O Paraguai é outro país da América do Sul que vem sofrendo com o rápido do avanço das queimadas e incêndios nas matas e pastagens. São centenas de focos de fogo espalhados em diferentes partes do país, agravados pela onda de calor e a seca extrema, que acenderam o alerta vermelho nos últimos dias.
Em meio a uma das temporadas de seca mais severa e uma onda de calor recorde, quase duas mil queimadas estão ativas simultaneamente.
O Corpo de Bombeiros Voluntários do Paraguai (CBVP) declarou que mais de 1900 focos de incêndios em pastagens estão ardendo em todo o país. Cinco grandes incêndios estavam sendo combatidos na região do Chaco paraguaio no início da semana.
Antes da chegada de uma frente fria, a fumaça tomava conta do céu da capital Assunção no último domingo. A fumaça no Paraguai se mistura à fumaça também vindo dos focos de incêndios da Bolívia e do Pantanal, trazida pelas correntes de vento de norte.
Parte da fumaça do Paraguai também avançou sobre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, deixando o ar poluído. A mudança no tempo trouxe um pouco de chuva passageira para algumas áreas das queimadas.
Calor recorde e seca extrema são agravantes
A temperatura chegou aos 42,2°C em Assunção, no sábado, dia 26, um recorde histórico para setembro em 61 anos, desde o início das medições pela Diretoria de Meteorologia do Paraguai. Villarrica e San Estanislao também ultrapassaram a marca dos 40°C batendo novos recordes de temperaturas máximas.
Somado ao calor intenso, a falta de chuva prolongada também agrava muito a situação das queimadas no Paraguai.
Outro
reflexo preocupante da seca é no Rio Paraguai, que está com um dos
piores níveis dos últimos 49 anos. A baixa vazão do rio reflete a seca
que acontece não só no Paraguai, mas também na região do Pantanal, em
Mato Grosso do Sul, onde o nível do rio é o mais baixo em 47 anos.
Os
maiores impactos ocorrem na captação de água para o abastecimento e na
dificuldade da navegação de embarcações de carga, responsáveis por
importações e exportações do país. Os barcos grandes já não conseguem
chegar à capital. Diante da gravidade, o governo do Paraguai declarou na
última semana, estado de emergência hidrológica nos rios Paraguai e
Paraná pelas dificuldades de navegação.
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