial - pelo Dr. Zbig "Grande Tabuleiro de Xadrez" Brzezinski em 1997: "Para impedir a colusão e manter os vassalos dependentes para terem segurança; para manter os tributários obedientes e protegidos; e para impedir que os bárbaros se unam". Bom velho Dividir e Governar, aplicado via "dominação por sistema".

Esse é o sistema que agora está ruindo - para desespero dos suspeitos de sempre. Diesen observa que "no passado, empurrar a Rússia na direção da Ásia relegaria a Rússia à obscuridade econômica e eliminaria seu status como potência europeia." Mas agora, com o centro da gravidade geoeconômica pendendo para a Chia e Leste da Ásia, todo o jogo muda completamente.

A demonização ininterrupta, dia e noite, todos os dias, de Rússia-China, combinada à mentalidade de "situação insalubre" da gangue dos países da EU, só ajuda a empurrar a China mais e mais, cada vez para mais perto da China - exatamente a situação na qual está chegando ao fim a dominação pelo Ocidente, que durou apenas dois séculos, como Andre Gunder Frank demonstrou conclusivamente.

Diesen, talvez diplomaticamente demais, lembra que que "as relações entre Rússia e o Ocidente também mudarão com a ascensão da Eurásia. A estratégia ocidental de hostilidade anti-Rússia apoia-se no pressuposto de que a Rússia não teria para onde correr, e teria de aceitar o que o Ocidente ofereça em termos de "parceria". A ascensão do Oriente altera fundamentalmente o relacionamento de Moscou com o Ocidente, ao permitir que a Rússia diversifique suas parcerias".

É possível que estejamos bem rapidamente nos aproximando do ponto em que a Rússia da Eurásia Expandida presenteará a Alemanha com oferta do tipo pegar-ou-largar. Ou nós construímos juntos a Terra Central, ou os russos a construiremos com a China. - E vocês serão coadjuvantes históricos. Claro, sempre há a possibilidade de se formar um eixo Berlim-Moscou-Pequim, embora ainda distante. Coisas mais estranhas já aconteceram.

Mas Diesen confia que "as potências terrestres eurasianas eventualmente incorporarão a Europa e outros estados em sua periferia interior da Eurásia. Lealdades políticas mudarão incrementalmente, conforme interesses políticos migrem para o Oriente, e a Europa converta-se gradualmente em península oriental da Eurásia Expandida".

Isso sim é assunto para tirar o sono dos charlatães peninsulares, vendedores de "situação insalubre".


* Epígrafe acrescentada pelos tradutores.

[1] Em "Eu poderia...", 6/2/2021, Andrei Martyanov, Blog Reminiscence of the Future - Si Vis Pacem, Para Vino, aqui (ing.) e traduzido no Blog Bacurau Homenagem ao Filme [NTs].

* Orig. Deep State (lit. "Estado Profundo"). Já há algum tempo temos optado por traduzir a expressão por "Estado Permanente". Depois de muito discutir, chegamos a um consenso: "Afinal de contas, o tal Deep State (i) não é ruim por ser profundo: é ruim por ser eterno, permanente, imutável, inalcançável pelas instituições e forças da democracia; e além disso, (ii) nem 'profundo' o tal Deep State é: ele vive à tona, tem logotipos, marcas e nomes na superfície, é visível, portanto; mesmo assim, se autodeclara "profundo". Não. Ele que se autodeclare o que queira. Nós o declaramos "Estado Permanente" (e anotamos nossos motivos, aqui, em nota dos tradutores (NTs).

** Lev Gumilev (1912-1992) é filho da extraordinária poeta russa Ana Akhmatova - aqui homenageada pelos tradutores, na epígrafe (Nota acrescentada pelos tradutores).

Foto: By Mzajac - Own work, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=97080521

https://port.pravda.ru/russa/13-02-2021/52301-russia_ocidente-0/

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