quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Terramoto ocorre na fronteira do Chile com Bolívia durante eclipse solar !

Terremoto ocorre na fronteira do Chile com Bolívia durante eclipse solar
Crédito da imagem: depositphotos
De acordo com a agência de notícia Reuters, um terremoto de magnitude 6,1 atingiu a região da fronteira Chile-Bolívia, no mesmo momento que ocorria o eclipse solar mais ao sul, disse hoje o Centro Alemão de Pesquisa de Geociências GFZ.

O terremoto ocorreu à uma profundidade de 90 quilômetros e ainda não há relatos de danos físicos ou materiais, se é que houve.

Coincidência?

https://www.ovnihoje.com/2020/12/14/terremoto-ocorre-na-fronteira-do-chile-com-bolivia-durante-eclipse-solar/

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Investigação revela que espiões russos seguiram Navalny desde 2017 e tentaram envenená-lo outras duas vezes !

Uma equipa de agentes do Serviço de Segurança Federal Russo (FSB) estava por trás da tentativa de assassinato, revelou o prório dissidente russo.


O opositor russo Alexei Navalny, ativista anticorrupção e crítico do Kremlin, apresentou registos telefónicos e listas de passageiros de companhias aéreas como evidência de que o grupo FSB – principal agência sucessora da KGB da era soviética – estava por trás do envenenamento, num vídeo publicado no YouTube.

Navalny adoeceu gravemente durante um voo da Sibéria para Moscovo em agosto. Foi levado primeiro a um hospital em Omsk, no sudoeste da Sibéria e, depois, levado para Berlim para tratamento. Laboratórios alemães, franceses e suecos determinaram que foi envenenado por um agente nervoso Novichok da era soviética.

“Eu sei quem quis me matar”, disse o ativista num vídeo de quase uma hora publicado no YouTube, antes de publicar os retratos dos acusados. A operação, segundo Navalny, teria sido conduzida por uma equipa de pelo menos oito agentes a mando do presidente Vladimir Putin.

Um membro do grupo FSB alegamente envolvido na tentativa de homicídio relatou o sucedido diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin, segundo uma investigação conjunta envolvendo Bellingcat, o site russo The Insider, o jornal alemão Der Spiegel e a emissora CNN.

Os meios de comunicação estão a conduzir uma investigação contínua para descobrir quem está por trás do envenenamento.

As alegações de Bellingcat, parceiros e Navalny surgiram um dia depois que o jornal britânico The Times alegou que o Kremlin tentou envenenar a figura da oposição russa Alexei Navalny uma segunda vez após a primeira tentativa ter falhado.

A equipa de agentes do FSB parece ter tentado pelo menos duas outras vezes envenená-lo com a arma química Novichok, segundo Navalny. As duas vezes anteriores não tiveram sucesso porque a dosagem era muito pequena.

Navalny explicou ainda que a equipa precisava de ter cuidado para não usar muito veneno porque uma morte instantânea seria muito fácil de investigar.

A investigação identifica os agentes do FSB Alexey Alexandrov, Ivan Osipov – ambos médicos – e Vladimir Panyaev, que seguiu Navalny até a cidade russa de Tomsk, onde foi envenenado, juntamente com outros.

Navalny e os meios de investigação, incluindo Bellingcat, apresentaram metadados de telefone, registos de voos sobrepostos e bancos de dados offline previamente vazados como evidência das suas alegações.

Por exemplo, a investigação Bellingcat afirma que os agentes do FSB seguiram Navalny desde 2017, “viajando com ele em mais de 30 voos sobrepostos para os mesmos destinos”. “Dada essa série implausível de coincidências, o peso da prova para uma explicação inocente parece recair puramente sobre o Estado russo“, concluiu a investigação Bellingcat.

Navalny há muito considera o Kremlin responsável pelo seu envenenamento. Moscovo nega as acusações.

https://zap.aeiou.pt/investigacao-revela-que-espioes-russos-seguiram-navalny-365768

 

Brexit cria caos nos acessos ao Canal da Mancha em França - Situação é “catastrófica” !

As filas de acesso ao porto e ao túnel da Mancha, na passagem da fronteira entre França e o Reino Unido, estão a gerar tempos de espera de entre cinco e seis horas nas últimas semanas, em antecipação do fim do período de transição do Brexit.


Segundo a prefeitura do departamento de Pas-de-Calais, nas últimas duas semanas, o tráfego de camiões passou de seis mil para nove mil por dia, criando filas inéditas com um tempo de espera entre cinco e seis horas.

Com a aproximação do fim do período de transição no âmbito do Brexit, e com o receio da escassez de produtos, a situação na fronteira é “catastrófica”, relatou à agência EFE o delegado em Pas-de-Calais da Federação Nacional de Transportadoras, Sébastien Ribera.

“À antecipação do Brexit, acresce que com a covid-19 não há turismo, portanto as companhias marítimas têm rotas reduzidas e há menos ‘ferries’ atualmente. É o cocktail que nos levou a esta situação, com engarrafamentos de quilómetros e entre cinco e seis horas de espera para passar”, disse Sébastien Ribera.

A falta de estruturas para acomodar tantos camiões faz com que os veículos se acumulem nas vias portuárias e na autoestrada A16, com esperas que criam um outro problema: incentivam os migrantes que pretendem chegar ao Reino Unido a infiltrarem-se nos camiões.

O delegado regional da federação sugere que até ao primeiro trimestre de 2021 não será possível ter uma visão mais ampla da situação nesta fronteira, onde haverá um tempo de espera acrescido para as declarações aduaneiras, declarações de segurança e o tempo para os controlos.

“Os meios têm de ser reajustados ao volume atual e é preciso permitir que haja espaços adequados e protegidos para o tempo de espera”, afirma Ribera, considerando também necessário “pedir às empresas que coloquem mais ‘ferries’ para absorver o fluxo”.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que há poucas probabilidades de alcançar um acordo sobre as relações futuras no pós-Brexit, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou muito provável o fracasso das negociações que estão a decorrer.

A decisão de prolongar novamente as negociações, anunciada este domingo pela presidente da Comissão Europeia, também não ajuda, lamentou Sébastien Ribera, afirmando que “a incerteza nunca é boa para os negócios”.

Apesar de novo prolongamento, as negociações entre Londres e Bruxelas não podem prolongar-se por mais de alguns dias, já que um eventual acordo tem de ser ainda ratificado – designadamente pelo Parlamento Europeu – antes de entrar em vigor, em 1 de janeiro de 2021.

O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

https://zap.aeiou.pt/brexit-caos-canal-mancha-franca-365544

 

Descoberta peridiocidade das extinções em massa - Andam de “mãos dadas” com asteróides e vulcões !

As extinções em massa terrestres, que incluem anfíbios, répteis, mamíferos e aves, ocorrem em ciclos de 27 milhões de anos, concluiu uma nova investigação da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Os resultados da nova investigação, cujos resultados foram esta semana publicados na revista a Historical Biology, estão em linha com as extinções em massa da vida oceânica estudadas anteriormente, que ocorrem em intervalos de 26,4 a 27,3 milhões de anos.

Em comunicado, a equipa da universidade norte-americana explica ainda que o estudo evidenciou ainda que estas extinções estão diretamente relacionadas com os principais impactos de asteróidesgrandes fenómenos vulcânicos.

“Parece que os impactos de grandes corpos e os pulsos de atividade interna da Terra que criam o vulcanismo de basalto podem estar a marchar ao mesmo ritmo de 27 milhões de anos do que as extinções massivas terrestres, talvez compassados pela nossa órbita na galáxia”, disse Michael Rampino, professor do Departamento de Biologia da Universidade de Nova Iorque e principal autor do estudo.

Para chegar a esta conclusão, os cientistas analisaram extinções em massa de animais terrestres e levaram a cabo novas análises estatísticas.

“Estas novas descobertas sobre extinções em massa coincidentes e repentinas na terra e nos oceanos, e o ciclo comum de 26 a 27 milhões de anos, dão crédito à ideia de que eventos catastróficos globais periódicos são os gatilhos de extinções”, continuo Rampino.

“Na verdade, já se sabe que três das mortes mais massivas de espécies em terra e mar ocorreram ao mesmo tempo dos três maiores impactos dos últimos 250 milhões de anos, cada um capaz de causar um desastre global e consequentes extinções em massa”.

Conhecem-se, a partir do registo fóssil, cinco grandes extinções em massa.

Há cerca de 443 milhões de anos, no final do período Ordoviciano, 86% de todas as espécies marinhas desapareceram. Há cerca de 360 ​​milhões de anos, no final do período geológico Devoniano, 75% de todas as espécies foram extintas.

Em igual sentido, há cerca de 250 milhões de anos, no final do período Permiano, a taxa de extinção rondava os 96%, sendo considerada a pior de sempre.

Já no final do período Triássico, há cerca de 201 milhões de anos, 80% de todas as espécies desapareceram, enquanto no final do Cretáceo, há cerca de 65 milhões de anos, 76% de todas as espécies foram dizimadas, incluindo os dinossauros.

https://zap.aeiou.pt/descoberta-peridiocidade-das-extincoes-massa-andam-maos-dadas-asteroides-vulcoes-365592

 

A Carolina do Norte é abalada por misteriosos estrondos há 150 anos e ninguém sabe o que são !

Estrondos enigmáticos chamados “Seneca Guns” ressoam em partes da costa da Carolina do Norte há mais de 150 anos. Agora, os cientistas estão a usar dados sísmicos para identificar de onde vêm as explosões e o que as causa.

O nome “Seneca Guns” não vem da Carolina do Norte, mas do Lago Seneca, no interior do estado de Nova Iorque, onde ocorreu um fenómeno semelhante. Os sons do lago, descritos em 1850 pelo escritor James Fenimore Cooper no seu conto “The Lake Gun”, já eram ouvidos há séculos.

“É um som que lembra a explosão de uma pesada peça de artilharia, que não pode ser explicado por nenhuma das leis conhecidas da natureza“, escreveu Cooper. “O relatório é profundo, oco, distante e imponente. O lago parece estar a falar com as colinas circundantes, que devolvem os ecos da sua voz em uma resposta precisa. Nenhuma teoria satisfatória jamais foi abordada para explicar esses ruídos.”

Os residentes da costa da Carolina do Norte frequentemente relatam ter ouvido estrondos semelhantes, com explicações que vão desde tempestades distantes ou terramotos a explosões em pedreiras ou até exercícios militares.

Alguns desses estrondos são suficientemente poderosos para sacudir janelas e fazer edíficios vibrar.

Uma equipa de cientistas vasculhou relatos que datam de 2013 para criar um catálogo de observações. Depois, compararam esses incidentes com os dados colhidos pelo EarthScope Transportable Array, uma rede de 400 sensores atmosféricos e sismógrafos.

Lançado em 2003, o EarthScope Transportable Array migra entre 1.700 locais nos Estados Unidos continentais e os dados sísmicos altamente localizados que colhe estão disponíveis gratuitamente para o público. Atualmente localizado no Alasca, foi instalado na Carolina do Norte entre 2013 e 2015.

“Queríamos ler artigos de notícias locais, criar um catálogo de instâncias dos Seneca Guns e, em seguida, tentar verificá-los com dados sismo-acústicos reais”, disse Eli Bird, estudante de ciências geológicas da University of North Carolina, citado pelo LiveScience.

Embora os Seneca Guns possam causar tremores no solo, os cientistas não encontraram nenhum registo de terramoto que coincidisse com os eventos, descartando o tremor de solo como a causa das explosões.

“De um modo geral, acreditamos que este seja um fenómeno atmosférico – não achamos que seja proveniente de atividade sísmica, estamos a assumir que se está a propagar através da atmosfera em vez do solo”, disse Bird. “Os dados em que mais me concentrei neste projeto são dados de infrassons em vez de dados sísmicos”.

Uma explicação atmosférica poderia ser os bólidos – rochas espaciais que viajam tão rápido quando atingem a atmosfera da Terra que explodem. Outra possibilidade poderia ser eventos que se originam no oceano, como a quebra de ondas muito grandes ou trovões longe da costa.

“As condições atmosféricas podem ser tais que se amplificam numa determinada direção ou afetam principalmente esta área localizada”, explicou Bird.

Os sinais associados à explosão variaram entre cerca de um segundo a 10 segundos, com a estação perto de Cape Fear a captar os sinais mais proeminentes.

A região de Cape Fear também é conhecida por ter vários incidentes com os “Seneca Guns”. No entanto, a matriz de sensores não era suficientemente densa para apontar de onde vinham os sinais.

“Presumivelmente, não é sempre a mesma coisa que produz sons estrondosos”, disse Bird. Alguns aviões militares que voam na área quebraram a barreira do som, por isso alguns dos sons de “armas” podem, na verdade, ser estrondos sónicos. Mesmo nesses casos, um sinal natural pode amplificá-los ainda mais.

Com a região de Cape Fear identificada como o local mais promissor para continuar a procurar, as próximas etapas para resolver esse enigma envolveriam a recolha de mais dados ao longo de vários anos, usando uma matriz de pelo menos três estações com três microfones em cada, para triangular com mais precisão onde os sons se originam.

Mas, por enquanto, os estrondoos “Seneca Guns” permanece um mistério.

O estudo foi apresentado este mês na reunião anual da American Geophysical Union (AGU), realizada virtualmente este ano devido à pandemia de covid-19.

https://zap.aeiou.pt/a-carolina-do-norte-e-abalada-por-misteriosos-estrondos-365622

 

Auto-anticorpos geram casos mais graves de covid-19 !

Investigadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos (EUA), descobriram que os infetados com o coronavírus tinham um grande número de anticorpos rebeldes (mal direcionados), que, ao invés de combater o vírus, comprometeram o próprio sistema imunológico dos pacientes.


De acordo com o Diário de Notícias, a equipa responsável pelo estudo – ainda não publicado e sem revisão dos pares – descobriu dezenas de anticorpos rebeldes nos infetados, que bloquearam as defesas antivirais, eliminaram células imunológicas úteis e atacaram o corpo desde o cérebro, vasos sanguíneos e o trato gastrointestinal.

Esses anticorpos desativam os vírus ao se colarem a proteínas na superfície do vírus, mas os autoanticorpos têm o formato incorreto e ligam-se erroneamente a proteínas que estão presentes ou foram libertadas por células humanas, explicando assim as diferentes reações à infeção por covid-19.

“Os pacientes da covid-19 produzem autoanticorpos que realmente interferem nas respostas imunológicas contra o vírus”, disse Aaron Ring, imunobiologista e autor do estudo. “Acreditamos que esses autoanticorpos são prejudiciais aos pacientes com covid-19”, referiu, acrescentando que os efeitos prejudiciais podem continuar após a redução da infeção, deixando os doentes com problemas de saúde mais duradouros.

“Como os anticorpos podem persistir por muito tempo, é concebível que contribuam para o desenvolvimento de doenças de covid-19 por mais tempo”, indicou o investigador, que, em parceria com Akiko Iwasaki, professora de imunobiologia, examinou 194 pacientes e funcionários de hospitais com várias gravidades de infeção por covid-19.

A infeção por covid-19, acredita a equipa, piora quando muitos anticorpos rebeldes diferentes surgem no mesmo paciente. “A soma agregada dessas respostas pode explicar uma parte significativa da variação clínica nos pacientes”, defenderam.

Ao Guardian, o professor de imunobiologia do Imperial College de Londres Danny Altmann, que não esteve envolvido no estudo, indicou que os auto-anticorpos podem explicar a variedade de sintomas de covid-19 e a longa duração em alguns pacientes.

“Considero isso muito provável, especialmente por analogia com o Ébola e o chikungunya, onde a autoimunidade parece ser uma grande parte da resposta. Uma grande parte do nosso trabalho de laboratório nos próximos meses é tentar relacionar os sintomas de covid longo com perfis auto-imunes “, sublinhou.

https://zap.aeiou.pt/auto-anticorpos-casos-graves-covid-19-365579

 

Reino Unido detecta nova estirpe do vírus !

Após a primeira semana desde o início da vacinação no Reino Unido, o país encontrou uma nova estirpe do vírus e colocou Londres nas medidas de nível 3 – mais restritivas. Já os Países Baixos vão confinar até 19 de janeiro.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, em Londres e partes do sudeste de Inglaterra, 10 milhões de pessoas vão entrar em medidas de nível 3 na quarta-feira, anunciou o secretário de saúde Matt Hancock – menos de duas semanas após um confinamento nacional projetado para suprimir o aumento de casos de coronavírus.

“Isto ainda não acabou”, disse Hancock, colocando Londres e partes de Essex e Hertfordshire no nível 3 e aumentando o número de pessoas sob as regras mais rígidas para 34 milhões, após uma semana de notícias animadoras desde o início do lançamento da vacina

Num anúncio surpresa, Hancock disse ainda, na Casa dos Comuns, que foram encontrados mais de 1.000 casos de uma nova estirpe de vírus em quase 60 áreas, predominantemente no sul da Inglaterra.

O ministro sugeriu que a nova estirpe estava a crescer mais rapidamente do que as variantes já encontradas, mas enfatizou que o conselho clínico sugeria que era “altamente improvável” que a mutação deixasse de responder a uma vacina.

Chris Whitty, diretor médico da Inglaterra, afirmou que não havia evidências de que a variante fosse mais perigosa e que seria detetada por testes. Whitty também enfatizou em Downing Street que a nova estirpe não era a razão por trás das mudanças para o nível 3.

“A razão pela qual a camada 3 foi introduzida é porque as taxas têm subido muito rápido em muitas áreas. A variante pode estar ou não estar a contribuit para isso, mas a realidade disso é que está a acontecer em toda a linha, e essa é a razão para fazer as mudanças”.

A Associação Médica Britânica, que representa a maioria dos médicos britânicos, disse que a entrada de Londres para o nível 3 salvaria vidas. Gary Marlowe, o presidente do conselho regional de Londres, disse que “a escalada em Londres mostra quão rapidamente o progresso para controlar o vírus foi desfeito e com a implementação da vacinação ainda na sua infância, agora não há outra opção a não ser mover Londres para o nível mais alto”.

Países Baixos reconfinam até 19 de janeiro

O primeiro-ministro, Mark Rutte, anunciou o confinamento de cinco semanas num discurso interrompido por assobios e gritos de manifestantes que protestavam contra as restrições, que entram em vigor a partir de terça-feira.

As creches, as escolas e todas as atividades consideradas não essenciais dos Países Baixos vão encerrar até 19 de janeiro para tentar conter as infeções pelo novo coronavírus. À exceção de supermercados, mercearias e farmácias, todos os estabelecimentos vão encerrar a partir de terça-feira, incluindo museus, cinemas, salas de espetáculos e jardins zoológicos.

Não estamos a lidar com uma simples gripe, como pensam as pessoas que estão atrás de nós”, disse, referindo-se aos manifestantes.

Na semana entre 2 e 8 de dezembro, o número de infeções confirmadas fixou-se acima de 43 mil, segundo a informação divulgada pelo Instituto Nacional para a Saúde Pública e Ambiente dos Países Baixos.

A população holandesa foi ainda aconselhada a permanecer em casa e a receber, no máximo, duas pessoas por dia e três no Natal.

O Governo liderado por Mark Rutte já tinha decretado o encerramento de restaurantes, bares e coffee shops em 14 de outubro e endureceu as medidas de combate à pandemia em 3 de novembro, ao encerrar museus, cinemas e jardins zoológicos por duas semanas.

Recolher durante 4 dias no Ano Novo na Turquia

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou esta segunda-feira um recolher obrigatório de quatro dias durante o Ano Novo para combater a propagação da pandemia.

Durante uma reunião do conselho de ministros, Erdogan afirmou que o recolher obrigatório vai começar na noite de 31 de dezembro e vigorará até à manhã de 4 de janeiro.

O Governo reintroduziu este mês os confinamentos durante o fim de semana, assim como recolher obrigatório noturno perante um aumento nos números de novas infeções e mortes, tendo evitado, até agora, um confinamento total para manter à tona a frágil economia do país.

Erdogan anunciou também apoios aos negócios afetados e prometeu prolongar os descontos nos impostos.

As estatísticas de hoje do Ministério da Saúde mostraram um recorde de 229 mortes diárias, elevando o total de óbitos para 16.646. A média de sete dias de infeções diárias tem estado acima das 30 mil, o que torna o país num dos mais afetados do mundo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.612.297 mortos resultantes de mais de 72,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (65 011 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64 170 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França (58 282 mortos, mais de 2,3 milhões de casos) e Espanha (48 013 mortos, mais de 1,7 milhões de casos). Portugal contabiliza 5649 mortos em 350 938 casos de infeção.

https://zap.aeiou.pt/reino-unido-deteta-nova-estirpe-do-virus-paises-baixos-365755

 

“Homicida negligente” - Bolsonaro criticado devido a programa de vacinação !

 

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está a ser fortemente criticado e classificado como “homicida negligente” devido ao fracasso na preparação de um programa de vacinação contra o coronavírus, enquanto o número de mortes aumenta novamente no país.

Mais de 181 mil brasileiros morreram por causa da doença, com a maior economia da América Latina mergulhada numa segunda vaga. O Governo de Bolsonaro tem sido lento nos planos para vacinar os 212 milhões de cidadãos, apostando na vacina da Universidade Oxford e da farmacêutica AstraZeneca, noticiou no domingo o Guardian.

O Brasil ainda não assinou um contrato com a Pfizer e evitou a vacina experimental chinesa CoronaVac, defendida pelo governador de São Paulo, João Doria, provável adversário do Presidente nas próximas eleições. Observadores acreditam que a hostilidade de Bolsonaro à vacina visa impedir o aumento da popularidade de Doria.

Os especialistas temem que a estratégia possa causar milhares de mortes desnecessárias ao adiar a vacinação. “Mostra, mais uma vez, o quão desconetado o governo federal está da realidade da pandemia. Eles ainda não perceberam a gravidade do que estamos a passar”, disse Natália Pasternak, fundadora do Question of Science Institute.

Para Pasternak, é aceitável que o Governo brasileiro acredite na vacina da AstraZeneca, mas “o problema é apostar apenas nessa e não fechar outros contratos, sabendo que” esse “não será suficiente para vacinar toda a população”. “O Brasil colocou todos os seus ovos na mesma cesta”, disse, indicando que a decisão em recusar a CoronaVac é “absurda”.

O Ministério da Saúde brasileiro publicou um plano de vacinação, que dezenas de consultores alegaram não ter aprovado, no qual foi determinado um período de cinco meses para vacinar 51 milhões de prioritários, entre esses profissionais de saúde e idosos, mas sem avançar uma data para um programa mais amplo.

Num editorial de primeira página, o Folha de São Paulo criticou a “negligência homicida” de Bolsonaro, alegando que os brasileiros foram “abandonados pelo governo” e condenados a “assistir em angústia” o início da vacinação noutros lugares.

“A estupidez assassina de Bolsonaro sobre a pandemia de coronavírus passou todos os limites. É hora de ele abandonar essa imprudência criminosa e pelo menos fingir ter a capacidade e maturidade para liderar uma nação de 212 milhões, num momento tão dramático da sua história coletiva. Chega de tolice com a vacina!”, declarou.

Já o Estado de São Paulo apontou a “incompetência letal” de Bolsonaro, ao escrever: “Não sabemos quantas vacinas o governo federal terá, nem quando. Há sinais de que haverá falta de vacinas. E o ministério [da Saúde] resiste em negociar opções viáveis, como a CoronaVac… por motivos claramente políticos”.

“Não há um único aspeto no tratamento desta crise que não tenha sido contaminado pelo obscurantismo, negligência, incompetência ou desonestidade do Presidente ou do seu fantoche no Ministério da Saúde”, acrescentou a publicação.

As críticas seguiram-se às palavras do presidente da Sociedade Médica e Cirúrgica do Rio de Janeiro, depois que um dos seus membros morreu de covid-19. Numa homenagem pública, criticou a resposta “simplesmente homicida” ao coronavírus e a “miopia, desumanidade, negligência e irresponsabilidade criminosa” dos líderes brasileiros.

No sábado, um dos maiores observadores políticos do Brasil, Elio Gaspari, disse que o coronavírus era “o Chernobyl de Bolsonaro”, comparando a sua negação em relação à covid-19 aos esforços soviéticos para ocultar o desastre de 1986. Outro, Jânio de Freitas, referiu que a “confusão” em torno da vacina é motivo para ‘impeachment’.

Daniel Dourado, especialista em Saúde Pública e advogado, concordou que a reação “desastrosa” de Bolsonaro justifica o ‘impeachment’ imediato. “É um ultraje após o outro. Dilma Rousseff foi removida por muito menos”, sublinhou.

“No início da pandemia, pensei que assim que muitas pessoas começassem a morrer”, Bolsonaro “estaria morto. Mas 180 mil morreram e ele ainda está lá”, disse Dourado. “Estamos a falar sobre ‘impeachment’ – mas o Congresso não”, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/homicida-negligente-bolsonaro-plano-vacinacao-365590

Bill Gates alerta que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia” !

Numa altura em que o mundo, e sobretudo os Estados Unidos da América, começam a ver uma luz ao fundo túnel, devido ao desenvolvimento de várias vacinas, Bill Gates deixa uma novo alerta sobre a pandemia de covid-19.


Bill Gates tem feito constantes alertas sobre a forma como os EUA estão a lidar com a a pandemia, e a forma como esta pode evoluir no mundo. Neste domingo, voltou a fazê-lo, um dia depois da vacina da Pfizer e da BioNTech, já aprovada pela FDA, começar a sair da fábrica do laboratório norte-americano, no Michigan, para ser distribuída nos EUA.

Em entrevista à CNN, o cofundador da Microsoft avisou os americanos que “os próximos quatro a seis meses podem ser os piores da pandemia”, ao argumentar que os dados do IHME estimam a ocorrência de mais de 200 mil mortes adicionais.

O empreendedor confessa que inicialmente achou que “os EUA conseguiriam lidar” com a situação pandémica e que “fariam um trabalho melhor”.

Nos EUA, o número de mortes diárias por covid-19 ultrapassa as três mil, mais do que as registadas no ataque de 11 setembro de 2001, e, no total, quase 300 mil. Ao todo, e numa população de 330 milhões, há 17 milhões de infetados, sendo o país mais afetado pela pandemia. “Temos de fazer melhor”, argumentou Gates.

Questionado sobre se aceitará tomar a vacina para a covid-19, já que nos EUA há uma forte contestação por parte de movimentos antivacinas, Bill Gates disse que não só a tomará como o irá fazer publicamente, como já o declararam os ex-presidentes Bill Clinton, George Bush e Barack Obama, para aumentar a confiança das pessoas.

Defendeu ainda que os critérios sobre quem deve ter acesso ou não à vacina devem ser definidos pelas necessidades médicas e não pela riqueza. Tanto nos EUA, como em outros países, nomeadamente o Brasil, onde a pandemia tem posto a descoberto as fragilidades sociais e aumentado as desigualdades entre classes.

Na entrevista Gates defendeu ainda que só a vacina não chega, reforçando assim que os “próximos quatro a seis meses exigem que os americanos façam o melhor”. “Sabemos que a situação um dia acaba, mas ninguém quer que aqueles que ama sejam os últimos a morrer por covid”.

A única solução “é evitar a transmissão da doença, é seguir as regras, usar máscara não tem qualquer desvantagem”. O cofundador da Microsoft, cuja fundação criada por ele e pela mulher, Belinda Gates, tem apoiado o financiamento da investigação para uma vacina ou medicamento para a doença, disse que se os casos continuarem a aumentar nos EUA “bares e restaurantes da maior parte do país terão de fechar“.

Em pleno período de transição entre uma administração republicana e democrata, Gates diz que “a nova administração está disposta a confiar nos especialistas e não em os atacar”. “Acho que vamos superar a situação de forma positiva. Estou satisfeito com as pessoas e com as prioridades que o presidente eleito, Joe Biden, e a sua equipa estão a definir para enfrentar o problema “, concluiu.

https://zap.aeiou.pt/bill-gates-alerta-os-proximos-quatro-seis-meses-podem-os-piores-da-pandemia-365537

 

“Estamos em todo o lado” - Memorial de Anne Frank nos EUA vandalizado com suásticas !

O único memorial dedicado a Anne Frank nos Estados Unidos foi vandalizado com imagens de suásticas, causando indignação no estado de Idaho, onde o monumento está localizado.

Cartazes foram colados à estátua da jovem alemã vítima do Holocausto com a seguinte frase, junto do símbolo nazi: “Nós estamos em todo o lado.”

P Centro Wassmuth para os Direitos Humanos, que administra o Memorial Anne Frank na cidade de Boise, informou que o ataque ocorreu na terça-feira passada.

O diretor da entidade, Dan Prinzing, disse que o incidente é uma “triste demonstração sobre quem é ou o que é nossa comunidade” e comparou-o com uma “punhalada no coração”.

“Francamente, é um dia triste”, afirmou Prinzing, em declarações  à CNN. “O memorial está localizado no coração da capital; somos o coração da cidade. Um ato de ódio tão flagrante, dirigido dessa forma, encorajado a ocorrer, é simplesmente triste.”

Ainda segundo o diretor do Centro Wassmuth, “o memorial foi financiado por indivíduos, empresas e fundações para ser uma demonstração física dos nossos valores partilhados; reconhecemos hoje que um desses valores é que devemos nos impor para enfrentar o ódio”.

Prinzing disse que, felizmente, nenhum dano material foi causado ao monumento, tendo sido necessária apenas uma limpeza extra para remover o resíduo colante dos cartazes.

Já o chefe da polícia de Boise, Ryan Lee, condenou o ataque como “absolutamente repugnante”, segundo a imprensa local. “É um motivo de preocupação para nós”, disse Lee, prometendo ainda “encontrar aqueles que estão tentando incitar ao ódio na nossa cidade”.

A presidente da câmara de Boise, Lauren McLean, também manifestou indignação. “É chocante, mas sabemos que isso não reflete os valores da nossa sociedade”, afirmou.

O Centro Wassmuth foi nomeado em homenagem ao padre católico Bill Wassmuth (1941-2002), que renunciou à sua função religiosa para se dedicar inteiramente à luta contra os supremacistas brancos e neonazis.

O estado de Idaho é considerado um dos redutos dos extremistas de direita nos Estados Unidos.

O memorial em homenagem a Anne Frank já tinha sido violado com slogans antissemitas e racistas em 2017. O reparo custou 20 mil dólares na época.

Anne Frank é uma das mais conhecidas vítimas do Holocausto. Entre 1942 e 1944, ela documentou, através de um diário, o seu quotidiano familiar num esconderijo em Amsterdão, onde a sua família levou uma existência claustrofóbica e silenciosa na esperança de não ser capturada pelos nazis.

O seu pai, o empresário alemão Otto Frank, tentou levar a esposa e as duas filhas para os Estados Unidos para fugirem da perseguição, mas sem sucesso.

Em 1944, a família judia foi descoberta no anexo na capital holandesa. Anne morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen em 1945, mas a história da sua vida percorre o mundo até hoje através do seu diário publicado postumamente.

https://zap.aeiou.pt/memorial-anne-frank-nos-eua-vandalizado-suasticas-365533

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

“Divirtam-se a tentar apanhar-me” - Decifrada mensagem do Assassino do Zodíaco !

 

Uma equipa de entusiastas de criptografia conseguiu decifrar uma das mensagens codificadas há mais de 50 anos pelo “Assassino do Zodíaco”, que aterrorizou a Califórnia no final da década de 1960 e que ainda não foi identificado.

A mensagem em questão foi enviada em novembro de 1969 para o jornal San Francisco Chronicle pelo alegado homicida. O código era composto por várias letras e símbolos crípticos de uma maneira tabular, captando a atenção das autoridades, de investigadores e, inclusive, amadores desde então.

Os entusiastas pelo “Assassino do Zodíaco” esperavam que esta mensagem codificada denunciasse a identidade do assassino em série, a quem são atribuídos pelo menos cinco homicídios entre 1968 e 1969.

Contudo, o homicida reivindicou um total de 37 e também inspirou outros assassinos.

De acordo com a equipa que descodificou a mensagem, o assassino apenas se gaba do que fez, desafia as autoridades e apresenta sinais de delírio sem esclarecer quaisquer motivos para as atrocidades ou evidências de quem é.


 

“Espero que se divirtam a tentar apanhar-me (…). Não tenho medo da câmara de gás porque ela vai mandar-me para o céu muito em breve. Agora tenho escravos suficientes a trabalhar para mim”, explicita a mensagem.

David Oranchak, um web designer norte-americano de 46 anos, explicou que foram necessários vários softwares para permitir a descodificação do código complexo. Esta árdua tarefa começou em 2006 e terminou hoje.

Sam Blake, um matemático australiano, e Jarl Van Eycke, um logístico da Bélgica, ajudaram na descodificação do código, afirmou o David Oranchak ao San Francisco Chronicle.

Contudo, esta não é a primeira mensagem a ser decifrada. Em 1969, um professor e a mulher conseguiram descodificar uma outra mensagem: “Gosto de matar porque é divertido”.

Nessa mensagem, o “Assassino do Zodíaco” também referiu o termo “escravos”, que alegou estar a reunir para o servirem quando morresse.

O código desta mensagem, no entanto, era bastante mais simples que o da “mensagem 340”, a que foi decifrada agora, assim apelidada por que tem 340 carateres (17 colunas de 20 carateres).

O caso inspirou dois filmes: “Zodiac” (2007), com Jake Gyllenhaal e “Dirty Harry” (1971), com Clint Eastwood.


  https://zap.aeiou.pt/decifrada-mensagem-assassino-zodiaco-365436

Governo dos EUA alvo de ciberataque - Há quem aponte o dedo à Rússia !

Os departamentos do Comércio e do Tesouro do Governo dos Estados Unidos foram alvo de intrusões informáticas, admitiu este domingo um responsável do National Security Council, organismo que funciona na dependência da Casa Branca.

Este domingo, os departamentos do Comércio e do Tesouro do Governo dos Estados Unidos foram alvo de um ataque informático. O alcance do ciberataque e o tipo de documentos a que os piratas informáticos poderão ter conseguido aceder ainda estão por determinar.

De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, as suspeitas apontam para a Rússia, tendo este ataque alcançado os sistemas de correio eletrónico daquelas áreas do Governo norte-americano.

O The Washington Post revela que este ataque já estará em curso há vários meses. Até agora, tudo aponta para que o ataque tenha provocado danos “significativos”.

“Estamos a tomar todas as medidas necessárias para identificar e corrigir quaisquer questões relacionadas com esta situação”, disse John Ullyot, porta-voz do National Security Council, em comunicado.

Para já, terão sido identificadas as marcas de dois hackers associados ao Serviço de Inteligência Estrangeiro da Rússia, o SVR. Conhecidos como APT29 e Cozy Bear, estes piratas informáticos terão conseguido entrar numa série de outros servidores de e-mail do governo americano.

Este ataque acontece dias depois de a empresa norte-americana de cibersegurança FireEye ter admitido ter sido alvo de um ataque informático. Alguns especialistas em cibersegurança admitem que o ataque pode ter vindo da Rússia.

Segundo a empresa, o ataque foi feito a partir da atualização de um software da também americana SolarWinds, que avançou que tudo indica que as atualizações que fez em março e junho deste ano ao Orion, uma ferramenta de monitorização utilizada por inúmeras entidades, tenham sido infiltradas e utilizadas num “ataque altamente sofisticado e direcionado por um estado-nação”.

https://zap.aeiou.pt/governo-dos-eua-alvo-de-ciberataque-e-ha-quem-365511

 

Documentos revelam que Johns Hopkins, famoso abolicionista, tinha os seus próprios escravos !

Johns Hopkins, o filantropo do século XIX cujo nome agracia algumas das mais prestigiosas instituições científicas e académicas da América, foi considerado um homem que deplorava a escravatura. Porém, aparentemente, Hopkins possuiu escravos ao longo da sua vida adulta.


Numa carta endereçada à comunidade do campus, funcionários da Johns Hopkins University recevelaram que historiadores que analisavam a história da escola descobriram que o seu fundador, o empresário do século XIX Johns Hopkins, possuiu escravos, contestando a longa história que o descrevia como um abolicionista ardente cujo pai libertou todos os escravos da família em 1807.

Segundo a carta, no final da primavera de 2020, investigadores da “Retrospectiva Hopkins” – um programa iniciado em 2013 para examinar a história da universidade – foram informados da possível existência de um documento dos censos de 1850 que indicava que o fundador da escola era um proprietário de escravos.

Os investigadores rastrearam os registos dos censos do Governo que mostraram que Hopkins tinha um escravo na sua casa em 1840 e quatro escravos em 1850. Nos censos de 1860, não havia escravos listados na sua casa.

Após a sua morte em 1873, Hopkins – que fez fortuna como comerciante e investidor em ferrovias – deixou sete milhões de dólares com o objetivo de fundar uma universidade, hospital e orfanato em Baltimore. Na época, foi a maior doação filantrópica da História americana.

Os funcionários da escola explicaram que a maior parte do que se sabia sobre Hopkins veio de um pequeno livro publicado pela sobrinha-neta, Helen Thom, em 1929 – mais de 50 anos depois da morte de Hopkins.

“O livro de Thom recontou memórias de família, incluindo a história de que os pais de Johns Hopkins, motivados pelas suas convicções quacres, libertaram todas as pessoas escravizadas ‘saudáveis’ na sua plantação de Anne Arundel em 1807″, revela a carta.

“De acordo com Thom, esse ato impôs dificuldades financeiras significativas à família e fez com que Johns deixasse a plantação e fosse para Baltimore cinco anos depois, aos 17 anos, para embarcar na sua carreira comercial. Nas palavras de Thom, Johns tornou-se ‘um abolicionista forte‘”.

Segundo a universidade, os investigadores não conseguiram encontrar evidências que apoiassem a afirmação de que Hopkins era um abolicionista.

Embora os funcionários da escola não pudessem comprovar a lenda do pai de Hopkins, conseguiram encontrar registos do avô, que libertou alguns dos seus escravos em 1778. No entanto, a família continuou “as transações de posse de escravos durante décadas depois disso”, lê-se na carta.

Os historiadores também encontraram um obituário que descrevia Hopkins como tendo pontos de vista políticos antiescravistas, uma carta em que Hopkins expressava apoio ao presidente Abraham Lincoln (que acabou com a escravidão nos Estados Unidos) e evidências de que comprou um escravo para garantir a sua liberdade.

A escola disse que continuará a investigar a ligação de Hopkins com a escravidão, incluindo descobrir quem eram os seus escravos, a natureza do seu relacionamento com Hopkins e por que não teve mais escravos em 1860.

https://zap.aeiou.pt/johns-hopkins-racismo-escravidao-365084

 

Guterres pede a todos os líderes mundiais que declarem estado de emergência climática !

O secretário-geral das Nações Unidas pediu este fim-de-semana a todos os líderes mundiais que declarem estado de emergência nos seus países até que consigam atingir a neutralidade carbónica.


Falando na abertura da Cimeira da Ambição Climática, organizada em parceria pela ONU, Reino Unido, França e Itália, António Guterres reiterou que o mundo “ainda não está a ir na direção certa” para travar as alterações climáticas e que poderá estar a caminho de “um aumento de temperatura catastrófico de mais de três graus neste século”.

“Apelo a todos os líderes mundiais para declararem estado de emergência climática nos seus países até que se atinja a neutralidade nas emissões de dióxido de carbono. Já houve 38 países que o fizeram. Imploro a todos os outros que os sigam”, declarou o português, falando numa ligação vídeo a partir da sede da organização, em Nova Iorque.

O objetivo das Nações Unidas para o próximo ano será conseguir “uma coligação alargada” com o objetivo de conseguir a neutralidade carbónica a meio do século.

Aos países subscritores do Acordo de Paris para combate às alterações climáticas, que hoje farão declarações na Cimeira da Ambição Climática, pediu que tenham “metas claras de curto prazo” que se reflitam nas contribuições determinadas nacionalmente que estão obrigados a apresentar a tempo da próxima conferência das partes do acordo, prevista para o próximo ano na cidade escocesa de Glasgow.

Os compromissos assumidos em Paris em 2015 “estão longe de ser suficientes e mesmo esses não estão a ser cumpridos”, alertou, questionando se alguém ainda pode pôr em causa que o mundo enfrenta “uma emergência dramática”. “Precisamos de contribuições significativas agora”, exigiu Guterres, pedindo que o objetivo de curto prazo seja “reduzir as emissões globais em 45% até 2030”.

António Guterres salientou que os níveis de dióxido de carbono estão em níveis recorde e que atualmente, a temperatura média mundial está 1,2 graus centígrados mais quente do que na era pré-industrial, mas que os esforços para manter o aquecimento global nos 1,5 graus não estão “condenados a falhar”.

No entanto, considerou que “é inaceitável” que os países do grupo das 20 maiores economias estejam a gastar nos seus pacotes de estímulo à recuperação económica pós-pandemia “mais 50 por cento em setores ligados à produção de combustíveis fósseis do que em produção de energia de baixas emissões carbónicas”.

“Os biliões de dólares precisos para a recuperação pós-covid-19 são dinheiro que estamos a pedir emprestado às gerações futuras”, declarou, considerando que é “um teste moral” optar por políticas que não sobrecarreguem as gerações futuras com uma montanha de dívidas num planeta destroçado”.

Setores como a aviação e o transporte marítimo precisam de dar o seu contributo e mudar a maneira de operar, defendeu, e o setor da banca tem que dar o exemplo e investir menos em setores poluentes e apoiar energias e indústrias mais limpas.

A tecnologia está do nosso lado e as energias renováveis estão mais baratas a cada dia que passa“, declarou.

https://zap.aeiou.pt/guterres-pede-emergencia-climatica-365497

 

Doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo !

As doenças cardíacas são a principal causa de morte em todo o mundo, de acordo com uma nova investigação que frisa que, em 2019, estas patologias foram responsáveis por um terço de todos os óbitos registados. 


Os resultados da investigação foram publicados no início de dezembro na revista científica especializada Journal of the American College of Cardiology, num artigo que frisa ue o número de mortes associadas a doenças cardíacas continua a aumentar.

A China registou o maior número de mortes por doença cardíaca em 2019, sendo seguida pela Índia, Rússia, Estados Unidos e Indonésia, detalha o portal WebMD.

As taxas mais baixas de mortalidade associadas a doenças cardíacas foram registadas em França, Peru e Japão, onde os números foram seis vezes menores do que em 1990.

De acordo com os autores do estudo, que analisaram 30 anos de dados, os países precisam de criar programas de saúde públicos com uma boa relação custo-benefício para reduzir o risco de doenças cardíacas através de mudanças comportamentais.

O número de doenças cardíacas quase duplicaram no período em análise, tendo passado de 271 milhões em 1990 para 523 em 2019. O número de mortes no mesmo período de tempo aumentou de 12,1 milhões para 18,6 milhões.

No ano passado, a maioria das mortes por doença cardíaca foi atribuída à doença isquémica do coração (estreitamento das artérias do órgão que reduzem o fluxo sanguíneo) e derrame, registando um aumento constante desde 1990.

“Os padrões globais de DCV (doenças cardiovasculares) têm implicações significativas para a prática clínica e o desenvolvimento de políticas de saúde pública”, começou por explicar o o autor principal do estudo, Gregory Roth, professor associado de cardiologia da Universidade de Washington em Seattle, nos Estados Unidos.

“Os casos prevalecentes de DCV total tendem a aumentar substancialmente como resultado do crescimento e envelhecimento populacional, especialmente no Norte de África e Ásia Ocidental, Ásia Central e Meridional, América Latina e Caraíbas e Leste e Sudeste Asiático, onde se espera que a ‘fatia’ populacional de idosos duplique entre 2019 e 2015″, continuou, apelando à promoção da saúde do coração e envelhecimento saudável.

“Igualmente importante, é também agora a hora de implementar estratégias viáveis ​​e acessíveis para a prevenção e controlo de DCV e acompanhar os resultados”, rematou. 

https://zap.aeiou.pt/doencas-cardiacas-sao-principal-causa-morte-todo-mundo-365013

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Cientistas dizem que a mãe natureza está alertando a Humanidade sobre uma catástrofe iminente !

2020 começou com incêndios florestais devastadores em toda a Austrália e as coisas não melhoraram muito desde então. Este ano viu fortes tempestades sobre o Atlântico violentos incêndios florestais na Califórnia, Mega secas na África e severas inundações na Ásia. Para piorar a Antártida experimentou um dos anos mais quentes já registrados e a Europa experimentou ondas de calor verdadeiramente escaldantes. E não apenas todos os continentes estão sendo atacados na superfície mas também pelo oceano.
 
Os cientistas anunciaram no início deste ano que o nível do mar está subindo de acordo com as previsões de um "cenário de pior caso". Desde a década de 1990 o nível do mar aumentou 1,8 cm à medida que a Terra aquece e as calotas polares derretem. Embora a medida possa parecer pequena um centímetro de aumento do nível do mar geralmente significa que um milhão de pessoas serão forçadas a se mudar. Toda a intensidade crescente desses eventos pode ser rastreada até a mudança climática e os cientistas acreditam que a Mãe Natureza está nos enviando uma mensagem de Alerta ou melhor se vingando de todos nós.

A Mensagem de Vingança

Adam Smith, um climatologista aplicado do Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), disse à Associated Press que os desastres climáticos "realmente se juntaram para criar um ano catastrófico".

"A mudança climática tem suas impressões digitais em muitos desses extremos e desastres diferentes ", disse Smith.
Por sua vez, a diretora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Inger Andersen, acrescentou que a natureza está nos mandando uma mensagem e é melhor ouvi-la.

"Onde quer que você vá em qualquer continente vemos a natureza nos atingindo" acrescentou Andersen. “O período de três anos mais quente que já vimos. Temperaturas árticas incêndios florestais, etc. "

Um relatório recente da Organização das Nações Unidas (ONU) da Organização Meteorológica Mundial e de outros grupos científicos globais revelou que apesar da pandemia COVID-19 que paralisou grande parte do Mundo as emissões continuam aumentando . De acordo com o estudo o metano o dióxido de carbono e o óxido de nitrogênio os três principais gases do efeito estufa continuaram a aumentar em 2020.

O estudo, que também incluiu os números mais atualizados para 2019, descobriu que as emissões globais de CO2 fóssil atingiram um novo recorde de 36,7 Gigatons (Gt) em 2019, 62 por cento a mais do que em 1990. E por último, mas não menos importante os pesquisadores acreditam que há 20 por cento de chance de que a Terra alcance o nível de 1,5 ° C em 2024.

Vingança de Gaia

Simplesmente Gaia é vida. Ela é tudo a própria alma da terra. Ela é uma deusa que habita o planeta oferecendo vida e alimento a todas as suas filhas e filhos. Nas civilizações antigas ela era reverenciada como mãe nutridora e doadora de vida. Foi ela quem nos criou e nos sustentou e para quem voltamos após a morte. Em 1970 o cientista britânico James Lovelock e sua colega Lynn Margulis (esposa de Carl Sagan na época) propuseram que a Terra é um Ser Vivo auto-regulando os elementos para sustentar a vida nela.

Essa hipótese revolucionária foi vista como herética mas desde então foi aceita como um fato uma teoria não mais uma hipótese. Seu trabalho sugeriu que todos os produtos químicos na terra "conversam" uns com os outros para proteger a vida no planeta o sal do oceano nunca se torna muito salgado o oxigênio na atmosfera nunca é muito ruim e a temperatura da Terra nunca se torna muito hostil para que a vida prospere. Todos os elementos funcionam em perfeita harmonia para garantir que a vida seja mantida em nosso planeta.
A estabilidade da vida e sua capacidade constante de autorregular e proteger as criaturas terrestres conota um universo muito mais inteligente do que se imaginava. A teoria de Gaia ensinava que um universo sofisticadamente consciente está regulando essas muitas facetas para proteger e preservar a vida no planeta da mesma forma que uma mãe protege seus próprios filhos. Assim, de acordo com os cientistas, a humanidade cruzou todas as "linhas vermelhas" possíveis causando a raiva de Gaia. O desejo de viver em harmonia com a natureza nunca foi tão agudo.

Mas não devemos cometer o erro de acreditar que viver em harmonia com a natureza requer viver naturalmente. Afinal, a tecnologia necessária para a energia renovável é muito menos natural do que simplesmente queimar madeira. A refrigeração e o congelamento evitam a deterioração e o desperdício de alimentos. Os humanos são como disse o escritor britânico HG Wells animais não naturais. Nosso sucesso em salvar bebês e idosos contradiz as intenções da natureza e poucos negariam a moralidade de nossos esforços não naturais. E ainda dada a suscetibilidade dos idosos à COVID-19 a narrativa da punição da natureza nos leva a uma conclusão horrível sobre se devemos continuar nossos sucessos.

A natureza não é uma divindade benevolente com "intenções" e natural não é sinônimo de santo. Entendida como ausência de intervenção humana a naturalidade não é boa nem má . Agora, mais do que nunca compreender a diferença é fundamental para a saúde da humanidade e do planeta. Chegou a hora de abandonar nossa falsa crença na bondade natural e enfrentar a complexidade do que significa ser animais não naturais responsáveis ​​em um Mundo natural.
 
http://sodaestrondo.blogspot.com/

 

França estuda “super-soldados” biónicos porque o resto do mundo também está a fazê-lo !

As Forças Armadas francesas acabam de receber autorização para iniciar investigações sobre o desenvolvimento de soldados biónicos ou aprimorados, justificando o Governo o avanço neste campo com o facto de vários exércitos mundiais estarem a fazer o mesmo.

De acordo com a emissora britânica BBC, um relatório publicado recentemente estabelece em que cenários e condições implantes e outras tecnologias projetadas para melhorar o desempenho dos soldados no campo de batalha devem ser utilizados no futuro.

O mesmo documento frisa que outras potências mundiais estão a fazer investigações nesta mesma área, frisando a necessidade de a França acompanhar estas nações.

A ministra da Defesa, Florence Parly, revelou que o país não tinha planos imediatos para avançar para estas tecnologias “invasivas” para soldados mas que, tendo em conta os avanços de outros países, tornou-se uma necessidade.

“Devemos enfrentar os factos. Nem todos partilham os nossos escrúpulos e devemos estar preparados para o que quer que seja que o futuro nos reserve”, disse a governante.

O mesmo relatório, divulgado na passada terça-feira, menciona as eventuais vantagens da utilização destas tecnologias, mas também estabelece limites, frisando que não se pode comprometer a reintegração do soldado na vida civil.

Há muito que os seres humanos procuram formas de exponenciar as suas capacidades físicas e cognitivas para lutar na guerra (…) Possíveis avanços podem levar à introdução de melhorias na capacidade dos corpos dos soldados”, lê-se no documento.

Investigações sobre implantes poderiam “melhorar a capacidade cerebral” ou até mesmo ajudar os soldados a diferenciar o inimigo do aliado, podendo estes também permitir aos comandantes localizar os seus soldados ou ler os seus sinais vitais à distância.

Por tudo isto, é “essencial” traçar linhas éticas, frisa o documento. Modificações genéticas devem ser banidas destes procedimentos, assim como quaisquer alterações que “possam comprometer a integração do soldado na sociedade ou no regresso à vida civil”.

A confirmar-se o avanço, a França juntar-se-à à China, Rússia e Estados Unidos no estudo destas tecnologias, tal como escreve o portal Futurism.

https://zap.aeiou.pt/franca-estuda-super-soldados-bionicos-resto-do-mundo-tambem-esta-faze-lo-365295

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

Ilegalidades ou debaixo do colchão ? Ninguém sabe onde estão 50 mil milhões que saíram do Banco de Inglaterra !

Um grupo de legisladores do Reino Unido revelou que até 50 mil milhões de libras em dinheiro estavam “desaparecidos” e pediu ao Banco da Inglaterra que investigue a situação.


O Banco da Inglaterra foi criticado por legisladores no Reino Unido após ter sido sabido que 50 mil milhões de libras em notas estavam “desaparecidas”. Um poderoso grupo do Comité de Contas Públicas (PAC) do Governo britânico disse que o banco central do Reino Unido precisa de assumir a responsabilidade pelo dinheiro não contabilizado e “assumir um papel mais proativo em rastreá-lo.”

Segundo a CNN, o uso de dinheiro tem diminuido há anos na Grã-Bretanha, mas a demanda por notas está a disparar – e ninguém sabe ao certo para onde está a ir o dinheiro.

O Banco da Inglaterra nega responsabilidade pelo dinheiro. “É responsabilidade do Banco da Inglaterra atender à demanda pública por notas. O banco sempre atendeu a essa demanda e continuará a fazê-lo. Membros do público não de precisa explicar ao banco por que deseja ter notas. Isso significa que as notas não estão desaparecidas”, anunciou o banco, em comunicado.

O economista independente e investigador de economia do Instituto de Assuntos Económicos (IEA) Julian Jessop argumentou que dizer que 50 mil milhões de libras “desapareceram” não faz justiça à situação. Para Jessop, a reação imediata ao relatório do PAC foi alarmista.

“Só está desaparecido no sentido de que não sabemos como este dinheiro está a ser usado”, disse Jessop, em declarações à Newsweek. “Em certo sentido, nunca saberemos. Tenho dinheiro na carteira, para que está a ser usado? Posso comprar alguma coisa ou posso apenas guardá-lo. Acho que desaparecido é a palavra errada, não contabilizado também está errado. Está em circulação, não desapareceu nem foi roubado, mas não sabemos exatamente como está a ser usado”.

“O Banco da Inglaterra perdeu o controlo de £50 mil milhões em notas – o equivalente a uma pilha de notas de 5 libras com 800 milhas de altura. O que aconteceu com os seus controles internos, registros e auditorias?”, escreveu Prem Sikka, trabalhista na Câmara dos Lordes.

Sikka “genuinamente parecia pensar que o dinheiro tinha sido perdido nos cofres do próprio Banco da Inglaterra”, disse Jessop. “Teria sido o maior roubo da história.”

O National Audit Office descobriu que, em julho, notas esterlinas no valor de 76,5 mil milhões de libras estavam em circulação no Reino Unido.

Porém, o Banco da Inglaterra estimou que apenas 20% a 24% estava a ser usado ou retido para transações em dinheiro do dia-a-dia. O banco estima que mais 5% do dinheiro são mantidos como poupança pelas famílias do Reino Unido. Isso deixa cerca de 70% – ou pouco mais de 50 mil milhões de libras, “não contabilizados”.

O PAC, que examina a economia no Reino Unido, especulou que o dinheiro pode ter sido mantido como poupança familiar não declarada, possivelmente levado para o exterior ou usado na economia subterrânea. “O Banco da Inglaterra não sabe”, disse.

Para Jessop, a economia subterrânea “poderia explicar a falta de dinheiro” – mas acha que é uma visão muito simplista. “Não é implausível, a investigação da IEA sugere que cerca de 10% da economia do Reino Unido pode ser a economia paralela, que pode mais do que representar os 50 mil milhões”, disse. “Não acho que seja isso, acho que é mais provável que as pessoas estejam mais dispostas a segurar o dinheiro agora”.

O problema das notas não contabilizadas não é novidade, mas a pandemia pode ter ajudado a aumentar a quantidade que está “desaparecido”. O dinheiro “perdido” pode aparecer em transações e depósitos bancários quando a pandemia diminuir e as taxas de juros começarem a aumentar outra vez.

Já a presidente do PAC, Meg Hillier, disse que o banco “precisa de controlar melhor a moeda nacional que controla” e não está convencida com argumento de que o dinheiro está nas carteiras de indivíduos em todo o país. “Há mais de nós a colocar dinheiro debaixo do colchão por causa da covid? Teria de ser muitos de nós a fazer isso”, disse Hillier.

Jessop considera que o foco do PAC na economia subterrânea desviou a atenção da verdadeira questão no centro do seu relatório: o impacto de uma sociedade sem dinheiro em comunidades vulneráveis, idosas ou remotas. “Devemos concentrar-nos nas questões mais amplas de acesso ao dinheiro, onde alguns dos mais vulneráveis na nossa sociedade enfrentam problemas reais”, disse.

https://zap.aeiou.pt/50-milhoes-de-libras-em-notas-desapareceram-no-banco-365221

 

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