domingo, 23 de maio de 2021

“Síndrome de Havana” - Funcionários do Pentágono acreditam que se trata de um ataque militar russo !

Os misteriosos episódios que causaram lesões cerebrais em espiões, diplomatas e soldados norte-americanos somam agora mais de 130 pessoas lesadas.


Tudo começou há cinco anos, quando um grupo de diplomatas norte-americanos, que trabalhavam em Cuba e na China, começou a enfrentar sérios problemas de saúde.

De acordo com o The New York Times, os ataques continuaram em todo o mundo, incluindo na Europa. Desde dezembro, três agentes da CIA revelaram ter sofrido sintomas graves depois de terem realizado missões no estrangeiro, e exigiram receber tratamento ambulatório no hospital militar Walter Reed, em Washington.

Num caso particular, que não foi relatado anteriormente, um oficial militar a servir no exterior teve de parar o carro num cruzamento, depois de ter sentido fortes dores de cabeça e náuseas. O filho de 2 anos, sentado no banco de trás da viatura, começou a chorar.

Assim que se afastou do cruzamento, as náuseas pararam quase de imediato e a criança acalmou-se. Ambos receberam tratamento médico, mas não está claro se sofreram efeitos debilitantes de longo prazo.

A Administração Biden ainda não conseguiu determinar o culpado pelos episódios, nem se constituem ataques estrangeiros.

Apesar disso, alguns funcionários do Pentágono acreditam que a agência de inteligência militar da Rússia, a GRU, está por trás deste caso, que envolve um menino de 2 anos. Além disso, revela o NYT, surgiram outras evidências que apontam o dedo à Rússia.

Ainda assim, as agências de inteligência não concluíram qualquer causa ou se está envolvido qualquer poder estrangeiro nos misteriosos episódios, também conhecidos como “Síndrome de Havana”.

A Rússia continua a negar qualquer envolvimento.

No mês passado, o Congresso exigiu mais esforços por parte da CIA numa reunião à porta fechada, em que o Comité de Inteligência do Senado acusou a agência de fazer muito pouco para investigar os episódios e de mostrar, até recentemente, ceticismo.

É de salientar que, durante a Administração Trump, alguns membros da agência disseram que havia poucas provas que apoiavam a teoria de que a responsável pelo fenómeno seria uma potência estrangeira, argumentando que não fazia sentido para a Rússia ou outro serviço de inteligência estrangeiro fazer este tipo de ataques contra norte-americanos.

Outros duvidaram da causa das lesões cerebrais.

https://zap.aeiou.pt/sindrome-havana-pentagono-russo-403610

 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Prémio Nobel afirma que a Inteligência Artificial esmagará os humanos !

É do conhecimento comum, neste ponto, que a Inteligência Artificial (IA) em breve será capaz de superar os seres humanos – se não totalmente ultrapassá-los – em muitas áreas. O quanto estaremos desatualizados e defasados, e em que escala, ainda está em debate. Mas em uma nova entrevista publicada pelo site do jornal The Guardian no fim de semana, o vencedor do Prêmio Nobel, Daniel Kahneman, teve uma opinião bastante quente sobre o assunto: na batalha entre IA e humanos, ele disse, será uma explosão absoluta – e os humanos vão ser esmagados.

A Inteligência Artificial esmagará os humanos, diz ganhador de Prêmio Nobel
Crédito da ilustração: depositphotos

Kahneman disse ao jornal:

“Claramente, a IA vai vencer [contra a inteligência humana]. Não é nem uma disputa próxima. Como as pessoas vão se ajustar a isso é um problema fascinante.”

Teoria do prospecto

Por que ouvir Daniel Kahneman? Seu livro de 2011, “Thinking, Fast and Slow” (“Pensando, Rapidamente e Vagarosamente”, em título de tradução livre) – mais de dois milhões de cópias vendidas – é um dos tomos mais influentes no campo da economia comportamental, explorando como e porque os humanos pensam da maneira que pensam (o pensamento “rápido” do título sendo intuitivo; o pensamento “lento” sendo racional), e o que nos deixa preparados (ou despreparados) para tomar decisões sobre nosso futuro. Além disso, ele ganhou seu Prêmio Nobel de 2002 por ser pioneiro na “teoria do prospecto”, que explica como as pessoas racionalizam a diferença entre ganhos e perdas e como funcionam seus limites de aversão e apetite ao risco.

E por que, de acordo com Kahneman, estamos tão despreparados para a futura aquisição da Inteligência Artificial? Falando sobre a forma como a pandemia atingiu um mundo despreparado, Kahneman citou o crescimento exponencial do vírus e a forma como as mentes humanas são essencialmente despreparadas para fazer a matemática básica por trás de como algo assim pode sair de controle.

Ele disse ao The Guardian:

“Fenômenos exponenciais são quase impossíveis de entender. Temos muita experiência em um mundo mais ou menos linear. E se as coisas estão acelerando, geralmente estão acelerando dentro do razoável. A mudança exponencial [como com a propagação do vírus] é realmente outra coisa. Não estamos equipados para isso. Leva muito tempo para educar a intuição.”

Concluindo a discussão sobre IA, Kahneman observa o problema com as mentes humanas:

“Haverá uma interrupção massiva. A tecnologia está se desenvolvendo muito rapidamente, possivelmente de forma exponencial. Mas as pessoas são lineares. Quando pessoas lineares se deparam com mudanças exponenciais, elas não serão capazes de se adaptar a isso facilmente.”

Kahneman cita a medicina como um lugar onde os humanos serão substituídos, “certamente em termos de diagnóstico”. E em outros lugares, ele emite uma mensagem nítida para as diretorias do mundo:

“Existem cenários bastante assustadores quando você está falando sobre liderança. Uma vez que seja comprovadamente verdade que você pode ter uma IA com julgamento de negócios muito melhor, digamos, o que isso fará com a liderança humana?”

Se nada mais, as citações de Kahenman parecem astutas – como talvez se as pessoas do alto escalão estão com medo de seus empregos, alguém que pode fazer algo sobre tudo isso poderá realmente ouvi-lo.

https://www.ovnihoje.com/2021/05/19/a-inteligencia-artificial-esmagara-os-humanos-diz-ganhador-de-premio-nobel/

 

 

Gases de efeito de estufa estão a fazer encolher a estratosfera !

Um novo estudo mostra que as enormes emissões de gases de efeito de estufa estão a fazer encolher a estratosfera.


Tal como explica o jornal The Guardian, os investigadores descobriram que a espessura desta camada atmosférica contraiu cerca de 400 metros desde os anos 80 e preveem que contraia até 1,3 quilómetros até 2080, se não houver uma grande redução das emissões de gases de efeito estufa.

A estratosfera estende-se desde cerca de 20 quilómetros a 60 quilómetros acima da superfície da Terra. Por baixo fica a troposfera, onde vivem os seres humanos e onde o dióxido de carbono (CO2) aquece e expande o ar. Isto empurra o limite inferior da estratosfera, mas, além disso, quando o CO2 entra na estratosfera, na verdade faz arrefecer o ar, fazendo com que se contraia.

O crescimento da troposfera já era um fenómeno conhecido pela comunidade científica, à medida que as emissões de carbono aumentavam. Mas este novo estudo é o primeiro a demonstrar que a estratosfera está a encolher, e ainda para mais há mais de 40 anos.

“Isto é chocante. Isto prova que estamos a causar problemas até 60 quilómetros da atmosfera”, afirma Juan Añel, investigador da Universidade de Vigo e um dos autores do estudo publicado, a 5 de maio, na revista científica Environmental Research Letters.

Segundo os cientistas responsáveis por esta pesquisa, esta situação “pode afetar as trajetórias dos satélites, tempos de vida orbitais, a propagação das ondas de rádio e, eventualmente, o desempenho geral do Sistema de Posicionamento Global (GPS) e de outros sistemas de navegação”.

No final de abril, cientistas também já tinham descoberto que as alterações climáticas estão a mudar o eixo da Terra, mais uma conclusão que mostra o profundo impacto que as nossas ações têm no planeta.

https://zap.aeiou.pt/gases-efeito-estufa-encolher-a-estratosfera-402673

 

“Estou preocupado” - Ex-piloto da Marinha dos EUA diz que via OVNIs “todos os dias” !


Um antigo piloto da Marinha dos Estados Unidos diz que, durante anos, viu Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) “todos os dias”.

Depois de anos a ignorar a questão, uma task force do Pentágono prepara-se para revelar publicamente, em junho, um longo relatório sobre “fenómenos aéreos não identificados”.

Enquanto isso, Ryan Graves, um antigo piloto da Marinha dos Estados Unidos da América, garante que, durante anos, viu OVNIs “todos os dias”. Em declarações à CBS News, Graves disse que ao longo de dois anos, a partir de 2015, viu estranhos objetos a voar num espaço aéreo restrito em Virginia Beach, na costa leste do país.

Segundo o ex-tenente, os objetos avistados podem significar algum tipo de ameaça. “Eu estou preocupado, sinceramente. Se fossem jatos táticos de outro país a passarem por lá, seriam um problema enorme”.

Em 2015, na Flórida, a câmara de um dos membros do esquadrão de Graves detetou um estranho objeto no horizonte.

OVNI encontrado pelo esquadrão de Ryan Graves.

“Olha só, está a girar! Meu Deus! Eles estão todos a ir contra o vento, o vento está a 120 nós a oeste. Olha para esta coisa, meu!”, diz um dos pilotos ao avistar o OVNI.

Graves admite que, por vezes, tem dificuldades em ser levado a sério dada a bizarria das suas alegações.

“Como parece um pouco diferente, não estamos dispostos a encarar realmente o problema. Estamos felizes em simplesmente ignorar o facto de que eles estão lá fora, observando-nos todos os dias”, disse à CBS.

Ainda recentemente, o jornal The New York Times publicou uma reportagem com uma série de vídeos de avistamentos que relançou o debate sobre OVNIs. Desde então, membros da Força Aérea e da Marinha falaram publicamente sobre estranhos avistamentos de objetos que pareciam ter desafiado as leis da Física.

https://zap.aeiou.pt/ex-piloto-ovnis-todos-os-dias-403427

 

Não há cessar-fogo à vista em Gaza - EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan !

A escalada de violência entre Israel e o Hamas já causou a morte de 217 palestinianos e 12 israelitas, dez dias depois do início das ofensivas.


Apesar dos pedidos da comunidade internacional para um cessar-fogo imediato, os ataques na faixa de Gaza continuam. Na madrugada desta quarta-feira, conta a agência Reuters, os bombardeamentos de Israel prosseguiram, assim como os rockets lançados pelos Hamas.

Quase 450 edifícios na Faixa de Gaza já foram destruídos ou ficaram gravemente danificados, incluindo seis hospitais e o único laboratório que fazia testes de covid-19 no enclave palestiniano. Cerca de 48 mil dos 52 mil deslocados palestinianos fugiram para 58 escolas administradas pelas Nações Unidas.

O Exército israelita afirmou que atingiu alvos dos militantes palestinianos nas cidades de Khan Younis e Rafah, com 52 aviões a atingir 40 alvos subterrâneos num período de 25 minutos.

A rádio Al-Aqsa, administrada pelo Hamas, contou que um de seus jornalistas foi morto num ataque aéreo em Gaza. Os médicos do hospital Shifa adiantaram que o repórter estava entre os cinco corpos levados esta manhã ao centro hospitalar.

O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam ainda que pelo menos 20 dos seus combatentes foram mortos, enquanto Israel afirma que o número é de pelo menos 130.

Os militares israelitas disseram que também foram disparados foguetes contra a passagem de peões em Erez e na passagem de Kerem Shalom, onde ajuda humanitária estava a ser levada para Gaza, forçando o encerramento das duas.

Militantes palestinianos já dispararam mais de 3700 rockets contra Israel, mas o país diz que as suas defesas aéreas têm uma taxa de intercetação de 90% destes.

“Precisamos de um novo dicionário para descrever o que sentimos e o impacto psicológico. (…) Se uma pessoa não é morta, é ferida. Se não é ferida, perdeu a casa ou outra coisa. Se não perdeu propriedade, talvez tenha perdido alguém querido. Uma pessoa sente-se ferida emocionalmente, não se sabe lidar com esta devastação toda, esta destruição à nossa volta”, afirmou Abier Almasri, que trabalha com a ONG Human Rights Watch em Gaza, num vídeo publicado no Instagram.

Esta terça-feira, numa nova reunião do Conselho de Segurança da ONU, França propôs a adoção de uma resolução sobre o que chamam conflito israelo-palestiniano, depois de uma reunião entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e o Rei Abdullah II da Jordânia.

“Os três países concordaram em três elementos simples: os disparos devem cessar, chegou o momento de um cessar-fogo e o Conselho de Segurança da ONU deve ocupar-se do assunto”, referiu o Eliseu.

“Ouvimos a proposta feita pelo nosso colega francês no Conselho e, para a China, certamente, apoiamos todos os esforços para facilitar o fim da crise e o regresso à paz no Médio Oriente”, disse aos jornalistas Zhang Jun, embaixador da China na ONU e presidente em exercício do Conselho durante este mês de maio.

O embaixador chinês na ONU disse que o texto de uma declaração proposta pelo seu país, Noruega e Tunísia, que tem sido rejeitada pelos Estados Unidos durante mais de uma semana, permaneceu em cima da mesa.

Esta terça-feira, também o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um novo apelo no Twitter, lembrando que estamos a assistir a um “enorme sofrimento humano” e a “danos significativos em casas e infraestruturas vitais” em Gaza.

“Peço à comunidade internacional para que assegure fundos adequados para as operações humanitárias em Gaza”, apelou o português.

UE exige cessar-fogo imediato, Hungria abstém-se

Na reunião de emergência desta terça-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) exigiram um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, com a Hungria a abster-se desta tomada de posição europeia.

“Tenho o prazer de anunciar que 26 dos 27 membros apoiaram este sentido geral da discussão […] e estou bastante satisfeito porque houve um apoio importante a um texto que reconhece como prioridade a cessação imediata de toda a violência e a implementação de um cessar-fogo, não só de o acordar, mas de o concretizar”, declarou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Falando em conferência de imprensa em Bruxelas, no final da videoconferência, Borrell apontou que o único país a abster-se de firmar esta tomada de posição foi a Hungria”, sendo que “não é uma novidade” que o tenha feito.

Explicando que convocou esta reunião “porque a situação é realmente má e os Estados-membros estavam a tomar posições”, sendo “necessário coordenar uma resposta da UE”, o responsável explicou que foi adotado pelos 26 “um texto que reflete o sentido geral da discussão”.

Assim, a tomada de posição tem como primeiro objetivo “proteger os civis e garantir pleno acesso humanitário a Gaza”, nomeadamente depois de a “escalada de violência nos últimos dias ter levado a um elevado número de baixas civis, mortes e feridos, entre os quais um elevado número de crianças e de mulheres, o que é inaceitável”, acrescentou o Alto Representante da UE para a Política Externa.

“Mais uma vez, condenamos os ataques do Hamas, um grupo terrorista, no território de Israel e apoiamos plenamente o direito de Israel à sua defesa, mas também o consideramos que isto tem de ser feito de forma proporcional e respeitando o direito humanitário internacional”, vincou.

O chefe da diplomacia europeia salientou que “isso também se aplica aos palestinianos”, que “têm direito a defender-se”, vincando que, nesta posição comum, houve ainda “um forte apoio sobre a importância de não proceder a despejos“.

“Consideramos que a segurança para Israel e a Palestina requer uma verdadeira solução política porque só uma verdadeira solução política sólida poderia trazer a paz”, adiantou.

O chefe da diplomacia europeia disse ainda ser crucial, “no dia depois de amanhã, quando a violência acabar”, haja esforços de ambas as partes para “explorar um novo compromisso […] abrindo o caminho para o potencial lançamento do processo de paz, que se encontra num impasse há demasiado tempo”.

Josep Borrell concluiu dizendo que “a realização de eleições palestinianas deve ser considerada uma prioridade”, pedindo “a todos que não obstruam e facilitem este processo eleitoral”.

EUA criticam comentários “antissemitas” de Erdogan

“A linguagem antissemita não tem lugar em lado nenhum”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, em comunicado, no qual também qualificou as observações de Recep Tayyip Erdogan de “repreensíveis”.

Esta segunda-feira, o Presidente turco acusou o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de “escrever história com sangue nas mãos” por apoiar Israel.

Os Estados Unidos instaram Erdogan e outros líderes turcos “a absterem-se de comentários inflamatórios, que poderiam incitar a mais violência”, sublinhando que leva “a sério a violência que frequentemente acompanha o antissemitismo e as mentiras perigosas que o sustentam”.

Horas antes, a Casa Branca tinha insistido na necessidade de deixar a diplomacia trabalhar de forma “silenciosa” para se alcançar o “fim da violência” em Gaza.

Na segunda-feira, Biden tomou pela primeira vez uma posição pública a favor de um cessar-fogo, após ter recebido pressões de membros do Partido Democrata e de outros países para desempenhar um papel mais ativo na crise no Médio Oriente.

Controlada pelo movimento radical islâmico Hamas desde 2007, a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

Os atuais combates, considerados os mais graves desde 2014, começaram a 10 de maio após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

https://zap.aeiou.pt/nao-ha-cessar-fogo-a-vista-em-gaza-403557

 

Devolução de migrantes a Marrocos pode ser ilegal - Tensão entre países apontada como causa do fluxo !

Cerca de oito mil pessoas atravessaram a fronteira em Ceuta, entre Marrocos e Espanha, em apenas 48 horas. Metade dessas pessoas já foram devolvidas ao seu país. Contudo, pode estar a ser cometido um crime.

A fronteira de Tarajal, que separa o território autónomo espanhol de Ceuta do reino de Marrocos, registou a entrada de milhares de pessoas. Horas depois, o exército espanhol foi mobilizado para o local e cerca de metade das pessoas que entraram ilegalmente em Ceuta foram devolvidas a Marrocos, mas este ato pode não ser legal.

Em declarações ao Expresso, Pedro A. Neto, diretor executivo da Amnistia Internacional Portugal, explica que “todas as pessoas têm o direito a entrar num país e a pedir proteção. Tal como têm direito a que o seu processo seja analisado de forma adequada e a ter uma resposta ponderada. Se se verificar que têm os requisitos necessários para ter proteção internacional, ficam. De outra forma, são deportados”.

Neste sentido, o responsável da organização assume que a situação de devolução de pessoas é muito preocupante. “O fenómeno dos pushbacks não é novo, como já vimos na Grécia, é ilegal. Se as pessoas são devolvidas em massa, não creio que os seus processos tenham sido analisados devidamente – isso é um pushback e é ilegal”.

Nas últimas horas, o exército de Espanha foi mobilizado para Ceuta para controlar o fluxo de pessoas que continuam a tentar cruzar a fronteira na praia do Tarajal, mas ainda não se sabe claramente quais são as motivações desta fuga.

Pedro A. Neto refere que “as causas que terão levado a este pico de mobilização humana não são certas, fala-se que estará relacionado com o internamento de Brahim Ghali em Espanha”.

De recordar que o secretário-geral da Frente Polisário, movimento de independência saharaui, e presidente da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), de 73 anos, está a receber tratamento hospitalar depois de complicações causadas pela covid-19.

Como tal, fontes consultadas pelo Expresso referem que este internamento terá causado tensão entre os dois países e, quase como protesto, Marrocos aliviou a proteção da fronteira. “Eu tenho algumas dúvidas que seja apenas isso. Não me parece que haja aqui uma causa-efeito”, sublinha o diretor da Amnistia.

Assim, Madrid acusa Rabat de permitir a passagem de milhares de pessoas sem qualquer controlo policial.

Já as autoridades marroquinas convocaram a embaixadora espanhola para discutir este assunto.

Numa altura em que milhares de migrantes já foram deportados para o país de origem, Isabel Brasero, da Cruz Vermelha em Ceuta, confessa que nunca tinha visto nada assim.
A responsável conta também à RTP que muitos destes migrantes chegam a Ceuta numa situação de grande fragilidade.

A entrada descontrolada pela fronteira começou na segunda-feira, tendo sido mesmo noticiado que foi o dia em que mais pessoas entraram de forma irregular no país. O ritmo acelerado de passagens continuou e já na manhã de terça-feira os números aproximam-se dos oito mil.

Para já, pouco se sabe sobre as pessoas que atravessaram a fronteira. A imprensa espanhola atribuiu à maioria nacionalidade marroquina, mas as autoridades referem que há centenas de pessoas da região da África subsariana.

No Twitter, Ursula Von der Layen expressou solidariedade e apelou a soluções comuns para gerir a questão migratória.

Já, o vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas disse hoje que a Europa “não se vai deixar intimidar por ninguém” referindo-se à crise migratória.

Ceuta e Melilha, tal como toda a costa sul de Espanha, são uma das grandes portas de entrada na Europa para quem tenta chegar por rotas ilegais.

À medida que as medidas de controlo de fronteiras aumentam em zonas como a Grécia e Itália, Espanha torna-se cada vez mais atrativa.

Polícia salva bebé no mar

A Guarda Civil de Espanha revelou imagens de crianças resgatadas no mar de Ceuta naquela que já é considerada uma das maiores ondas migratórias dos últimos tempos, refere o ABC. Entre os salvamentos, há um bebé de poucos meses.

https://twitter.com/guardiacivil/status/1394650130985455624

As autoridades revelaram no Twitter imagens do resgate de “dezenas de menores que chegavam a Ceuta por mar com as suas famílias”, incluindo a de um agente com um bebé de poucos meses nas mãos, junto a uma boia.

A imagem foi captada na segunda-feira, depois de Juan Francisco, membro do Grupo Especial de Atividades Submarinas da Guarda Civil, se lançar ao mar e conseguir resgatar o bebé. O site espanhol indica que o bebé estava bem.

Outras duas crianças resgatadas do mar são o rosto da chegada dramática a Ceuta por milhares de pessoas, oriundas de Marrocos. Homens, mulheres e crianças, muitos nem sequer sabem nadar.

Médicos espanhóis alertam para risco sanitário

O alerta foi feito pelo Conselho Geral das Associações de Médicos (CGCOM, na sigla em espanhol) de Espanha.

Num comunicado, o órgão representativo dos médicos espanhóis alertou, em primeiro lugar, que a atual situação pode representar “um evidente risco de contágio” pelo novo coronavírus (SARS CoV-2) “devido às aglomerações em locais fechados, à limitação das medidas de higiene e de ventilação ou devido à falta de uso de máscaras” de proteção individual.

A par destes aspetos, os médicos espanhóis referiram também que muitos destes milhares de migrantes estão a chegar a estes territórios “em situação de risco de vida“, o que aumenta a pressão sobre os serviços médicos que “já se encontram saturados e com pouco pessoal” e que manifestam “uma exaustão devido aos muitos meses de pandemia”.

Perante tal cenário, o órgão exigiu que todas as autoridades assegurem que os centros hospitalares e os respetivos profissionais confrontados com tal situação “tenham todo o apoio possível”, de forma “a evitar o colapso do sistema de saúde“.

https://zap.aeiou.pt/devolucao-migrantes-ilegal-tensao-paises-403568

 

Índia regista o dia mais mortal de sempre - 4.529 mortes por covid-19 !

A Índia ultrapassou pela primeira vez as 4.500 mortes por covid-19 num só dia, com 4.529 óbitos registados nas últimas 24 horas, além de 267.334 novos casos, segundo dados do Ministério da Saúde indiano.


Apesar do declínio gradual do número de infeções nos últimos dias, depois de atingir mais de 400 mil contágios diários, há duas semanas, as mortes provocadas pelo novo coronavírus continuam a aumentar, registando recordes diários pelo segundo dia consecutivo.

Com 283.248 óbitos desde o início da pandemia, a Índia é o terceiro país com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, a seguir aos Estados Unidos e Brasil.

O país é o segundo no mundo com mais casos, depois dos Estados Unidos, com mais de 25,4 milhões de infeções acumuladas, de acordo com dados da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

Especialistas alertaram, no entanto, que os números oficiais poderão estar subavaliados, devido à falta de testes e à crescente propagação do novo coronavírus nas zonas rurais, onde a cobertura sanitária é menor.

A braços com uma segunda vaga com um impacto sem precedentes no sistema de saúde, com falta de oxigénio e de camas, a Índia tem atualmente mais de 3,2 milhões de casos ativos.

A campanha de vacinação está a decorrer de forma lenta, com vários estados a criticarem as limitações no fornecimento das vacinas, apesar de o governo ter aberto a 1 de maio o programa a todos os cidadãos com mais de 18 anos de idade.

O total de vacinas administradas ronda os 185,8 milhões, de acordo com os dados atualizados diariamente pelo Ministério da Saúde indiano, aquém do objetivo anunciado de vacinar 300 milhões de pessoas até julho.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.391.849 mortos no mundo, resultantes de mais de 163,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Hospitalizações em França continuam a diminuir

Por sua vez, o número de infetados com Covid-19 hospitalizados em França continua a diminuir, fixando-se esta terça-feira nos 22.058 pacientes, menos 691 do que na véspera, o mesmo sucedendo nos internamentos em unidades de cuidados intensivos, que baixou para 4.015 (menos 171).

Segundo as autoridades sanitárias francesas, esta terça-feira, na véspera do dia previsto para a reabertura dos bares, restaurantes, estabelecimentos comerciais e museus no país, foram contabilizados 17.210 novos casos do novo coronavírus, número que também tem mantido uma tendência de baixa nos últimos dias.

Também nas últimas 24 horas foram contabilizados 228 mortes, com o total de óbitos provocados pela pandemia no país a chegar a 108.040.

Em França, referem as autoridades sanitárias locais, cerca de 21 milhões e pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 9,1 milhões foram inoculadas com a segunda dose.

Depois de mais de sete meses de encerramentos prolongados, em especial os bares, restaurantes, museus, salas de cinema e outros locais públicos, os franceses poderão regressar quarta-feira às esplanadas e a centros culturais.

O Governo francês indicou que a reabertura será progressiva e definitiva, confiando numa aceleração da campanha de vacinação que permita deixar para trás a pandemia.

https://zap.aeiou.pt/india-regista-o-dia-mais-mortal-de-sempre-403561

 

Peru está a investigar se a lixívia pode curar a covid-19 !

O congresso do Peru votou para investigar se beber ou injetar uma lixívia industrial poderia curar a covid-19. A moção foi aprovada com 49 votos a favor e 39 votos contra.


Está a ser criado um comité para ouvir depoimentos sobre dióxido de cloro de funcionários do Ministério da Saúde e “cientistas e especialistas na área”.

O dióxido de cloro é comummente usado em processos industriais, incluindo para branquear polpa de celulose para fazer papel, bem como esterilizar equipamentos médicos e desinfetar água, frutas e vegetais, escreve a Vice.

É vendido em Portugal, e quem o comercializa diz que é indicado para tratar o VIH, o autismo, ou, mais recentemente, a covid-19. O Infarmed não o certifica enquanto medicamento e desaconselha o seu uso, mas a sua venda não é proibida.

Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA) avisa que não deve ser ingerido porque pode causar uma série de problemas de saúde, desde diarreia, vómitos e hemorragias interna até “insuficiência respiratória” e “insuficiência renal aguda”.

O legislador peruano Posemoscrowte Chagua, responsável pela moção, insinuou que a comunidade científica estava a espalhar desinformação sobre os potenciais benefícios do dióxido de cloro.

Chagua criticou aqueles que dizem que “o dióxido de cloro é absolutamente tóxico e que é uma lixívia que não cura o coronavírus“.

Embora o número de casos e mortes no Peru tenha começado a decrescer, o país tem a maior taxa de mortalidade per capita por covid-19 no mundo.

“A situação da pandemia no Peru é lamentável, assim como a situação no nosso congresso”, disse Samuel Cosmé, secretário-geral da sociedade de especialistas em cuidados intensivos do Peru.

“Temos que matar estas coisas porque são inadmissíveis. Tanto esforço de toda uma comunidade de cientistas, divulgadores e media para esta vergonha? Não aprendemos!“, disse o neurocientista e deputado Ed Malaga-Trillo.

https://zap.aeiou.pt/peru-investigar-lixivia-curar-covid-403144

 

Ciclone Tauktae faz pelo menos 33 mortos na Índia e paralisa vacinação contra covid-19 !

Pelo menos 33 pessoas morreram e quase cem estão desaparecidas na Índia, devido ao impacto do ciclone Tauktae, esta terça-feira. O país também registou o maior número de mortes diárias provocadas pela covid-19.

Dezenas de corpos de vítimas de covid-19 encontrados nas margens do rio Ganges

Centenas de milhares de pessoas ficaram sem energia depois de o ciclone Tauktae atingir a costa de Gujarat, no oeste da Índia, na noite desta segunda-feira, deixando um rasto de morte e destruição.

Ventos de até 180 quilómetros por hora danificaram casas e derrubaram linhas de energia e milhares de árvores, bloqueando estradas e impedindo o socorro de chegar às áreas afetadas, disseram as autoridades locais.

“Nunca vivi nada assim na minha vida”, afirmou um funcionário de um hotel da cidade de Bhavnagar. “Foi uma noite no escuro, a energia elétrica foi cortada e os ventos não paravam. Foi aterrorizante“, acrescentou.

O primeiro-ministro regional, Vijay Rupani, indicou que o número de mortos aumentou para pelo menos 33, principalmente devido ao colapso de paredes ou tetos.

O chefe do governo indiano, Narendra Modi, deve visitar as áreas atingidas pelo ciclone em Gujarat, seu estado natal, esta quarta-feira.

Ao mesmo tempo que o ciclone atingiu o país, a Índia registou 4.329 mortes e quase 280 mil infeções por covid-19 nas últimas 24 horas, o maior número diário até agora. No total, a pandemia já provocou mais de 250 mil mortes.

Embarcação com 273 pessoas naufragou

Os cerca de 90 desaparecidos encontravam-se a bordo de uma embarcação, que naufragou com 273 pessoas na costa de Mumbai, capital do estado de Maharastra, anunciou a Marinha indiana.

Os militares informaram que 180 passageiros foram resgatados em condições extremamente difíceis.

O ciclone Tauktae foi um dos mais poderosos a afetar a região oeste da Índia em décadas e provocou vítimas nos estados de Kerala, Goa, Maharashtra e Gujarat.

“Nunca tinha visto um ciclone tão devastador como este em Mumbai”, contou à AFP Anand Shinde, habitante da metrópole financeira.

Os fortes ventos derrubaram casas, assim como árvores e torres de energia elétrica, devastando o oeste indiano, cujas ruas se transformaram em rios. Milhares de pessoas fugiram.

Maharashtra retirou quase 12.500 pessoas das áreas costeiras.

Em Gujarat, mais de 16.500 casas ficaram danificadas, 40 mil árvores foram arrancadas pelo temporal e 2.400 vilas ficaram sem energia elétrica.

As autoridades de Gujarat tentam evitar os cortes de energia nos 400 hospitais e fábricas de oxigénio da costa.

Pacientes com covid-19 foram transferidos

No domingo, 580 pacientes de covid-19 foram transferidos de três hospitais de campanha para locais mais seguros.

Em Gujarat, todos os pacientes infetados com covid-19 hospitalizados num raio de menos de cinco quilómetros da costa foram transferidos.

O estado de Gujarat, que registou até o momento nove mil mortes provocadas pela covid-19 (um número oficial provavelmente subnotificado como em todo o país, segundo os especialistas) suspendeu a campanha de vacinação durante dois dias. Mumbai fez o mesmo, mas apenas por um dia.

https://zap.aeiou.pt/ciclone-tauktae-india-covid-19-403520

 

Fuzileiro naval detido por participar na invasão ao Capitólio !

Um fuzileiro naval dos Estados Unidos, no ativo, foi detido na semana passada por ter participado na invasão ao Capitólio. É acusado de agredir vários agentes policiais dentro e fora do edifício.


Christopher Warnagiris, um oficial da Marinha norte-americana, foi detido na passada quinta-feira, 13 de maio, por ter participado na invasão ao Capitólio, a sede do Congresso dos Estados Unidos, a 6 de janeiro.

Segundo a CNN, Warnagiris é acusado de usar violência contra a polícia durante o protesto, levado a cabo por manifestantes que apoiavam o então Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A informação foi divulgada pelo Departamento de Justiça dos EUA.

O oficial é o primeiro integrante do ativo das Forças Armadas norte-americanas a ser acusado de estar envolvido no episódio. Documentos judiciais revelam que, depois de Warnagiris ter entrado no Capitólio, se posicionou no canto da porta e usou o seu corpo para manter a entrada aberta.

O Departamento de Justiça refere ainda que Warnagiris resistiu quando um oficial da Polícia do Capitólio tentou fechar as portas.

O Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos confirmou que Warnagiris é um fuzileiro naval ativo e disse, em comunicado, que condena o “ódio racial ou o extremismo no Corpo de Fuzileiros Navais”.

“Intolerância e extremismo racial vão contra os nossos valores centrais“, lê-se na nota. “A participação com ódio ou grupos extremistas de qualquer tipo é diretamente contraditória com os valores fundamentais de honra, coragem e compromisso que defendemos como fuzileiros navais e não é tolerada pelo Corpo de Fuzileiros.”

Se condenado a pena máxima, Warnagiris pode passar 20 anos na prisão. De acordo com a CNBC, o caso será julgado por um tribunal federal em Washington, Estados Unidos.

https://zap.aeiou.pt/fuzileiro-naval-detido-capitolio-403302

 

Muito mais do que só um divórcio milionário - “Perseguições a mulheres” e má fama ameaçam legado de Bill Gates !

O mediático e multimilionário divórcio de Bill Gates é muito mais do que apenas a separação de um casal ao cabo de 27 anos de vida em comum. A ruptura com Melinda está a colocar o filantropo em xeque. Isto porque trouxe à tona dados que podem denegrir a sua imagem e até afectar a sua Fundação.


Entre os rumores que terão motivado o pedido de divórcio de Melinda Gates, surge a notícia de que Bill Gates foi investigado na Microsoft devido a suspeitas de assédio sexual.

Um porta-voz da empresa confirmou à Associated Press que a “Microsoft recebeu uma preocupação, na segunda metade de 2019, de que Bill Gates procurou iniciar um relacionamento íntimo com uma funcionária da empresa no ano 2000″.

“Um comité da direcção analisou a preocupação, ajudado por uma firma de advogados externa, para conduzir uma investigação completa. Ao longo da investigação, a Microsoft forneceu apoio extensivo à funcionária que levantou a preocupação”, aponta ainda aquela fonte.

Foi pouco depois disso que Bill Gates deixou o cargo de presidente do conselho de administração da Microsoft em 2008. Em Março de 2020, acabou por se afastar definitivamente da empresa, argumentando que queria dedicar-se mais à sua Fundação.

Mas, mesmo antes de Março de 2020, os directores da Microsoft já teriam concluído que não seria recomendável que ele continuasse à frente da empresa que fundou em 1975, assegura a CNN.

Isto porque Bill Gates teria uma “reputação de conduta questionável em ambientes relacionados com o trabalho”, segundo revela o The New York Times.

Bill Gates “perseguiu mulheres que trabalhavam para ele”

O jornal assegura que, “em pelo menos algumas ocasiões”, Bill Gates “perseguiu mulheres que trabalhavam para ele” na Microsoft e na sua Fundação, citando testemunhos de “pessoas com conhecimento directo das suas aberturas” para com essas colaboradoras.

Além disso, “funcionários actuais e ex-funcionários” alegam que Bill Gates “tinha um padrão de cortejar as mulheres no local de trabalho”, destaca o mesmo NYT.

Ao longo dos anos, o fundador da Microsoft terá estado envolvido em alegados casos de assédio a funcionárias.

Uma dessas situações terá ocorrido em 2006, após participar numa apresentação de uma trabalhadora da Microsoft. Ele era, na altura, o presidente da empresa, e terá enviado um email a essa funcionária a convidá-la para jantar.

“Se isto te deixa desconfortável, finge que nunca aconteceu“, terá escrito Bill Gates na mensagem, conforme cita o NYT.

Mas haverá outros relatos de mulheres que falam de avanços semelhantes de Bill Gates.

O jornal refere ainda que seis actuais e ex-funcionários da Microsoft alegam que Bill Gates “era conhecido por fazer abordagens desajeitadas a mulheres dentro e fora do escritório”.

“O seu comportamento alimentou conversas generalizadas entre os funcionários sobre a sua vida pessoal”, constata o NYT.

Alguns destes funcionários notam que Bill Gates não parecia ter um comportamento “predatório” e que “não pressionou as mulheres a submeterem-se aos seus avanços em prol das suas carreiras”. Mas esse tipo de incidentes causavam “um ambiente de trabalho desconfortável”, referem fontes da empresa ao NYT.

Este tipo de postura entra em choque com o empenho de Melinda Gates na promoção do empoderamento feminino . Ela chegou a falar do facto de muitas mulheres ainda enfrentarem “assédio sexual generalizado e discriminação” no trabalho num artigo de opinião na revista Time.

O NYT aponta ainda que Bill Gates faria questão de que a sua voz fosse “dominante” nas reuniões da Fundação que tem com a ainda esposa, chegando até a ser “indiferente” para com Melinda, o que deixaria alguns dos funcionários presentes desconfortáveis.

“Houve um caso há quase 20 anos”

Uma porta-voz de Bill Gates, Bridgitt Arnold, assegura ao NYT que “a alegação de maus-tratos a funcionários é falsa“, lamentando que “é extremamente desapontante que tenham sido publicadas tantas inverdades” sobre o divórcio.

“Os rumores e especulações em torno do divórcio de Gates estão a tornar-se cada vez mais absurdos, e é uma pena que pessoas que têm pouco ou nenhum conhecimento da situação sejam caracterizadas como ‘fontes’”, acrescenta Bridgitt Arnold.

Mas a porta-voz de Bill Gates confirma que “houve um caso há quase 20 anos que acabou amigavelmente”. “A decisão de Bill de fazer a transição para fora do conselho não estava de forma alguma relacionada com este assunto. Na verdade, ele já tinha manifestado interesse em dedicar mais tempo à sua filantropia”, salienta ainda.

Amizade “tóxica” com Bill Epstein

A azedar a relação entre Bill Gates e Melinda terão estado também divergências quanto à forma como lidar com as denúncias de assédio sexual contra o gerente financeiro do casal, Michael Larson. O fundador da Microsoft quis abafar o caso após um acordo com as vítimas enquanto que Melinda queria a situação investigada.

Além disso, Melinda não terá gostado do facto de Bill Gates manter uma relação de amizade com Jeffrey Epstein, mesmo após ele ter sido acusado de pedofilia e de traficar menores para prostituição.

Epstein morreu na prisão, em 2019, depois de ter sido condenado por alguns destes crimes.

Antes de Epstein ter sido detido, Bill Gates terá mantido relações próximas com ele, nomeadamente indo jantar a sua casa, onde o primeiro costumava estar rodeado de raparigas, algumas menores.

E há rumores de que Bill Gates terá mesmo pedido conselhos a Epstein de como poderia acabar com o seu casamento “tóxico”.

“Bill só se encontrava com Epstein para discutir filantropia“, garante contudo a porta-voz do fundador da Microsoft.

O NYT assegura que logo depois de a proximidade entre Bill Gates e Epstein se ter tornado pública em 2019, Melinda contratou advogados de divórcio.

O processo pode acabar por ter implicações sociais relevantes, nomeadamente na estrutura da Fundação Bill e Melinda Gates que, desde 2000, já investiu quase 55 mil milhões de dólares em projectos em 135 países.

Entre 1998 e 2018, Bill Gates e Melinda contribuíram com mais de 36 mil milhões de dólares para a Fundação que também é financiada por bilionários como Warren Buffett, entre outros doadores.

Falta saber se a nova imagem que se traça do filantropo e visionário da tecnologia vai ter repercussões negativas para a Fundação.

Enquanto isso, espera-se que o acordo de divórcio supere o recorde de 35 mil milhões de dólares que Jeff Bezos pagou a MacKenzie Scott quando se separaram em 2019.

https://zap.aeiou.pt/divorcio-bill-gates-legado-403327

 

“Cumplicidade criminosa." - Erdogan acusa Biden de ter sangue nas mãos !

Durante décadas, Israel contou com os Estados Unidos como escudo diplomático. Agora, o apoio inabalável do país parece cada vez mais precário, com Joe Biden a ser alvo de críticas.


O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou esta segunda-feira o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, de ter “as mãos ensanguentadas“, devido ao seu apoio a Israel, no momento em que ataca a Faixa de Gaza.

“O senhor está a escrever a História com as mãos ensanguentadas”, afirmou Erdogan, dirigindo-se a Biden, criticando-o também pela venda de armas a Israel, um “Estado terrorista” que está a fazer “ataques desproporcionados contra a Faixa de Gaza”.

“Senhor Biden, o senhor juntou-se aos arménios no chamado genocídio arménio. Agora escreve a História com sangue nas mãos dos ataques extremamente desproporcionados a Gaza, onde morrem centenas de pessoas”, disse Erdogan.

No mesmo dia, defensores dos Direitos Humanos alertaram que a Administração Biden está a aprofundar a cumplicidade com o massacre de civis em Gaza ao tentar promover a venda de 735 milhões de dólares em “armas de precisão guiadas” a Israel.

“A Administração Biden deve ser responsabilizada por ser cúmplice na escalada da violência e por não prevenir a morte e o sofrimento de civis”, disse Jamil Dakwar, diretor do Programa de Direitos Humanos da American Civil Liberties Union (ACLU), citado pelo RawStory.

Os militares israelitas têm usado bombas e mísseis feitos por grandes empreiteiros militares dos Estados Unidos, como a Boeing e a General Dynamics, para obliterar grandes edifícios em Gaza, incluindo um que abrigava os escritórios da Associated Press e da Al-Jazeera.

Cumplicidade criminosa“, escreveu, no Twitter, Yousef Munayyer, escritor e analista político americano-palestino em resposta aos relatórios da venda, segundo a qual a Boeing forneceria Munições de Ataque Direto Conjunta a Israel.

Ao The Post mas sob anonimato, um legislador democrata do Comité de Relações Exteriores advertiu que “permitir que esta proposta de venda de bombas inteligentes prossiga sem pressionar Israel a concordar com um cessar-fogo só permitirá mais carnificina“.

Dakwar entende que “aprovar mais armas para Israel acrescentaria lenha ao fogo e apenas encorajaria Israel a continuar os bombardeios em Gaza”. Por esse motivo, a Administração Biden deve ser responsabilizada.

Entretanto, o Presidente norte-americano manifestou o seu “apoio” a um cessar-fogo em Gaza, durante uma conversa com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

“O Presidente expressou o seu apoio a um cessar-fogo”, afirmou a Casa Branca através de uma declaração cautelosa, numa altura em que muitos no campo democrata estão a apelar a Biden para que peça explicitamente um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

A iniciativa de Biden assinala a preocupação dos Estados Unidos em pôr fim à parte de Israel nas hostilidades com o Hamas, embora não se associe às crescentes exigências do Partido Democrático para um cessar-fogo imediato.

A Casa Branca diz que o Presidente reiterou o seu firme apoio ao direito de Israel de se defender contra ataques indiscriminados de rockets.

Os combates começaram a 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do Islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza, tendo provocado a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos.

Do lado israelita foram contabilizadas 10 mortes, entre elas a de dois menores, numa altura em que continuam os ataques de ambas as partes sem que vislumbre um sinal de tréguas.

https://zap.aeiou.pt/cumplicidade-criminosa-biden-403254

Relatório diz que mais de metade dos alunos LGBTQI sofre bullying na escola !

Mais de metade dos alunos LGBTQI sofre ‘bullying’ na escola, alertou esta segunda-feira a UNESCO, por ocasião do Dia Internacional Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia.


A Organização Internacional de Jovens e Estudantes LGBTQI (IGLYO) e o relatório de monitorização global da UNESCO, a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para a educação, ciência e cultura, divulgaram esta segunda-feira resultados de um estudo segundo o qual mais de oito em 10 pessoas inquiridas reportaram ter ouvido comentários negativos dirigidos a pessoas por serem LGBTQI.

“Toda a gente diz que podes ser o que quiseres, que podes ser livre, que podes expressar-te na escola. E depois, se tentas ser diferente, levas com uma reação negativa”, disse uma das pessoas inquiridas, estudante pan-sexual, de 19 anos.

De acordo com o inquérito da IGLYO, 54% das pessoas LGBTQI sofreram ‘bullying’ na escola pelo menos uma vez, devido à sua orientação sexual, identidade de género, expressão de género ou diferenças de características sexuais.

O inquérito abrangeu mais de 17 mil crianças e jovens entre os 13 e os 24 anos e mostrou também que 83% dos estudantes ouviu, pelo menos, algumas vezes, comentários negativos relativamente aos alunos LGBTQI e que 67% foi alvo desses comentários, pelo menos uma vez.

“A intervenção de professores e outro pessoal das escolas, ao ouvirem comentários negativos, é fundamental para um sistema de educação inclusivo. Mas muitos professores têm falta de confiança e de conhecimentos para apoiarem os alunos LGBTQI”, lê-se no comunicado que acompanha os resultados do estudo.

A maioria dos alunos (58%) nunca reportou incidentes de ‘bullying’ a qualquer funcionário da escola e menos de 15% dos que responderam ao inquérito revelaram que reportam sistematicamente experiências de ‘bullying’ a elementos da escola.

“A educação é mais do que matemática e palavras”, afirmou Manos Antoninis, diretor do relatório GEM, da UNESCO, citado no comunicado. “As escolas têm de ser inclusivas se queremos que a sociedade seja inclusiva. Se às crianças for ensinado que só um certo de tipo de pessoa é aceite, isso vai afetar a forma como se comportarão perante os outros”.

“Apesar das mudanças no discurso nacional em muitos países, muitos estudantes LGBTQI continuam a sentir-se inseguros e mal recebidos na escola. Há um medo real de que o isolamento e a mudança permanente para interações ‘online’ no ano passado também aumentem o ‘bullying’ e a marginalização”, frisou, por seu lado, Jonathan Beger, diretor executivo interino da IGLYO.

A análise de acompanhamento do “Global Education Monitoring Report” (GEM) da UNESCO confirma que a discriminação dos estudantes LGBTQI é um fenómeno global.

Nos EUA, 12,5% de estudantes lésbicas, gays e bissexuais indicaram não ter ido à escola nos 30 dias anteriores ao inquérito porque se sentiram inseguros no estabelecimento de ensino ou no caminho, comparativamente a menos de 4,6% de estudantes heterossexuais.

Na Nova Zelândia, os estudantes LGBTQI estiveram três vezes mais sujeitos a agressões do que os colegas. No Japão, 68% das pessoas LGBTQI entre os 10 e os 35 anos tiveram experiências de violência na escola. Em sete países da América Latina, os estudantes LGBTQI identificaram pelo menos um professor ou funcionário da escola que os apoiou, mas a maioria dos alunos teve uma experiência negativa com atitudes de professores sobre a orientação sexual ou expressão de género.

Os materiais de aprendizagem ignoram igualmente esta questão, segundo o inquérito. A UNESCO e a IGLYO apelaram aos governos e às escolas para desenvolverem o ensino da educação para os direitos humanos e outros assuntos, incluindo história e estudos sociais, incluindo pessoas LGBTQI, a sua história e experiência, em programas escolares.

https://zap.aeiou.pt/relatorio-metade-alunos-lgbtqi-bullying-escola-403181

 

 

Irmãos presos injustamente durante 31 anos recebem 75 milhões de dólares !

Henry McCollum e Leon Brown estiveram presos durante mais de 30 anos por um crime que não cometeram. Foram detidos em 1983 e condenados à pena de morte pela violação e homicídio de uma criança. Ambos foram libertados em 2014, na sequência de testes ao ADN.


Após mais de 30 anos de prisão por acusações de violar e matar uma criança de 11 anos, um tribunal do estado norte-americano da Carolina do Norte concedeu uma indemnização de 75 milhões de dólares (62 milhões de euros) aos dois irmãos afro-americanos.

Henry McCollum e Leon Brown já tinham sido ilibados dos crimes e perdoados pelo governador do estado em 2014, mas só agora foi acertado o valor da compensação financeira no processo civil, escreve o The Guardian.

Atualmente, McCollum tem 57 anos e Brown tem 53. Em 1983, foram detidos e condenados à pena de morte, altura em que ainda eram adolescentes.

Brown, na época com 16 anos de idade, tornou-se o mais jovem detido no corredor da morte nas prisões da Carolina do Norte, tendo visto a sua sentença comutada para prisão perpétua anos mais tarde.

Já McCollum, então com 19 anos, foi o presidiário que esteve mais anos a aguardar a execução no corredor da morte.

Um ano antes de terem sido condenados, os dois irmãos, ambos com deficiências de aprendizagem e problemas mentais – o que coloca o seu quociente de inteligência em cerca de metade da média -, foram detidos e acusados pela violação e homicídio de Sabrina Buie, de 11 anos, com base numa confissão assinada sob pressão e que sempre disseram não compreender.

Embora tivessem existido várias tentativas para demonstrar a sua inocência, McCollum e Brown só viriam a ser libertados em 2014, quando os testes de ADN puseram na cena do crime um homem chamado Roscoe Artis – um violador e assassino em série que cometeu outros crimes semelhantes, na mesma região da Carolina do Norte.

Na sexta-feira, no último de quatro dias de audições, os advogados sublinharam que aquela era a primeira vez em três décadas que um júri num tribunal tinha acesso a todas as provas – “incluindo as provas que foram suprimidas”.

De acordo com o relato do jornal News & Observer, a condenação dos dois agentes que estiveram envolvidos na falsificação de provas resultou numa indemnização de 31 milhões de dólares para cada um dos irmãos.

Para além disso, o gabinete do xerife do condado de Robeson, na Carolina do Norte, também foi condenado ao pagamento de 13 milhões de dólares.

https://zap.aeiou.pt/irmaos-presos-injustamente-75-milhoes-403023

 

Plásticos do Reino Unido são enviados, despejados e queimados na Turquia !

Uma investigação levada a cabo por ativistas ambientais da Greenpeace descobriu plástico do Reino Unido despejado e queimado no sul da Turquia.


Os investigadores da Greenpeace, uma organização ambientalista internacional, documentaram pilhas de plástico despejadas ilegalmente na beira da estrada, em campos e em cursos de água em 10 locais de resíduos no sul da Turquia.

Entre os resíduos, foram encontradas evidências de embalagens e sacos plásticos dos principais supermercados do Reino Unido. Foi também encontrada uma embalagem de um teste rápido de antígeno na província de Adana, o que indica que o resíduo tinha menos de um ano.

De acordo com o Independent, a organização condenou o despejo de lixo noutros países e pediu ao Governo britânico, liderado por Boris Johnson, que “assuma o controlo” do problema.

“É horrível ver o plástico das prateleiras dos supermercados britânicos a 3.000 quilómetros de distância, em pilhas em chamas ao lado das estradas turcas”, comentou Nina Schrank, ativista da Greenpeace.

“Devemos parar de despejar os nossos resíduos plásticos noutros países. O cerne do problema é a superprodução – o Reino Unido é o segundo país no mundo que mais produz lixo plástico, ficando apenas atrás dos Estados Unidos”, acrescentou.

Desta forma, a Greenpeace pediu ao Governo que proíba as exportações de resíduos de plástico e reduza o plástico de uso único em 50% até 2025.

Nihan Temiz Atas, líder de projeto da Greenpeace Mediterrâneo, revelou que a Turquia está a ser “sobrecarregada” por 241 camiões de lixo plástico que chegam todos os dias de toda a Europa. “O lixo plástico vindo do Reino Unido para a Turquia é uma ameaça ambiental, não uma oportunidade económica”, afirmou.

https://zap.aeiou.pt/plasticos-do-reino-unido-na-turquia-402996

 

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