O fim do inverno e as vacinas podem não ser suficientes para
travar as novas variantes. Os peritos pedem aos países europeus que
acelerem a vacinação dos grupos de risco.
O Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) atualizou o grau de risco do SARS-CoV-2 na Europa para “alto a muito alto” entre a população em geral e para “muito elevado” entre as pessoas mais vulneráveis. As alterações constam de um novo relatório publicado esta segunda-feira.
Os especialistas temem que o progresso feito até ao momento no
combate à pandemia seja posto em causa pelas variantes, escreve a TSF. Teme-se que o fim do inverno e a vacinação sejam insuficientes para travar as variantes que têm surgido ultimamente.
O relatório alerta que as infeções e as mortes podem aumentar de
forma “significativa” nos próximos tempos caso as medidas de
distanciamento não continuem ou sejam reforçadas.
“Apesar da vacinação mitigar o efeito de substituição da pandemia com
variantes mais transmissíveis e da sazonalidade potencialmente reduzir a
transmissão nos meses de verão, relaxar as medidas prematuramente vai
levar a um rápido aumento das taxas de incidência, casos severos e
mortalidade”, lê-se no documento.
Para mitigar estes problemas, os peritos pedem aos países europeus que acelerem a vacinação dos grupos de risco.
Ainda assim, o ECDC teme que as variantes podem tornar as vacinas recentemente aprovadas “parcialmente” ou mesmo “muito menos” eficazes. As variantes podem mesmo tornar o novo coronavírus mais transmissível e grave.
Um médico da Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, na África do Sul, diz que os doentes recuperados da covid-19 podem ser reinfetados com a variante sul-africana do vírus.
Das vacinas conhecidas, cinco já demonstraram ser menos eficazes
contra a variante detetada na África do Sul: a da AstraZeneca, a da
Johnson & Johnson, da Novavax e tammbém as da Pfizer e da Moderna.
Os astrônomos terão a oportunidade de estudar a enorme rocha espacial quando ela passar por nós em março.
Batizado de forma ameaçadora em homenagem ao deus egípcio do caos, o Apophis
mede 340 metros de diâmetro e foi avistado pela primeira vez por
astrônomos no Observatório Nacional de Kitt Peak, Arizona, em junho de
2004.
O que o tornou particularmente notável na época foi o
fato de que parecia ter 2,7% de chance de atingir a Terra em 2029; no
entanto, isso foi revisado para apenas 1 em 150.000.
Mesmo assim, quando passar pela Terra em oito anos,
passará tão perto de nosso planeta que os cientistas terão uma
oportunidade única de estudá-lo de perto.
O ano de 2029 também não será a única oportunidade de
observar o Apophis – ele também passará relativamente perto da Terra em 5
de março deste ano, dando aos cientistas outra chance de estudá-lo com
antecedência.
Certamente não haverá nada com que se preocupar – desta
vez, ela chegará a apenas 40 vezes a órbita da Lua – no entanto, em
2029, ela se aventurará a apenas 30 mil quilômetros de nosso planeta.
A cientista Marina Brozovic, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA na Califórnia, informou:
“Isso é algo que ocorre uma vez a cada 1.000 anos, então, obviamente, está gerando muito interesse.”
Apesar de não representar nenhum risco, estudar a rocha
espacial pode nos ajudar a aprender mais sobre asteroides em nosso
sistema solar e como podemos evitar uma colisão com outro “candidato”
mais perigoso no futuro.
Paul Chodas, do Centro de Estudos de Objetos Próximos da Terra (CNEOS) do JPL, disse:
“Apophis é um
representante de cerca de 2.000 Asteroides Potencialmente Perigosos (de
sigal em inglês, PHAs) atualmente conhecidos.
Observando o
Apophis durante seu sobrevoo de 2029, ganharemos importantes
conhecimentos científicos que poderão um dia ser usados para a defesa
planetária.”
Um guitarrista
conhecido pelo nome artístico de Prince Midnight decidiu usar o
esqueleto de seu tio metaleiro falecido para criar sua própria guitarra.
Por estar na Grécia, ele não pôde ter seu corpo cremado, já que a
prática é proibida pela Igreja Cristã Ortodoxa. Com isso, seu sobrinho
decidiu utilizar os restos mortais para prestar uma última homenagem.
Antes de falecer, seu tio, Flip, deixou claro que gostaria de ter
seus restos mortais doados para a universidade local, ajudando
cientistas em pesquisas. Ele faleceu em um acidente de carro há 20 anos.
Esqueleto vira guitarra em homenagem ao tio de guitarrista
Porém, a universidade afirmou, depois de todo esse tempo, que não
precisava mais dos restos de Flip. Logo, a família não pôde cremar seu
corpo e Flip teve a ideia genial – e inusitada!
Para ter direito ao corpo de seu tio, ele precisou preencher uma
longa papelada. Com a aprovação, os restos do tio foram enviados para
sua casa na Flórida, nos Estados Unidos.
Assim que chegaram, Prince Midnight conectou o braço da guitarra,
alguns captadores, botões de volume, cordas e fios aos ossos do torso de
Flip. Pronto! Ele tinha em mãos uma guitarra elétrica única no mundo e
que funcionava perfeitamente.
Em entrevista à publicação Metalsucks, Midnight afirmou que seu tio foi quem o colocou no caminho do heavy metal.
Logo, ele decidiu transformá-lo em uma guitarra como uma última
homenagem. Para isso, o músico contou com a ajuda de dois marceneiros
que acharam a ideia incomum. Para eles, o som da guitarra não seria o
mesmo que os modelos feitos com madeira.
Porém, ele estava determinado, mesmo que a sonoridade fosse
diferente. Os ossos fizeram o seu trabalho e, agora, Prince Midnight tem
a única guitarra feita com restos mortais de um ser humano no mundo.
Por lei, o objeto não pode ser vendido, mas o guitarrista afirma que
está se divertindo criando música com a guitarra.
Ao contrário das cerimónias de Hollywood, onde ser nomeado
por uma painel de especialistas é uma honra, o Prémio Nobel da Paz
aceita indicações de milhares de candidatos de diferentes áreas.
Segundo a Reuters, após o encerramento do pedido de indicações deste ano, Alexei Navalny, o líder da oposição russa, Greta Thunberg, a ativista das mudanças climáticas, e a Organização Mundial da Saúde estão entre os nomes sugeridos.
Também foram mencionados nomes como o de Stacey Abrams, o ex-líder da Geórgia que ficou conhecido por aumentar a participação eleitoral no ano passado, e Jared Kushner, genro e conselheiro do ex-presidente dos EUA Donald Trump.
Trump também foi indicado ao prémio nos últimos dois anos da sua
presidência, sem contar com as duas indicações que foram falsificadas em
2018.
A lista de pessoas que podem indicar candidatos é longa e inclui
membros de governos nacionais, funcionários à frente de organizações
internacionais para a paz, professores universitários e vencedores de
edições anteriores.
O comité do Nobel afirma que o grande número de pessoas ou entidades que podem fazer inscrições garante uma “grande variedade de candidatos”,
mas o grupo é sigiloso sobre o processo e não responde a pedidos de
esclarecimento dos critérios de elegibilidade dos proponentes.
Revelou apenas que no ano passado haviam 318 inscrições.
Ao que se sabe, existem poucos critérios para a nomeação de candidatos
e, às vezes, alguns têm aproveitado o processo por razões puramente
políticas.
Um dos casos mais famosos foi o de Adolf Hitler. O Führer
foi apresentado como “o príncipe da Paz na Terra”. Dizia o seu
proponente, Erik Brandt, que Hitler tinha um “ardente amor pela paz”.
Por esta altura já a Alemanha tinha anexado a Áustria e invadido os
Sudetos – uma cadeia montanhosa na fronteira alemã com a República Checa
e a Polónia. De lembrar que Hitler matou cerca de seis milhões de
judeus e milhares de comunistas. Além de ciganos, pessoas com
deficiência, entre outros.
Estaline, o líder da União Soviética, foi nomeado duas vezes, em 1945 e 1948.
O ditador italiano, Benito Mussolini, também não
ficou de fora. O político, um dos fundadores do fascismo, foi proposto
antes de todos os outros: em 1935. Uns meses antes de a Itália invadir a
Etiópia. Só nesta invasão, morreram 30 mil pessoas.
De salientar que o Comité Nobel não levou nenhuma destas propostas a sério.
Atualmente, o processo de seleção para determinar o vencedor é muito mais rigoroso. A comissão, nomeada pelo Parlamento norueguês,
delibera em segredo a partir de fevereiro. O grupo reduz a lista de
indicados para 20 ou 30 candidatos antes de entrar num período de meses
de consideração. O vencedor é anunciado em outubro de cada ano.
O comité do Nobel tem vindo a enfatizar que as nomeações não
representam o endosso do grupo e “não podem ser usadas para sugerir
afiliação ao Prémio Nobel da Paz”. Ainda assim, e segundo o NYT, Donald Trump é um exemplo de como as próprias indicações podem ser usadas para projetar influência.
Em 2019, Trump disse aos seus apoiantes que tinha sido nomeado pelo então primeiro-ministro Shinzo Abe, uma declaração que Abe se recusou a confirmar.
No ano passado, depois de dois políticos europeus revelarem que nomearam Trump, a assessora de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, referiu-se à nomeação como “uma honra merecida, conquistada com dificuldade pelo presidente”.
Na verdade, Trump tinha sido nomeado por dois membros escandinavos do
Parlamento de direita. Durante um comício em outubro de 2020, o
republicano reclamou que a sua nomeação tinha sido menos comentada nos media do que a de seu antecessor, o ex-presidente Barack Obama que ganhou o prémio em 2009.
O prémio concedido a Obama, apenas nove meses após seu primeiro
mandato, foi recebido com espanto e perplexidade, até mesmo pelo
vencedor.
“Para ser honesto sinto que não mereço estar ao lado de tantas
figuras transformadoras que receberam a honra deste prémio”, assumiu o
ex-presidente dos EUA.
Desde 1901 que são atribuídos prémios Nobel, mas nem sempre as escolhas são consensuais.
Um novo relatório, publicado na The Lancet, uma das
revistas científicas mais prestigiadas do mundo, tentou quantificar o
custo humano da gestão da pandemia de covid-19 pela Administração Trump.
O tempo do Presidente Trump no cargo trouxe infortúnio para os
Estados Unidos e para o planeta”, lê-se na introdução do artigo
científico, que refere que, entre as mais de 450 mil mortes por covid-19
no país, cerca de 40% poderiam ter sido evitadas.
O relatório, publicado no dia 10 de fevereiro na The Lancet,
critica a minimização da doença por parte do então Presidente dos
Estados Unidos, o aumento de tratamentos não comprovados como a
hidroxicloroquina e a redução da ênfase da Administração Trump na saúde
pública, que inclui a eliminação de uma unidade pandémica do Conselho de
Segurança Nacional em 2018, menos de dois anos antes da pandemia
atingir o país.
A Vice escreve que a falha em responder com eficácia à pandemia afetou desproporcionalmente as pessoas de cor,
aumentando a diferença da expectativa de vida entre negros e brancos em
mais de 50%. As taxas de mortalidade por covid-19 são 3,6 vezes maiores
para pessoas de cor do que para brancos não hispânicos, segundo o
estudo.
A difícil implementação do plano de vacinação também
consta na lista de críticas apontadas no artigo, com os especialistas a
afirmarem que o planeamento teria evitado o “desperdício” e a
“confusão”.
O relatório publicado na The Lancet alega ainda que o impacto de Donald Trump na saúde pública foi desastroso mesmo antes da pandemia:
22.000 mortes extras relacionadas com fatores ambientais e ocupacionais
em 2019, em comparação com o último ano da presidência de Barack Obama.
No entanto, o problema vai muito além de Donald Trump. Steffie Woolhandler, uma das autoras do estudo, disse à Vice
que os investigadores chegaram à conclusão “que se passaram quatro
décadas de falhas constantes do Governo em relação ao apoio de políticas
de saúde”.
Desta forma, sugerem uma reforma na infraestrutura de saúde pública do país para resolver o problema. Além de dar ao CDC (Centers for Disease Control and Prevention) mais ferramentas para combater o racismo sistémico, os investigadores recomendam a transição para um sistema Medicare for All, como o defendido pelo senador Bernie Sanders.
“Precisamos, no mínimo, de um programa de saúde universal”, disse David Himmelstein, outro autor do artigo científico.
As autoridades de saúde de França mostraram este sábado
preocupação com a gravidade de uma reinfeção com a estirpe sul-africana
do novo coronavírus, num doente em cuidados intensivos, diferenciando-se
da maioria das reinfeções que tinham sido leves.
O doente “está em estado grave e ligado a um ventilador”, informou em
comunicado a entidade que agrupa os hospitais de Paris (APHP). O
paciente, que tinha estado infetado com covid-19 em setembro, sofre
também de asma, divulgou a agência EFE, sublinhando a sua sensibilidade a quaisquer problemas respiratórios adicionais.
“O que nos preocupa é a gravidade desta segunda infeção
com uma nova variante do vírus”, disse o chefe de emergências de outro
hospital de Paris e especialista no caso, Frédéric Adnet, a um canal de
televisão local.
Professor de Medicina Intensiva do hospital Colombes, onde o paciente
está internado há três semanas, Jean-Damien Ricard, recusou alarmismos
considerando tratar-se de “uma situação excecional, a primeira que foi descrita“.
O mesmo responsável sublinhou que existem várias hipóteses para explicar a gravidade do caso, desde uma possível deficiência imunológica do paciente, até uma geração insuficiente de anticorpos após a primeira infeção, ou ainda a possibilidade de a nova infeção ser de estirpe mais agressiva, como a sul-africana 501Y.V2, que tem consequências mais graves.
O epidemiologista Yves Buisson, presidente do Grupo Covid da Academia Nacional de Medicina, citado pela EFE, confirmou tratar-se de um caso que “deve ser estudado”.
Buisson clarificou que seria necessário saber se os anticorpos que o
paciente desenvolveu durante a sua primeira infeção eram capazes de
neutralizar a variante sul-africana, e se ela “escapa parcialmente a uma imunidade adquirida por uma infeção anterior”.
O caso foi publicado esta semana na revista científica Clinical Infectious Diseases.
Auckland começa novo confinamento
A cidade de Auckland, na Nova Zelândia, começa este domingo um
confinamento de três dias depois de ter sido detetado um novo foco de
contaminação pelo novo coronavírus em membros da mesma família, adiantou
a AFP.
Segundo a agência de notícias francesa, a ordem de confinamento, dada pela primeira-ministra, Jacinda Ardern, vai obrigar quase dois milhões de pessoas a ficar em casa a partir da meia-noite, com escolas e empresas a fechar, com exceção de empresas consideradas “essenciais”.
A causa do confinamento está no teste positivo ao novo coronavírus em
três membros de uma família no fim de semana, que “causou grande
preocupação num país que tem sido aclamado internacionalmente por sua
forma altamente eficaz no tratamento da pandemia”.
A primeira-ministra explicou que este é um confinamento ordenado como “precaução,
caso a variante detetada seja uma das mais transmissíveis”. “A
principal coisa que pedimos às pessoas em Auckland é para ficar em casa
para evitar qualquer risco de propagação”, cita a AFP.
As autoridades estão agora a tentar descobrir a origem da contaminação
daquelas três pessoas – pai, mãe e filha. A mulher contaminada trabalha
para uma empresa que fornece roupas e refeições para voos
internacionais, sendo que, por isso, refere a AFP, a empresa foi o ponto de partida para a investigação “por causa de sua conexão óbvia com o exterior”.
O confinamento vai isolar Auckland do resto do país, passando as
entradas e saídas a serem “severamente restritas”, sendo que o
arquipélago passa para o nível 2 do alerta de saúde, que obriga ao uso
de máscara nos transportes públicos e à proibição de aglomeração de mais
de 100 pessoas.
A Nova Zelândia registou vários casos de covid-19 há três semanas, pondo fim a mais de dois meses sem casos de contaminação.
Martas com estirpe que passa entre animais e humanos
De acordo com a agência Reuters, uma estirpe do novo coronavírus descoberta numa quinta no norte da Polónia pode ser transmitida a humanos e vice-versa, disse o Ministério da Agricultura este sábado.
No final do mês passado, foi detetado o SARS-CoV-2 numa marta no
condado de Kartuzy,no que as autoridades agrícolas disseram ser o primeiro caso na Polónia, levantando temores de abates caros numa indústria que conta com mais de 350 quintas.
“Os dados obtidos da inspeção sanitária chefe e as experiências do ano passado na Dinamarca e na Holanda indicam claramente que também na Polónia, este vírus se pode espalhar da marta para os humanos e vice-versa”, disse o ministério em comunicado.
Após a descoberta da covid-19 na quintas no condado de Kartuzy, as
autoridades polacas disseram que todas as martas serão abatidos.
Todas as cerca de 17 milhões de martas, numa das maiores quintas do
mundo, foram condenado ao abate no início de novembro, depois de
centenas de quintas terem sofrido surtos de coronavírus e as autoridades
terem encontrado estirpes mutantes do vírus entre as pessoas.
Em agosto, os Países Baixos decidiram ordenar o encerramento de mais
de 100 quintas de martas depois de vários membros do staff terem
contraído covid-19.
A covid-19 tornou os nossos sonhos mais estranhos e vívidos.
Num estudo inédito, uma equipa de cientistas conseguiu documentar a
continuidade entre o que acontece no mundo dos sonhos e a vida mental
das pessoas durante a pandemia.
Medo, tristeza e ansiedade. São alguns dos sentimentos que a pandemia
de covid-19 trouxe ao nosso novo normal que, muitas vezes, são
refletidos nos nossos sonhos.
Segundo o Interesting Engineering,
várias pessoas relatam que os seus sonhos se tornaram mais “estranhos” e
“vívidos”, depois de a covid-19 ter assolado a sua vida. Um novo estudo
debruçou-se sobre este tema e analisou os sinais de sofrimento mental e
a sua associação com sonhos durante a pandemia.
De acordo com o artigo científico, publicado recentemente na PLOS One, a equipa usou ferramentas de processamento de linguagem natural
para analisar 239 relatos de sonhos de 67 participantes, entre março e
abril de 2020. O objetivo era apurar o efeito da pandemia nos sonhos das
pessoas.
O mais impressionante é que a equipa analisou os sonhos de forma quantitativa, ou seja, usando matemática para extrair semântica.
Os relatos foram registados numa aplicação para smartphone e analisados com a ajuda de três softwares:
o primeiro focou-se na estrutura do discurso, contagem de palavras e
conexão; enquanto que os outros dois se concentraram apenas no conteúdo.
As palavras eram divididas conforme as emoções – negativas ou positivas – e um dos softwares usou uma rede neural para identificar semelhanças semânticas com palavras-chave relacionadas com a pandemia, como contaminação, limpeza, doença, saúde, morte e vida.
“Sonhos pandémicos”
O resultado da investigação mostrou que os relatos dos “sonhos pandémicos” apresentavam mais palavras associadas a raiva e tristeza.
Além disso, os cientistas notaram uma maior média de semelhanças semânticas com os termos “contaminação” e “limpeza”.
Esta última semelhança significativa aponta para novas estratégias
sociais (como o uso de máscaras) e novas práticas de higiene (como o uso
de desinfetante para as mãos), regras sociais fundamentais trazidas
pela pandemia.
Segundo os cientistas, estas características parecem estar associadas ao sofrimento mental na sequência do isolamento social.
“Interpretados em conjunto, os resultados parecem mostrar que os
conteúdos dos sonhos refletem as diferentes fontes de medo e frustração
que surgem do cenário atual”, escreveram os especialistas.
A investigação também revelou que as mulheres relatavam mais sonhos e
pesadelos negativos, algo que pode estar relacionado com o quotidiano
das mesmas: mais trabalho e maior carga mental, já que têm de se
preocupar com o trabalho, com a casa e com os filhos. “A pandemia tornou
tudo isto pior”, comentou a neurocientista Natália Bezerra Mota.
Um
terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter aberta sacudiu a costa de
Fukushima no leste do Japão no sábado e foi sentido fortemente em
Tóquio.Até agora, 20 pessoas ficaram feridas.
A
maioria dos ferimentos foi causada por quedas de acordo com a agência
de notícias japonesa Kyodo que também cita a Agência Reguladora Nuclear
do Japão dizendo que não recebeu nenhum relato de "anormalidades
significativas" nas usinas nucleares de Fukushima I. e Fukushima II que
estão inativas e em processo de desconstrução como resultado do
terremoto e tsunami de março de 2011.
O
terremoto ocorreu às 23h08, horário local, no sábado (14h08 GMT), com
epicentro a cerca de 60 quilômetros da costa, de acordo com a Agência
Meteorológica do Japão.
Tanto
em Fukushima quanto em Miyagi, na costa nordeste do Japão o terremoto
atingiu o nível seis na escala japonesa com um máximo de sete e mais
focado nas áreas afetadas do que na intensidade do terremoto. Outras
prefeituras da costa leste e centro do Japão também foram fortemente
abaladas pelo terremoto incluindo a capital onde atingiu o nível 4 na
escala japonesa.
A
Agência Meteorológica do Japão disse que o terremoto pode causar uma
ligeira elevação no nível do mar embora o alerta de tsunami não tenha
sido ativado.
Resposta de emergência
Cerca
de 950 mil residências ficaram sem energia elétrica em decorrência do
terremoto em diversas áreas do país, segundo dados das operadoras. Além
disso várias linhas de trem de alta velocidade (shinkansen) operando no
nordeste do Japão suspenderam suas operações devido a apagões.
Em
Fukushima e Miyagi vários incêndios foram registrados no momento um
deles em uma fábrica além de uma avalanche de terra em uma rodovia que
poderia ter prendido carros segundo a mídia japonesa que também coleta
um saldo temporário de uma dúzia de feridos em incidentes relacionados
com o terremoto.
Um
trabalhador limpa garrafas quebradas em uma loja de bebidas após um
forte terremoto em Fukushima, Japão, em 13 de fevereiro de 2021.
Crédito: Kyodo / via REUTERS.
Apesar
do fato de que no momento o terremoto não parece ter causado danos
significativos o Primeiro-Ministro do Japão, Yoshihide Suga convocou uma
reunião extraordinária de seu gabinete de emergência após a qual
ordenou ao governo que realizasse uma avaliação dos danos coordenar a
resposta de resgate, se necessário e divulgar as informações que possam
ser de interesse da população.
A acusação de fraude contra o professor Glen Snyman por
marcar a opção “sul-africano” numa candidatura para um emprego em 2017
pôs a descoberto o problema atual da África do Sul com a classificação
racial.
O professor sul-africano Glen Snyman foi intimado para uma audiência
disciplinar, acusado de fraude, por se identificar como “africano” numa
candidatura para uma vaga de emprego. Snyman tinha sido definido pelo
Governo como “mestiço” (que significa “herança racial mista”).
A Lei de Registo da População, a pedra angular da política de
apartheid que legalizou a discriminação introduzida no país em 1950,
dividiu os sul-africanos em quatro grandes grupos: brancos, africanos, negros e indianos. Estes termos foram escolhidos para fazer cumprir a política de segregação racial.
A classificação foi revogada em 1991, quando o país passou a mover-se
rumo à governança democrática, o que ocorreu em 1994. Porém, esta
classificação continua a ser uma parte importante da esfera de debate no
país, embora seja contestada por ativistas.
O governo ainda usa a terminologia do apartheid para colher dados que ajudem a corrigir os desequilíbrios flagrantes de rendimentos e de oportunidades económicas, que são um legado do racismo oficial do passado.
Porém, muitos no país, incluindo Snyman, que fundou a organização
“People Against Racial Classification” em 2010, acreditam que o uso das
categorias não tem lugar numa África do Sul democrática.
“A remoção da Lei de Registo da População retira dos funcionários de
recrutamento de mão de obra e de qualquer Governo ou sistema privado o
direito legal de classificar os sul-africanos por raça”, escreveu
Snyman, numa apresentação à Comissão de Direitos Humanos do país.
Embora Snyman reconheça que ainda existam enormes desequilíbrios que
precisam de ser corrigidos, o professor sugere que o Governo use uma
medida de rendimento para substituir a classificação racial.
“O Governo não precisa de saber a identidade das pessoas por grupos,
precisa de conhecer as pessoas que precisam de serviços, empregos ou o
que for necessário”, explicou. “O Governo e o setor privado devem
entregar a todos os sul-africanos igualmente e não discriminar com base
na sua identidade”.
As leis do apartheid privilegiavam os brancos e separavam os sul-africanos por raça.
Atualmente, a agência oficial de estatística da África do Sul aponta
que a população do país, de 57,7 milhões de pessoas, é composta por
80,9% de negros, 8,8% de mestiços, 7,8% de brancos e 2,5% de indianos.
“Consideramo-nos negros”
Durante a década de 1970, quando a luta contra o apartheid estava a
ganhar força — inspirada pelo Movimento da Consciência Negra, liderado
pelo famoso ativista Steve Biko e pela Organização de Estudantes da
África do Sul —, muitas das pessoas marginalizadas do país identificaram-se como negros numa declaração de solidariedade com a luta pela derrubada do regime do apartheid.
E é nesse sentido que Snyman recebeu o apoio do maior sindicato de professores do país, o Democratic Teachers Union of South Africa, quando se autodeclarou como “sul-africano”.
“Muitos de nós tomamos uma decisão consciente de não nos
identificarmos com a classificação racial prescrita pelo regime do
apartheid. Consideramo-nos negros, africanos, sul-africanos“, disse Jonavon Rustin, porta-voz do sindicato dos professores de Cabo Ocidental.
Alguns, entretanto, fazem uma distinção entre uma identidade política ou cultural e a necessidade de lidar com os desequilíbrios criados pelo apartheid.
Zodwa Ntuli, comissária do Broad Based Black Economic Empowerment,
argumenta que, embora a classificação racial seja uma anomalia num país
que se tenta afastar do seu passado baseado em raça, os reguladores e o
governo só conseguem medir o progresso social e económico da população
através de estatísticas de acordo com as velhas categorias.
O impacto da discriminação do apartheid contra negros, africanos e indianos foi tão generalizado que os brancos continuam a dominar a economia em termos de propriedade e poder de decisão.
No entanto, ressalta, “ninguém na África do Sul está autorizado a
usar a classificação racial ou de género para excluir qualquer cidadão
do gozo dos direitos no país, isso seria ilegal”.
Kganki Matabane, que chefia o Conselho Empresarial Negro, disse que, embora o Governo democrático tenha quase 27 anos, ainda é cedo para abandonar as velhas categorias.
“Precisamos de perguntar: conseguimos corrigir esses desequilíbrios?
Se não, como é o caso, se se olharmos para as 100 maiores empresas
listadas na Bolsa de Valores de Joanesburgo, 75% ou mais dos CEOs são
homens brancos”, disse. “Só podemos ter uma cláusula de caducidade [da
classificação racial] quando a economia refletir a demografia do país”.
Saths Cooper, psicólogo, argumenta que a imposição de uma classificação racial impediu a formação de uma identidade verdadeiramente comum. “Não
aprendemos primeiro que somos seres humanos”, disse. “Colocamos sempre
uma cor, colocamos atributos externos e colocamos talvez a linguagem e a
crença e isso permite mais divisão. Essa narrativa é então perpetuada”.
“Não demos às pessoas motivos suficientes para dizer que nos identificamos como sul-africanos”, lamentou.
Enquanto isso, Snyman, através de Parc, continua a luta para
banir a classificação racial do apartheid. “Tomaremos todas as medidas,
inclusive as legais, para livrar a África do Sul deste flagelo que mais
uma vez gerou discriminação contra aqueles que não atendem aos
critérios preferenciais do atual governo”, rematou.
Dinamarca e Alemanha afirmaram esta sexta-feira que impediram
um possível atentado terrorista islamita no âmbito de uma operação
conjunta que desencadeou mais de uma dezena de detenções nos dois
países, esclarecendo, porém, que o potencial ataque não estaria
iminente.
Numa conferência de imprensa conjunta realizada na sede dos serviços
de informações dinamarqueses (PET), a equipa de investigação
dinamarquesa afirmou acreditar que o potencial ataque teria como alvo a Dinamarca ou a Alemanha.
Componentes e produtos para fabricar explosivos, bem como armas,
foram encontrados durante buscas ocorridas no âmbito da operação
policial conjunta, segundo explicou o chefe das operações dos serviços
de informações da polícia dinamarquesa, Flemming Dreyer, que esclareceu
ainda que os elementos encontrados, nomeadamente os químicos, não tinham
sido ainda manuseados, o que sugere que o ataque não estaria iminente.
“Encontrámos os ingredientes para fazer uma bomba.
Acreditamos que não houve uma ameaça imediata, nada tinha sido montado
ou misturado. Mas não somos ingénuos e não estamos a excluir nada”,
afirmou o investigador dinamarquês.
Na quinta-feira, o Ministério Público da região alemã da
Saxónia-Anhalt divulgou que três irmãos sírios, suspeitos de preparar um
atentado terrorista com explosivos, tinham sido detidos nos últimos dias na Alemanha e na Dinamarca.
Segundo as autoridades alemãs, dois deles foram detidos no passado
fim de semana na Dinamarca e o terceiro em Hesse (região centro da
Alemanha).
Os três homens, com idades compreendidas entre os 33 anos e os 40 anos, são suspeitos de preparar “um ato de grave violência que coloca o Estado em perigo”, referiram ainda as autoridades da Saxónia-Anhalt.
“Os nossos serviços de segurança evitaram novamente um ataque terrorista
islâmico”, disse hoje o ministro do Interior alemão, Horst Seehofer,
declarando ainda que os três irmãos detidos “estavam a preparar
presumivelmente um ataque na Europa”.
Segundo o Ministério Público alemão, as forças policiais conseguiram localizar os três irmãos sírios através de encomendas online, realizadas em janeiro, de produtos químicos que podem ser utilizados na composição de um explosivo.
A polícia também realizou buscas domiciliárias, incluindo numa casa na cidade alemã de Dessau, onde foram encontrados “10 quilos de pólvora negra”.
Por sua vez, os serviços de informações dinamarqueses confirmaram a detenção de 13 pessoas, oito homens e cinco mulheres, durante uma operação conduzida no último fim de semana num grande subúrbio da capital dinamarquesa, Copenhaga.
“A operação teve lugar devido a suspeitas de preparação de um ataque
terrorista motivado pelo islamismo militante”, confirmaram esta
sexta-feira os serviços de informações dinamarqueses.
Uma bandeira do grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI)
foi encontrada durante as buscas no território dinamarquês, de acordo
com as autoridades locais. Esta informação já tinha sido avançada na
quinta-feira pelo título alemão Der Spiegel.
Na Dinamarca, sete pessoas foram colocadas em prisão preventiva por suspeita “de planeamento de um ou de mais ataques terroristas
ou de participação numa tentativa de ato terrorista”. As restantes seis
pessoas foram detidas por motivos ainda não especificados.
Segundo a imprensa local, o grupo de detidos é composto por homens e por mulheres.
As autoridades da Alemanha continuam em estado de alerta em relação à ameaça islamita no país, nomeadamente desde um ataque ocorrido em Berlim em dezembro de 2016,
que fez 12 mortos, que foi reivindicado pelo grupo extremista EI. Foi o
ataque jihadista mais mortífero cometido em solo alemão.
Desde 2009, as autoridades alemãs já impediram 17 tentativas de atentados terroristas, a maioria desde o ataque de 2016, de acordo com o Ministério do Interior alemão.
Místicos de todas as religiões, todos os países e pessoas
normais têm falado por muito tempo sobre o evento que se aproxima,
conhecido como os “Três Dias das Trevas”. Para alguns, a questão não é
se isso vai acontecer, mas quando.
Alguns anos atrás, as pessoas começaram a sonhar. Claro,
houve sonhos antes, mas estamos falando sobre sonhos e visões em massa,
em que os Três Dias das Trevas aparecem. ou algo semelhante. Ninguém
disse a data, mas dada a onda geral em algum lugar do plano astral,
ficou claro que isso ocorreria em breve.
De acordo com Marie Julie Jahenni, uma das freiras
católicas que viram os Três Dias das Trevas em 1884, tudo virá
inesperadamente. Haverá alguns distúrbios e revoluções, por causa dos
quais a Europa mergulhará no caos, e então as luzes se apagarão
repentinamente. Isso acontecerá em uma quinta-feira, então os Três Dias
de Trevas serão quinta, sexta e sábado.
Rabinos já falam em preparar velas
Algumas fontes israelenses
alertam que a partir do início do mês de Adar (12 de fevereiro),
começou a 2ª fase da redenção. A primeira fase foi o coronavírus e a
segunda fase é a guerra.
Em 9 de fevereiro, outro vídeo foi lançado no mesmo canal, que o Israel365 News
está agora recontando em detalhes. O vídeo, publicado na terça-feira, é
uma gravação de áudio em hebraico recebida de uma pessoa anônima que
reconta as palavras que ouviu pessoalmente do rabino Yakov Yitzhak
Biderman, que agora dirige o enorme ramo do judaísmo de Lelov.
O vídeo afirma que, segundo o rabino, a predita Estrela de Jacó, da qual muitos suspeitam ser Nibiru,
começará a influenciar a Terra a partir desta semana, mais
precisamente, a partir do mês de Adar, que começou em 12 de fevereiro:
“O Rabino disse que
deveríamos começar a ver os efeitos da estrela já no início do mês
hebraico de Adar. Depois de Rosh Chodesh (o início do novo mês), muitas
coisas começarão a acontecer no mundo. A chegada da estrela será apenas
uma delas.”
Aa testemunha das palavras do rabino relata:
“O
Rabino instruiu as pessoas a prepararem velas e outras coisas
semelhantes, porque então haverá grande escuridão. Também haverá
terremotos em todos os países, exceto Israel. Em Israel, o dano será
muito menor. Quando perguntei como devemos nos preparar, o rabino disse
que não havia nada que pudéssemos fazer. A única coisa que podemos fazer
é acreditar em Deus.”
O famoso pesquisador do tópico Nibiru, Sr. Yuval Ovadiy, foi convidado a comentar sobre o vídeo do Israel365 News.
Ele lembrou que muitos místicos judeus alertaram sobre a Estrela de
Jacó, em particular Gaon Vilna, que disse que o poder deste sistema
estelar poderia destruir o mundo.
O Rabi Moses ben Maimon, uma autoridade proeminente da
Torá do século XII, cujos mandamentos ainda são usados como lei, já
havia alertado sobre o mesmo. Ele disse que o surgimento desta estrela
pré-messiânica seria catastrófico e acompanhado por desastres naturais
extremos.
No entanto, a profecia mais interessante para nós parece
ser o Livro do Zohar, onde a Estrela de Jacó é descrita como “uma
estrela com sete estrelas girando em torno dela”. Por que achamos esta
profecia a mais interessante?
O fato é que, no verão de 2020, uma jovem postou um vídeo
no YouTube, que primeiro viu o Fim do Mundo em uma revelação e depois
mandou pegar um lápis e desenhar onde começaria. Veja o desenho dela
abaixo:
Estamos falando sobre algum tipo de ação
fundamental em grande escala por parte dos corpos governantes do
planeta, a saber, a separação da humanidade por vibrações, um aviso às
pessoas sobre o início da ação. Os terremotos podem começar em 20 de
fevereiro, e o pico da junção será em um mês.
E assim, a divisão não deve ocorrer antes do equinócio vernal, ou seja, em 20 de março de 2021.
Por que neste momento? Porque é nesta época que ambos os hemisférios norte e sul estarão nas mesmas condições climáticas.
Neste momento, torna-se possível manter a mesma
temperatura em todo o planeta e, portanto, todas as pessoas na Terra se
sentirão confortáveis em passar por este momento difícil. Então, com
toda a probabilidade, as mudanças planetárias cardinais começarão,
incluindo três dias de silêncio ou atemporalidade, ou Três Dias de
Trevas e uma mudança de pólos magnéticos e muito mais.
Segundo uma versão, as pessoas podem cair em um sono
letárgico no dia 19 de março e acordar no dia 21 já em outro espaço, e
esse será o cenário mais ameno. Durante este tempo, o planeta mudará sua
dimensão. Tudo isso é apenas uma suposição, mas então foi esse tempo
que seria escolhido para mudanças cardeais, ou seja, a transferência do
planeta e da humanidade para novas vibrações, uma nova dimensão.
Alguns também acreditam que o 3º Templo de Salomão e a guerra de Karabakh conectam esses eventos.
Seis anos depois de ter alertado para a possibilidade de uma
pandemia mundial, o co-fundador da Microsoft Bill Gates veio declarar o
que acredita que poderiam ser os próximos dois desastres mortais a
ameaçar a humanidade.
A TedTalk de 2015
de Bill Gates, intitulada “O próximo surto? Não estamos prontos”,
ganhou força em março de 2020, depois que de a pandemia de covid-19 ter
paralisado o mundo. Após a prevenção de um surto global do vírus do
ébola em 2014, Gates alertou as pessoas sobre uma futura pandemia e como o mundo deve estar bem equipado para enfrentá-la.
Em entrevista a Derek Muller, apresentador do canal do YouTube Veritasium,
o filantropo Bill Gates refletiu sobre a sua famosa previsão,
falou sobre como se sente sobre estar certo sobre a pandemia e adiantou o
que poderão ser os próximos dois desastres a ameaçar a humanidade: as alterações climáticas e o bioterrorismo.
“Não existe um sentimento bom em algo assim”, disse Bill Gates,
acrescentando que ocasionalmente olha para trás e questiona-se se
poderia ter sido mais persuasivo. Questionado sobre se previu um surto
global em 2015, Gates explicou que, com muitos vírus respiratórios
existentes no mundo, era inevitável que um vírus muito infeccioso causasse uma pandemia em algum ponto.
“Existem vários vírus respiratórios e, de tempos em tempos, um
aparecerá”, disse Gates. “As doenças respiratórias são muito
assustadoras porque ainda se anda numa avião ou num autocarro enquanto
infeccioso, ao contrário de algumas outras doenças como o ébola, onde se
está principalmente numa cama de hospital no momento em que a carga
viral infeta outras pessoas.”
Quando questionado sobre qual poderia ser o próximo desastre para o
qual não estamos preparados, Gates apontou dois que se encaixam no
projeto, expressando as suas preocupações sobre um possível futuro que
poderia ser ainda mais severo do que a atual pandemia.
“Um é a mudança climática. Todos os anos, isso
representaria um número de mortes ainda maior do que [o que] tivemos
nesta pandemia”, disse, acrescentando que a outra ameaça é o “bioterrorismo.
Quem quiser causar danos pode engendrar um vírus e isso significa o
custo e a hipótese de chegar a isto é maior do que epidemias de origem
natural como a atual”.
Questionado sobre se os humanos conseguiria deter a próxima pandemia
graças às lições aprendidas nesta, Gates foi categórico: “não”. “Haverá
mais pandemias”, disse Gates, acrescentado acreditar que outra pandemia
ainda poderia criar o caos, mas manteve a esperança de que, se as
pessoas aprendessem com a pandemia e se adaptassem, as coisas poderiam mudar para melhor.
O governador do estado norte-americano do Nevada, Steve
Sisolak, anunciou planos para lançar Zonas de Inovação que permitiriam
às empresas de tecnologia formar os seus próprios governos locais.
De acordo com o jornal local Las Vegas Review-Journal,
Steve Sisolak revelou este novo conceito durante o seu discurso sobre o
Estado do Estado em 19 de janeiro, descrevendo as zonas como uma forma
de atrair empresas que estão na vanguarda de “tecnologias inovadoras”,
como blockchain, tecnologia autónoma, robótica, inteligência artificial, Internet das coisas, tecnologia wireless e energia renovável.
Segundo um rascunho da legislação proposta, as Zonas de Inovação
permitiriam que empresas de tecnologia formassem governos locais
separados do Nevada, que teriam a mesma autoridade de um condado,
incluindo a capacidade de cobrar impostos, formar distritos escolares e
tribunais de justiça e fornecer serviços governamentais.
Dentro das Zonas de Inovação, as empresas assumiriam as
responsabilidades dos municípios onde as zonas estão localizadas.
Tornar-se-iam órgãos governamentais independentes administrados por um conselho de supervisores de três membros, que poderiam ser indicados pela empresa.
A legislação estabelece que as Zonas de Inovação propostas deveriam
ter pelo menos 20.234 hectares de terras não desenvolvidas e desabitadas
e que as terras deveriam estar dentro de um único condado. O terreno
também deve ser separado de qualquer cidade, município ou área tributária atual.
A empresa de tecnologia precisaria de demonstrar um investimento
inicial de 250 milhões de dólares, além de fornecer um plano com um
investimento adicional de mil milhões num período de 10 anos.
A empresa seria obrigada a relatar o seu progresso legislativo a cada dois anos,
descrevendo os seus investimentos de capital, desenvolvimento de
infraestruturas, o número de pessoas empregadas e uma estimativa do
impacto económico da zona.
O texto preliminar da proposta refere que o modelo tradicional de governo local é “inadequado por si só
para fornecer a flexibilidade e os recursos conducentes a tornar o
Estado um líder na atração e retenção de novas formas e tipos de
negócios e na promoção do desenvolvimento económico em tecnologias
emergentes e indústrias inovadoras”.
Além disso, acrescenta a proposta, esta “forma alternativa de governo
local” é necessária para auxiliar o desenvolvimento económico dentro do
estado.
No início de 2016, a Tesla começou a produção dos seus motores
elétricos Tesla Model 3 e baterias e produtos de armazenamento de
energia Tesla nas instalações de Nevada.
Segundo o Electrek, a Tesla concluiu uma segunda instalação
ao lado da sua original que pode, de acordo com uma fonte, ser usada
para produzir o semicião totalmente elétrico da Tesla, o Tesla Semi.
Assim, o Interesting Engineering sugere que uma “cidade da
Tesla” poderia ser possivelmente uma das cidades instaladas graças a
este projeto de lei, se o mesmo for aprovado pelo estado do Nevada.
As cidades corporativas da América
A América tem uma longa história de cidades corporativas, locais onde
todas as residências e lojas pertencem a uma única empresa que também é
a principal empregadora.
Como as Zonas de Inovação propostas em Nevada, as cidades empresariais eram geralmente organizadas em torno de uma única indústria, como minas de carvão ou metal, madeira serrada ou produção de aço.
Pullman, por exemplo, foi desenvolvida durante a
década de 1880 nos arredores de Chicago para abrigar os seis mil
trabalhadores que construíam vagões ferroviários, vagões de carga,
carrinhos e vagões de comboio elevados, juntamente com os seus
dependentes.
Em 1893, quando a demanda por vagões caiu, George Pullman baixou os
salários dos funcionários e aumentou as horas de trabalho, mas não
reduziu o custo do aluguer ou das mercadorias na cidade. Isso levou à Greve Pullman de 1894, que encerrou o tráfego ferroviário a oeste de Chicago.
Para reprimir a greve, o presidente Grover Cleveland enviou tropas e,
em 7 de julho de 1894, guardas nacionais dispararam contra um grupo de
grevistas, matando 34 pessoas. Isto levou a uma investigação por uma
comissão presidencial e o Supremo Tribunal de Illinois forçou George
Pullman a desfazer-se da sua propriedade da cidade, que foi anexada pela cidade de Chicago.
Uma visão mais filantrópica da cidade-empresa foi oferecida por Milton Hershey, fundador da Hershey Chocolates. Em 1903, fundou a cidade agora conhecida como Hershey, na Pensilvânia.
Hershey abriu uma nova fábrica no local e fundou uma cidade modelo para
abrigar os trabalhadores da sua empresa. A cidade incluía um sistema de
carrinhos público; casas para trabalhadores com comodidades modernas,
como eletricidade, canalização interna e aquecimento central; escola
gratuita para os filhos dos funcionários; uma escola vocacional gratuita
para órfãos e carentes; e um parque de diversões, campos de golfe,
centro comunitário, hotel, jardim zoológico e área de desporto.
A ideia por trás da cidade era criar “uma cidade americana perfeita num cenário natural bucólico, onde trabalhadores saudáveis, de vida correta e bem pagos viviam em lares seguros e felizes”.
Cientistas chineses recusaram-se a partilhar com a equipa de
especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) dados brutos sobre
os primeiros casos da covid-19.
De acordo com o jornal norte-americano Wall Street,
os investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS), que
recentemente voltaram de uma viagem à cidade chinesa de Wuhan, disseram
que as divergências sobre os registos dos pacientes e outras questões
eram tão tensas que, às vezes, explodiam em gritos entre os cientistas.
Segundo os cientistas, a resistência contínua da China em revelar informações sobre os primeiros dias do surto da covid-19 torna ainda mais difícil a missão de descobrir pistas importantes que poderiam ajudar a impedir futuros surtos de doenças tão perigosas.
Durante 27 dias em janeiro e fevereiro, a equipa de 14 especialistas
da OMS liderou a missão para rastrear as origens da pandemia. Vários
dizem que os colegas chineses ficavam frustrados com as questões e demandas persistentes da equipa por dados.
As autoridades chinesas instaram a equipa a abraçar a narrativa do
Governo sobre a origem do vírus, de acordo com vários membros da equipe.
Os cientistas responderam que se absteriam de fazer julgamentos sem
dados.
“Era a minha opinião sobre a toda a missão que era altamente geopolítica”,
disse Thea Kølsen Fischer, epidemiologista dinamarquesa. “Todo a gente
sabe quanta pressão existe sobre a China para ser aberta a uma
investigação e também quanta culpa pode estar associada a isso.”
No final da missão, os especialistas procuraram um acordo, elogiando a
transparência do governo chinês, mas pressionando por mais dados sobre
os primeiros dias do surto em Wuhan. Porém, ainda não é claro se o
acordo funcionará. As autoridades chinesas disseram que não tiveram tempo suficiente para compilar dados detalhados dos pacientes e apenas forneceram resumos.
O diretor da OMS, Thedros Ghebreyesus, disse esta sexta-feira que, após a missão de especialistas na China, todas as opções estão em aberto para explicar a origem do novo coronavírus.
“Quero confirmar que todas as hipóteses permanecem em aberto e
requerem mais análise e estudo”, disse Bhebreyesus, negando a mensagem
que tinha sido passada pelos especialistas, onde tinham descartado a
hipótese de o vírus ter tido origem num laboratório.
Essa hipótese tinha sido repetida várias vezes pelo ex-Presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump, que atribuiu responsabilidades ao Governo
de Pequim pela incapacidade de travar a pandemia de covid-19 na sua
fase inicial .
Ghebreyesus disse que a recente missão de especialistas na China “não
encontrou todas as respostas, mas forneceu informações importantes” que
“aproximam do conhecimento da origem do vírus”.
O diretor da OMS explicou que a missão divulgará um relatório preliminar
da sua visita na próxima semana, que será ampliado nas próximas semanas
e explicado numa nova conferência de imprensa dada pela equipa de
especialistas.
Presente na conferência de imprensa esteve também Peter Embarek, que
chefiou a equipa de cientistas e que disse que a missão “conseguiu
muitos sucessos”. “Temos agora uma melhor compreensão do que aconteceu em 2019“, disse Embarek, salientando que esta iniciativa foi apenas “o início” do processo de investigações.
“Não é hora de nenhum país abrandar as medidas”
O diretor-geral da OMS afirmou ainda “não é hora de nenhum país
abrandar as medidas” de controlo da pandemia de covid-19, apesar da
redução global de infeções e mortes.
Ghebreyesus realçou a diminuição do número de infeções pela quarta
semana consecutiva e de mortes pela segunda semana consecutiva,
assinalando que os países estão a aplicar “medidas mais restritivas”.
Contudo, apesar das estatísticas que considerou encorajadoras, disse que “não é hora de nenhum país abrandar as medidas”. “A complacência é tão perigosa quanto o vírus”.
O dirigente da OMS renovou o apelo para a partilha de tecnologia para
acelerar a produção de vacinas contra a covid-19 e distribuí-las de
forma equitativa. “Nunca na história as vacinas foram desenvolvidas em
menos de um ano após o aparecimento de um vírus”, sublinhou Ghebreyesus.
Apelidados pelas autoridades de “ladrões acrobatas”, o gangue
constituído por quatro elementos foi preso em Milão após suspeitas de
vigiar os movimentos de várias celebridades italianas através do
Instagram. O objetivo seria assaltar as casas.
Entre as vítimas deste esquema estão o jogador de futebol Achraf Hakimi, estrela do Inter de Milão, a apresentadora de televisão Diletta Leotta e a influencerEleonora Incardona.
De acordo com as autoridades italianas, o grupo usou o Instagram para
espiar os seus alvos meticulosamente, reconstruindo todos os seus
movimentos, para que fosse mais fácil ter acesso às suas habitações.
Segundo o The Guardian, os homens, com idades entre os 17 e 44 anos, tinham por hábito vestir-se de forma elegante e assim passar despercebidos ao frequentar os bairros de luxo.
Imagens da CCTV mostram um membro do gangue a observar o outro
enquanto este sobe um prédio e entra pela janela de um apartamento do
primeiro andar.
“O suspeito calçou luvas de látex e rapidamente subiu a um poste em
direção a uma janela no primeiro andar, forçou-a e entrou na casa”,
disse Francesca Crupi, da polícia de Milão
O ladrão abriu a porta da frente da casa para os dois cúmplices poderem entrar, e juntos conseguiram roubar alguns bens que transportaram dentro de uma mala. Este seria o método mais usual entre os ladrões.
A polícia italiana revelou que a série de roubos começou em junho do ano passado, quando cerca de 150.000 euros em mercadorias, incluindo joias, malas de marca e relógios Rolex, foram roubados de uma casa em Leotta.
Os “ladrões acrobatas“ também são suspeitos de estar por trás do
roubo de vários relógios pertencentes a Achraf Hakimi, que se transferiu
do Borussia Dortmund para o Inter de Milão em setembro, e que vivia
numa habitação temporária na altura do roubo, que ocorreu em novembro.
Em dezembro, o gangue também roubou nove malas de marca e peças de roupa de luxo da casa de Eleonora Incardona – uma influencer italiana que conta com quase 500 mil seguidores no Instagram. No entanto, a polícia conseguiu recuperar a maior parte dos bens.
A justiça britânica decidiu na quinta-feira que uma criança
de 10 anos gravemente incapacitada, sufocado pela mãe “esgotada” e
condenado a ser internado, foi uma “vítima indireta” do confinamento
imposto no Reino Unido por causa da pandemia de covid-19.
O Tribunal Criminal de Old Bailey em Londres decidiu colocar a mãe, Olga Freeman, de 40 anos, num hospital psiquiátrico por tempo indeterminado pela morte do filho Dylan, de quem ela teve que cuidar continuamente devido às restrições em vigor.
“Não tenho absolutamente dúvida nenhuma de que foi uma mãe
extremamente amorosa e dedicada a esta criança vulnerável até que ficou
sobrecarregada por múltiplas pressões e a cabeça dominada por uma doença
[psicológica] destrutiva”, disse a juíza Bobbie Cheema-Grubb,
reconhecendo que a mãe estava “esgotada” e “exausta”, citada pela
agência Lusa.
“Dylan deve ser reconhecido como uma vítima indireta da interrupção
da vida normal causada pela pandemia de covid-19”, acrescentou ela.
O pai da criança, o fotógrafo de celebridades Dean Freeman, estava em Espanha na altura da tragédia, em 15 de agosto.
Depois de matar o filho, que sofria de graves incapacidades físicas e mentais,
Olga Freeman dirigiu-se voluntariamente a uma esquadra de polícia. As
autoridades encontraram a criança num quarto da casa em Acton, no oeste
de Londres, coberto com uma colcha e rodeado de brinquedos.
Uma autópsia determinou que ele havia morrido de obstrução das vias aéreas por pedaços de esponja presos na boca.
Durante o julgamento, o ministério público ressaltou que Olga Freeman
teve cada vez mais dificuldade para cuidar do filho durante o primeiro
confinamento na primavera, e durante o verão, quando foi gradualmente
levantado.
De acordo com um psiquiatra, a mãe desenvolveu sintomas psicóticos causados por restrições “muito stressantes” para ficar em casa e pelo encerramento da escola especial que Dylan frequentava.
O pai de Dylan criticou sucessivos governos britânicos por
financiarem de forma insuficiente os serviços de apoio a pessoas com
problemas de saúde mental ou que requerem cuidados especiais, durante um
depoimento por videoconferência.
Um relatório desclassificado sobre os misteriosos sintomas
sentidos por diplomatas em Cuba revela que a resposta inicial do Governo
dos Estados Unidos foi insuficiente.
No fim de 2016, depois de serem surpreendidos por um ruídos agudos e
persistentes, vários diplomatas norte-americanos que serviam na
Embaixada de Cuba adoeceram, apresentando sintomas que incluíam dores de
cabeça, dores de ouvidos, vertigens, náuseas e perda auditiva.
Segundo um relatório anteriormente classificado, que foi concluído em junho de 2018, o Departamento de Estado respondeu mal aos misteriosos incidentes de saúde que afetaram os diplomatas dos Estados Unidos em Cuba, escreve a ABC.
O staff dos Estados Unidos tem lutado contra o Governo para pedir
maior apoio, inclusive para os problemas de saúde persistentes que
muitos sofrem sob o que ficou conhecido como a “síndrome de Havana”. Os médicos descobriram que os americanos sofreram lesões cerebrais traumáticas, com sintomas que vão desde dores de cabeça e problemas de visão a défices cognitivos e tonturas.
O relatório interno é altamente crítico da resposta da administração
Trump. “A resposta do Departamento de Estado a esses incidentes foi
caracterizada pela falta de liderança sénior, comunicação ineficaz e desorganização sistémica“, concluiu o relatório.
O relatório também revelou novos detalhes sobre como Washington lidou
com a questão e o que viu do ponto de vista médico ao examinar os
pacientes. Ao todo, documentou lesões cerebrais em 24 pessoas. Esse número não inclui os 14 canadianos que também sofreram da Síndrome de Havana.
“Os indivíduos afetados tinham combinações variadas de disfunção
cognitiva, vestibular e oculomotora, bem como distúrbios do sono e dor
de cabeça”, lê-se no relatório. “Estes indivíduos parecem ter sofrido lesões em redes cerebrais generalizadas com uma história associada de trauma na cabeça”.
De acordo com o relatório, o Departamento de Estado esperou seis semanas
depois de tomar conhecimento do incidente para informar os funcionários
da Embaixada e não contou às suas famílias. “O Conselho considera
lamentável o atraso de quase seis semanas entre o primeiro conhecimento
da lesão e o primeiro briefing do pessoal da Embaixada”.
Como resultado dos ataques, o Canadá retirou os seus diplomatas de Cuba e os Estados Unidos encerraram as operações da CIA na área e, desde então, administram a embaixada com uma equipa reduzida.
“A decisão de reduzir a equipa em Havana não parece ter seguido os
procedimentos padrão do Departamento de Estado e não foi precedida nem
seguida por qualquer análise formal dos riscos e benefícios da presença
contínua de médicos de funcionários do governo dos EUA em Havana”, lê-se
no documento.
O relatório inclui um incidente semelhante que ocorreu na China em maio de 2018.
“Há um relato clinicamente confirmado sobre um funcionário do Consulado
de Guangzhou que descreveu incidentes em Guangzhou, China, semelhantes
aos vividos por membros da comunidade da Embaixada de Havana e cujos
ferimentos foram confirmados por especialistas médicos para igualar os
das vítimas de Havana”.
Até hoje, a Síndrome de Havana ainda é um mistério. “Não sabemos o que aconteceu, quando aconteceu, quem foi ou por quê”, refere o relatório.
Um mistério por resolver
Desde que os diplomatas norte-americanos em Havana começaram a
relatar sons estranhos que ouviam nas suas casas, surgiram já várias
teorias sobre o que terá acontecido. Há a versão do “ataque sónico”, dos
grilos e até de uma histeria coletiva.
Devido ao incidente, Washington reduziu o quadro de funcionários
diplomáticos em mais de 50% e acusou as autoridades de Cuba de levarem a
cabo “ataques sónicos. Esta acusação tem sido questionada por vários
especialistas que defendem que ainda ninguém foi capaz de criar estas
armas ultrassónicas. Cuba sempre rejeitou esta hipótese.
Em janeiro de 2019, uma equipa de cientistas da Universidade da
Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, e da Universidade de
Lincoln, no Reino Unido, apontou que o fenómeno possa ter sido produzido
por um chilrear de grilos.
De acordo com o estudo, os ruídos pertenciam ao grilo de cauda curta (Anurogrylluscelerinictus),
um inseto muito famoso pelos seus grunhidos durante o acasalamento.
Contudo, o estudo foi também questionado, havendo cientistas a afirmar
que o som do inseto por si só não era capaz de causar tais sintomas.
Outros especialistas há que defendem a possibilidade de os diplomatas terem sofrido um fenómeno de histeria coletiva.
Um estudo realizado por cientistas canadianos do Brain Repair Center
do Universidade Dalhousie e do Departamento de Saúde da Nova Scotia em
2019 apontava que os culpados poderiam ser produtos químicos usados no combate aos insetos.
Em dezembro passado, o relatório de um comité da Academia Nacional das Ciências norte-americana sugeriu que os sintomas misteriosos poderiam estar relacionados com exposição direta a radiação “micro-ondas”.
O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, esteve
muito mais doente do que foi divulgado publicamente quando esteve
infetado com covid-19.
Em outubro passado, Donald Trump, que deixou a Casa Branca em janeiro, revelou
que tinha contraído o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19,
após vários conselheiros próximos também terem testado positivo.
O antigo Presidente, de 74 anos, foi admitido no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed em 2 de outubro, um dia após ter testado positivo, e ficou sob supervisão médica
durante vários dias antes de receber alta, tirando a sua máscara na
varanda da Casa Branca e declarando-se totalmente recuperado.
No entanto, de acordo com o jornal norte-americano The New York Times, os níveis de oxigénio de Trump eram tão baixos
que os médicos temiam que precisasse de ser colocado num ventilador. Em
público, contudo, o médico de Trump, Sean Conley, disse que o Chefe de
Estado estava a “ir muito bem”.
Exames recentemente revelados dos pulmões de Trump alegadamente
mostram infiltrados pulmonares, que acontecem quando o órgão fica
inflamado e cheio de substâncias como fluido ou bactérias e ocorre apenas em pacientes com um caso grave do vírus.
Trump terá recebido um cocktail de anticorpos desenvolvido pela empresa de biotecnologia Regeneron Pharmaceuticals
para ajudar a combater a infecção. No hospital, o Presidente terá
começado um regime com um esteróide chamado dexametasona, que geralmente
é recomendado apenas a pacientes com covid-19 que apresentam formas graves ou críticas da doença ou precisam de ventilação.
O relatório também revela que os níveis de oxigénio de Trump caíram
para os 80%, segundo fontes familiarizadas com o diagnóstico médico do
Presidente. Os médicos recomendaram que qualquer pessoa fosse ao
hospital se os níveis de oxigénio caíssem abaixo de 90%.
O público foi informado de que Trump estava com febre e baixos níveis de oxigénio quando foi internado. Porém, os detalhes completos da sua condição não foram disponibilizadores e o médico da Casa Branca foi acusado de minimizar os sintomas do Presidente.
Na altura, questionado sobre se os raios-X dos pulmões de Trump
mostravam sinais de danos ou pneumonia, Conley disse apenas que havia
“resultados esperados, mas nada de grande preocupação clínica”.
Conley disse ainda que os níveis de oxigénio de Trump caíram para 93%, alegando que nunca caíram para “abaixo de 80%”.
Em 4 de outubro, Conley reconheceu que inicialmente estava a dar um relatório mais otimista
sobre a saúde do presidente do que o que realmente estava a acontecer.
“Estava a tentar refletir a atitude otimista que a equipa, o presidente,
o seu curso de doença teve. Não queria dar nenhuma informação que
pudesse direcionar o curso da doença noutra direção”.