A poucos dias da cimeira do clima de Glasgow, onde é esperado
que os países anunciem cortes nas emissões de gases com efeito de
estufa, apenas um, a Gâmbia, cumpre o acordo de Paris sobre redução de
emissões.
De acordo com estimativas independentes e científicas, referentes a
este mês, das organizações que elaboram o índice Climate Action Tracker
(CAT), só o pequeno país africano está no caminho de cumprir as metas definidas no Acordo de Paris,
alcançado em 2015, para evitar um aquecimento do planeta superior a 1,5
graus celsius (ºC) acima dos valores da era pré-industrial.
Há dois anos a Gâmbia já estava na linha da frente da luta contra as alterações climáticas, a par de Marrocos, que está agora no grupo de países com metas quase suficientes para cumprir o acordo de Paris, a par da Costa Rica, Etiópia, Quénia, Nepal, Nigéria e Reino Unido.
A União Europeia – na escala de cores do CAT em que a verde aparece
apenas a Gâmbia e os “quase lá” estão a amarelo – aparece no grupo dos
países cor de laranja, com metas insuficientes e no
mesmo grupo de países como o Chile, o Japão, o Peru, a África do Sul ou
os Estados Unidos, entre outros. Os Estados Unidos estavam há dois anos
na lista negra, que representa os piores países do mundo em termos de
metas para evitar um aquecimento global que os cientistas consideram
catastrófico para a humanidade.
O CAT é produzido por duas organizações, a Climate Analytics e o New
Climate Institute, e rastreia as promessas e políticas climáticas de 37
países/regiões, cobrindo cerca de 80% das emissões globais de gases com
efeito de estufa.
O Acordo de Paris, assinado por praticamente todos os países do mundo
em 12 de dezembro de 2015, pretende ser um plano de ação, assente em
compromissos concretos dos países, para limitar o aquecimento global a
menos de 2ºC, de preferência menos de 1,5ºC, acima dos valores médios da
era pré-industrial.
Segundo o CAT, as medidas da União Europeia são insuficientes, permitem um aumento de temperatura que ultrapassa os 2ºC, mas ainda assim o bloco está no bom caminho.
A vermelho, com medidas altamente insuficientes, estão 15 países,
entre eles grandes economias e grandes emissores de gases com efeito de
estufa, como a Argentina, Austrália, Brasil, Canada, China, Índia,
Indonésia, México ou Ucrânia estão neste grupo, cujos compromissos de
redução de emissões resultam num aumento do aquecimento global que
ultrapassa os 3ºC.
Em situação crítica, na lista negra do CAT, estão seis países,
praticamente sem medidas para conter as emissões de gases com efeito de
estufa. A Federação Russa, a Arábia Saudita, o Irão, Singapura, Tailândia e Turquia estão neste grupo, e pelas suas políticas diz o CAT que a temperatura global aumentaria 4ºC.
O CAT foi atualizado há menos de duas semanas, mas a Climate
Analytics e o New Climate Institute dizem que desde maio, quando foi
feita a ultima atualização, quase nada mudou em relação às promessas de
redução de emissões de gases com efeito de estufa. Desde novembro do ano
passado um reduzido número de países concluiu as suas propostas de
redução de emissões para 2030.
Por isso as duas organizações consideram ser “absolutamente
necessário” que mais governos aumentem as chamadas “contribuições
nacionalmente determinadas” (NDC na sigla original) de redução de gases
com efeito de estufa. “Há demasiados, especialmente entre os grandes
emissores e países desenvolvidos, que ainda não o fizeram. Cerca de 70
países não atualizaram de todo as suas NDC”, segundo a organização.
O esquema de classificação do CAT foi alterado e tornado mais
abrangente, juntando as políticas, a ação e as metas de cada
país/região, classificando agora 37 países/regiões, mais quatro do que
anteriormente: Nigéria, Irão, Tailândia e Colômbia.
Dos 37, apenas a Gâmbia tem uma ação climática global compatível
com o Acordo de Paris, em sete píses a ação climática global é quase
suficiente, o que significa que ainda não são compatíveis com o limite
de 1,5ºC, mas podem alcançar esse patamar com pequenas melhorias, e os
restantes três quartos dos países analisados têm “lacunas
significativas” na ação climática. Portugal não é analisado
individualmente, apenas a União Europeia em bloco.
No CAT a União Europeia deu “grandes passos” na
mitigação das alterações climáticas em 2020, como o chamado “Green
Deal”, ou a aprovação já este ano da Lei Europeia do Clima.
No entanto, a ação climática da União Europeia, segundo as
organizações que compilam o índice, ainda pode melhorar, “especialmente
em torno da aceleração da eliminação gradual do carvão, aumentando o
financiamento da ação climática no estrangeiro, e indo além do atual
objetivo de redução das emissões” de gases com efeito de estufa em 55%
até 2030.
“Tempos excepcionais exigem medidas excepcionais”. É desta
forma que Espanha vai propor à Comissão Europeia, na reunião
extraordinária desta terça-feira, uma “solução revolucionária” para
acabar com a escalada de preços na energia. E os portugueses também
podem ser beneficiados se for aprovada.
Espanha vai solicitar a Bruxelas permissão para abandonar o sistema
de preços europeus da electricidade, segundo adianta o espanhol El País.
O jornal teve acesso a um “documento oficioso” onde Espanha assinala
que “em situações excepcionais, deve permitir-se aos Estados-membro
adaptar a formação do preço da electricidade às suas situações específicas“, como cita o El País.
Assim, o Governo espanhol coloca em cima da mesa uma “solução revolucionária”, segundo o mesmo diário, para permitir um mecanismo que reflicta o preço mais barato das energias renováveis nos preços finais da luz pagos pelos consumidores.
Esta medida avançada pelo Governo espanhol surge numa altura em que
os ministros da Energia da União Europeia (UE) procuram soluções para
fazer face à escalada de preços da electricidade, devido ao aumento dos preços do gás.
“Solução revolucionária” pode ser boa para Portugal
Espanha perdeu a paciência com “os tempos de Bruxelas”, avança o El
País. As palavras do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já
tinham denotado o desgaste com a demora da Comissão Europeia (CE) em
tomar medidas para fazer face à escalada de preços.
Assim, Espanha propõe um mecanismo “extraordinário” e de excepção para “desvincular” o efeito do elevado preço do gás sobre o preço final da electricidade.
Portanto, o país vizinho quer recuperar a “liberdade para fixar os
seus próprios preços de electricidade à margem do sistema europeu”, com o
objectivo de que os consumidores possam beneficiar do menor custo das energias renováveis na factura da luz.
O documento a que o El País teve acesso foi distribuído pelos
responsáveis espanhóis antes da cimeira de ministros europeus em torno
da energia, que decorre nesta terça-feira, no Luxemburgo, para encontrar soluções para fazer face à crise energética que ameaça a recuperação da crise pandémica.
“Tempos excepcionais exigem medidas excepcionais com
carácter de urgência”, considera Espanha, notando que cada aumento de
um euro por MWh no preço do gás natural representa 2.700 milhões de
euros por ano nos custos adicionais de electricidade para todos os
consumidores europeus, conforme cita o El País.
Assim, a ideia de nuestros hermanos é romper com o actual sistema de fixação de preços da UE, onde é a energia mais cara que define o preço de todas as outras fontes. Esta fórmula acabou por levar a recordes nas tarifas de electricidade.
Mas em países como Portugal e Espanha, onde há uma
produção significativa de energias renováveis, aumentar o peso destas na
formulação do preço motivaria números mais vantajosos para os
consumidores.
“Nestas circunstâncias extraordinárias, em vez do sinal de preço
marginal puro (contaminado pelos picos dos preços do gás), o preço da
electricidade obter-se-ia como um preço médio com referência também ao custo das tecnologias limpas infra-marginais (especialmente as renováveis)”, destaca Espanha.
“O preço da electricidade estaria directamente vinculado ao mix de produção nacional,
protegendo, ao mesmo tempo, os consumidores de volatilidades excessivas
e permitindo-lhes participar nos benefícios que proporciona um mix de
geração mais barato”, defende ainda o Governo de Sánchez.
Oposição da Alemanha e do norte da Europa
Espanha vai, agora, procurar apoios entre os restantes Estados-membro para levar a sua ideia avante. Mas deverá ter a oposição provável de países como Alemanha, Áustria, Países Baixos, Irlanda e Finlândia.
Estes países e outros do Norte da Europa já vieram sublinhar, numa carta, que não podem apoiar “nenhuma medida que entre em conflito com o mercado interno do gás e da electricidade, como por exemplo uma reforma ad hoc do mercado grossista da electricidade”.
Uma fabricante de adereços disse que, no passado, já tinha
mostrado preocupação com o facto de o assistente de realização ter
protagonizado situações inseguras.
No fim-de-semana, um documento judicial obtido pela CNN
mostrou que a arma que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins
foi entregue ao ator Alec Baldwin pelas mãos do assistente de realização David Halls, que lhe terá dito que era uma “cold gun”, ou seja, a indicação de que seria seguro usá-la.
Agora, em comunicado, Maggie Goll, fabricante de adereços e
pirotécnica licenciada, explicou que já tinha trabalhado com Halls na
série “Into the Dark” e que, na altura, avisou os produtores executivos
para o seu comportamento inseguro no set.
Segundo a Associated Press, Goll contou também numa entrevista que o assistente de realização ignorou os protocolos de segurança para armas e pirotecnia e tentou continuar as filmagens mesmo depois de o pirotécnico supervisor ter perdido a consciência.
A funcionária disse ainda que Halls não realizou as reuniões de
segurança e falhou várias vezes o anúncio à equipa de que estaria no set
uma arma de fogo, tal como mandam os protocolos.
Apesar disso, a fabricante de adereços considera que “esta situação não é sobre Dave Halls” e que “não é culpa de uma só pessoa”. “Trata-se de um debate maior sobre a segurança nos sets e o que estamos a tentar alcançar com essa cultura.”
Goll referiu que esta é uma situação que não poderia ter acontecido
porque há “tantos passos que têm de ser seguidos” que a possibilidade de
a arma carregada ter chegado àquele destino por si só “deveria ser
impossível”.
Entretanto, um produtor do filme “Freedom’s Path” também contou que o assistente de realização já havia sido despedido por um acidente semelhante.
“Dave Halls foi despedido das filmagens de ‘Freedom’s Path’ em 2019,
depois de um membro da equipa sofrer ferimentos leves quando uma arma
foi disparada acidentalmente”, disse à agência France-Presse o produtor.
“Halls foi expulso do local de filmagens imediatamente” e “a produção
não voltou a filmar até que Dave saiu”, acrescentou a fonte,
acrescentando que na altura foi elaborado um relatório escrito sobre o
incidente.
Baldwin matou
a diretora de fotografia, de 42 anos, na semana passada, depois de ter
disparado a arma em questão no set de filmagens das gravações do filme
“Rust”, quando a equipa de filmagem se preparava para ensaiar uma cena.
A AFP escreveu ainda que a investigação está centrada no papel da
responsável pelo armeiro no local de rodagem, Hannah Gutierrez, a quem
coube preparar as armas para serem usadas no filme, e em Dave Halls.
O Programa Alimentar Mundial da ONU alerta para a crise no
Afeganistão, afirmando que o país está “entre os piores desastres
humanitários do mundo, senão o pior”.
Cerca de 22,8 milhões de afegãos, mais de metade da população do país, estarão este inverno em situação de insegurança alimentar aguda, levando o país a uma das piores crises humanitárias do mundo, alertaram esta segunda-feira agências da ONU.
“Neste inverno, milhões de afegãos serão forçados a escolher entre
migrar ou morrer de fome, a menos que possamos aumentar a nossa ajuda
para salvar vidas”, disse David Beasley, diretor executivo do Programa
Alimentar Mundial (PAM), num comunicado conjunto com a Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
A crise alimentar no Afeganistão já é mais grave do que na Síria ou no Iémen.
Apenas a República Democrática do Congo (RD Congo) está numa situação
mais desesperadora, disseram funcionários da ONU à agência de notícias
francesa AFP.
“O Afeganistão está agora entre os piores desastres humanitários do mundo, senão o pior”, acrescentou Beasley.
“A contagem regressiva para o desastre começou e se não agirmos agora, teremos o desastre total nas nossas mãos”, alertou.
Sob os efeitos combinados da guerra, aquecimento global e crises económicas e de saúde,
mais de 50% da população afegã estará neste inverno nos níveis 3 (crise
alimentar) e 4 (emergência alimentar) do índice IPC (Quadro Integrado
de Classificação de Segurança Alimentar), desenvolvido em colaboração
com a ONU.
O estágio 3 é caracterizado por subnutrição aguda grave ou incomum e o
estágio 4 por subnutrição aguda muito elevada e mortalidade excessiva. O
último estágio (5) é o da fome. Este é o número mais alto desde que as
Nações Unidas começaram a analisar esses dados no Afeganistão, há dez
anos.
De acordo com o PAM, 37% mais afegãos sofrem
atualmente de insegurança alimentar aguda em comparação com abril de
2021. Entre estes, 3,2 milhões de crianças menores de cinco anos
sofrerão de subnutrição aguda até ao final do ano.
O Afeganistão está devastado por mais de quatro décadas de conflito e está a sofrer as consequências do aquecimento global, que levou a secas severas em 2018 e 2021.
A sua economia estagnou desde que os talibãs assumiram o poder em
agosto, o que levou a comunidade internacional a congelar a ajuda da
qual o país já dependia fortemente.
Cimeira tem início a 31 de outubro, mas os sinais que chegam
não são positivos, com muitos dos líderes e representantes dos
principais países a apontar dedos aos que ainda não se comprometeram com
metas mais básicas e antigas.
A 26.ª cimeira das partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, conhecida como COP26
decorre a partir do último dia deste mês de Outubro, em Glasgow. Nela,
estão depositadas muitas esperanças de ambientalistas e jovens ativistas
tendo em vista ações e políticas mais ambiciosas para mitigar, lutar e
prevenir as alterações climáticas. No entanto, semanas
antes de os trabalhos terem sequer início — ou de os líderes mundiais
começarem a viajar para a Escócia — os primeiros alertas emitidos não são promissores.
Desde recusas de chefes de Estado em se deslocar até
à cidade escocesa (será o caso de Putin ou de Xi Jinping), a avisos do
presidente delegado para dirigir os trabalhos (alertando de que será
ainda mais difícil alcançar acordos do que na cimeira de Paris) ou
lamentos dos ativistas devido à inexistência de um líder político que se destaque na luta pela causa ambientalista, a cimeira parece já condenada ao fracasso.
Desta feita, foi a vez de João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Ação Climática, também notar o seu estado de espírito “pouco otimista”
em relação à reunião, relembrando que muitos países ainda não se
comprometeram com objetivos mais ambiciosas para lutar contra as
alterações climáticas. “Não estou ainda muito otimista, mas não quer dizer que as coisas não venham a correr melhor até lá“,
afirmou. O governante português considera ainda que esta será “uma COP
mais importante que todas as outras”, desde que os quase 200 países
assinaram o Acordo de Paris.
Segundo Matos Fernandes, “há dias, ainda faltavam entregar 75 novas
declarações de compromisso”, três das quais de países responsáveis por
uma grande quantidade de emissões carbónicas: Índia, China e África do Sul,
enumerou. Como tal, Matos Fernandes preferiu não avançar uma meta para a
subida da temperatura global até 2100 que os países podem acordar em
Glasgow. “2,5 graus até ao final do século XXI, com
estes novos compromissos, era de facto um grande salto em frente.
Seremos capazes desse número? Não tenho a certeza“, disse à Lusa.
“Se não conseguirmos, a COP, por muito que venhamos a dizer que correu bem, não vai correr tão bem como isso“, alertou.
Da parte portuguesa, Matos Fernandes destaca que Portugal foi o “país que foi o primeiro no mundo que disse que ia ser neutro em carbono em 2050
e o país que presidia à União Europeia quando se comprometeu com ser o
primeiro continente neutro em carbono em 2050 e, depois disso, ter emissões negativas“,
argumentou o ministro do Ambiente e da Ação Climática. Na sequência
destes compromissos, Portugal vai ainda avançar com a promessa de “em
dez anos contribuir com 35 milhões de euros para o financiamento aos países em vias de desenvolvimento que têm também que fazer um trajeto para apostar nas energias limpas”.
“Muitos destes países, mormente os que em África falam português, têm já problemas graves de adaptação e sabem bem já hoje quais são as consequências da mudança do clima” destacou o governante que aponta ainda outro tópico sensível da cimeira, a transparência.
“De uma vez por todas, temos de ter regras que sejam as mesmas
para Portugal, para os Estados Unidos da América ou para a República
Centro-Africana de como é que se contabilizam as emissões”, advogou. Na
mesma linha, Portugal também defende que os créditos de emissões poluentes gerados desde o Protocolo de Quioto de 1997, “devem ser todos deitados ao lixo porque os valores que têm são muito discutíveis, com métricas muito estranhas, pouco transparentes e difíceis de comparar agora“.
“Temos sempre uma posição de negociação, mas a nossa posição de entrada é que esses créditos não fazem qualquer sentido“,
reforçou o ministro do Ambiente. Matos Fernandes considerou que “é
inevitável que seja ainda mais desafiante uma COP em tempos de crise energética, porque essa crise não tem rigorosamente nada a ver com sustentabilidade“. “A eletricidade encareceu porque o gás natural, que é o combustível fóssil, encareceu. Os combustíveis estão mais caros porque o bem original — petróleo — está mais caro”, disse.
“É essencial que todos se comprometam, também por razões de preço mais baixo e por razões de estabilidade no preço, a avançar muito depressa para um mundo neutro
em carbono. Para o ter, temos mesmo que chegar a 2050 com um mundo mais
eletrificado e com 100% da eletricidade gerada a partir de fontes limpas“, defendeu.
Apesar de considerar que “o discurso apocalíptico não acrescenta nada” ao esforço por um ambiente melhor, Matos Fernandes reconheceu que “uma posição mais alarmista tem sido determinante na consciencialização
do cidadão comum”. “Nunca podemos é criar um discurso de ‘já não vale a
pena’, esse temos que retirar de cima da mesa e, às vezes, o alarme
pode fazer com que alguns encontrem esse álibi. Nenhum país se deve desculpar com os outros não fazerem”, concluiu.
A internet e a rede telefónica estão a sofrer cortes no
Sudão, que já sofreu uma tentativa de golpe de Estado há poucas semanas.
Vários ministros, incluindo o primeiro-ministro Abdalla Hamdok, foram
detidos.
Depois de semanas de escaladas na tensão entre o governo e os militares, esta segunda-feira, o primeiro-ministro do Sudão foi “detido em casa” e pressionado a “apoiar o golpe de Estado”, o que o líder político recusou.
A notícia partiu de uma publicação do Ministério de informação do
Sudão no Facebook. “As forças militares conjuntas, que mantêm o
primeiro-ministro sudanês Abdalla Hamdok dentro da sua casa, estão a
pressioná-lo a fazer uma declaração de apoio ao golpe“, revelou o Ministério.
Há apenas dois dias, uma facção sudanesa que quer uma transferência de poder para o Governo civil alertou para um possível golpe de Estado iminente durante uma conferência de imprensa que foi interrompida por um grupo de pessoas não identificadas.
Recorde-se que o Sudão está a viver uma grande fase de instabilidade política, depois do Presidente Omar al-Bashir ter sido afastado do poder em Abril de 2019.
Desde Agosto desse ano que o rumo do país está nas mãos de um executivo
civil e militar, que tinha como função garantir um transição pacífica
para um Governo totalmente civil.
As Forças pela Liberdade e Mudança (FFC), que lideraram os protestos
contra o Presidente em 2019, são o principal bloco civil no Governo. As
tensões entre os grupos têm subido de tom nas últimas semanas,
especialmente depois de um golpe falhado a 21 de Setembro, que contrapôs islamistas mais conservadores que querem o exército a liderar o país contra os grupos que derrubaram Bashir.
“A crise atual é artificial – e assume a forma de um golpe. Renovamos
a nossa confiança no Governo, no primeiro-ministro, Abdalla Hamdok, e
na reforma das instituições de transição, mas sem (…) imposição”, disse o
líder da FFC, Yasser Arman, numa conferência de imprensa, no sábado.
Nas últimas semanas, ambas as facções têm saído às ruas em protesto.
Dezenas de milhares de sudaneses manifestaram-se nos últimos dias
contra o Governo militar e exigem a transição final para um executivo
civil. Estes protestos aconteceram poucos dias depois da concentração
dos apoiantes dos militares junto ao palácio presencial na capital.
Para além do primeiro-ministro Abdalla Hamdok, o Ministro da
Indústria Ibrahim al-Sheikh, o Ministro da Informação Hamza Baloul, o
membro do Conselho Soberano Mohammed al-Fiky Suliman, e o conselheiro de
Hamdok Faisal Mohammed Saleh também foram detidos. O governador do
estado onde fica Cartum, Ayman Khalid, também foi preso, de acordo com
um anúncio na sua página oficial do Facebook.
A internet foi cortada em todo o país enquanto
manifestantes se concentravam nas ruas da capital para protestaram
contra as detenções, segundo avança a Associação de Profissionais
Sudaneses, um grupo que tem encorajado a população a protestar contra o
golpe nas ruas. O sinal telefónico também está a sofrer cortes, avançam.
“Apelamos às massas que saiam às ruas e as ocupem, fechem as estradas, façam uma greve e não cooperem com os golpistas e usem a desobediência civil para os confrontar”, escreveu o grupo.
Já o grupo NetBlocks, que acompanha as disrupções no fornecimento de
internet, revelou que vários fornecedores no Sudão estavam a falhar. “É
provável que a disrupção limite a livre circulação de informação online e a cobertura mediática de incidentes no terreno”, afirmam.
No sábado, Hamdok que tivesse concordado em fazer uma remodelação no
Governo negou os rumores de que tinha concordado com uma remodelação do
gabinete, tendo-se já referido às divisões no executivo como “a crise mais grave e perigosa” que pode pôr em causa a transição pacífica do poder.
Os EUA já reagiram à crise no Sudão, expressando “profunda
inquietação” sobre as detenções aos líderes políticos que “vão contra a
declaração constitucional (que determinou a transição do país” e as
“aspirações democráticas do povo do Sudão”, disse o emissário
norte-americano para o Corno de África, Jeffrey Feltman.
As Nações Unidas também consideram “inaceitávels” as
detenções levadas a cabo pelos militares. O enviado da ONU no Sudão,
Volker Perthes, mostra-se também “muito preocupado com as notícias de um
golpe de Estado”.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, considerou que
“é legítimo” querer proteger as fronteiras, numa altura em que Estados
europeus exigem a ajuda da UE para erguer muros que evitem a entrada de
migrantes.
A Polónia solicitou 350 milhões de euros e mobilizou milhares de soldados para a fronteira para construir um muro na fronteira com a Bielorrússia.
“Parece-nos legítimo proteger a fronteira externa [da União Europeia] a fim de evitar entradas ilegais”, disse o ministro do Interior alemão ao jornal “Bild”, este domingo, comentando a necessidade de ser construída um muro na Polónia.
Milhares de migrantes, principalmente do Médio Oriente e de África,
têm tentado cruzar a fronteira da Bielorrússia para a Polónia, num
movimento de migração que Bruxelas suspeita ser instigada pela
Bielorrússia como retaliação a sanções impostas pela União Europeia.
A Lituânia também lançou a construção de uma cerca de arame farpado
ao longo da sua fronteira com a Bielorrússia e, em 7 de outubro,
ministros do Interior de 12 países (Áustria, Bulgária, Chipre,
Dinamarca, Estónia, Grécia, Hungria, Lituânia, Letónia, Polónia,
República Checa e Eslováquia) enviaram uma carta conjunta à Comissão
Europeia a pedir para a UE financiar essas construções.
Na sexta-feira, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, respondeu que a União Europeia não financiaria “arame farpado ou muros” nas fronteiras.
Seehofer também alertou que o controlo na fronteira com a Polónia
será reforçado, tendo sido já destacados cerca de 800 agentes das forças
policiais para o fazer. E, “se for necessário, estou pronto para
fortalecer [o controlo fronteiriço] ainda mais”, garantiu.
Segundo dados do Ministério do Interior alemão, cerca de 5.700
pessoas cruzaram ilegalmente a fronteira entre a Polónia e a Alemanha
desde o início do ano.
No sábado, um alegado contrabandista de pessoas foi detido depois de
terem sido encontrados 31 imigrantes ilegais do Iraque numa carrinha
perto da fronteira polaca.
Seehofer, que descartou a possibilidade de a fronteira com a Polónia ser encerrada,
escreveu, na semana passada, ao seu homólogo polaco, Mariusz Kaminski,
propondo um aumento das patrulhas conjuntas ao longo da fronteira face
ao crescente número de migrantes, sugestão que o ministro polaco disse
“apoiar completamente”.
Muitos dos avanços na medicina tiveram apenas metade da
população em conta. Para além da falta de representação das mulheres nos
estudos médicos, a dor e os relatos das pacientes são muitas vezes
desvalorizados nas urgências.
Já dizia James Brown que este é um mundo para homens, e a própria
medicina não escapa a esta realidade. Depois de se comprovar que
objectos quotidianos como carros são feitos com o corpo dos homens em
mente e como isso pode levar a mais mortes de mulheres em acidentes – há estudos que mostram que ainda há um longo caminho a percorrer até que a dor feminina seja levada a sério pelos médicos.
O caminho longo e doloroso até ao diagnóstico da endometriose, a
conhecida doença da mulher moderna, é uma das maiores provas disto.
Multiplicam-se os testemunhos de mulheres que viram as suas queixas desvalorizadas e ignoradas durante anos pelos médicos, até que o diagnóstico veio finalmente comprovar que não estavam só a ser dramáticas e a exagerar.
“Quando fui diagnosticada com endometriose aos 23 anos, não sabia o
suficiente para perguntar as questões certas. Assumi que o meu
ginecologista tinha todas as respostas e ouvi com cuidado às suas
explicações consideradas. Achei que sabia tudo. Ou que pelo menos ele
sabia tudo”, começa o testemunho de Gabrielle Jackson no The Guardian.
Depois de mais de uma década a sentir-se fraca e a desvalorizar os sintomas como se fosse hipocondríaca,
Gabrielle começou a perguntar-se sobre como havia tão grande falta de
conhecimento sobre uma doença que já existe nos textos médicos mais de
um século.
“Um século de diagnósticos e a ciência médica continua sem ter ideia
do que causa a endometriose ou como funciona, e não estamos mais perto
de uma cura. Como é que isto pode possivelmente ser? E apesar de haver
muitos médicos no ramo que fazem uma enorme diferença nas vidas das
pessoas como endometriose, há muitos mais continuam ignorantes sobre a
doença, promovem mitos sobre as suas curas e tratam as pessoas com a
doença como se fossem histéricas“, remata.
A experiência de Gabrielle fez com que se interessasse mais por
outros casos médicos onde as queixas das mulheres são desvalorizadas
como sendo exageradas, que compilou depois no livro Pain and Prejudice — Dor e Preconceito.
A jornalista concluiu que as mulheres esperam mais tempo para serem receitadas medicamentos para a dor, para serem diagnosticadas com cancro
e que têm uma probabilidade maior de terem os seus sintomas físicos ser
desvalorizados como sendo só algo na cabeça delas, tal como comprovou
um estudo de 2021.
O diagnóstico tardio de doenças cardíacas e o maior risco de se ficar
deficiente depois de um AVC também afectam mais as mulheres, que tendem
a sofrer de condições mais ignoradas na comunidade médica.
O mais chocante para a autora é que “há muitas mulheres que vivem em dor constante e que não sabem que isso não é normal
e que não têm de viver assim”, citando dez doenças que causam dor
crónica que afectam predominantemente mulheres e que têm sintomas
semelhantes — mas que geralmente têm também diagnósticos tardios.
“Por que é que as mulheres continuam a ser tratadas como histéricas, demasiado emocionais, ansiosas e testemunhas não confiáveis do seu próprio bem-estar?”, questiona Gabrielle Jackson.
Numa peça para a The Atlantic
onde detalha uma má experiência com a esposa nas urgências, o
jornalista Joe Fassler faz perguntas semelhantes. Era uma manhã normal
de quarta-feira, quando Rachel, a mulher de Joe, soltou um grito e caiu com dores na casa-de-banho.
Quando a equipa de emergência chegou ao apartamento, perguntaram-lhe
de 0 a 10 qual era o nível de dor que sentia, tendo a geralmente pouco
sensível à dor Rachel respondido com um “11”.
Joe relata que tentou várias vezes alertar os médicos e enfermeiros
nas urgências de que a sua esposa tinha de ser atendida rapidamente.
“Ela tem de esperar pela vez dela”, respondeu uma enfermeira. O
jornalista recorda as reacções que “foram entre desdenhosas e
paternalistas”. “Só está a sentir uma dorzinha, querida“, terá dito uma enfermeira.
Tendo sigo inicialmente indicada como um caso de pedra dos rins,
aquilo que se passava na verdade é que quisto num dos ovários de Rachel
tinha crescido sem ser detectado até ser tão grande que começou a torcer
a sua trompa de Falópio — uma condição chamada torção anexial que pode levar até à falência dos órgãos e até ser fatal, sendo uma resposta rápida essencial para se evitar o pior.
Apesar do inchaço no ovário poder ter sido facilmente diagnosticado
através da pele por um médico mais cuidadoso, Rachel continuou a sofrer
num estado potencialmente mortal. “Estas urgências em particular, como
muitas nos EUA, não tinham um ginecologista de serviço. E todos os
encolher de ombros das enfermeiras pareciam dizer “as mulheres choram – vamos fazer o quê?”, relata o jornalista.
Joe cita também um estudo
que mostra que nos EUA os homens esperam uma média de 49 minutos antes
de receberem um analgésico para dores abdominais aguas, enquanto que as mulheres esperam em média 65 minutos. Rachel esperou algures entre 90 minutos e duas horas.
“As cicatrizes físicas da Rachel estão a sarar, e ela pode fazer as
corridas longas que adora, mas ainda está a lidar com as consequências
psicológicas — aquilo que ela chama “o trauma de não ser vista“. Ela tem pesadelos, algumas noites”, remata o jornalista
A escritora Leslie Jamison, no seu livro The Empathy Exams,
discutiu o que tinha acontecido a uma das suas melhores amigas meses
depois do seu ensaio sobre a dor feminina ter sido publicado. Essa amiga
era Rachel.
“Esse caso foi uma encarnação profundamente pessoal e perturbadora do
que está em risco. Não só do lado dos médicos, onde a dor feminina pode
ser entendida como exagerada, mas do lado da própria mulher: a minha
amiga tem estado a pensar nos seus próprios medos de ser entendida como melodramática“, escreve Jamison.
A desigualdade na dor
Os casos de Gabrielle e Rachel estão longe de ser os únicos. O estudo The Girl Who Cried Pain — um trocadilho sobre a história de The Boy Who Cried Wolf, conhecida como Pedro e o Lobo em Portugal — publicado em 2001, explica o fenómeno Síndrome de Yentl, que se refere à diferença de tratamento nos casos de ataque cardíaco entre homens e mulheres.
É mais provável que as mulheres sejam tratadas “de forma menos
agressiva nos seus primeiros encontros com o sistema de saúde até provarem que estão tão doentes como os pacientes masculinos“, concluiu o estudo.
Outras investigações concluíram também que as mulheres têm uma menor
probabilidade de receber sedativos do que os homens e que apenas metade das mulheres
que receberam cirurgia de revascularização do miocárdio foram
receitadas analgésicos em comparação com homens que tinham feito a mesma
cirurgia.
Estas diferenças do tratamento no sistema de saúde podem ter consequências sérias e até fataos. Um estudo de 2000 concluiu que as mulheres têm uma probabilidade quatro vezes maior em relação aos homens de receberem diagnósticos errados e até receber alta enquanto estão a sofrer um ataque cardíaco.
Em 2018, um caso de uma jovem francesa de 22 anos também fez
manchetes mundiais. A mulher fez uma chamada de emergência por estar a
sentir uma dor abdominar tão aguda que sentiu “que ia morrer”. “Vai definitivamente morrer um dia,
como todos nós”, terá respondido o operador. Depois de cinco horas, a
mulher foi para o hospital, onde acabou por entrar em falência de órgãos
e não resistir.
Já 70% das pessoas que sofrem de dor crónica são mulheres, mas mesmo
assim, 80% dos estudos sobre dor são feitos em ratos machos ou em
homens. Um dos poucos estudos que analisou as diferenças de género na percepção da dor até concluiu que as mulheres tendem a sentir dores mais intensas e mais frequentes do que os homens.
“Sabemos menos sobre a biologia feminina”
Mas, afinal, o que explica estas diferenças no tratamento entre
homens e mulheres? Para a médica Janine Austin Clayton, a resposta é
simples: “Sabemos literalmente menos sobre todos os aspectos da biologia
feminina em comparação com a biologia masculina”.
Tradicionalmente, muitos investigadores preferem trabalhar com
animais de laboratório machos, preocupados com os efeitos dos ciclos
hormonais das mulheres nos resultados dos testes. O problema é que, ao
não estudarem os efeitos nas mulheres, não há maneira de saber qual o impacto que estas podem sofrer.
K.C. Brennan, professor de neurologia na Universidade do Utah, explica ao New York Times que
já se focou em perceber as diferenças nos sexos na sua pesquisa nas
enxaquecas — mas incluir ratos fêmea aumenta os custos, já que a equipa
tem de fazer experiências extra para ter em conta os ciclos de estro.
“As diferenças entre os sexos são o elefante na sala. Temos de ter
animais machos e fêmeas, porque algo que se manifeste de forma diferente
nos machos e nas fêmeas pode ser uma pista sobre como uma doença funciona“, esclarece.
Para Gabrielle Jackson, a resposta já é o legado cultural que desde o
início da medicina, tem tratado as mulheres como inferiores aos homens,
desde a vilificação do útero, que Platão descreveu como “um animal
voraz dentro do corpo feminino que lhe sugava a força para viver”, até
ao bicho-papão que são hormonas.
“Todo o tipo de teorias biológicas têm sido usadas para justificar a
subordinação das mulheres aos homens. No centro da maioria delas está a
ideia de que os processos reprodutores das mulheres — a menstruação, a
gravidez, a amamentação e a menopausa — consomem tanta energia que a
atenção dada a qualquer outro objectivo simplesmente lhes tiraria a
feminilidade e a concretização do seu propósito final: ser boas esposas e
mães”, escreve a jornalista.
O que piora ainda mais as disparidades é que os estudantes de
medicina nunca são informados dela. “Não se fala nas escolas de medicina
que quase tudo o que sabemos sobre a biologia humana vem de estudos dos
homens. E talvez, só talvez, as mulheres que enchem as salas de espera —
as mulheres que eles não podem ajudar — não estão lá porque são
histéricas ou a inventar ou querem atenção, mas porque estão doentes, a
sofrer e a medicina não tem respostas para elas“, conclui Gabrielle Jackson.
Um
mês depois da erupção do vulcão Cumbre Vieja na ilha de La Palma,
expelindo lava e cinzas em brasa não parece que vai acabar. Ao contrário
já são cinco bocas e dois fluxos que destroem tudo em seu caminho. Não é
mais um espetáculo vulcânico para se preocupar. E a isso devemos
adicionar uma nuvem ameaçadora de dióxido que se espalha por toda a
Europa.
Nuvem de dióxido de enxofre do vulcão de La Palma atinge Península Ibérica
Mas
agora temos que adicionar ao Velho Cume a erupção do vulcão Monte Aso
localizado na ilha de Kyūshū, no Japão. As autoridades informaram que o
vulcão começou a cuspir cinzas a 3.500 metros de altura e até o momento
não houve danos ou vítimas. No entanto, essa nova atividade sísmica na
outra parte do mundo nos faz pensar se existe algum tipo de relação que
não conhecemos. Bem a resposta foi dada pelo renomado médium americano
Edgar Cayce antes de sua morte.
Catástrofe Planetária Iminente
Na
noite de 20 de outubro de 2021 teve início a erupção de um dos maiores
vulcões do Mundo, o vulcão Aso. Ele está localizado na ilha de Kyūshū,
no sudoeste do Japão. A coluna de fumaça e cinzas atingiu uma altitude
de 3.500 metros. A expulsão de pedras vulcânicas foi registrada a uma
distância de um quilômetro e os meteorologistas alertam para o perigo de
lançamento de rochas e fluxos piroclásticos até dois quilômetros de
distância.
O
nível de perigo também foi elevado para o terceiro de cinco possíveis o
que significa a proibição de se aproximar e escalar a montanha. O
vulcão Aso é conhecido por consistir em uma cadeia vulcânica onde uma
das mais ativas é Nakadake. Durante a erupção de 1953, 90 pessoas
ficaram feridas. Em 1958 a erupção matou 12 pessoas e em 1979 durante
outra erupção explosiva 3 pessoas morreram. A largura máxima da ilha de
Kyūshū é de 200 quilômetros, enquanto o diâmetro médio do manto é
geralmente de 500 quilômetros. Portanto podemos pensar com segurança que
a ilha parece estar saltando sobre uma lenta fonte de lava e todos os
vulcões ali são alimentados por uma coluna em particular alimentando a
caldeira de Aira.
Formalmente
eles são como duas caldeiras separadas de aproximadamente o mesmo
tamanho mas encontradas no mesmo manto que em momentos diferentes
criaram duas aberturas diferentes na ilha. Além disso a partir da
erupção na ilha de Kyūshū e na de La Palma, Yellowstone pode estar de
alguma forma incompreensivelmente conectado com os outros vulcões.
Como
resultado do acima estamos falando agora sobre a ativação de algum
sistema de manto gigantesco. E isso causaria um grande terremoto ou
mesmo uma erupção vulcânica em algum lugar dos Estados Unidos já que a
Coluna de Yellowstone começa em algum lugar do território do Oceano
Atlântico. Portanto a intensificação da atividade vulcânica na região de
Aira pode indicar o fato de o mundo já ter entrado no período da
Mudança do Pólo previsto por Edgar Cayce, o chamado profeta adormecido.
Ele não mencionou a sequência exata das catástrofes, no entanto, Japão,
Itália e Ilhas Canárias aparecem em todas as opções. Cayce acreditava
que uma mudança repentina no clima levaria ao desaparecimento das
cidades.
"Samambaias
crescerão em todos os lugares ", disse Cayce. “Águas abertas estão
aparecendo na parte norte da Groenlândia e haverá mais terras no Caribe.
A maior parte do Japão desaparecerá debaixo d'água e a Europa será
completamente transformada."
Vulcão Aso
Não
apenas o polo magnético está mudando ele está vagando
imprevisivelmente. Por exemplo em 2016 a agitação do líquido derretido
sob o norte da América do Sul e o leste do Oceano Pacífico acelerou; o
satélite da Agência Espacial Européia chamado "Swarm" registrou o
evento. Aconteceu sem motivo conhecido. Cayce indicou em muitas de suas
visões que as atitudes e emoções entre os "Filhos de Deus" que habitam o
planeta realmente afetam as vibrações da Terra. Portanto parte da culpa
pelo que está acontecendo seria exclusivamente nossa.
Devido
à mudança dos polos a Terra tem maior probabilidade de sofrer desastres
naturais, como terremotos, inundações e erupções vulcânicas. Além disso
os cientistas acreditam que os eixos da Terra já mudaram no planeta no
passado. Graças a eles toda a Terra poderia mergulhar em uma longa era
do gelo.
A visão de Cayce se tornará realidade? Você está pronto para a mudança do polo?
Pandemia volta a ganhar força na Europa. Reino Unido, Rússia e
vários países do leste europeu, com baixas taxas de vacinação, voltaram
a bater máximos de infeções e mortes por covid-19.
Numa altura em que o inverno se aproxima, e o convívio em espaços
fechados aumenta, os casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 têm
vindo a aumentar em muitos países da Europa, alerta a Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Mike Ryan, diretor do Programa de Emergências em
Saúde da OMS, explicou esta quinta-feira, em conferência de imprensa,
que “a maior parte das restrições já não estão em vigor em muitos
países”, um facto que “coincide com o período de Inverno em que as
pessoas estão a optar por espaços fechados à medida que surgem as ondas
de frio”, cita o Público.
Apesar de mais de metade dos países europeus estar a registar um
aumento de novos casos – incluindo Portugal -, a entidade salienta que o
Reino Unido, Rússia e Turquia foram os responsáveis pela maioria dos casos.
O Reino Unido tem vindo a registar, em média, entre 40 mil a 50 mil
novos casos por dia, o que coloca o país em máximo desde meados de
julho.
Esta subida de infeções está a preocupar as autoridades de saúde, pelo que os responsáveis pedem ao Governo de Boris Johnson que avance para o “plano B”, voltando a implementar algumas restrições, escreve o The Guardian.
O ministro da Saúde do país já admitiu que o país pode chegar aos 100
mil casos diários, mas reitera que o Governo não vai, para já,
implementar o “plano B”.
A Turquia tem uma taxa de infeção superior a 350
casos por milhão de habitantes, a sete dias, sendo que na semana passada
registou 30.563 casos num só dia, um máximo desde abril.
Por sua vez, a Rússia desde a semana passada que tem
vindo a bater novos máximos de óbitos, tendo registado na quarta-feira
um novo recorde, com 1.028 mortes nas últimas 24 horas. Além disso,
foram registadas 34.073 novas infeções nas 85 regiões do país nessas 24
horas.
Vladimir Putinanunciou
que vai dar uma semana de férias pagas à população, de 30 de outubro a 7
de novembro, para travar o avanço da pandemia de covid-19. Moscovo
revelou ainda que vai reintroduzir medidas de confinamento, com o
encerramento de todas as lojas e estabelecimentos à exceção dos
supermercados e farmácias.
Também no leste europeu, vários países têm registado
recordes de infeções ou mortes associadas à covid, acompanhando a
tendência vivida pela vizinha Rússia.
Atualmente, a Sérvia é o país europeu com uma
incidência da covid-19 mais elevada, contabilizando 1268 casos por cem
mil habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com os dados mais
recentes, divulgados esta quinta-feira, 21 de outubro, pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).
na terça-feira, a Ucrânia registou 538 mortes por
covid-19 – o número diário mais elevado desde o início da pandemia.
Porém, é importante sublinhar que este é um dos países da Europa com
menor taxa de vacinação.
A baixa taxa de inoculações está também a refletir-se num aumento de casos na Letónia.
O país tem atualmente uma das taxas de infeção mais elevadas a nível
mundial, pelo que o Governo decidiu fechar escolas, restaurantes e
espaços de lazer e impor recolher obrigatório durante cerca de um mês.
A questão da vacinação também está a afetar a Bulgária,
que tem uma taxa de infeção de superior a 400 casos por milhão de
habitantes e uma taxa de mortalidade de 14,8 mortes por dia, em média,
nos últimos sete dias, ou seja, a segunda maior do “velho continente”.
Ao mesmo tempo, também na Polónia o Governo está a ponderar endurecer as medidas, depois de o país ter registado 5.000 infeções num só dia, informa o ECO.
Já a Roménia, com cerca de 30% da população
vacinada, tem atualmente a quarta maior taxa de infeção a nível da UE
(79,38 casos por milhão de habitantes) e a maior taxa de mortalidade
associada à covid na UE (média de cerca de 19 mortes por dia, nos
últimos sete dias).
Em Portugal, já foram detetados nove casos da variante AY4.2,
subvariante da Delta, de acordo com o mais recente relatório do
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sobre diversidade
genética do novo coronavírus SARS-CoV-2.
O relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sobre
diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2, que data de
terça-feira, indica que já foram detetados nove casos da variante AY4.2 em Portugal.
“A análise genética indica que os casos detetados em Portugal, entre
24 de agosto e 4 de outubro, representam várias introduções
independentes do vírus, as quais estão sob investigação pelas
autoridades de saúde”, lê-se no documento.
“Esta constelação de mutações (provisoriamente classificada como
AY.4.2) tem suscitado interesse na comunidade científica internacional
devido à sua crescente frequência no Reino Unido nas últimos semanas”,
acrescenta.
Esta quinta-feira, o Governo israelita também revelou que foi detetado um primeiro caso
da nova variante já identificada em vários países europeus. Segundo o
Ministério da Saúde de Israel, está associado a uma criança de 11 anos
proveniente da Europa, que está de quarentena, e foi detetado no
Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Telavive.
No Reino Unido, onde o número de novas infeções está
a aumentar aproximando-se dos níveis da vaga que atingiu o país no
inverno passado, as autoridades de saúde estão a monitorizar a nova
variante, que está a propagar-se.
Segundo o ministro da Saúde, Sajid Javid, “não há razão para crer, neste momento, que ela represente um maior risco”.
Apesar do aumento de novos casos e da pressão hospitalar, o Governo britânico rejeitou na quarta-feira os apelos para a reposição das restrições, como o uso de máscaras em espaços interiores e o teletrabalho, optando por dar primazia à vacinação.
A nova variante, rara e aparentemente sem riscos acrescidos
de contágio face à Delta, a mais transmissível das variantes do
SARS-CoV-2 em circulação, foi descoberta em Israel quando aquele país
estava a considerar o levantamento de algumas das restrições em vigor,
em particular as que visam o turismo.
Face ao aparecimento da variante AY4.2, o primeiro-ministro
israelita, Naftali Bennett, instruiu para que fosse reforçada a
investigação epidemiológica sobre esta subvariante da Delta e
contactados os países onde a mesma já foi identificada para troca de
informações. Eventuais alterações nas regras de entrada de turistas no
país irão ser ponderadas.
A ilha espanhola de La Palma registou hoje um sismo de 4,8 de
magnitude, no dia em que o vulcão voltou a sofrer um colapso no cone
principal, causando grandes derrames de lava.
O sismo foi o de maior magnitude desde a erupção do vulcão,
há mais de um mês. De acordo com o Instituto Geográfico Nacional de
Espanha, foi registado às 16:34 locais em Villa de Mazo, a 38
quilómetros de profundidade, e foi sentido não só pela população em toda
a ilha mas também em várias cidades do norte de Tenerife.
O vulcão Cumbre Vieja, num dos complexos vulcânicos mais ativos nas ilhas Canárias, entrou em erupção em 19 de setembro. O maior sismo registado desde o início da erupção tinha sido de 4,5 na escala de Richter, e tinha ocorrido a 17 de outubro.
La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra,
por causa da atividade do vulcão, que hoje, ao 34o dia de erupção, sofre
um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.
O flanco norte do vulcão desabou a 9 de outubro,
levando então também à emissão de fluxos de lava em várias direções, uma
das quais causou preocupação por ter deslocado uma grande massa de
lava, que “geraram uma tremenda destruição no seu caminho”.
O presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres,
afirmou que “não se espera para já o fim da erupção”. “Ainda temos pela
frente várias semanas de emergência”, disse citado pela agência EFE.
O primeiro-ministro, Pedro Sánchez, esteve novamente em La Palma para
reiterar o compromisso do governo espanhol de ajudar a reconstruir o
que ficar afetado pelo vulcão.
Até hoje, a lava expelida pelo vulcão, já cobriu 889 hectares de terreno e destruiu 2.129 edifícios.
O Cumbre Vieja de La Palma é um dos complexos vulcânicos mais ativos
das ilhas Canárias, sendo o responsável por duas das três últimas
erupções nas ilhas, o vulcão San Juan (1949) e o Teneguía (1971).
Alta sismicidade em La Palma
A madrugada de hoje foi de alta sismicidade na ilha espanhola de La
Palma, onde o Instituto Geográfico Nacional (IGN) local detetou 79
tremores de terra. O maior, de magnitude 4,1, foi registado em
Fuencaliente, a 13 quilómetros de profundidade, tendo sido sentido em
praticamente toda a ilha.
Dos 709 sismos contabilizados desde a meia-noite, 11
foram sentidos e 28 tiveram uma magnitude de 3 ou superior. A diferença
em relação aos dias anteriores é a profundidade de praticamente todos
os sismos, intermédia, entre os 10 e os 15 quilómetros.
Apenas quatro ocorreram a maiores profundidades: 21, 28 e dois a 36
quilómetros. A maioria foi localizada em Fuencaliente e Mazo, à exceção
de dois, registados em El Passo e Tazacorte.
De acordo com a mais recente medição do sistema europeu de satélites Copernicus, às 08:14 em Espanha (07:14 em Portugal), a lava do vulcão cobriu 14 hectares no intervalo de 12 horas, o que eleva para 891,1 hectares a superfície total arrasada.
Segundo a imagem publicada pelo Copernicus nas redes sociais, a nova superfície coberta pela lava localiza-se na parte traseira do cone do vulcão
que colapsou e afetou o bairro de La Laguna, o que é atribuído à massa
de magma que tem jorrado da cratera desde as primeiras horas de sábado. A
lava também destruiu nas últimas horas mais 14 edifícios na ilha,
elevando o total para 2.143.
La Palma tem sido afetada diariamente com vários tremores de terra,
por causa da atividade do vulcão, que no sábado, ao 34 dia de erupção,
sofreu um novo colapso no cone principal, causando significativos
derrames de lava.
Ainda no sábado, o presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que não se espera, para já, o fim da erupção. “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse Torres citado pela agência EFE.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, esteve também sábado
novamente em La Palma para reiterar o compromisso do Governo de Madrid
de ajudar a reconstruir o que ficar afetado pelo vulcão.
A Johnson & Johnson está a ser criticada por usar uma
manobra para impedir cerca de 38 mil processos judiciais que alegam que o
famoso baby powder da marca causa cancro.
De acordo com a NPR,
a gigante farmacêutica terá utilizado uma controversa manobra de
falência para impedir processos judiciais ligados às alegações de que o
pó de talco de bebé — contaminado com vestígios de amianto — causa cancro.
A empresa utilizou uma peculiaridade da lei do Texas,
nos Estados Unidos, para criar uma nova empresa chamada LTL e, depois,
usou-a para acatar todas as responsabilidades relacionadas com o
problema do amianto no pó de talco.
A LTL declarou falência na semana passada num
tribunal federal em Charlotte, na Carolina do Norte, para limitar
drasticamente os esforços de compensação para quem diz que foi
prejudicado pelo baby powder da Johnson & Johnson.
“A Johnson & Johnson já não tem esta responsabilidade.
Empurraram tudo para a empresa que criaram apenas para pedir falência”,
disse Lindsey Simon, especialista em falências da Faculdade de Direito
da Universidade da Geórgia.
Como resultado, “os consumidores não podem recuperar [os danos que sofreram] contra uma grande empresa solvente. Têm de recorrer contra esta pequena empresa fictícia criada [pela J&J]”, continuou.
A atitude da farmacêutica provocou a indignação de legisladores e dos defensores dos consumidores.
“A J&J sabia que o amianto lacrava algumas garrafas, mas manteve-o em segredo durante décadas”, escreveu Katie Porter, no Twitter.
“Dezenas de milhares de mulheres com cancro nos ovários estão a processá-los e a empresa quer proteger os seus bens”, disse.
Recorde-se que, em 2018, uma investigação da Reutersdescobriu que o conhecido pó de talco para bebés da marca Johnson & Johnson continha vestígios de amianto, substância considerada cancerígena, há várias décadas — e a empresa tinha conhecimento deste dado.
No entanto, a J&J, que continua a ser uma das mais ricas do mundo, tem negado repetidamente a alegação.
Johnson & Johnson diz que manobra é legítima
Joseph Wolk, CEO da J&J, defendeu esta terça-feira que a manobra
de falência (através da criação de outra empresa) é legítima e voltou a
dizer que os produtos de pó de talco, descontinuados no ano passado, eram seguros.
“Há um processo estabelecido que permite às empresas que enfrentam
sistemas abusivos de responsabilidade civil resolverem os sinistros de
forma eficiente e equitativa”, acrescentou.
“São os tribunais de falências que acabarão por decidir isto. Não serão os advogados queixosos. Nem é a Johnson & Johnson”, disse ainda.
Em comunicado,
a LTL disse que a J&J concordou em fornecer à nova empresa dois mil
milhões de dólares, juntamente com outros fundos, para futuros
pagamentos ligados às queixas de amianto no pó de talco para bebés.
“Estamos confiantes de que todas as partes serão tratadas
equitativamente durante este processo”, disse John Kim, diretor jurídico
da LTL.
Mas Andrew Birchfield, advogado da Beasley Allen, que representa
várias mulheres que processaram a J&J, disse que esta manobra legal
poderá tornar o processo muito mais complicado para as suas clientes.
“As mulheres e as suas famílias ficarão devastadas, e será apenas um cartão de saída da prisão para a Johnson & Johnson”, disse Birchfield.
“Outra empresa gigante está a abusar do nosso sistema de falências
para proteger os seus bens e fugir à responsabilidade pelos danos que
causou às pessoas em todo o país”, acusou a senadora Elizabeth Warren, na semana passada.
Há uns meses, a J&J esteve também envolvida numa polémica, quando
foi acusada de fazer das mulheres negras uma “parte central” da sua
estratégia comercial, não as avisando dos potenciais perigos dos produtos de pó de talco que vendia.
Conhecida como “Lady Trump”, Michele Fiore anunciou a sua
candidatura a governadora do estado do Nevada em estilo, gerando
polémica nos Estados Unidos.
Michele Fiore, vereadora de Las Vegas, anunciou esta terça-feira a
sua candidatura a governadora do estado do Nevada, nos Estados Unidos.
Num vídeo divulgado nas redes sociais, a política de direita conhecida
como “Lady Trump” aparece a disparar contra garrafas de cerveja nas quais se lê “CRT” e “mandatos de vacina”.
A sigla CRT refere-se à Critical Race Theory (Teoria
Crítica da Raça): um corpo de estudos jurídicos e movimento académico
de direitos civis dos EUA que procura examinar criticamente a interseção
entre raça e lei e desafiar as abordagens liberais americanas
convencionais à justiça racial.
Por sua vez, os mandatos de vacina são relativos à vacinação obrigatória contra a covid-19 que algumas empresas estão a exigir nos Estados Unidos.
No vídeo a anunciar a sua candidatura, Fiore diz que passou “a vida
inteira a lutar contra o sistema” e fez referência a um artigo do POLITICO de 2016 que a apelidava de “Lady Trump”.
Fiore diz ainda que foi a “primeira líder feminina de maioria republicana”
na história da Assembleia estadual. Embora seja verdade, realça a VICE,
Fiore foi quase imediatamente removida do seu posto devido a impostos
não pagos no seu negócio de cuidados de saúde ao domicílio.
Banir os mandatos de vacinação, banir a Teoria Crítica da Raça e impedir a fraude eleitoral são três dos pilares da sua candidatura.
“O meu nome é Michele Fiore. Estou a concorrer a governadora do
Nevada. Não precisamos de políticos republicanos mais fracos,
comprometidos e de blazer azul. Essa não sou eu e nunca serei. Eu nunca vou parar de lutar”, lê-se na publicação partilhada.
“A administração Joe Biden está a vir atrás de mim”, diz ainda no vídeo. “Eu sou Michele Fiore e estou pronta para a luta”.
A republicana não é alheia à polémica. Em 2015, partilhou uma
fotografia na época natalícia em que se via toda a sua família com
armas, incluindo o neto de cinco anos.
Um homem chinês morreu depois de beber uma garrafa de 1,5
litros de Coca-Cola em dez minutos, informaram os médicos num relatório.
O jovem de 22 anos, que não tinha doenças subjacentes, dirigiu às urgências do Hospital Chaoyang de Pequim após sentir dores abdominais agudas e inchaço, que duraram quatro horas, refere o IFL Science.
Após uma avaliação médica, o jovem foi diagnosticado com uma frequência cardíaca de 130 batimentos por minuto, pressão arterial e frequência respiratória baixas.
Além disso, um TAC mostrou que havia uma acumulação de gás na sua veia porta, um sinal radiológico que indica problemas gastrointestinais graves, escreveram os médicos num relatório.
No exame, a equipa também percebeu que o fígado do jovem não estava a
receber sangue e oxigénio suficientes, devido à acumulação de gás na
veia porta – que transporta sangue do trato gastrointestinal, vesícula
biliar, pâncreas e baço para o fígado.
No hospital, o jovem revelou que seis horas antes de dar entrada nas
urgências tinha bebido uma garrafa inteira de 1,5 litros de Coca-Cola
devido ao calor. A ingestão da bebida ocorreu pouco antes do início dos
sintomas.
A equipa tentou aliviar a pressão dos intestinos do paciente,
bem como tratar a inflamação. No entanto, não foi o suficiente para
salvá-lo. A falta de oxigénio no fígado resultou em danos muito graves
para o órgão.
“A pneumatose da veia porta é um sinal clínico raro e pode ser amplamente observado em pacientes com infeção abdominal e hipertensão intestinal”, explicou a equipa médica.
“Neste caso, beber uma grande quantidade de Coca-Cola num curto período de tempo causou a acumulação de gás no trato intestinal.
Depois a pressão intestinal teve um aumento repentino, que resultou na
alta pressão e levou ao acúmulo de gás na veia porta”, refere o
relatório que dá conta que o jovem acabou por falecer.
Embora a acumulação de gás na veia porta possa causar problemas deste tipo, e até causar a morte, o bioquímico Nathan Davies acredita que, neste caso, deveria haver uma outra causa subjacente.
“A possibilidade de engolir 1,5 litros de um refrigerante normal ser
fatal, é muito, muito improvável. Normalmente, este tipo de condição é
causado porque o paciente tem uma bactéria que fez o caminho do trato
gastrointestinal para algum lugar onde não deveria estar, neste caso, no
revestimento do intestino delgado”, esclareceu em declarações ao jornal
Daily Mail.
“É possível, mas não provável, que beber uma grande quantidade de uma
bebida gaseificada possa ter um efeito destes. Mas, sem nenhuma
condição subjacente, é muito difícil perceber o que pode ter
acontecido”, rematou o especialista.