domingo, 24 de outubro de 2021

Hollywood em choque - Alec Baldwin recebeu arma carregada, mas disseram-lhe que estava “fria” !

A morte da directora de fotografia Halyna Hutchins, depois de ter sido atingida pelo actor Alec Baldwin durante as filmagens de “Rust”, deixou o mundo de cinema de Hollywood abalado. E ninguém percebe como é que a tragédia aconteceu.

Alec Baldwin

Halyna Hutchins, diretora de fotografia de 42 anos, morreu no seu local de trabalho, um set de filmagens, durante as gravações do novo filme de Alec Baldwin. Intitulado “Rust”, este filme de baixo orçamento pode nunca chegar às salas de cinema depois da trágica morte, mas ficará certamente para a história e pelas piores razões.

As circunstâncias da morte de Halyna Hutchins ainda estão a ser investigadas. O que se sabe é que foi Alec Baldwin quem disparou o tiro que lhe roubou a vida, durante os ensaios de uma cena do filme.

Vários dados que antecederam esse episódio trágico acrescentam dúvidas à história.

Equipa substituída 6 horas antes do disparo fatal

Cerca de 6 horas antes de Alec Baldwin ter disparado a arma que matou a directora de fotografia, “meia dúzia de trabalhadores da equipe de filmagem saíram do set para protestar contra as condições de trabalho“, avança o Los Angeles Times (LAT).

Esses trabalhadores seriam sindicalizados no International Alliance of Theatrical Stage Employees e terão sido substituídos por vários elementos não sindicalizados, de modo a continuar as filmagens.

“Um dos produtores ordenou aos membros do sindicato para deixarem o set e ameaçou chamar a segurança para os remover se não saíssem voluntariamente”, revela uma fonte ao LAT.

O jornal refere que os “operadores de câmara e os seus assistentes estavam frustrados com as condições” de trabalho, incluindo as “longas horas” de filmagens as “longas viagens” que teriam de fazer, cerca de 200 quilómetros, todos os dias.

Além disso, haveria ainda atrasos nos pagamentos de salários.

Já tinha havido outros incidentes com armas

Por outro lado, fontes ouvidas pelo LAT e que não se quiseram identificar, asseguram que “os protocolos de segurança padrão da indústria, incluindo inspecções de armas, não foram estritamente seguidos” durante as filmagens.

“Pelo menos um dos operadores de câmara reclamou, no último fim de semana, com um gestor de produção por causa da segurança das armas no set“, aponta uma fonte citada pelo jornal.

Antes do disparo trágico de Alec Baldwin, já teria havido dois incidentes com “descargas de armas”.

Num dos casos, o duplo de Baldwin terá, “acidentalmente”, disparado dois tiros, no sábado passado, depois de o terem informado de que a arma estava “fria”, ou seja, sem munição, relata um elemento da equipa de filmagens em declarações ao LAT.

“Devia ter havido uma investigação sobre o que aconteceu”, acrescenta essa fonte, considerando que “não houve reuniões de segurança” e que “não havia garantia de que não voltaria a acontecer”.

Tudo o que queriam era apressar, apressar, apressar“, queixa-se ainda esta fonte.

A empresa produtora do filme, a Rust Productions, já garantiu que “a segurança da equipa e do elenco é a [sua] prioridade máxima”, apontando que desconhece quaisquer “queixas oficiais relacionadas com a segurança de armas ou adereços”.

Mas, ainda assim, a produtora vai iniciar uma “revisão interna dos procedimentos”.

“Vamos continuar a cooperar com as autoridades de Santa Fé na sua investigação e oferecer serviços de ajuda mental ao elenco e à equipa durante este período trágico”, aponta ainda a Rust Productions.

Entretanto, as filmagens foram interrompidas sem data de regresso.

Como é que Halyna Hutchins foi atingida

O incidente trágico aconteceu ao 12º dia de filmagens dos 21 dias previstos.

A directora de fotografia terá sido atingida durante os ensaios de uma cena em que a personagem de Alec Baldwin tinha que disparar a arma, depois de a retirar do coldre, numa cena típica de um filme de cowboys. Ela estaria debruçada sobre um monitor, para alinhar o ângulo de filmagem da câmara.

O LAT refere que elementos da equipa de filmagens “já tinham gritado “arma fria” no set” – a indicação de que seria seguro usá-la -, mas que ainda não tinham recuado para a zona específica onde assistem às cenas, através de um monitor.

Halyna e o realizador do filme, Joel Souza, estariam a espreitar para um monitor, tal como um operador de câmara, para ver a melhor forma de filmar a cena do disparo de Alec Baldwin.

“Baldwin retirou a arma do coldre uma vez sem incidentes, mas da segunda vez que o fez, a munição voou em direcção ao trio” que estava reunido junto ao monitor, continua o LAT. “O projéctil passou a zumbir pelo operador de câmara, mas penetrou Hutchins perto do ombro e continuou até Souza”, acrescenta o jornal.

Joel Souza acabou por sofrer apenas ferimentos ligeiros. Mas Halyna não sobreviveu.

Arma devia ter pólvora seca, mas tinha munições reais

A Associated Press apurou que Alec Baldwin terá recebido a arma carregada das mãos de um assistente de direcção que lhe terá dito que estava “fria”, ou seja, que era seguro usá-la, momentos antes de a disparar.

Esse assistente não saberia que a arma estava carregada com munições reais, de acordo com o que a polícia apurou até ao momento. A arma deveria ter balas de pólvora seca.

Não se sabe onde estaria, na altura, a pessoa responsável por supervisionar as armas, ou seja, o armeiro. O LAT refere que se trata de uma jovem de 24 anos que é filha do “armeiro veterano Thell Reed” e que estaria a fazer o seu segundo filme nesta função, depois de ter supervisionado as armas de “The Old Way” com Clint Howard e Nicolas Cage.

O mandado de busca relacionada com a investigação à morte refere que a arma disparada era uma de três colocadas num carrinho de adereços fora da capela de madeira onde a cena estava a ser representada.

Não há ainda certezas sobre quantos cartuchos foram disparados, mas um invólucro terá sido retirado da arma depois do acidente pela responsável pelas armas. A arma foi depois entregue à polícia quando chegou ao local.

O sindicato que representa os profissionais dos adereços revelou que a arma tinha “uma única rodada viva“. O termo “viva” refere-se a uma arma carregada com algum tipo de material, por exemplo, uma “peça em branco pronta para filmagem”, como explica o LAT.

Entretanto, os responsáveis da série policial “The Rookie”, que passa na ABC, já anunciaram que vão deixar de usar armas reais nas filmagens, substituindo-as por réplicas de brincar e usando efeitos por computador para simular os flashes dos disparos.

O incidente deixou Hollywood em choque, com vários realizadores e cinematógrafos a apontarem que, hoje em dia, não faz sentido filmar com armas verdadeiras, dados os avanços nos efeitos especiais.

Alec Baldwin de “coração partido”

Pelas redes sociais correm imagens que mostram Alec Baldwin destroçado no momento em que terá tido conhecimento da morte de Halyna Hutchins.

“Não há palavras para descrever o meu choque e a tristeza em relação ao trágico acidente que tirou a vida a Halyna Hutchins, uma esposa, mãe e muito admirada colega nossa”, escreveu Alec Baldwin no Twitter, notando que está “a cooperar totalmente com a investigação policial”.

O meu coração está partido pelo seu marido, o seu filho [de oito anos] e por todos os que conheciam e amavam Halyna”, frisa ainda o actor.

Muitos famosos têm reagido ao trágico incidente, deixando condolências à família de Halyna e enaltecendo o seu talento. Mas também há muitas pessoas a realçarem que “ninguém deveria ser morto por uma arma num set de filmagem“, como destaca a filha de Bruce Lee, Shannon Lee.

O filho de Bruce Lee, o actor Brandon Lee, morreu em 1993 num incidente com uma arma nas filmagens de “The Crow”.

A responsabilidade de Alec Baldwin no caso vai para lá do facto de ter premido o gatilho, uma vez que é um dos produtores do filme.

O actor é conhecido pelas posições anti-armas e as suas imitações de Donald Trump no programa “Saturday Night Live” foram muito elogiadas.

De resto, Alec Baldwin assumiu publicamente que discordava das políticas de Trump e chegou a dizer que regressaria à sua Irlanda natal, caso este ganhasse as eleições para a presidência dos EUA.

Entretanto, muitas pessoas recordam uma frase que o actor partilhou nas redes sociais em 2017, a propósito de um polícia que matou uma pessoa.

Pergunto-me o que se sentirá por matar alguém por engano“, notou o actor há quatro anos. Agora, já terá a sua resposta.

https://zap.aeiou.pt/hollywood-choque-alec-baldwin-arma-439976

 

 

Dirigente da Al-Qaida abatido na Síria em ataque com drone !

O exército norte-americano anunciou esta sexta-feira ter abatido um dirigente do grupo extremista Al-Qaida, num ataque com ‘drone’ na Síria.


“Um ataque aéreo norte-americano realizado esta sexta-feira no noroeste da Síria matou o dirigente da Al-Qaida Abdul Hamid al-Matar“, indicou o comandante John Rigsbee, porta-voz do comando central do exército dos Estados Unidos (Centcom), em comunicado.

Não identificámos qualquer sinal de vítimas civis, na sequência do ataque, realizado por um aparelho não tripulado MQ-9″, acrescentou, sobre a ação realizada na região de Soulouk, no norte da Síria, sob controlo turco.

O porta-voz não indicou se a ação era uma represália ao ataque, na quarta-feira, contra a base de Al-Tanf, utilizada pela coligação internacional liderada pelos EUA perto das fronteiras com a Jordânia e o Iraque. Cerca de 900 soldados norte-americanos permanecem destacados no nordeste sírio e na base de Al-Tanf, no sul.

O ataque à guarnição de al-Tanf terá envolvido pelo menos um ataque de ‘drone’ e possivelmente fogo terrestre, não estando ainda determinado quem foram os executores, de acordo com fonte do Governo norte-americano citada pela AP sob anonimato.

A base está localizada numa estrada que serve como ligação vital para as forças apoiadas pelo Irão, entre Teerão e o sul do Líbano e Israel.

A “Al-Qaida continua a representar uma ameaça para os Estados Unidos e aliados”, afirmou. O grupo “usa a Síria como uma base recuada para se reconstituir, coordenar-se com afiliados e planear operações no estrangeiro”, acrescentou.

“A eliminação deste dirigente da Al-Qaida vai afetar a capacidade da organização terrorista de planear e perpetrar atentados contra cidadãos norte-americanos, os nossos parceiros e civis inocentes”, salientou.

O Pentágono tinha eliminado, no final de setembro, um outro “dirigente da Al-Qaida” na Síria, Salim Abu-Ahmad, num ataque aéreo perto de Idleb, no noroeste do país.

https://zap.aeiou.pt/dirigente-da-al-qaida-abatido-na-siria-439956

 

Mais de 30 mil mulheres polacas recorreram a métodos de aborto ilegais ou no estrangeiro desde a alteração na lei !

Proibição à interrupção voluntária da gravidez entrou em vigor no início deste ano e as  exceções só se aplicam a casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe está em risco.


Pelo menos 34 mil mulheres polacas terão feito abortos ilegalmente ou no estrangeiro desde que a prática passou a estar quase totalmente no país há cerca de um ano. Os números são avançados pela Abortion Without Borders (AWB), uma organização inglesa que ajuda as mulheres a encontrar serviços seguros de interrupção da gravidez, que afirma ainda que mais de mil mulheres também recorreram a clínicas estrangeiras para interromper gestações durante o segundo trimestre.

De acordo com a organização, estes números podem estar ainda longe da realidade, com algumas ONG’s a apontaram para entre 80 mil a 200 mil mulheres a recorrerem ao aborto durante este período de tempo.

A alteração à lei data de 22 de outubro de 2020, quando o tribunal constitucional do país determinou ser ilegal o aborto, por exemplo, em situações em que são detetadas deficiências no feto. A prática passou a ser exclusivamente permitida em casos de violações, incestos ou quando a saúde da mãe corresse riscos de vida. A lei entrou em vigor em janeiro deste ano.

Ao longo do último ano, avança o The Guardian, pelo menos 460 mulheres polacas viajaram para Inglaterra com o objetivo de interromper gravidezes, já que naquele país a prática é permitida até às 24 semanas — ou até mais, dependendo as de circunstâncias excecionais. A Abortion Without Borders (AWB) diz ter ajudado mulheres polacas a viajar de forma segura também para a Bélgica, a Alemanha, Espanha e República Checa.

Os números foram divulgados na mesma semana que um relatório da Human Right Watch, no qual estão incluídos contributos de outras 14 organizações, diz que as mulheres na Polónia estão a enfrentar “perigos incalculáveis” face à nova legislação que visa limitar o acesso ao aborto.

“A determinação do tribunal constitucional representa riscos incalculáveis para as mulheres — sobretudo para aquelas que vivem em situações de pobreza, em áreas rurais ou que são marginalizadas“, afirmou Urszula Grycuk, integrante da Federação pelas Mulheres e pelo Planeamento Familiar na Polónia, um dos grupos que participou na elaboração do relatório.

Mara Clarke, fundadora da Abortion Without Borders, avançou ao The Guardian: “Estamos a ver mais mulheres a procurar os nossos serviços com anormalidades fetais desde que a lei foi alterada. Estamos também a ouvir das mulheres que recorrem aos nossos serviços que a severidade dessas anomalias estão a ser desvalorizadas pelos médicos, os quais, em alguns casos, retardam estes diagnósticos para que as mulheres tenham ainda mais dificuldade a conseguir interromper a gravidez”.

Na Polónia, o acesso ao aborto sempre foi difícil e muito controlado — tendo sido proibido até 1932, ano em que passou a ler permitido por razões médicas ou em caso de violação ou incesto. No ano passado, a revisão da legislação resultou numa onda de protestos nacionais, com milhares de mulheres e raparigas — estima-se que dez mil — a manifestarem-se nas ruas, vestidas de preto.

https://zap.aeiou.pt/mais-30-mil-mulheres-polacas-aborto-ilegais-estrangeiro-alteracao-lei-439743

 

Caso Gabby Petito - Restos mortais encontrados pertencem ao namorado da jovem !

As autoridades norte-americanas confirmaram que os restos mortais encontrados na quarta-feira são de Brian Laundrie. Identificação foi feita através de registos dentários.


“No dia 21 de outubro de 2021, uma comparação de registos dentários confirmou que os restos humanos encontrados no T. Mabry Carlton, Jr. Memorial Reserve and Myakkahatchee Creek Environmental Park pertencem a Brian Laundrie”, revelou o FBI de Denver, na rede social Twitter.

O jovem estava desaparecido há mais de um mês. Laundrie era considerado pela polícia uma pessoa de interesse para a investigação do caso de Gabby Petito, cujo corpo foi encontrado em Wyoming, depois de o noivo – com quem viajava – ter regressado à Florida sem ela.

De acordo com a BBC, os pais de Laundrie foram informados de que o corpo encontrado é o do seu filho, mas um advogado que representa a família emitiu um comunicado dizendo que os parentes não querem fazer qualquer comentário.

As autoridades tinham já esclarecido que os restos mortais foram descobertos numa área do parque que esteve até há pouco tempo submersa. A polícia descobriu também alguns artigos do jovem, tendo referido uma mochila e um caderno.

Gabby Petito, de 22 anos, desapareceu quando viajava pelos Estados Unidos e foi encontrada morta em setembro.

A autópsia revelou que foi estrangulada, o que fez aumentar as suspeitas sobre o seu namorado, que acabou também por desaparecer.

O casal tinha partido em viagem em julho numa carrinha convertida para visitar os parques nacionais no oeste dos Estados Unidos.

A polícia disse que Laundrie estava sozinho quando conduziu a carrinha de regresso a casa dos seus pais em North Port, Florida, no dia 1 de setembro, e foi visto pela última vez uma semana depois, por familiares.

https://zap.aeiou.pt/restos-mortais-pertencem-brian-laundrie-439705

 

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Biden afirma que Estados Unidos estão prontos para defender Taiwan em caso de ataque !

O Presidente dos Estados Unidos afirmou, na quinta-feira, que o país está preparado para defender militarmente Taiwan, em caso de ataque da China, que considera a ilha parte do território.


“Sim, temos um compromisso nesse sentido”, declarou Joe Biden, durante um encontro, transmitido pela cadeia de televisão CNN, com eleitores em Baltimore.

A Casa Branca afirmou à imprensa que a política norte-americana em relação a Taiwan “não mudou”, na sequência das declarações de Biden, na quinta-feira.

As duas maiores economias do mundo opõem-se frontalmente em muitas questões, mas a questão taiwanesa é frequentemente considerada como a única capaz de desencadear um confronto armado.

Na quarta-feira, o próximo embaixador dos Estados Unidos em Pequim, o diplomata de carreira Nicholas Burns, disse que “não se deve confiar” na China em relação a Taiwan, e recomendou aumentar a venda de armas à ilha para reforçar as defesas.

Burns falava na comissão de Negócios Estrangeiros do Senado norte-americano, que deve confirmar a nomeação do diplomata, que tinha já denunciado as recentes incursões chinesas na zona de identificação aérea taiwanesa como “repreensíveis”.

Os Estados Unidos reconhecem a República Popular da China desde 1979, mas fornecem armas a Taiwan para a defesa da ilha.

A ilha é governada de forma autónoma desde 1949, data em que as forças nacionalistas do Kuomintang ali se refugiaram depois de terem sido derrotados pelas tropas comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.

Pequim considera Taiwan como uma das suas províncias e ameaçou recorrer à força, caso a ilha proclame formalmente a independência.

No entanto, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou recentemente a vontade de conseguir uma reunificação pacífica.

https://zap.aeiou.pt/estados-unidos-prontos-defender-taiwan-439641

 

Acidente trágico - Ator Alec Baldwin matou diretora de fotografia do filme que estava a rodar !

O ator norte-americano Alec Baldwin matou, acidentalmente, a diretora de fotografia do filme que estava a rodar, ao disparar uma arma de adereço que não devia estar carregada. O realizador do filme também ficou ferido e está hospitalizado.

Alec Baldwin

A vítima mortal é Halyna Hutchins, diretora de fotografia de 42 anos.

Mas os disparos feriram também o diretor do filme, Joel Souza, de 48 anos, que foi admitido na unidade de cuidados intensivos do centro médico Christus St. Vincent, nos arredores de Santa Fé, no estado do Novo México, sudoeste dos EUA.

Joel Souza estará “em estado crítico”, segundo alguns media norte-americanos.

As vítimas foram atingidas quando “Alec Baldwin disparou uma arma de fogo utilizada para as filmagens” do western “Rust”, tendo sido já iniciada uma investigação, de acordo com um comunicado do gabinete do xerife de Santa Fé.

O acidente ocorreu durante a tarde (hora local) de quinta-feira, no rancho de Bonanza Creek, onde estavam a ser filmadas várias cenas do western, do qual Baldwin é produtor e protagonista.

De acordo com os investigadores, que se deslocaram ao local, o incidente parece ter sido causado pela utilização, como adereço, de uma arma de fogo, disparada durante uma cena do filme.

“Os investigadores estão a investigar que tipo de bala foi disparada e como“, acrescenta o comunicado, sem referir quantos tiros foram disparados.

Alec Balwin foi interrogado

O porta-voz do xerife revelou aos media que Alec Baldwin “foi interrogado” pela polícia, que “prestou declarações e respondeu a certas questões”.

“Apresentou-se voluntariamente” e não foi, ainda, alvo de nenhuma acusação, nem foi feita nenhuma detenção no âmbito do caso, acrescenta este porta-voz.

Escrito e realizado por Joel Souza, “Rust” conta a história de um marginal, Harland Rust, interpretado por Alec Baldwin, que vem em auxílio do neto, de 13 anos, condenado a ser enforcado por homicídio.

Baldwin, de 63 anos, tornou-se particularmente popular nos EUA, nos últimos anos, pelas imitações de Donald Trump no programa “Saturday Night Live”.

https://zap.aeiou.pt/alec-baldwin-matou-acidente-filme-439645

 

Ai-Da, a robô artista, foi detida no Egito antes da sua mais recente exposição !

Ai-Da, a primeira robô artista ultrarrealista do mundo, foi detida pelas autoridades egípcias na alfândega por “questões de segurança”.


De acordo com o jornal The Guardian, está previsto que Ai-Da apresente o seu último trabalho na Grande Pirâmide de Gizé, esta quinta-feira, tratando-se da primeira vez em muitos anos que foi permitido expor arte contemporânea perto da famosa pirâmide.

No entanto, aquela que é considerada a primeira robô artista ultrarrealista do mundo foi confrontada com um ligeiro imprevisto. À chegada a território egípcio, tanto Ai-Da como a sua escultura foram barradas na alfândega, tendo lá ficado durante 10 dias. O motivo? “Questões de segurança”.

Segundo o diário britânico, as autoridades egípcias temiam que a robô fizesse parte de algum plano de espionagem, uma vez que possui um modem e câmaras nos olhos (que usa para desenhar e pintar).

Tanto Ai-Da como a escultura foram libertadas esta quarta-feira, horas antes do início da exposição Forever Is Now, mas o episódio acabou por gerar alguma tensão diplomática.

“O embaixador britânico trabalhou durante a noite para libertar Ai-Da, mas estamos prontos para o trabalho agora. É muito stressante”, declarou Aidan Meller, o humano por detrás desta robô artista, pouco antes da sua libertação.

“Posso retirar os modems, mas não consigo arrancar os olhos dela”, disse ainda o seu inventor sobre as questões de segurança invocadas. A embaixada britânica no Cairo, por sua vez, disse ter ficado “feliz” por saber que o caso foi resolvido.

A escultura de Ai-Da é uma brincadeira com o enigma da esfinge: “O que anda em quatro pés pela manhã, dois pés ao meio-dia e três pés à noite?” (pergunta para qual a resposta é um humano).

“Quatro pernas quando somos uma criança, duas pernas quando já somos um adulto e três quando já somos velhos e precisamos de uma bengala. Então, Ai-Da produziu uma versão enorme de si mesma com três pernas”, contou Meller.

“Estamos a dizer que, na verdade, com o aparecimento da nova tecnologia Crispr e pela forma como podemos fazer edição de genes hoje em dia, a extensão da vida é muito provável. Os antigos Egípcios estavam a fazer exatamente a mesma coisa com a mumificação. Os humanos não mudaram: Ainda temos o desejo de viver para sempre“, explicou ainda.

Ai-Da foi batizada em homenagem à pioneira da computação Ada Lovelace, tendo sido construída por uma equipa de programadores, roboticistas, especialistas em arte e psicólogos. O projeto multimilionário foi acabado em 2019 e é atualizado à medida que a Inteligência Artificial melhora.

https://zap.aeiou.pt/ai-da-robo-artista-detida-egito-439584

 

Europa em alerta: Casos de covid-19 sobem a pique - Países de leste sofrem com baixa vacinação !

Pandemia volta a ganhar força na Europa. Reino Unido, Rússia e vários países do leste europeu, com baixas taxas de vacinação, voltaram a bater máximos de infeções e mortes por covid-19.


Numa altura em que o inverno se aproxima, e o convívio em espaços fechados aumenta, os casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 têm vindo a aumentar em muitos países da Europa, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mike Ryan, diretor do Programa de Emergências em Saúde da OMS, explicou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que “a maior parte das restrições já não estão em vigor em muitos países”, um facto que “coincide com o período de Inverno em que as pessoas estão a optar por espaços fechados à medida que surgem as ondas de frio”, cita o Público.

Apesar de mais de metade dos países europeus estar a registar um aumento de novos casos – incluindo Portugal -, a entidade salienta que o Reino Unido, Rússia e Turquia foram os responsáveis pela maioria dos casos.

O Reino Unido tem vindo a registar, em média, entre 40 mil a 50 mil novos casos por dia, o que coloca o país em máximo desde meados de julho.

Esta subida de infeções está a preocupar as autoridades de saúde, pelo que os responsáveis pedem ao Governo de Boris Johnson que avance para o “plano B”, voltando a implementar algumas restrições, escreve o The Guardian.

O ministro da Saúde do país já admitiu que o país pode chegar aos 100 mil casos diários, mas reitera que o Governo não vai, para já, implementar o “plano B”.

A Turquia tem uma taxa de infeção superior a 350 casos por milhão de habitantes, a sete dias, sendo que na semana passada registou 30.563 casos num só dia, um máximo desde abril.

Por sua vez, a Rússia desde a semana passada que tem vindo a bater novos máximos de óbitos, tendo registado na quarta-feira um novo recorde, com 1.028 mortes nas últimas 24 horas. Além disso, foram registadas 34.073 novas infeções nas 85 regiões do país nessas 24 horas.

Vladimir Putin anunciou que vai dar uma semana de férias pagas à população, de 30 de outubro a 7 de novembro, para travar o avanço da pandemia de covid-19. Moscovo revelou ainda que vai reintroduzir medidas de confinamento, com o encerramento de todas as lojas e estabelecimentos à exceção dos supermercados e farmácias.

Também no leste europeu, vários países têm registado recordes de infeções ou mortes associadas à covid, acompanhando a tendência vivida pela vizinha Rússia.

Atualmente, a Sérvia é o país europeu com uma incidência da covid-19 mais elevada, contabilizando 1268 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com os dados mais recentes, divulgados esta quinta-feira, 21 de outubro, pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

na terça-feira, a Ucrânia registou 538 mortes por covid-19 – o número diário mais elevado desde o início da pandemia. Porém, é importante sublinhar que este é um dos países da Europa com menor taxa de vacinação.

A baixa taxa de inoculações está também a refletir-se num aumento de casos na Letónia. O país tem atualmente uma das taxas de infeção mais elevadas a nível mundial, pelo que o Governo decidiu fechar escolas, restaurantes e espaços de lazer e impor recolher obrigatório durante cerca de um mês.

A questão da vacinação também está a afetar a Bulgária, que tem uma taxa de infeção de superior a 400 casos por milhão de habitantes e uma taxa de mortalidade de 14,8 mortes por dia, em média, nos últimos sete dias, ou seja, a segunda maior do “velho continente”.

Ao mesmo tempo, também na Polónia o Governo está a ponderar endurecer as medidas, depois de o país ter registado 5.000 infeções num só dia, informa o ECO.

Já a Roménia, com cerca de 30% da população vacinada, tem atualmente a quarta maior taxa de infeção a nível da UE (79,38 casos por milhão de habitantes) e a maior taxa de mortalidade associada à covid na UE (média de cerca de 19 mortes por dia, nos últimos sete dias).

https://zap.aeiou.pt/europa-em-alerta-casos-covid-aumentam-439712

 

O pior desastre nuclear da história dos EUA pode ter sido fruto de uma brincadeira !

O SL-1 era um reator nuclear experimental de baixa potência, localizado no Idaho, nos EUA, que tinha como objetivo fornecer energia a pequenas instalações militares remotas no início dos anos 1960.


O reator acabou por ficar por um derretimento nuclear com explosão de vapor, matando três pessoas no primeiro e único acidente que envolveu óbitos numa central nuclear americana.

O acidente ocorreu a 3 de janeiro de 1961, quando um dos operadores puxou uma das hastes de controlo para mais longe do que seria suposto.

Depois do desastre, foi iniciada uma investigação sobre o acidente para evitar que algo semelhante voltasse a acontecer.

As autoridades perceberam que o acidente se deveu a facto da haste de controlo ter sido afastada 50 centímetros, o que se revelou ser uma distancia demasiado alta.

A questão reside em perceber se o acidente ocorreu por erro humano, ou se foi intencional. Ao longo dos anos, têm sido muitas as teorias.

Uma das teorias, se dada como certa, poderá fazer deste desastre nuclear um dos mais improváveis de sempre.

De acordo com a teoria revelada pelo IFL Science, Richard Legg, responsável pela manutenção do reator, desligou um dos ventiladores responsáveis por refrigerar o SL-1, com o objetivo de disparar um alarme e assustar os seus colegas, porém não terá sido esta pequena partida que levou ao desastre – mas deu ao trabalhador a fama de brincalhão.

A teoria indica que Legg distraiu o colega que estava a segurar na vara de controlo, e este, acabou por levar a haste a alcançar um distância longa demais.

Para tentar entender se a distração de Legg poderia ter causado um desastre nuclear, uma experiência tentou perceber se enquanto os voluntários eram distraídos – da mesma forma que o colega de Legg tinha sido – algum deles afastava a vara de controlo a uma distância suficientemente longa.

No entanto, percebeu-se que nenhum dos participantes da experiência deslocou a haste o suficiente para fazer com que o reator entrasse em colapso.

Ainda assim, conclui-se que quem está a executar o trabalho de controlo da vara tem uma função minuciosa, pois basta alongar um pouco mais a distância para que haja um desastre.

https://zap.aeiou.pt/desastre-nuclear-eua-brincadeira-439286

Banido do Facebook, Donald Trump aposta na criação da sua própria rede social !

Nova rede social deverá estar disponível a partir do início do próximo ano e é uma resposta do antigo presidente às empresas que o decidiram banir.


O antigo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou o lançamento de uma rede social própria, denominada “Truth Social” (Verdade Social, em português),  a qual deverá estar disponível para os utilizadores no início do próximo ano. Na nota que acompanha a notícia do lançamento, Trump, que está atualmente banido do Twitter, do Facebook e do YouTube (no seguimento dos ataques ao Capitólio), diz que a criação tem como objetivo “resistir à tirania das gigantes tecnológicas”.

Estou entusiasmado por, daqui a pouco tempo tempo, começar a partilhar os meus pensamentos na Truth Social”, anunciou Trump. O antigo chefe de Estado revelou ainda que a plataforma está disponível para “utilizadores convidados” num lançamento provisório em novembro, sendo que o público geral também a poderá usar já a partir do início do próximo ano. A rede social será um produto do grupo Trump Media & Technology, o qual foi formado através da junção com a Digital World Acquisition Corp..

A rede social já tem um site onde os utilizadores interessados se podem inscrever numa lista de espera ou fazer a pré-compra da respetiva aplicação. A App Store, loja digital da Apple, já divulgou algumas imagens do que será o feed da rede social, sendo que as semelhanças com o Twitter são consideráveis, aponta o The Guardian.

Em julho, Donald Trump processou o Facebook, o Twitter e a Google por entender que as redes sociais o estavam a censurar. As opções de banir o antigo presidente continuam, ainda assim, em vigor, apesar de o Facebook admitir que a decisão vai ser revista daqui a dois anos. “Vivemos num mundo em que os talibãs têm uma grande presença no Twitter, mas o presidente favorito da América tem sido silenciado. Isto é inaceitável“, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/banido-facebook-trump-criacao-propria-rede-social-439455

 

Os trabalhadores que acumulam empregos em teletrabalho — E em segredo !

Com a normalização do teletrabalho nos últimos anos, há cada vez mais pessoas que acumulam dois empregos a tempo inteiro — e em segredo.


Têm dois endereços de e-mail profissionais, dois computadores, dois patrões e… dois salários.

Com o aumento do trabalho remoto, há cada vez mais pessoas que têm, em segredo, dois empregos, aproveitando o facto de estarem longe dos olhos dos empregadores.

De acordo com a BBC, não é raro encontrar pessoas empregadas à procura de trabalho adicional, como por exemplo vender joias no Etsy, ser condutor da Uber depois do horário de trabalho ou montar móveis ao fim de semana.

Mas o “duplo emprego” é diferente: um funcionário pode acumular empregos a tempo inteiro, separados mas simultâneos, em computadores diferentes. E não é um fenómeno totalmente novo — há pessoas que o fazem há anos na indústria da tecnologia.

Isaac (nome fictício), um homem com quase 40 anos de São Francisco, nos Estados Unidos, tem dois empregos a tempo inteiro há anos e diz que ganha mais de 600 mil dólares (cerca de 515 mil euros) por ano.

Em abril, Isaac lançou o site Overemployed, onde escreve artigos sobre como manter vários empregos remotos — e a regra número um é não falar sobre o assunto.

Nos últimos 20 anos, alguns trabalhadores exploraram esta possibilidade na indústria de tecnologia. Mas, agora, devido à pandemia de covid-19, há trabalhadores de diversos campos em todo o mundo que ficaram em teletrabalho, o que aumentou as oportunidades para que tenham mais do que um emprego a tempo inteiro.

Isaac contou, em declarações à BBC, que o Overemployed recebe visitas de todo o mundo e abrange todas as idades, desde pessoas com pouco mais de 20 anos — que podem ter um “duplo estágio” — até pessoas com 60 ou mais anos.

Mas a maioria dos utilizadores pertence à faixa etária entre os 35 e os 40 anos, pessoas que “já têm muita experiência e estão um pouco cansadas do mundo corporativo”.

De forma geral, tanto antes como durante a pandemia, Isaac afirma que é raro saber de alguém que tenha sido apanhado porque, por norma, isso só acontece quando a pessoa é descuidada.

No entanto, o norte-americano soube de um caso em que um spyware apanhou um programador a fazer um script que não deveria no computador do seu trabalho principal — e foi despedido.

Isaac defende que o emprego duplo não significa necessariamente dias de trabalho excessivamente longos: os trabalhadores podem dedicar 30 horas por semana ao seu emprego original, por exemplo, e usar o tempo que seria preenchido por reuniões não obrigatórias para manter um segundo emprego.

Legalmente, o duplo emprego é uma situação delicada. Para que seja possível, é preciso ter em atenção o tipo de contrato assinado pelo funcionário para o emprego original — não se podem quebrar acordos de não-concorrência.

Além disso, é uma situação extremamente controversa ou até considerada antiética.

Mas, para quem consegue fazer a combinação funcionar — tanto relativamente à legalidade quanto à logística —, Isaac defende que os trabalhadores em duplo emprego têm muito a ganhar.

Uma das razões que levam os trabalhadores a assumir um segundo emprego secreto em tempo integral é a diversificação de fontes de renda, para ganhar dinheiro de forma mais eficiente. Mas Isaac acredita que o dinheiro não é o único motivo.

Catherine Chandler-Crichlow, diretora-executiva de gestão de carreiras da Faculdade de Administração Ivey, da Western University em Ontário, no Canadá, concorda e afirma que o estereótipo dos trabalhadores em duplo emprego, “que tentam secretamente ganhar mais dinheiro”, não é necessariamente correto.

“Como fomos forçados a trabalhar de casa, as pessoas provavelmente começaram a perguntar-se: ‘Onde é que as minhas habilidades podem ser otimizadas?’; ‘Quais são as minhas verdadeiras paixões?'”, afirmou.

Chandler-Crichlow disse ainda que esse conceito é muito relevante para a discussão do duplo emprego. Alguém pode ter, por exemplo, um emprego como analista financeiro, mas também gostar de outra coisa, como programação ou de escrever. A situação atual de trabalho remoto generalizado permite que esse analista encontre um emprego a programar ou escrever.

“Agora, sou eu quem controla o que eu gostaria de fazer e onde gostaria de passar o meu tempo”, acrescentou a especialista, considerando que para os trabalhadores em grupos sócio-económicos inferiores, manter diversos empregos é um meio de sobrevivência.

E Erin Hatton, professor de Sociologia na Universidade Estadual de Nova Iorque concorda.

“Talvez [os trabalhadores estejam] a tentar coisas novas. Acho que este é um momento de ajustar as contas com o mundo do trabalho e discutir o papel desempenhado pelo trabalho nas nossas vidas”, disse.

O duplo emprego pode “libertar as pessoas para avaliar outros empregos, talvez conseguir um trabalho adicional que não pague tão bem, mas que seja mais significativo”, continuou.

Por isso, não é coincidência que cada vez mais pessoas estejam a tentar coisas novas. “Acho que a pandemia pode ter incentivado as pessoas a pensar mais profundamente no que passam a vida a fazer e concluir que provavelmente poderiam fazer mais”, afirma Chandler-Crichlow.

https://zap.aeiou.pt/teletrabalho-acumular-empregos-segredo-439428

 

“O maior roubo de impostos” da Europa - Estados perderam milhões em “buraco” fiscal !

Os “CumEx Files” são a mais recente investigação feita com uma fuga de dados a fazer revelações surpreendentes e preocupantes sobre a realidade financeira da Europa. Desta vez, está em causa um “saque fiscal” que lesou vários Estados em milhões de euros, graças a esquemas financeiros.


A investigação intitulada “CumEx Files” foi, inicialmente, divulgada em 2018 pelo grupo alemão de jornalismo de investigação Correctiv. Mas, nesta quinta-feira, vários jornais internacionais, envolvidos na análise aos documentos, divulgaram novos dados.

Há 3 anos, especulava-se que as perdas para os Estados, no âmbito de esquemas financeiros para fugir aos impostos, seriam da ordem dos 55 mil milhões de euros. Mas agora aponta-se para prejuízos de 150.000 milhões de euros nos últimos 20 anos.

Estes dados são destacados por jornais como o El Confidencial e o Le Monde que estão envolvidos na pesquisa que foi liderada pelo economista Christoph Spengel, da Universidade de Mannheim, na Alemanha.

Nenhum órgão de informação português esteve envolvido na investigação, tanto quanto sabemos.

As mais de 200.000 páginas de documentos, incluindo dados bancários internos e emails, apontam que a arbitragem de dividendos tem sido usada para evitar o pagamento de dezenas de biliões de impostos por toda a Europa.

Spengel foi várias vezes ao Parlamento Europeu para explicar aos deputados o que considera ser “o maior roubo de impostos na história europeia”.

Esquema “Cum-Cum” (que não é necessariamente ilegal)

Estão em causa dados relativos ao período entre 2000 e 2020 e respeitantes a 12 países europeus – Espanha, Itália, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Áustria, Reino Unido, Irlanda, Suíça e Suécia.

A arbitragem de dividendos é uma prática que passa por fazer operações com vista à redução da carga fiscal.

É uma questão de “engenharia financeira”, ou “um assalto excepcional”, como nota o Le Monde, considerando que é um “saque fiscal” que “se baseia em transacções financeiras complexas, realizadas nos mercados financeiros e que há muito tempo permanecem fora do radar dos Governos”.

O chamado esquema “Cum-Cum”, como é apelidado no mercado financeiro, passa pela venda de acções entre investidores imediatamente antes do pagamento de dividendos, que serão, então, entregues posteriormente.

Este tipo de operação cria uma confusão fiscal sobre quem é o real dono das acções no momento do pagamento dos dividendos. Assim, ambos os investidores envolvidos na transacção podem reivindicar descontos no imposto retido na fonte pago aquando da distribuição desses dividendos.

E “não é contra a lei”, como explica Spengel citado pelo El Confidencial, notando que estas operações ficam numa zona de sombra da legislação.

“Contudo, em casos individuais, na Alemanha, é contra a lei se o único propósito de comprar e de revender acções forem os benefícios fiscais“, acrescenta o economista.

Alemanha e França lideram perdas

Alemanha e França são os Estados mais prejudicados com este buraco fiscal, com perdas de 35.940 milhões e de 33.413 milhões, respectivamente.

Seguem-se os Países Baixos com 27 mil milhões e Espanha com perdas de quase 19 mil milhões de euros.

A Itália sofreu danos de 13.274 milhões, a Bélgica soma 7.476 milhões de prejuízos e a Suíça tem um total de 4.832 milhões.

Luxemburgo (2.192 milhões), Dinamarca (1.700 milhões), Áustria (1.239 milhões) e Irlanda (17 milhões) seguem-se na lista.

Além das operações que integram o que se chama “Cum Cum”, há ainda outras mais complexas, designadas de “Cum/Ex”, onde a “quantificação da fraude” é mais complicada, como nota o El Confidencial.

Neste caso, estarão em causa, por exemplo, operações que permitiriam a alguns investidores pedirem devoluções de impostos que nunca tinham pago.

A justiça alemã já abriu vários inquéritos e diversas pessoas foram consideradas culpadas por evasão fiscal. Mas ainda estão a decorrer outras investigações, incluindo a funcionários de bancos, advogados e investidores.

https://zap.aeiou.pt/maior-roubo-impostos-europa-439503

 

Apenas 14% das vacinas prometidas aos países mais pobres foram efetivamente entregues !

Apesar das promessas deixadas por muitos dos países mais ricos e desenvolvidos, número de vacinas que chegou aos territórios é ainda muito baixo, o que pode comprometer os avanços já conseguidos.


Apenas uma em sete doses de vacinas contra a covid-19 prometidas aos países mais pobres do mundo foram realmente entregues. Ao longo dos últimos meses, aproximadamente 1,8 mil milhões de doses deveriam ter sido encaminhadas para este destinado, sendo que, na realidade, apenas 261 milhões cumpriram. Os números são avançados pela People’s Vaccinealliance, uma coligação formada por entidades como a Oxfam, o ActionAid e a Amnistia Internacional.

Este fracasso na distribuição igualitária de vacinas resulta, naturalmente, num número baixo de pessoas a viver em países pobres já vacinadas contra a covid-19 — estima-se que sejam apenas 1,3%.

À Covax, por exemplo, uma iniciativa global de distribuição de vacinas, foram prometidas 994 milhões de doses de vacinas por fabricantes como a Johnson & Johnson, a Moderna, a Oxford/AstraZeneca e a Pfizer/BioNTech, das quais apenas 120 milhões (12%) foram entregues. No que respeita a países, o Reino Unido, também se comprometeu a enviar 100 milhões de doses de vacinas para os países mais pobres, apesar de só o ter feito com 9.6 milhões (menos de 10%). Números semelhantes acontecem com o Canadá — 3.2 milhões de doses entregues das 40 milhões prometidas (8%) — e com os Estados Unidos que, apesar de já terem distribuído 177 milhões de doses, estão ainda longe das 1,1 mil milhões de doses inicialmente previstas para doação.

Robbie Silverman, representante da Oxfam, afirmou que estes números evidenciam “o falhanço das doações dos países ricos e o falhanço da própria Convax”. “A única forma de acabar com esta pandemia é a partilha da tecnologia e conhecimentos com outras fábricas qualificadas para que qualquer pessoa, em qualquer sítio possa ter acesso a estas vacinas que podem salvar vidas“, afirmou, numa declaração que pode remeter para necessidade de libertar as patentes.

Ao longo dos últimos meses, a Organização Mundial de Saúde tem apelado com muita frequência aos países que também priorizem esta problemática em vez de apostarem na administração de doses de reforço em populações com números gerais de vacinação muito elevados. Recentemente, a OMS também destacou a importância de se apostar na distribuição de vacinas pelos territórios mais pobres até ao final do ano. No entanto, o mesmo relatório da People’s Vaccinealliance aponta que os países estão mais concentrados na aquisição de novas doses — com vista à administração de doses de reforço a grupos mais abrangentes da sua população — do que na distribuição das mesmas.

“Em todo o mundo, os trabalhadores do setor da saúde estão a morrer e as crianças estão a perder os seus pais pais e avós. Com 99% das pessoas nos países de baixos rendimentos ainda por vacinar, já perdemos a paciência com estes gestos demasiado pequenos e atrasados”, afirmou Maaza Seoum, integrante da Aliança Africana e da Vacina da População da Aliança Africana, citada pelo The Guardian.

O passo mais “ousado” que foi dado no objetivo de distribuir mais vacinas por mais países, sobretudo os pobres, foi dado pela Índia e pela África do Sul, que já propuseram à Organização Mundial do Comércio a libertação das patentes das vacinas e medicamentos contra a Covid-19. O pedido foi apoiado por mais de cem países, associações de direitos humanos (Médicos sem Fronteiras, Human Rights Watch) e personalidades proeminentes, como o antigo primeiro-ministro britânico Gordon Brown. O argumento utilizado utilizado é do que “ninguém está a salvo do coronavírus até que todos estejam a salvo”.

O duque e a duquesa de Sussex também já apoiaram uma iniciativa paralela, mas que também teve como objetivo alertar e pedir aos países membros do G7 e à União Europeia que partilhem pelo menos 1 bilião de doses de vacinas contra a covid-19 com os territórios mais pobres, ao mesmo tempo que destacaram a importância da libertação dos direitos de propriedade intelectual das vacinas.

https://zap.aeiou.pt/14-vacinas-prometidas-paises-pobres-entregues-439433

 

Subvariante da Delta identificada em Israel - Em Portugal há nove casos !

Teste à covid-19

Em Portugal, já foram detetados nove casos da variante AY4.2, subvariante da Delta, de acordo com o mais recente relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2.

O relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2, que data de terça-feira, indica que já foram detetados nove casos da variante AY4.2 em Portugal.

“A análise genética indica que os casos detetados em Portugal, entre 24 de agosto e 4 de outubro, representam várias introduções independentes do vírus, as quais estão sob investigação pelas autoridades de saúde”, lê-se no documento.

“Esta constelação de mutações (provisoriamente classificada como AY.4.2) tem suscitado interesse na comunidade científica internacional devido à sua crescente frequência no Reino Unido nas últimos semanas”, acrescenta.

Esta quinta-feira, o Governo israelita também revelou que foi detetado um primeiro caso da nova variante já identificada em vários países europeus. Segundo o Ministério da Saúde de Israel, está associado a uma criança de 11 anos proveniente da Europa, que está de quarentena, e foi detetado no Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Telavive.

No Reino Unido, onde o número de novas infeções está a aumentar aproximando-se dos níveis da vaga que atingiu o país no inverno passado, as autoridades de saúde estão a monitorizar a nova variante, que está a propagar-se.

Segundo o ministro da Saúde, Sajid Javid, “não há razão para crer, neste momento, que ela represente um maior risco”.

Apesar do aumento de novos casos e da pressão hospitalar, o Governo britânico rejeitou na quarta-feira os apelos para a reposição das restrições, como o uso de máscaras em espaços interiores e o teletrabalho, optando por dar primazia à vacinação.

A nova variante, rara e aparentemente sem riscos acrescidos de contágio face à Delta, a mais transmissível das variantes do SARS-CoV-2 em circulação, foi descoberta em Israel quando aquele país estava a considerar o levantamento de algumas das restrições em vigor, em particular as que visam o turismo.

Face ao aparecimento da variante AY4.2, o primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, instruiu para que fosse reforçada a investigação epidemiológica sobre esta subvariante da Delta e contactados os países onde a mesma já foi identificada para troca de informações. Eventuais alterações nas regras de entrada de turistas no país irão ser ponderadas.

https://zap.aeiou.pt/subvariante-da-delta-nove-casos-439420

 

Estado de Direito na Polónia ameaça tornar cimeira da UE “numa das mais difíceis” !

A situação do Estado de direito na Polónia ameaça perturbar uma cimeira que tem uma agenda oficial já muito carregada.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen

Os líderes da União Europeia (UE) reúnem-se em Bruxelas numa cimeira com uma agenda preenchida, dominada pelos preços da Energia, mas que será também marcada pela situação do Estado de Direito na Polónia.

Depois de o Conselho Europeu de junho passado também já ter sido ensombrado por um tema estranho à agenda – a lei húngara aprovada na altura a proibir direitos das pessoas LGBTQI -, que levou a um aceso e longo debate entre os chefes de Estado e de Governo da UE, desta vez é a situação do Estado de direito na Polónia a ameaçar perturbar uma cimeira que tem uma agenda oficial já muito carregada, consagrada à energia, Covid-19, migrações, comércio e relações externas.

“Também abordaremos os recentes desenvolvimentos relacionados com o Estado de Direito durante a nossa sessão de trabalho”, confirmou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na carta-convite dirigida na quinta-feira aos líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro, António Costa.

O Estado de Direito, à luz do recente acórdão do Tribunal Constitucional polaco que determina haver normas nacionais que se sobrepõem à legislação europeia, no que é entendido em Bruxelas como um desafio sem precedentes à primazia do Direito Comunitário, não faz assim parte da agenda oficial, mas será “abordado” informalmente (ou seja, sem conclusões formais) já esta quinta-feira, na primeira sessão de trabalho, por insistência de “alguns Estados-membros”, segundo fontes do Conselho.

As mesmas fontes sublinharam que o lançamento de ações legais contra a Polónia – que é reclamado por muitos, com o Parlamento Europeu à cabeça, mas também alguns Estados-membros -, não é uma competência dos chefes de Estado e de Governo, mas sim da Comissão Europeia, que, de resto, está atualmente a estudar as diferentes possibilidades de ação.

Todavia, o tema revelou-se mesmo incontornável neste encontro de líderes, ainda que abordado de forma informal, e o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, que já se dirigiu na terça-feira ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, deverá ser o primeiro a tomar a palavra, numa discussão que promete ser acesa e que, segundo fontes diplomáticas, pode tornar esta reunião do Conselho Europeu “uma das mais difíceis” dos últimos tempos, também porque a questão energética não é pacífica.

Alguns líderes eram pouco adeptos deste debate sobre a Polónia na cimeira desta semana, pelos riscos de aumentar a tensão e afetar a restante agenda, como era o caso da chanceler alemã Angela Merkel, que muito provavelmente participará pela última vez num Conselho Europeu, face à formação de um governo de coligação na Alemanha.

Após 16 anos e 107 Conselhos Europeus, Merkel despedir-se-á da cena política europeia — e o mesmo sucede com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, ao cabo de sete anos —, o que levou Charles Michel a agendar também para quinta-feira uma foto de família para registar o histórico momento.

Relativamente ao tema oficial da agenda que mais atenções domina, a escalada de preços no setor da energia, o presidente do Conselho Europeu sublinha na carta-convite a urgência de abordar esta questão, que “está a ameaçar a recuperação pós-pandemia e a afetar gravemente os cidadãos e empresas“.

“Com base na recente comunicação da Comissão, analisaremos atentamente o que pode ser feito a nível europeu e nacional, tanto em termos de alívio a curto prazo para os mais afetados, como em termos de medidas a médio e longo prazo”, indica Charles Michel.

Na quarta-feira, no debate parlamentar sobre a reunião do Conselho Europeu, António Costa defendeu a revisão do mecanismo de formação de preços da energia na União Europeia, que disse prejudicar Portugal, e medidas de curto prazo para enfrentar a atual crise, sem colocar em causa metas ambientais.

“É altura de debatermos efetivamente o mecanismo de formação de preços, designadamente a questão de saber se o preço deve manter uma lógica marginalista, o que claramente penaliza países como Portugal, onde a componente de energia renovável já é particularmente significativa“, sustentou, antecipando a posição que defenderá diante dos seus homólogos.

Durante a primeira sessão de trabalhos do Conselho, que tem início esta quinta-feira em Bruxelas às 15h00 locais (14h00 de Lisboa), além do Estado de direito e dos preços da Energia, os 27 abordarão ainda a pandemia da Covid-19, concentrando-se na questão da “solidariedade internacional, para assegurar a entrega rápida de vacinas aos países mais necessitados”.

Do menu do jantar de trabalho constam ainda uma “discussão estratégica” sobre comércio e “os preparativos para as próximas cimeiras importantes”, como a COP26 sobre clima e a COP15 sobre biodiversidade.

No segundo dia do Conselho Europeu, na sexta-feira, os líderes voltarão a abordar o dossiê das migrações, designadamente a sua dimensão externa, e discutirão a transição digital da UE.

https://zap.aeiou.pt/estado-de-direito-na-polonia-cimeira-439408

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Bolsonaro acusado de nove crimes pela comissão de inquérito sobre gestão da pandemia !

O relatório apresentado, esta quarta-feira, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado brasileiro pede o indiciamento do Presidente por nove crimes durante a pandemia de covid-19.


No texto, com mais de 1200 páginas, pede-se que Jair Bolsonaro seja indiciado pelos crimes de epidemia com resultado em morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, prevaricação, uso irregular de verbas públicas, incitação ao crime, falsificação de documento particular, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.

Na semana passada, o senador Renan Calheiros, relator da CPI, anunciou que Jair Bolsonaro deveria ser indiciado de 11 crimes, nos quais se incluía ainda o de homicídio qualificado e o de genocídio contra os povos indígenas. No entanto, estas duas acusações acabaram por ser deixadas de lado nesta versão final.

“Ao final de seis meses de intenso trabalho, esta CPI da pandemia reuniu evidências que mostram que o Governo Federal (…) tem agido lentamente no combate à pandemia do coronavírus, colocando deliberadamente a população em risco de uma verdadeira infeção em massa”, frisa-se no documento.

Além de Bolsonaro, a CPI, composta por senadores de várias vertentes políticas, também pediu a acusação de mais 66 pessoas, entre as quais quatro ministros e dois ex-ministros do Governo brasileiro, bem como dos três filhos mais velhos do Presidente.

No mesmo dia, o Presidente brasileiro já veio garantir que tanto ele como o seu Governo não têm culpa de “absolutamente nada” em relação ao agravamento da pandemia no país.

“Sabemos que não temos culpa de absolutamente nada. Sabemos que fizemos a coisa certa desde o primeiro momento”, disse.

“Como seria bom se aquela CPI fizesse algo produtivo para o nosso Brasil. Roubaram o tempo do nosso ministro da Saúde, de funcionários, de gente humilde e empresários, mas não produziram nada, só ódio e ressentimento”, afirmou ainda.

O documento será votado na próxima semana e ainda poderá sofrer modificações. Depois, será encaminhado às autoridades judiciais responsáveis por dar seguimento ou não aos factos descobertos.

Há também dúvidas sobre se o procurador-geral da República do Brasil, Augusto Aras, um aliado do Presidente brasileiro, poderá vir a bloquear qualquer acusação. Além disso, para Bolsonaro ser julgado, as acusações teriam ainda de ser viabilizadas por dois terços da Câmara dos Deputados, onde o Governo tem maioria.

A CPI não tem competência para instaurar processos judiciais por si só, mas as suas revelações podem ter considerável impacto político, pois as sondagens já mostram Bolsonaro a perder para o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas presidenciais de 2022.

A CPI da pandemia também investigou as responsabilidades do Governo Federal e regional do Amazonas na crise causada pela falta de oxigénio que causou a morte de dezenas de pacientes por asfixia em Manaus, em janeiro passado.

O Governo brasileiro também foi envolvido em casos de suspeitas de corrupção na compra de vacinas.

A Comissão examinou ainda a relação entre pessoas ligada ao Governo acusadas de promover tratamento precoce com hidroxicloroquina e outras substâncias, cuja ineficácia foi comprovada cientificamente.

Uma empresa, a Prevent Senior, que foi elogiada por Bolsonaro durante a pandemia por usar a hidroxicloroquina em pacientes idosos, é suspeita de ter feito experiências com esse tipo de tratamento sem o conhecimento dos seus pacientes e de ter pressionado os seus médicos a prescrevê-los a “cobaias humanas”.

https://zap.aeiou.pt/bolsonaro-acusado-nove-crimes-cpi-439375

 

Nova Iorque alvo de aumento recorde de casos de doença rara transmitida por ratos !

Uma doença bacteriana rara, espalhada através da urina de rato, está a assolar a cidade de Nova Iorque. Este ano, pelo menos 15 pessoas terão contraído a doença. Destas, 13 foram hospitalizadas e uma morreu.

Um rato

A Leptospirose, ou, na sua forma mais grave, a doença de Weil, é causada pela bactéria Leptospira, transmitida aos humanos através da urina infetada de vários animais. A maioria das infeções desenvolve-se após o contacto direto com a urina, mas também pode ser o resultado do contacto com água doce ou solo contaminados, explica o IFL Science.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) estimam que haja cerca de um milhão de casos em todo o mundo todos os anos, e cerca de 59 mil mortes. Ainda assim, os casos são raros nos Estados Unidos e ainda mais raros em Nova Iorque.

Entre 2006 e 2020, só foram detetados 57 casos de leptospirose na cidade que nunca dorme, o que torna o pico deste ano altamente irregular. Na semana passada, foi confirmado que, pelo menos, 15 habitantes de Nova Iorque estão infetados com a doença, um número muito alto tendo em conta o histórico de infeções na cidade norte-americana.

O Departamento de Saúde de Nova Iorque emitiu, em setembro, um parecer público na sequência do 14.º caso detetado.

A maioria dos casos da doença envolve sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, arrepios, dores musculares e dores de cabeça. Se, por um lado, alguns infetados podem não apresentar qualquer sintoma, outros podem ter vómitos, diarreia ou icterícia. O portal salienta ainda que é raro que se desenvolva uma doença grave.

A grande maioria das pessoas que contraíram a infeção este ano foram hospitalizadas com insuficiência renal e hepática aguda e duas tiveram graves problemas pulmonares. Só uma pessoa foi infetada durante as suas viagens – as restantes foram expostas a ambientes com infestações de ratos.

O Departamento de Saúde aconselha os habitantes a evitar o contacto com os roedores, incluindo áreas onde os animais possam ter urinado. Se não for possível, recomenda-se a limpeza destas áreas.

Os nova-iorquinos estão também a ser aconselhados a comunicar infestações às autoridades de saúde pública.

https://zap.aeiou.pt/nova-iorque-doenca-rara-transmitida-ratos-439199

 

Comissão responsável indica que ex conselhero de Trump, Steve Bannon deve ser investigado por envolvimento no ataque ao Capitólio !

Antigo conselheiro de Donald Trump foi aconselhado pelo antigo presidente e pela respetiva equipa de advogados a não colaborar com a comissão especial designada para investigar os ataque.


A Comissão responsável por investigar o ataque ao Capitólio norte-americano de 6 de janeiro sugeriu que Steve Bannon, antigo concelheiro de Donald Trump e frequentemente associado à extrema-direita, deve ser ouvido no âmbito da investigação criminal ao ataque, depois de este já se ter recusado a testemunhar perante este organismo — que aprovou a determinação de forma anónima.

A recomendação deverá seguir, agora, para a Câmara dos Representantes, câmara baixa do Senado, que é controlado por uma maioria democrata. Espera-se que os representantes democratas aprovem a recomendação e que a comissão possa, assim, prosseguir com o testemunho em sede de tribunal, onde será ouvido por não colaborar com a investigação.

“É essencial que tenhamos o testemunho completo e factual do Sr. Bannon para conseguirmos chegar a uma responsabilização dos atos de violência que ocorreram no dia 6 de Janeiro e as suas causas“, explicou Bennie Thompson, presidente da Comissão. “O Sr. Bannon vai colaborar com a nossa investigação ou vai enfrentar as consequências. Não podemos permitir que alguém se intrometa no trabalho da Comissão designada quando estamos a trabalhar para apurar os factos. Os riscos são demasiado elevados.”

Esta postura, considerada mais agressiva, por parte dos membros da Comissão está a ser encarada como uma espécie de aviso para os oficiais da Administração Trump (e outros contactos), no sentido de que mostrar que desafiar as ordens de testemunho será uma atitude com graves consequências associadas, lembra o The Guardian. Para além de Bannon, também Mark Meadows, chefe do staff da Administração de Trump, Dan Scavino, vice de Meadow, e Kash Patel, funcionária do departamento da Defesa, foram convocados pela Comissão para testemunhar.

Bannon recebeu, no entanto, ordens do antigo presidente republicano e dos seus advogados para ignorar a convocatória na totalidade. Os restantes oficiais ligados a Trump não se recusaram a colaborar, mas estão a negociar o cariz e o grau da participação.

No caso de Bannon, a sua recusa pode despoletar consequências impactantes para o que é tido como um símbolo da extrema-direita no país. Quando a recomendação for aprovada na Câmara dos Representantes (o que tudo indica que vai acontecer), o processo será deverá ser transferido pelo departamento da justiça para o procurador-geral do distrito de Columbia, um requisito obrigatório antes de o processo ser apresentado a um juiz federal.

Caso a tentativa de apresentar Bannon à justiça seja bem-sucedida, esta pode resultar para o também radialista numa sentença de um ano de prisão, uma multa de 100 mil dólares ou nas duas em simultâneo — apesar de os democratas reconhecerem que nem a aplicação destas poderá resultar na colaboração de Bannon e a aplicação de penas, com todos os recursos possíveis, a poder demorar anos.

De qualquer forma, Steve Bannon continua a ser considerada uma “pessoa de interesse” para a comissão de investigação devido à grande proximidade que tinha com Trump e com a sua equipa, o que indiciava um contacto quase constante, nomeadamente nas vésperas do ataque. Por esses dias, Trump, que havia perdido as eleições para Joe Biden, tentava implementar várias estratégias que lhe permitissem permanecer mais tempo na Casa Branco.

No dia anterior ao ataque, Bannon afirmou, no seu programa de rádio, algo como “todo o inferno vai soltar-se amanhã“, o que os representantes consideram que poderá ser um sinal de que o conselheiro de Trump pode ter estado efetivamente envolvido no ataque e na sua preparação.

https://zap.aeiou.pt/steve-bannon-investigado-envolvimento-ataque-capitolio-comissao-439194

 

 

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